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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Relações Brasil-China - Thiago de Aragão (Gazeta do Povo)

O canal para uma relação pragmática e lucrativa com a China

O Brasil deve procurar entender o vice-primeiro-ministro Liu He, amigo pessoal de Xi Jinping, se quiser conseguir uma boa relação econômica com a China

 | Fred Dufour/AFP
O presidente chinês, Xi Jinping, fortaleceu a imagem de líder no campo internacional por meio de uma narrativa de livre comércio. Essa narrativa, inclusive, o levou a falar em Davos, algo difícil de imaginar em um passado não tão recente. Sua imagem doméstica se fortaleceu não somente com essa postura externa, mas também como a de um líder que buscou combater a corrupção como antepassados não fizeram. Esse combate à corrupção, no entanto, também acabou sendo utilizado para fortalecer seu poder, ao retirar algumas lideranças do partido que não estavam alinhadas com a nova narrativa de Xi. 
Hoje, Xi precisa se preocupar com a guerra comercial com os Estados Unidos, com o endividamento crescente dos bancos provinciais da região central do país e com a desaceleração econômica que muitos analistas econômicos no mundo já esperam para este ano. 
Educado em Harvard, Liu é considerado mais pragmático que Li Keqiang e que o próprio Xi Jinping
O primeiro-ministro Li Keqiang é, sabidamente, seu principal rival político. Buscando mais protagonismo internacional (aproveitando-se de que Xi está com a cabeça voltada para os EUA), Li vem visitando mais países e tentando mostrar uma narrativa própria de cooperação da China com essas nações. A dificuldade para aumentar seu poder esbarra não só em Xi, mas no vice-primeiro-ministro Liu He. 
Para quem acompanha ou necessita acompanhar a China, o grande ponto de referência para analisar o termômetro econômico do país é exatamente Liu He. Além do cargo mencionado, ele também é assessor econômico e amigo pessoal de Xi. Sua influência econômica sobre as ideias de Xi é tão acentuada que, para muitos, ele é a segunda pessoa mais influente do país. Sua postura, agenda de visitas e narrativa revelam muito sobre os passos seguintes que o governo chinês irá tomar. Dado o tamanho da relação com o Brasil, analisar a forma como Liu He pensa deveria ser prioridade para o novo governo brasileiro. 

Educado em Harvard, Liu é considerado mais pragmático que Li Keqiang e que o próprio Xi Jinping. Em relação ao Brasil, sua visão é clara e direta: fortalecer a relação comercial e pronto. Por essas e outras, Xi designou Liu para uma viagem aos Estados Unidos nas próximas semanas, para dar continuidade às negociações da guerra comercial.
Tendo demonstrado interesse em manter relações pragmáticas e sólidas com a China, o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, poderia ter alguém observando a narrativa e desvendando o processo de tomadas de decisão de Liu He. Esse tipo de conhecimento e perspectiva poderá dar uma importante vantagem ao Brasil nas relações comerciais com a China.
Thiago de Aragão é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Johns Hopkins, pesquisador sênior do Instituto Francês de Relações Internacionais e diretor de Estratégia da Arko Advice.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

China: o grande arquiteto da modernizacao economica - Liu He (Belfer Center)

Overcoming the Great Recession: Lessons from China
Belfer Center for Science and International Affairs,  July 10, 2014
   
Overcoming the Great Recession: Lessons from China

The US-China Strategic and Economic Dialogue being held in Beijing this week reminds us of the most important bilateral relationship in the world today. Americans are understandably concerned that the perspectives of American policymakers and scholars are understood broadly by elites and publics in other countries. We tend to be less vigilant, however, in listening to the perspectives of others.

Liu He is worth listening to. A rare combination of scholarly analysts and policy advisor, he has emerged as Chinese President Xi Jinping's right hand man on economic policy. The Chinese press has named him the "Chief Architect" of the current economic program to transform the Chinese economy. As Head of the Office of the Central Leading Group on Financial and Economic Affairs in the President's office, he plays a role not unlike that which one of us had in the Obama Administration's first term.

In the aftershocks of the Great Financial Crisis of 2008, Liu led a research team that prepared an analysis of earlier financial crises to provide guidance for the Chinese government's response. We arranged for that document to be translated, and it was just published as a joint discussion paper of Harvard's Belfer Center for Science and International Affairs and Mossavar-Rahmani Center for Business and Government at Harvard's Kennedy School.

As we note in a foreword to the paper, five years after the meltdown that threatened a second Great Depression, the Eurozone's economic output has yet to reach pre-crisis levels. The US is stuck in secular stagnation. But China has averaged 7.5% annual growth, three quarters its previous rate. Indeed, the incandescent fact about the performance of the major economies since 2008 is that of all the growth that has taken place in the global economy, 40% of it has occurred in just one country: China.

Liu He's analysis provides clues to the reasons why—claims worthy of discussion and debate in the wider policy-related community.

Read Full Analysis (PDF): http://links.hks-belfercenter.mkt4851.com/ctt?kn=15&ms=ODk5NjMyMwS2&r=MzQxMTk0NDYyMjAS1&b=0&j=MzQwODQ3MDYwS0&mt=1&rt=0

Belfer Center for Science and International Affairs
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