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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Pensamento Diplomático Brasileiro: o período autoritário (1964-1985) (2016) - Paulo Roberto de Almeida

 Um documento de planejamento, para uma nova obra coletiva na Funag, à qual não foi dada continuidade prática, que deveria servir de continuidade à obra em 3 volumes sobre o Pensamento Diplomático Brasileiro (2013). 

3012. “Pensamento Diplomático Brasileiro: o período autoritário (1964-1985)”, Brasília, 13 julho 2016, 43 p. Proposta de trabalho para a Funag, no seguimento do primeiro projeto, que cobriu o período 1750-1964. Entregue ao presidente da Funag, sem intenção de participar. Partes servindo de subsídio para redação de um capítulo sobre as relações internacionais do Brasil durante o regime militar brasileiro, para obra coletiva sob a direção de Jorge Ferreira (jorge-fer@uol.com.br) e Lucilia de Almeida Neves Delgado (lucilia.almeidaneves@gmail.com), Brasil Republicano (Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003, 4 vols., várias edições e reimpressões). Projeto em curso. Utilizado para compor trabalho para a II Jornada de Pensamento Político Brasileiro (IESP-UERJ), em 2017 (n. 3112).Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/108623382/3012_Pensamento_Diplomático_Brasileiro_o_período_autoritário_1964_1985_2016_).



Pensamento Diplomático Brasileiro: o período autoritário (1964-1985)

 

Paulo Roberto de Almeida (pralmeida@me.com)

Brasília, 3012: 14 de julho de 2016.

  

“A melhor tradição do Itamaraty é saber renovar-se.”

Antônio F. Azeredo da Silveira

 

Sumário: 

Introdução

1. Um “pensamento diplomático” na era militar? Premissas e fundamentos

2. O que foi a era militar do ponto de vista da política externa e da diplomacia?

3. Pensamento Diplomático Brasileiro: a era autoritária (1964-1985) – esquema

4. Bibliografia sobre a diplomacia e a política externa da era militar

5. Apêndices

5.1. Principais atos multilaterais do período

5.2. Cronologia sumária do período

 

 

Introdução

Os objetivos desde documento preliminar de planejamento são os de apresentar algumas reflexões em torno do conceito e da temática indicados no título e de formular, tentativamente, propostas de organização e um esquema para a possível composição de um segundo conjunto de textos vinculados sequencialmente à obra Pensamento Diplomático Brasileiro, formuladores e agentes da política externa, 1750-1964 (Brasília: Funag, 2013, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-462-2), organizada pelo ex-presidente da Funag (2012-2014), embaixador José Vicente Pimentel, da qual fui um dos primeiros propositores e um dos colaboradores, ao lado de diversos outros colegas de carreira e de representantes da academia. Trata-se da continuidade desse projeto exitoso, que parece ter encontrado vasto e positivo acolhimento por parte da comunidade brasileira trabalhando ou se exercendo academicamente na área, que justamente parece estar reivindicando o seu prosseguimento no período ulterior àquele da primeira obra, desta vez cobrindo as duas décadas do regime militar brasileiro.

Este texto está dividido nas seguintes partes: uma primeira, de reflexões sobre a noção de “pensamento diplomático brasileiro”, tal como suscetível de cobrir um amplo espectro de formulações e ações diplomáticas brasileiras, disseminadas por diferentes orientações de política externa, com atores diversos ao longo de um período bastante complexo – certamente excepcional – da história do Brasil; uma segunda, que busca capturar os elementos essenciais do período em questão (1964-1985), evidenciando alguns dos traços distintivos de sua política externa e da participação do estamento diplomático em sua formulação e execução; e uma terceira, que propõe um esquema preliminar sobre o que se poderia chamar de “índice de matérias” do que seria esse novo volume de um projeto que teve um início auspicioso, e que se espera possa apresentar continuidade adequada, antecipando, inclusive, uma possível continuidade (um terceiro volume) para o período subsequente, eventualmente chegando à atualidade. Segue-se uma bibliografia preliminar (baseada no livro de Fernando de Mello Barreto sobre o período militar) e, como apêndices, uma relação dos principais atos multilaterais instituídos no período e uma cronologia dos fatos mais relevantes ocorridos nos planos doméstico e internacional no mesmo período (tal como constante da obra de Eugênio Vargas Garcia de natureza cronológica, justamente).

As considerações que se seguem são puramente pessoais, representativas de minhas próprias concepções sobre quais seriam as bases ideais para a continuidade desse projeto, e não têm a pretensão de servir de guia para a execução de tal projeto. Mas elas balizam as condições sob as quais reputo ser possível conduzir um trabalho sério, metodologicamente sólido, substantivamente fundamentado, sem os parâmetros rígidos dos “policy papers” da diplomacia oficial, e sem as digressões teórico-abstratas normalmente encontradas nos textos puramente acadêmicos. O texto consolida uma experiência adquirida na pesquisa historiográfica e da documentação diplomática, bem como o saber adquirido em leituras, aulas e ampla vivência no mundo acadêmico, já registradas em inúmeros textos publicados ou inéditos no vasto campo das relações internacionais e da política externa do Brasil.

 

1. Um “pensamento diplomático” na era militar? Premissas e fundamentos

A primeira questão a ser considerada, no primeiro capítulo substantivo deste projeto de livro é justamente a existência de um “pensamento diplomático” na era militar, como de resto em qualquer outra época, antes ou depois dessa fase especial da história brasileira. Falar em “pensamento diplomático” implica necessariamente em se dispor de certa homogeneidade de conceitos e de formulações gerais nos planos dos princípios e dos valores, aplicados na frente externa, que mantenham certa consistência com as articulações políticas e diplomáticas durante pelo menos dois governos, apresentando, portanto, certa estabilidade temporal e suficiente coerência interna para justificar o epíteto. Em outros termos, significa haver um corpo harmônico de ideias, ou um conjunto de princípios organizadores da política externa que possa ser reconhecido, interna e externamente, como representativo do Estado ou da nação. 

(...)


Leia a íntegra deste trabalho neste link: 

https://www.academia.edu/108623382/3012_Pensamento_Diplomático_Brasileiro_o_período_autoritário_1964_1985_2016_


segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Bibliografia seletiva sobre política externa e diplomacia do Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Bibliografia seletiva sobre política externa e diplomacia do Brasil

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata e professor

 

Almeida, Paulo Roberto de (2021a). Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira. Curitiba: Appris.

 ______ (2021b). O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, 2018-2021. Brasília: Diplomatizzando; edição Kindle.

______ (2020a). Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira. Brasília: Diplomatizzando; disponível em: https://www.academia.edu/44037693/Uma_certa_ideia_do_Itamaraty_A_reconstrucao_da_politica_externa_e_a_restauracao_da_diplomacia_brasileira_2020_; acesso em 16/01/2022.

______ (2020b). O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira. Brasília: Diplomatizzando; edição Kindle. 

______ (2019). Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty. Boa Vista: Editora da UFRR; disponível em: https://docs.wixstatic.com/ugd/6e2800_3e88aadf851b4b2ba4b54c6707fd9086.pdf; acesso em 16/01/2022.

______ (2017). Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império. 3ª ed.; Brasília: Funag, 2 vols.; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/13-252-formacao_da_diplomacia_economica_do_brasil_volume_i.

______ (2016). “A construção do direito internacional do Brasil a partir dos pareceres dos consultores jurídicos do Itamaraty: do Império à República”, Cadernos de Política Exterior, ano II, n. 4, p. 241-298; disponível:http://funag.gov.br/loja/download/1186-cadernos-de-politica-exterior-ano-2-volume-4.pdf

Amaral, Luis Gurgel do (2008). O Meu Velho Itamarati (De Amanuense a Secretário de Legação) 1905-19132a. ed. revista; Brasília: Funag; 1ª ed.: 1947l disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-144-meu_velho_itamarati_de_amanuense_a_secretario_de_legacao_1905_1913_o.

Araújo, Ernesto H. F. (2020). Política externa: soberania, democracia e liberdade: coletânea de discursos, artigos e entrevistas do Ministro das Relações Exteriores. Brasília: Funag; disponível na Biblioteca Digital da Funag.

_______ (2019). A nova política externa brasileira: seleção de discursos, artigos e entrevistas do Ministro das Relações Exteriores. Brasília: Funag; disponível na Biblioteca Digital da Funag.

_______ (2017). Trump e o Ocidente, Cadernos de Política Exterior, Brasília: IPRI, ano III, n. 6, p. 323-353; disponível em: https://funag.gov.br/loja/download/CADERNOS-DO-IPRI-N-6.pdf; acesso: 16/01/2022.

_______ (2008). O Mercosul: negociações extrarregionais. Brasília: Funag.

Assis, Machado de (1986). Memorial de AiresObra Completa, Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 3 vols.

Azambuja, Marcos (2021a). “O Barão hoje e os desafios do ofício”, in: Camargo, Leda Lúcia (org.). Os Diplomatas e suas histórias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p. 21-28.

_______ (2021b). “O Itamaraty da Rua Larga”, in: Camargo, Leda Lúcia (org.). Os Diplomatas e suas histórias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p. 28-41.

Barreto, Fernando de Mello (2001). Os Sucessores do Barão, 1912-1964; relações exteriores do Brasil. São Paulo: Paz e Terra.

_______ (2012). A política externa após a redemocratização, 2 vols.; tomo I, 1985-2002; tomo II, 2003-2010. Brasília: Funag.

Barros, Alexandre de Souza Costa (1983). “Política Exterior Brasileña y el Mito del Baron”, Foro Internacional, El Colegio de Mexico, vol. 24, n. 1, p. 1-20; disponível: https://www.jstor.org/stable/i27752809.

______ (1978). The Brazilian Military Professional Socialization, Political Performance and State Building. Ph.D. dissertation, Political Science; Chicago, Ill.: University of Chicago.

______ (1977). “A formação das elites e a continuação da construção do Estado nacional brasileiro”, Dados, Rio de Janeiro, n. 15, p. 101-121.

Caldeira, Jorge (org.) (2002). José Bonifácio de Andrada e Silva. São Paulo: Editora 34.

Carvalho, Elizabeth Santos de (2011). Revista Americana: caminhos e descaminhos de um projeto cultural para o continente. Dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; orientadora: Profa. Lucia Maria Paschoal Guimarães; disponível: https://www.bdtd.uerj.br:8443/bitstream/1/13090/1/Elizabeth%20Carvalho%20Dissertacao.pdf.

Carvalho, José Murilo de (1996). A Construção da Ordem: a elite política imperialTeatro de Sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Editora da UFRAJ; Relume Dumará.

Castro, Flavio Mendes de Oliveira (2009). Itamaraty: dois séculos de história 1808-2008. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2009, 2 vols.; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-38-itamaraty_dois_seculos_de_historia_da_organizacao_do_itamaraty_1808_2008_volume_1

Cervo, Amado Luiz (2013). Joaquim Tomás do Amaral (Visconde do Cabo Frio): o pensamento gestor. In: Pimentel, J. V. (org.) (2013), Pensamento Diplomático Brasileiro: Formuladores e agentes da política externa (1750-1964).Brasília: Funag, vol. 1, p. 303-329; disponível: http://funag.gov.br/loja/download/pensamento_diplomatico_brasileiro.zip.

Costa Franco, Álvaro da (2006). Pareceres dos Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros (1859-1864). Rio de Janeiro: CHDD; Brasília: Funag; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-1051-pareceres_dos_consultores_do_ministerio_dos_negocios_estrangeiros.

______ (2002). “Apresentação”, O Barão do Rio Branco visto por seus contemporâneos: série de artigos publicados pela Revista Americana, em abril de 1913; Brasília: Funag, Centro de História e Documentação Diplomática, p. 11-13; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-676-barao_do_rio_branco_visto_por_seus_contemporaneos_serie_de_artigos_publicados_pela_revista_americana_em_abril_de_1913.

Enge, Leonardo A. C. (2006). A Convergência Macroeconômica Brasil-Argentina: regimes alternativos e fragilidadeexterna. Brasília: IRBr

Ferreira, Silvestre Pinheiro (1998). Manual do Cidadão em um Governo Representativo. Edição fac-similar; Brasília: Senado Federal, 3 vols.

Flaubert, Flaubert (1913). Dictionnaire des Idées ReçuesParis : Éditions Conard.

Forster, Maria Theresa Diniz (2011). Oliveira Lima e as Relações Exteriores do Brasil: o legado de um pioneiro e sua relevância atual para a diplomacia brasileira. Brasília: Funag; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-43-oliveira_lima_e_as_relacoes_exteriores_do_brasil_o_legado_de_um_pioneiro_e_sua_relevancia_atual_para_a_diplomacia_brasileira

Friaça, Guilherme José Roeder (2018). Mulheres diplomatas no Itamaraty (1918-2011): uma análise de trajetórias, vitórias e desafios. Brasília: Funag; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-265-mulheres_diplomatas_no_itamaraty_1918_2011_uma_analise_de_trajetorias_vitorias_e_desafios

Guimarães, Argeu (1956). Cafarnaúm. Rio de Janeiro: Organizações Simões Editora.

Kirschner, Tereza Cristina (2009). José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu: itinerários de um ilustrado luso-brasileiro.São Paulo: Alameda; Belo Horizonte: PUC-Minas.

Lins, Alvaro (1996). Rio Branco: biografia pessoal e história política. São Paulo: Alfa-Omega.

Lyra, Heitor (1981). Minha Vida Diplomática. Brasília: Editada da Universidade de Brasília, 2 vols.

Mercadante, Paulo (1965). A Consciência Conservadora no Brasil. Rio de Janeiro: Saga.

Moreira, Marcílio Marques (2001). Diplomacia, política e finançasde JK a Collor, 40 anos de história por um de seus protagonistas. Rio de Janeiro: Objetiva.

Mota, Carlos Guilherme (2010). “Oliveira Lima e Nossa Formação”, História e Contra História: Perfis e Contrapontos. São Paulo: Globo, p. 83-110.

Oliveira Lima, M. (2021). O Descobrimento do Brasil e outros ensaios. São Paulo: Publicações BBM; organização, introdução e notas: André Heráclio do Rêgo.

_______ (1908). Cousas Diplomáticas. Lisboa: A Editora.

Paim, Antonio (2018). História do Liberalismo Brasileiro. 2ª. ed.; São Paulo: LVM. 

Paiva Torres, Miguel Gustavo (2011). O Visconde do Uruguai e sua atuação diplomática para a consolidação da política externa do Império. Brasília: Funag.

Pinheiro, Letícia. (2004). Política externa, 1889-2002. Rio de Janeiro: Zahar.

Pinheiro Machado, Paulo Fernando (2022). Ideias e diplomacia: O Visconde do Uruguai e o nascimento da política externa brasileira– 1849-1853. Lisboa: Lisbon International.

Ricupero, Rubens (2017). A diplomacia na construção do Brasil, 1750-2016. Rio de Janeiro: Versal.

Rio Branco, Barão (2012). Obras. Brasília: Funag, 12 vols.; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/6-123-obras_do_barao_do_rio_branco_introducao_as_obras_do_barao_do_rio_branco

Romero, Marcos (2019). História da organização administrativa da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores (1808-1951). Brasília: Funag; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-848-historia_da_organizacao_administrativa_da_secretaria_de_estado_dos_negocios_estrangeiros_e_das_relacoes_exteriores_1808_1951_.

Soares de Souza, José Antonio (2021a). Um diplomata do Império: o Barão da Ponte Ribeiro. Brasília: Funag; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-1160.

_____ (2021b). A vida do Visconde do Uruguai: Paulino José Soares de Souza (1807-1866). Brasília: Funag; disponível: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-1167.

Temer, M (2018). O Brasil no mundo: abertura e responsabilidade – Escritos de diplomacia presidencial (2016-2018). Brasília: Funag; na Biblioteca Digital da Funag.

Uruguai, Paulino José Soares de Souza, Visconde de (1997). Ensaio sobre o Direito Administrativo. Brasília: Ministério da Justiça.

______ (1862). Ensaio sobre o Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 2 vols.; Rio de Janeiro: Garnier.

Viana Filho, Luís (1988). A vida do Barão do Rio Branco. 6ª ed.; Rio de Janeiro: José Olympio.

 

Brasília, 6 maio 2022


terça-feira, 27 de junho de 2023

Bibliografia de história diplomática e de relações exteriores do Brasil - Compilação de Paulo Roberto de Almeida

 4425. “Bibliografia de história diplomática do Brasil”, Brasília, 27 junho 2023, 17 p. Atualização sintética de listas anteriores de referências bibliográficas sobre obras de relações internacionais e de política externa do Brasil, em especial a partir do trabalho n. 3097/2017. Divulgado via plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/103922289/4425_Bibliografia_de_história_diplomática_e_de_relações_exteriores_do_Brasil_2023_).

Bibliografia de história diplomática e de relações exteriores do Brasil

 

Compilação: Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 27/06/2023

 

ABDENUR, Roberto. A política externa brasileira e o ‘sentimento de exclusão’. In: FONSECA JR., Gelson; CASTRO, Sérgio Henrique Nabuco de (orgs.). Temas de Política Externa Brasileira II. 2. ed. São Paulo; Brasília: Paz e Terra; Funag/IPRI. 1997, v. 1, p. 31-46.

ABREU, Alzira Alves et al. (orgs.). Dicionário histórico-biográfico brasileiro. Rio de Janeiro: FGV, 2001, 5 v.

ABREU, Marcelo de Paiva (org.). A ordem do progresso: dois séculos de política econômica no Brasil. 2a. ed.; Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

__________ . O Brasil e a economia mundial, 1930-1945. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.


(...)


VIZENTINI, Paulo G. F. Relações internacionais no Brasil: de Vargas a Lula. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.

__________ . A política externa do regime militar brasileiro: multilateralização, desenvolvimento e construção de uma potência média (1964-1985). Porto Alegre: UFRGS, 1998 (Coleção Relações Internacionais e Integração).

__________ . Relações internacionais e desenvolvimento: o nacionalismo e a política externa independente (1951-1964). Petrópolis: Vozes, 1995.

__________ .  Da Guerra Fria à crise (1945-1992). Porto Alegre: UFRGS, 1992. (Síntese Universitária.)

__________ (org.). A grande crise: a nova (des)ordem internacional dos anos 80 aos 90. Petrópolis: Vozes, 1992.

WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José C. Formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

WERNECK SODRÉ, Nelson. Panorama do Segundo Império. São Paulo: Nacional, 1939; 2ª ed.; Rio de Janeiro: Graphia, 1998.

__________ . Formação Histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1962.

 

 

Compilação original: 22/03/2017; versão revista: 27/06/2023

 


Integra disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/103922289/4425_Bibliografia_de_história_diplomática_e_de_relações_exteriores_do_Brasil_2023.

sábado, 13 de agosto de 2022

Introdução a uma nova edição dos Princípios de Economia Política (1804), de José da Silva Lisboa, pela Editora LVM - Paulo Roberto de Almeida

 Recebi, há dois dias, convite, do editor da LVM – que em setembro estará publicando meu livro Construtores da Nação: projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior –  para fazer a introdução da reedição digitalizada deste livro do meu primeiro personagem, José da Silva Lisboa, com esta única demanda: teria que ser rapidíssimo, pois o livro já estava ficando pronto. 

Sem esperar, recolhi todos os livros que possuo sobre o maior economista brasileiro, e mais alguns na Biblioteca do Itamaraty, e compus de imediato, este trabalho: 

4216. “O maior pensador econômico brasileiro, embora ainda controverso”, Brasília, 12 agosto 2022, 20 p. Introdução a uma nova edição dos Princípios de Economia Política (1804), de José da Silva Lisboa, pela Editora LVM. 

Permito-me transcrever alguns trechos dessa introdução e a bibliografia que utilizei para compor minha introdução. Pode ser que outros se interessem em aprofundar o conhecimento desse grande intelectual.

O maior pensador econômico brasileiro, embora ainda controverso

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

Introdução aos Princípios de Economia Política, de José da Silva Lisboa (1804), pela LVM

  

O nascimento da economia política em terras escocesas e sua recente projeção asiática

Adam Smith, o pai fundador da moderna economia política, pode não ter sido seguido nas políticas econômicas aplicadas na Grã-Bretanha a partir do século XIX, sobretudo sob a dominância do fabianismo econômico no século XX, mas ele nunca foi intelectualmente contestado por qualquer outro economista, britânico ou não, nos seus principais argumentos em torno da “ciência do estadismo”, que é como ele costumava designar a nova disciplina. Smith deixou uma única obra nesse terreno, a Riqueza das Nações (1776), bem posterior à Teoria dos Sentimentos Morais (1759), mas é por aquele livro seminal que ele é conhecido universalmente, inclusive, e surpreendentemente, pelos mandarins contemporâneos. Estes decidiram adotar, durante algum tempo, as fantasiosas recomendações econômicas de Marx, que seguiu Adam Smith numa equivocada e ingênua adesão à teoria do valor trabalho.

Os atuais administradores do Império do Meio reformado disfarçam o seu moderno sistema “smithiano” sob o disfarce enganoso de “socialismo com características chinesas”, quando o que de verdade estão construindo é um “capitalismo com características chinesas”. Cabe, com efeito, corrigir o título de um dos livros do sociólogo italiano radicado nos Estados Unidos, Giovanni Arrighi (2007), para quem Adam Smith “teria ido” a Beijing. O contrário ocorreu: os chineses é que foram, literalmente, à Escócia de Adam Smith, tomar lições sobre como se administra uma economia de mercado. Com efeito, a China começou a sua irresistível ascensão por uma espécie de “capitalismo manchesteriano”, típico dos tempos de Adam Smith e de David Ricardo. Como a Grã-Bretanha da primeira revolução industrial, ela exibe traços similares aos daquela mudança nos modos de produção: a deterioração ambiental, causada pelo mesmo combustível nos dois processos de industrialização: o carvão; um agudo aumento da desigualdade social e, não sem razão, os primeiros socialistas criaram o termo de lumpemproletariado, para designar os miseráveis urbanos; e uma democracia muito pouco aberta: a aristocracia britânica manteve durante muito tempo franquias eleitorais reduzidas, que preservaram um sistema político bastante oligárquico até praticamente o final do século XIX. A China “smithiana” ainda não se decidiu pela importação das ideias de outros iluministas britânicos, como John Locke e David Hume, ou do liberal John Stuart Mill.

Adam Smith foi o autor de uma única grande obra, que marcou época no domínio da história econômica, pois foi ela que assinalou, intelectualmente, o fim do mercantilismo e o início prático do liberalismo econômico (que não deve ser confundido com o liberalismo político, uma doutrina que só tomará forma em meados do século XIX). Seu “inquérito” sobre as origens da riqueza das nações produziu efeitos em praticamente todo o mundo, ainda que em ondas temporalmente distantes, como ocorreu com a China de Deng Xiaoping. No caso de Portugal e do Brasil, a semente smithiana foi rapidamente importada, na obra de um pensador único na historiografia econômica dos dois países: José da Silva Lisboa (Salvador, 1756; Rio de Janeiro, 1835). É pelos seus Princípios de direito mercantil e leis de marinha (1798) que começa, na metrópole e na sua principal colônia, uma mudança fundamental nas ideias econômicas. A despeito de sua importância crucial para o nascimento do pensamento econômico em Portugal e no Brasil, sobretudo pela obra que lhe faz sequência, justamente os Princípios de economia política (1804), Silva Lisboa não conheceu a fama que legitimamente sempre cercou Adam Smith, à qual, no entanto, ele teria pleno direito de desfrutar, inclusive pelo fato de ter inovado em relação ao escocês. Precisamos entender as razões desse fato.

 

Um pensador original, embora contestado pela historiografia brasileira

Embora um economista político à altura da noção de estadismo que Adam Smith atribuía à aplicação prática da ciência econômica, Silva Lisboa é pouco conhecido na história e na cultura brasileira. Os manuais escolares apenas relatam o fato de que ele influenciou o príncipe regente D. João na decretação da abertura dos portos em 1808, quando da passagem deste por Salvador, uma medida, aliás, inevitável, nas circunstâncias criadas pela fuga da Corte ao Brasil, fugindo da invasão napoleônica, em 1807. Os livros de história assinalam sua tomada de posição em favor da união de Brasil a Portugal, mesmo nos anos turbulentos de 1820 a 1822, assim como sua postura inflexivelmente pró-Coroa, seja no reinado de D. João VI, seja já na defesa do próprio Pedro I, depois dos abalos representados pela Confederação do Equador, em 1824, e pelos conflitos entre o príncipe português e seus súditos brasileiros.

(...)


Mas quem foi Silva Lisboa? Qual o seu papel na construção do Estado independente?

A insistência, nesta introdução, de referir-se ao personagem como Silva Lisboa, e não como Cairu, deve-se simplesmente ao fato de que sua grande obra intelectual foi elaborada e praticamente concluída entre o final do século XVIII – seu livro sobre o Direito Mercantil é de 1798 – e as primeiras duas décadas do século XIX, quando ele conclui o seu livro teoricamente mais ambicioso, ainda que incompleto – os Estudos do bem comum, de 1819-1820 –, passando pela obra verdadeiramente smithiana de 1804 – os Princípios de Economia Política –, antes, portanto, dele converter-se num dos mais fieis cortesãos do governo, o de D. João VI, o do príncipe regente e o do imperador D. Pedro I, e deste receber seus títulos de nobreza e sua cadeira senatorial. A partir da Revolução do Porto (1820) e do início das agitações e turbulências em diversas províncias do Reino Unido do Brasil – que as Cortes de Lisboa pretendiam reverter ao comando direto da metrópole –, Silva Lisboa atuou mais do que qualquer outro defensor dos dois soberanos e seus respectivos governos na defesa da legitimidade de um regime “meio português”, pelo menos até 1831 (e alguns historiadores datam a verdadeira independência do Brasil deste último ano). 

(...)


Os Princípios de Economia Política, uma obra verdadeiramente seminal

Sua intenção inicial, que já tinha sido declarada “no prospecto dos Princípios de Direito Mercantil, seu livro de 1798, era a de oferecer uma série de “tratados elementares” cobrindo diversos aspectos do direito mercantil; mas, a vastidão do empreendimento levou-o, como declarou no Prólogo, a trabalhar “sobre mais vasta escala”, obrigando-o a entrar “frequentemente em conflito com instituições antigas, erros populares, discórdia de sábios e polícia [política] de Estados cultos”, assim expressando os objetivos do seu novo e mais denso trabalho: 

Mas, para não desgostar logo aos leitores com discussões prolixas, em matérias que parecem áridas e pouco atrativas, enquanto se não está convencido da sua importância e influência na felicidade geral, nem familiarizado com a respectiva linguagem técnica, resolvi-me a preludiar com a presente Introdução, em que indico as primeiras ideias de Economia, e exponho os motivos por que recomendo a lição da imortal obra da A Riqueza das Nações do celebrado Adam Smith, e o sigo nas teses cardeais de seu sistema; persuadido de ter sido ele o primeiro que dissipou as escuridades da Economia Política, levantando a facha [tocha] de luz para esclarecer às nações e governos sobre os seus genuínos interesses, que são inseparáveis dos da Humanidade. (Lisboa,1804, p. iv)

 

Nessa sua obra seminal, em uma carreira verdadeiramente prolífica – cerca de 94 escritos, listados por Montenegro (2000, p. 317-325), entre livros, jornais e panfletos e discursos –, além de uma exposição e defesa das ideias de Adam Smith, há uma ruptura radical com respeito ao pensamento econômico francês – a fisiocracia, até então dominante em certos círculos –, assim como uma demanda por maior liberalização das atividades econômicas na colônia brasileira (onde Silva Lisboa já estava firmemente instalado), o que é confirmado por um Apêndice inédito (encontrado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, constante da edição do Banco de Portugal), publicado dois anos depois, “contendo discussões interessantes contra a crítica de um apologista da filosofia rural” (Almodovar, 1993-I, nota 12, p. xvi; Apêndice em cinco partes, p. 123-183). 

(...)


Quão Smithiano era Silva Lisboa? Como isso se refletiu nos Princípios de 1804?

Os Princípios de Economia Política constituíram a primeira incursão explícita no terreno relativamente novo da Economia Política na língua portuguesa, representando, assim, a primeira etapa para o seu reconhecimento institucional (Almodovar, 1993-I, p. xix). Para Silva Lisboa era fundamental colocar a nova ciência sobre bases sólidas, mas bem distantes das tradicionais fontes francesas nas quais os homens de Estado portugueses iam buscar inspiração. A distinção a ser feita, naquele momento, estava na ênfase a ser dada à perspectiva britânica, reformista e progressista, contra os pontos de vista revolucionários e perigosos vindos da França. Muitos dos seus argumentos eram retirados não apenas da grande obra The Wealth of Nations, mas também da Theory of Moral Sentiments, citada extensivamente no Apêndice posterior a essa obra de Silva Lisboa, como enfatizado por Almodovar (1993-I, p. xxi, note 22).

(...)

 

Silva Lisboa foi honrado mais adiante, durante o primeiro Reinado, com os títulos de barão e visconde de Cairu, e tornou-se, já no século XX, o patrão dos economistas brasileiros, ainda que poucos economistas, nos dias atuais, leiam as obras do seu “protetor” e suposto inspirador nos programas e disciplinas das faculdades de Economia da imensa maioria dos cursos universitários. Até meados do século XX, Silva Lisboa era apenas uma referência vaga até para os especialistas em história econômica ou pensamento econômico. Suas obras permaneceram sem novas edições durante um século e meio. Para ser mais exato, em 1940, uma Comissão brasileira para os Centenários portugueses – fundação do Condado Portucalense, por Afonso Henriques, durante a Idade Média, no século XIII, e os três séculos do final da União Ibérica, em 1640 –, buscando alguma coisa para comemorar, decidiu reimprimir uma edição fac-similar de uma de suas obras, e um texto menos importante foi escolhido: a Memória dos Benefícios de El-Rei D. João VI (1818; 1940), não exatamente um livro de economia política, mas puramente encomiástico ao rei recentemente coroado. Foi apenas em 1956, que uma nova edição, anotada, dos Princípios de Economia Política (1804) foi publicada, por ocasião do 200o. aniversário do nascimento de Silva Lisboa (1756). Duas décadas mais tarde, em 1975, os Estudos do Bem Comum e Economia Política foram publicados pelo Ipea, com uma excelente e extensa introdução por José Almeida, cuja fidelidade ao original (pontuação, maiúsculas, expressões) foi aqui seguida, ao lado das edições portuguesas, pelo Banco de Portugal, de suas principais obras econômicas. Finalmente, em 1999, preparando as comemorações do 500º aniversário do Descobrimento do Brasil, em 2000, o Senado Federal inseriu em sua Biblioteca Básica Brasileira uma nova edição das Observações sobre a franqueza da indústria, e estabelecimento de fábricas no Brasil (1810), com uma erudita introdução por Fernando Antônio Novais e José Jobson de Andrade Arruda, também utilizada nesta introdução.

 

 

Referências bibliográficas: 

(Observação: algumas entradas estão como Cairu, outras como Lisboa, segundo as fichas catalográficas das respectivas edições de suas obras)

 

Almeida, Paulo Roberto (2018). A Brazilian Adam Smith: Cairu as the Founding Father of Political Economy in Brazil at the beginning of the 19th century”, Mises: Interdisciplinary Journal of Philosophy, Law and Economics, vol. 6, n. 1, jan.-abr. 2018, p. 117-129; disponível: https://doi.org/10.30800/mises.2018.v6.64 (acesso: 11 ago. 2022)

_______ (2002). “O nascimento do pensamento econômico brasileiro” in: Hipólito José da Costa, Correio Braziliense, ou, Armazém Literário. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Correio Braziliense, 2002; reedição fac-similar, vol. XXX, p. 323-369.

Almodovar, António (1993). Introdução a: Lisboa, José da Silva. Escritos Económicos Escolhidos, 1804-1820. Lisboa: Banco de Portugal, Coleção de Obras Clássicas do Pensamento Económico Português, 2 vols.; t. I, p. ix-xxxii (disponível: https://www.bportugal.pt/sites/default/files/ocpep-5_t1.pdf; acesso: 16 ago. 2021).

Arrighi, Giovanni (2007). Adam Smith in Beijing: Lineages of the Twenty-First CenturyLondres: Verso Books.

Cairu, José da Silva Lisboa, Visconde de (1999). Observações sobre o Comércio Franco do Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial; edição original: Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1808 (disponível na Biblioteca Digital do Senado: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1032/217333.pdf e https://www.bportugal.pt/sites/default/files/ocpep-5_t1.pdf ; acesso: 15 ago. 2021).

_______ (1999). Observações sobre a franqueza da indústria, e estabelecimento de fábricas no Brasil (1810). Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, Coleção Biblioteca Básica Brasileira; edição original: Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1810 (disponível na Editora do Senado: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/1032 e https://www.bportugal.pt/sites/default/files/ocpep-5_t1.pdf; acesso: 15 ago. 2021).

_______ (1975). Estudos do bem-comum e economia política, ou ciência das leis naturais e civis de animar a geral indústria e promover a riqueza nacional e prosperidade do Estado (1819). Rio de Janeiro: IPEA/INPES; introdução de José Almeida.

Cardoso, José Luís (2006)Portugal como Problema, a Economia como Solução. Lisboa: Público-Fundação Luso-Americana, 2 vols.

Fenelon, Dea Ribeiro (1973). Cairu e Hamilton: um estudo comparativo. Tese de doutorado apresentada à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Furtado, Celso Brasil (1959). Formação Econômica do Brasil. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura; 5ª ed.: 1963.

Kirschner, Tereza Cristina (2009). José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu: itinerários de um ilustrado luso-brasileiro.São Paulo: Alameda; Belo Horizonte: PUC-Minas.

Landes, David (1995). The Wealth and Poverty of Nations. Nova York: W. W. Norton. 

Lima, Heitor Ferreira (1976). História do Pensamento Econômico no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

Lisboa, José da Silva (1993). Escritos Económicos Escolhidos (1804-1820). Lisboa: Banco de Portugal, Coleção de Obras Clássicas do Pensamento Económico Português, 2 vols.; introdução e direção António Almodovar.

_______ (1993). Estudos do bem-comum e economia política, ou ciência das leis naturais e civis de animar a geral indústria e promover a riqueza nacional e prosperidade do Estado (1819). Rio de Janeiro: Impressão Régia; in: Escritos Económicos Escolhidos (1804-1820), tomo II.

_______ (1940). Memória dos Benefícios Políticos do governo de El-Rey Nosso Senhor D. João VI. 2ª ed.; Rio de Janeiro: Arquivo Nacional; edição fac-similar da Comissão Brasileira dos Centenários de Portugal. 

Manoilescu, Mihail (1929). Théorie de l’Échange Inégal et du Protectionisme. Paris: Giard. 

Montenegro, João Alfredo de Sousa (2000). O discurso autoritário de Cairu. Brasília: Senado Federal (Coleção Brasil 500 anos).

Novais, Fernando Antonio; Arruda, José Jobson de Andrade (1999), Prometeus e Atlantes na forja da nação, Introdução a Lisboa, José da Silva (1810), Observações sobre a Franqueza da Indústria, e Estabelecimento de Fábricas no Brasil. Brasília: Senado Federal, p. 9-29; coleção Biblioteca Básica Brasileira (disponível:https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/1032; acesso: 15 ago. 2021).

Paim, Antonio (1968). Cairu e o liberalismo econômico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

San Tiago Dantas, Francisco Clementino (1962). Cairu: protagonista de sua época, in: San Tiago Dantas, F. C. Figuras do Direito. Rio de Janeiro: J. Olympio Editora, p. 3-20 (disponível: https://www.santiagodantas.com.br/wp-content/uploads/Cairu-Protagonista-de-sua-%C3%89poca.pdf; acesso: 9 ago. 2021).

Rocha, Antonio Penalves, organização e introdução (2001). José da Silva Lisboa, Visconde de Cairu. São Paulo: Editora 34. 

Rodrigues, José Honório (1988). História da História do Brasil; vol. II, tomo I: A Historiografia Conservadora. São Paulo: Companhia Editora Nacional.

Smith, Adam (1791). An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations. 6th ed.; Londres: A. Strahan and T. Cadell, 3 vols.

 

 

Paulo Roberto de Almeida, doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas e mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia, é autor de diversos livros sobre a política externa e a história diplomática brasileira, entre eles Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império(3ª edição: Brasília, Funag, 2017), Apogeu e Demolição da Política Externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021) e A Grande Ilusão do BRICS e o universo paralelo da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, Kindle, 2022). 

 

[Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4216: 12 agosto 2022, 20 p.]

 

quarta-feira, 21 de março de 2018

Bibliografia de historia diplomatica brasileira - Paulo Roberto de Almeida

Pediram-me uma breve bibliografia para uma palestra que vou dar dentro em breve. Como não sou de obrigar ninguém a comprar livros, recomendei o essencial, e o mais possível com textos de acesso público, devidamente linkados como estão abaixo, e neste caso vários meus, como parece natural.
O serviço é (quase) gratuito.
Aproveitem...
Paulo Roberto de Almeida

Evolução Histórica da Política Externa Brasileira


Paulo Roberto de Almeida

Bibliografia indicada:

Ricupero, Rubens, A diplomacia na construção do Brasil, 1750-2016 (Rio de Janeiro: Versal Editores, 2017)]; resenha: Paulo Roberto de Almeida: “O Brasil segundo a diplomacia”, O Estado de S. Paulo (8/10/2017, links: http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,historia-da-diplomacia-no-brasil-tem-novo-livro-definitivo,70002030739 e http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/10/resenha-do-livro-do-ricupero-publicada.html).
__________ , “Estudos de Relações Internacionais do Brasil: Etapas da produção historiográfica brasileira, 1927-1992”, Revista Brasileira de Política Internacional (ano 36, n. 1, 1993, pp. 11-36; link: https://www.academia.edu/12301173/346_Estudos_de_Relacoes_Internacionais_do_Brasil_Etapas_da_producao_historiografica_brasileira_1927-1992_1993_).
Mendonça, Renato, História da Política Exterior do Brasil (1500-1825): Do período colonial ao reconhecimento do Império (Brasília: Funag, 2013, link: http://funag.gov.br/loja/download/1071-historia_da_politica_exterior_do_brasil.pdf).
Carvalho, Carlos Delgado de, História Diplomática do Brasil (Brasília: Senado Federal, 2016); resenha Paulo Roberto de Almeida: “Em busca da simplicidade e da clareza perdidas: Delgado de Carvalho e a historiografia diplomática brasileira”, link: https://www.academia.edu/5828023/600_Delgado_de_Carvalho_e_a_historiografia_diplomática_brasileira_1997_).

Outros títulos: 
Cervo, Amado Luiz; Bueno, Clodoaldo, História da Política Exterior do Brasil (diversas edições).
Moreira Lima, Sérgio Eduardo; Almeida, Paulo Roberto de; Farias, Rogério de Souza (orgs.), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro (Brasília: Funag, 2017, 2 vols.; Vol. 1, link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=913; Vol. 2, link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=914).
Almeida, Paulo Roberto de; Rêgo, André Heráclio do, Oliveira Lima: um historiador das Américas, (Recife: CEPE, 2017).
Almeida, Paulo Roberto de, “A diplomacia na construção da nação: qual o seu papel?”, Mundorama (9/01/2018; link: http://www.mundorama.net/?p=24351).
__________ , “Diplomacia regional brasileira: visão histórica das últimas décadas”, in: Sérgio Florêncio (org.), Política Externa em Debate (Brasília: Ipea, 2018; link: https://www.academia.edu/s/e843ccb1ba/diplomacia-regional-brasileira-visao-historica-das-ultimas-decadas).
__________ , “A construção do direito internacional do Brasil a partir dos pareceres dos consultores jurídicos do Itamaraty: do Império à República”, Cadernos de Política Exterior (ano II, n. 4, 2016, p. 241-298; link: http://funag.gov.br/loja/download/1186-cadernos-de-politica-exterior-ano-2-volume-4.pdf).
“Contribuições à História Diplomática do Brasil: Pandiá Calógeras, ou o Clausewitz da política externa” [Artigo-resenha dos livros de João Pandiá Calógeras, A Política Exterior do Império (volume I: As Origens; volume II: O Primeiro Reinado; volume III: Da Regência à Queda de Rosas; edição fac-similar: Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, Câmara dos Deputados, Companhia Editora Nacional, coleção “Brasiliana, 1989, xl + 490, 568 e 620 pp.], Estudos Ibero-Americanos (Porto Alegre: PUC-RS, v. XVIII, n° 2, dezembro 1992, p. 93-103; link: https://www.academia.edu/36213687/Contribuicoes_a_Historia_Diplomatica_do_Brasil_Calogeras).

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 21 de março de 2018