O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Cooperação Internacional na América Latina, FioCruz - curso em Brasília, DF

Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública - sessão junho 2019 

Cooperação Internacional na América Latina, FioCruz, Campus Virtual, Brasília, DF

Apresentação

Com o objetivo de fomentar a reflexão e o desenvolvimento de estudos científicos interdisciplinares, o X Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública promove, ao longo deste semestre, três sessões a respeito da cooperação Internacional para o desenvolvimento. “Cooperação Internacional na América Latina” é o tema da terceira sessão, que acontece em 27 de junho. Renomados pesquisadores e gestores dos campos da Bioética, da Saúde Pública e das Relações Internacionais conduzirão as discussões, abertas a todos os interessados. Os presentes receberão certificado de participação emitido pela Escola Fiocruz de Governo (EFG) da Fiocruz Brasília.

Utilizando como marco temporal o lançamento do Plano de Ação de Buenos Aires durante a Conferência sobre Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento de 1978, a sessão debaterá a evolução conceitual e das práticas de cooperação internacional voltada para o Continente Latino-americano nos últimos quarenta anos. Deverá também refletir sobre esses processos na área de saúde, ressaltando desafios, oportunidades e perspectivas para a cooperação externa brasileira. O tema será discutido levando em consideração os estudos interdisciplinares realizados pelo Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/ Fiocruz Brasília) no contexto do Programa de Pesquisa e Comunicação: Desigualdade, Desenvolvimento e Cooperação.

O X Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública é organizado pelo Nethis/Fiocruz Brasília. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Fiocruz Brasília apoiam a realização das sessões. As sessões são transmitidas ao vivo pela internet, além de gravadas e disponibilizadas na videoteca Nethis.  

Organização

Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Nethis /Fiocruz Brasília)

Programação

27 de junho de 2019

14h00: Composição da mesa de trabalho e encaminhamentos do coordenador de mesa.
14h30: Palestrante 1
15h00: Palestrante 2
15h30: Debate com plenário.
17h00: Encerramento.

Público-Alvo

O Ciclo se manterá aberto a quaisquer interessados em participar do evento e de suas discussões, ou seja, profissionais de saúde, estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, gestores e outros interessados nas temáticas, além de especificamente ênfase à participação dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo.
 


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Informacoes completamente inuteis: batatas fritas...

...pois é...
De vez em quando, este blog, que se pretende inteligente, veiculador de ideias inteligentes para pessoas inteligentes, descamba para o besteirol.
Mas é apenas com o intuito de demonstrar como pessoas supostamente inteligentes, estudiosas, até formadas em universidades e se dedicando a causas nobres -- neste caso, os Objetivos do Milênio, uma das muitas boas intenções dessa central de boas intenções e de desperdício de dinheiro que é a ONU -- podem, eventualmente, se dedicar a pesquisar perfeitamente inúteis e totalmente estapafúrdias.
A ONG abaixo descrita pretende que americanos comedores de batatas fritas deixem de comer, e portanto gastar dinheiro, com batatas fritas, e dediquem energias e recursos a criancinhas desnutridas ao redor do mundo (subdesenvolvido, por certo).
Sabem quando isso vai acontecer? NUNCA!
E não porque americanos sejam pessoas perversas e dedicadas apenas a seu bem-estar egoista. Eles são, simplesmente, um dos povos mais generosos do mundo na dispensa de favores e na ajuda aos mais pobres e necessitados, embora não relativamente, mas sim absolutamente. Isso não vai ocorrer, apenas porque o mundo não é assim.
E lamento pelo pesquisador das batatas fritas, ou pelo dispensador de bondades ao custo das batatas fritas alheias, mas ele faria melhor em poupar suas próprias batatas fritas e deixar que os outros decidam o que é melhor para cada um.
Enfim, apenas um besteirol inútil, que não deveria sequer figurar neste blog, mas a matéria também configura uma reflexão útil justamente sobre o que não fazer.
Perco o meu tempo dizendo que os outros perdem tempo com bobagens, em lugar de me ocupar de coisas sérias.
E o que seriam coisas sérias? Suponho que fazer com que essas crianças desnutridas não o sejam, pela qualificação produtiva de seus pais.
Isso passa, por exemplo, pelo desmantelamento da Política Agrícola Europeia, ou pelo menos pela eliminação de seus aspectos mais nefastos em termos de subsídios internos e de subvenções às exportações, que constituem dois poderosos fatores de desqualificação da agricultura produtiva em países que justamente exibem crianças desnutridas. Os EUA também praticam esses pecados europeus, mas em menor grau, e estariam dispostos a modificar seu sistema se os europeus o fizessem.
Ao vencedor, as batatas, disse alguém, mais precisamente Machado de Assis.
Neste caso, só existem perdedores, por enquanto, inclusive este blogueiro, que não precisaria estar escrevendo estas inutilidades se o mundo fosse diferente.
A proposta, inclusive, é completamente idiota - com desculpas pelo termo -- pois não é o dinheiro das batatas fritas americanas que vai diminuir a desnutrição das pobres criancinhas do Terceiro Mundo -- ou de alguns países subdesenvolvidos -- pois sabemos perfeitamente que essas coisas não funcionam assim. Países muito pobres a ponto de terem crianças desnutridas -- inclusive no próprio Brasil, em regiões rurais atrasadas ou em certas situações urbanas -- não o são por falta de dinheiro e sim por uma série de disfunções sociais e econômicas que não são corrigidas apenas com aportes de dinheiro.
Se o fossem, não haveria mais esse tipo de espetáculo, pois desde os anos 1950, dezenas de bilhões de dólares foram despejados, literalmente, nesses países e talvez a metade tenha voltado para bancos ocidentais. Pode-se despejar algumas centenas de milhares, alguns milhões a mais e isso não vai resolver o problema, ou apenas remediá-lo episódica ou temporariamente. Aliás, pode até agravar pois esse tipo de ajuda costuma desestruturar esquemas produtivos pré-existentes, que são assim empurrados para fora do mercado pela oferta generosa de alimentos.
Quando é que os ingênuos vão aprender?
Paulo Roberto de Almeida 

BATATAS FRITAS: o clipping diário do jornalista Marco Roza, com notícias selecionadas para os dirigentes nacionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT), traz uma notícia interessante, se não fosse trágica: o valor gasto com batatas fritas nos Estados Unidos seria mais do que suficiente para evitar a morte de crianças por desnutrição. Segundo a nota, "para se desenvolver programas que beneficiariam 90% das crianças em estado grave de desnutrição no mundo, seria necessário investir 11,8 bilhões de dólares por ano, valor inferior ao que é desembolsado, anualmente, pelos Estados Unidos, em batatas fritas, estimado em 13,6 bilhões de dólares". O cálculo citado por Roza é da ONG Visão Mundial, uma das entidades que participam do fórum sobre os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio).