O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador especulação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador especulação. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de julho de 2014

O abutre rosa que inferniza a Argentina

Paul Singer, el enemigo feroz de Cristina Fernández
El estadounidense Paul Singer, de 69 años, es el principal enemigo de Argentina en su batalla contra los fondos de inversión acreedores. Singer es el director de Elliott Capital Management. Una de sus filiales —NML— no aceptó, junto a otros inversores, las quitas ofrecidas en 2005 y 2010 por Buenos Aires y lideró una larga y feroz pelea en los tribunales. La victoria final le llegó en junio cuando un juez de Nueva York determinó que Argentina debía pagar sus deudas pendientes. A NML le corresponden alrededor de 225 millones de euros, a cambio de la deuda que según el Gobierno argentino adquirió por 35 millones.
Singer acumula una fortuna de 1.120 millones de euros, según la revista Forbes. En 1977 fundó Elliott y, gracias a su agresividad empresarial, ha logrado catapultar el fondo, que gestiona un capital de unos 11.000 millones.
Este multimillonario discreto, generoso donante del Partido Republicano y activista de los derechos de los homosexuales no ha escatimado esfuerzos en su cruzada contra Buenos Aires. Su mantra: presionar al máximo. Singer no ha tenido reparos en organizar la distribución de folletos contra la política del Gobierno argentino en cualquier viaje de la presidentaCristina Fernández a Estados Unidos, consiguió retener durante 70 días en 2012 en un puerto de Ghanala fragata insignia de la Armada argentina y ha puesto en enormes aprietos logísticos a Fernández. Entre 2007 y 2010, el Gobierno argentino tuvo que cancelar varios vuelos de su avión oficial a EE UU y a Alemania para que no fuera embargado.
La estrategia de Singer de comprar deuda cuando su precio está hundido para después reclamar un beneficio mayor no es nueva y le ha valido a su firma el calificativo defondo buitre. En los años 90 consiguió, mediante fallos judiciales, cobrar 43 millones de euros en deuda de Perú que había adquirido por 8 millones, y otros 67 millones en pasivo de Congo que había comprado por 15 millones.
Pero en EE UU, este licenciado en derecho por la Universidad de Harvard no es conocido por su ofensiva contra Buenos Aires sino por sus vínculos políticos y su influencia en Wall Street. Singer es uno de los donantes más generosos con los republicanos de cara a las elecciones legislativas de noviembre, como ya lo fue en el pasado. Sin embargo, no coincide al 100% con las tesis del aparato del partido, especialmente respecto a los derechos de los gays, una causa que ha abrazado con fuerza influido por su hijo, quien se casó en 2010 con otro hombre.
En el terreno económico, Singer ha criticado la política ultraexpansiva de la Reserva Federal y los cambios regulatorios impulsados por Barack Obama por ser demasiado laxos con los grandes bancos. No en vano, fue de los inversores que más alertaron de los riesgos de las hipotecas subprime antes de la debacle financiera de 2008. Eso sí, según la revista Fortune, es "un defensor apasionado" del 1% más rico del país.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A morte do dinheiro? Ja vai tarde... Mas vamos pagar a conta! Esta bem assim?

Como sempre faço quando vou numa livraria, pego os últimos lançamentos da minha área para ver se vale a pena comprar, mas não imediatamente, pois eles costumam custar entre 25 e 35 dólares. Não que eu não possa pagar, mas eu teria de comprar também novas estantes, pois os livros vão se acumulando no chão, lidos pela metade, enquanto outros se acumulam em cima. Geralmente compro os que me interessam entre 3 e 6 meses, quando já estão na Abebooks, praticamente novos a um preço entre 3 e 5 dólares (e com frete grátis...).
Assim fiz com o livro famoso de Thomas Piketty, O Capital no Século XXI, de levíssima inspiração marxiana, mas de pouca consistência metodológica. A Economist acaba de refazer novas críticas aos seus dados, mas não contesta a validade geral de suas teses (o que eu contesto, não por ter feito exercícios econométricos, mas apenas por instinto contrarianista; acha que ele se engana no essencial, mas não tenho como provar, pois não consigo quantificar a evolução relativa de todas as formas de capital ao longo do tempo).
Em todo caso, desconfio que não são as mesmas pessoas que detêm essas várias formas de capital ao longo de duas ou três gerações e daí resulta que NÃO SE PODE falar em concentração, a não ser que se use esse fantasmagórico 1 por cento dos mais ricos. E daí? Os de hoje são os mesmos de um século atrás? Duvido.
Bem, hoje andei lendo este livro:
The Death of Money: The Coming Collapse of the International Monetary System
James Rickards

Embora ache que ele tenha razão no geral, acho que as intenções catastrofistas são um pouco exageradas. Aliás, o sistema monetário internacional, se existiu durante brevíssimo tempo (apenas no início dos anos 1960, e olhe lá), já não existe mais há muito tempo...
Vejamos:

The next financial collapse will resemble nothing in history...
Uau!

Estamos nada menos do que a um passo de um novo colapso geral da economia e do dólar, que vai ser pior do que em 1914, em 1939, em 1979, e sabe-se lá quando mais.
Tudo começou em 1971, claro, com aquele conservador do Nixon chutando o pau da barraca do sistema monetário internacional. O dólar caiu, o ouro se valorizou, a tendência se inverteu com a política de Paul Volcker de aumentar os juros para 19%, mas depois o declínio continuo, até chegar novamente na derrocada em 2008.
Alguns remendos foram feitos -- o tal de tsunami financeiro -- que só aumentaram a chance da derrocada próxima e segura.
Vamos ter: guerras financeiras, inflação, deflação, o colapso dos mercados, um dilúvio de perigos e talvez a volta da polio e do escorbuto.
Enfim, tem desgraça para todo e, como estamos no Brasil, elas virão em dobro, pois aqui os políticos ajudam a piorar bastante as coisas, assessorados por keynesianos de botequim.

Acho que o autor vai ganhar dinheiro com esse livro, tanto quanto ganhou com o seu anterior, Currency Wars, mas o mundo não vai acabar, e o dólar vai continuar sendo a base desse não-sistema monetário internacional, inclusive porque não tem nenhum outro instrumento disponível, e ninguém parece disposto a, ou ser capaz de, voltar ao padrão ouro.
Tudo é uma questão de confiança, sempre, e não é que as pessoas confiem no dólar. Não, elas não confiam, mas o problema é que elas confiam menos ainda nas demais moedas.
E o ouro, dirão alguns?
Essa relíquia bárbara, no dizer de Keynes?
Não acho que seja o substituto ideal.
A não ser o Tio Patinhas, ninguém fica nadando em moedas ou lingotes de ouro.
Coisa de especuladores, nada mais do que isso.
Melhor especular sobre o preço da soja, que pelo menos dá para comer (ugh!).
Paulo Roberto de Almeida

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ufa: o capital financeiro esta vivo e lucrando como antes...

Para desgostos de todos os "Occupy Wall Street", dos antiglobalizadores e outros inimigos ideológicos do capitalismo monopolista financeiro internacional (como se dizia antigamente), os especuladores de Wall Street estão alive and kicking...
Voltaram a ganhar o que ganhavam antes da crise...
Que sufoco, minha gente: com tanta gente rogando praga em cima dos loiros de olhos azuis, e governos respeitáveis querendo colocar uma "Tobin Tax" sobre a indústria financeira, eles corriam o risco de ficar por baixo por um bom tempo.
Que alívio: os especuladores estão bem e lucrando novamente.
Viva o capitalismo financeiro, tão querido de alguns (o 1%?), tão odiado por outros (os 99%???) e tão mal amado e desprezado.
Depois de algumas profissões desprezadas, os banqueiros são os mais próximos dos párias que vocês possam pensar...
Vivam os especuladores: eles estão de volta...
Finalmente!
Quem mais a gente poderia culpar por todos os problemas atuais, pela crise financeira, pelo descontrole dos governos, pela corrupção?
QUEM??!!
Paulo Roberto de Almeida

From the Editors of American Banker
TUESDAY, NOVEMBER 22, 2011
Bank Profits Return to Pre-Crisis Levels; Earnings at $35.3B in 3Q
The banking industry earned $35.3 billion in the third quarter, a nearly 50% increase from the same point last year and the highest level for profits since the second quarter of 2007, according to a report released Tuesday by the Federal Deposit Insurance Corp.
Intraday News Update

sábado, 10 de setembro de 2011

Bem-vindos sejam os especuladores: os petistas adoram...

Os economistas petistas (se não há nenhuma contradição intrínseca em juntar os dois termos) estão sempre condenando, abjurando, xingando o malvado "capitalismo financeiro", ou a tal de "financeirização" da economia (que eles não sabem muito bem o que seja, mas repetem incansavelmente). 
E, no entanto, tanto o ex-chefe, quanto a nova chefa não se cansam de dizer aos especuladores de Wall Street (ou de qualquer outro lugar): "Venham, venham, vocês são bem vindos, podem aproveitar!"
Não sei exatamente o que os eps (for short) estão pensando atualmente, mas eles detestam os americanos. Quem sabe eles não apreciariam capitalistas japoneses?
Eles vão gostar especialmente disto aqui: 
"The carry trade made the Brazilian real attractive to the Japanese, who could borrow at 0.1% in Japan and get 12.5% in Brazil."
Quais especuladores sonhariam ganhar tanto em outros mercados? O Brasil é o sonho dos especuladores.
E tudo graças aos economistas petistas. 
Eu não disse que eles eram neoliberais?
Paulo Roberto de Almeida 


Are Japanese Investors Right About Brazil?
Forbes Magazine, September 2011

Emerging markets often bottom ahead of the developed markets, and if Japanese investors are right, these ETFs that focus on Brazil may present some interesting investment opportunities.
Recent data from Lipper Financial indicates that in the past two years, Japanese investors have invested more than $100 billion in mutual funds tied to the Brazilian economy. The past few months have been quite hard on these investments, as the move out of higher-risk assets has hurt emerging markets.
The currency markets have not helped. The carry trade made the Brazilian real attractive to the Japanese, who could borrow at 0.1% in Japan and get 12.5% in Brazil.
The recent sharp rise in the yen, and fall in the Brazilian real, has dampened this enthusiasm. The prevailing wisdom is that the yen would have to get much stronger to cause significant unwinding of this position.
The recent rate cut in Brazil caught the markets by surprise, as inflation has risen sharply for the past 12 months. It is hoped that the cut will help the Brazilian economy stay strong as concerns grow over a global economic slowdown.
Often, emerging markets will bottom out ahead of developed markets, so I am closely watching the technical action of the Brazilian markets. The Market Vectors Brazil Small-Cap (BRF) is a $900 million ETF that yields 1.4% and should be more sensitive to an economic turnaround in Brazil. From a low of $42.14 on August 5, BRF has rebounded 27% to a high last week of $53.51.

BRF rallied back last week to its former support, now resistance at line b 
There is a band of stronger resistance in the $55-$57 area

The daily RS analysis has risen sharply in the past three weeks, but is still below the key resistance at line c. A convincing move above this level is needed to confirm a bottom
The daily OBV is still below its long-term downtrend, line d, and shows no signs yet of a major bottom The WisdomTree Dreyfus Brazilian Real Fund (BZF) is a $500 million ETF that has an average volume of 140,000. It has an income yield of 5.9%, but paid a distribution of $3.24 in 2010.
The weekly chart shows that BZF has recently come quite close to its weekly support, line f, in the $27 area. The August low was $27.21 There is further support at $25.80, and a weekly close below this level would violate the uptrend The weekly OBV surged to the upside, as volume topped $9 million for one week in June

The daily OBV (not shown) is neutral
There is initial resistance now at $28.30-$28.50 with further in the $29.20-$29.45 area

What it Means: The large commitment to Brazilian markets by Japanese investors is interesting, as they tend to take a long-term view. If you believe that we are starting another recession, then emerging markets are likely to again bottom first. Of course, the emerging markets could go lower first.
Technically, equity ETFs should see a pullback back to the August lows, or lower, before a bottom can be formed. 
The WisdomTree Dreyfus Brazilian Real Fund (BZF) does look attractive at current levels, due to its healthy dividend and its closeness to long-term support.
How To Profit: For the WisdomTree Dreyfus Brazilian Real Fund (BZF), go long at $27.48 or better, with a stop at $25.68.

MarketWatch
The carry trade made the Brazilian real attractive to the Japanese, who could borrow at 0.1% in Japan and get 12.5% in Brazil.