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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Trabalhos PRA: Relacoes Sul-Sul e Intervencionismo governamental

Dois de meus mais recentes trabalhos, inéditos, ou seja, não escritos para publicação, dado o tom coloquial em cada um deles, mas com argumentos podendo sustentar sua restruturação em artigos científicos:


2425. A política externa das relações Sul-Sul: um novo determinismo geográfico?”, Brasília, 21 setembro 2012, 15 p. Texto guia para palestra de encerramento na Semana RI de Florianópolis, em 5/10/2012. Disponível no site pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2425RelacoesSulSul.pdf).

2423. “Intervencionismo governamental: na ótica de Von Mises e na prática brasileira”, Brasília, 27 agosto 2012, 16 p. Preleção em ciclo de palestras do Instituto Millenium, “II Congresso de Empreendedorismo do Agreste Pernambucano – As Seis Lições”, feita em 15/09/2012, 15h-19h, Caruaru, PE. Disponível no site pessoal (link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2423IntervencionismoMises.pdf).

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Von Mises em Caruaru, PE (sort of...)

Bem, não era exatamente o Ludwig, mas pessoas de nomes bem brasileiros, falando sobre as lições de Von Mises e seus ensinamentos para o Brasil de hoje, entre essas pessoas este modesto blogueiro, mostrado na foto com novos amigos pernambucanos e misenianos aprendizes, como eu aliás.
Quero destacar também -- já que não está mencionado no post abaixo -- a presença de Everton Renault, músico, empreendedor em TICs, amante da liberdade, que nos brindou com uma breve e cativante exposição sobre o uso das TICs no empreendedorismo individual (ver sua página em: https://www.facebook.com/evertonrenault).
No encontro, apresentei este trabalho: 

Intervencionismo governamental:
na ótica de Von Mises e na prática brasileira

Pretendo postá-lo assim que terminar a revisão. Em todo caso, os interessados em conhecer um pouco mais da obra de Von Mises, recomendo o site do Mises Brasil (http://www.mises.org.br/), ou ir direto ao livro, aqui: 
Política Econômica: Pensamentos para Hoje e Amanhã (nos links, para a versão texto: http://mises.org/etexts/ecopol.asp; e para a versão em pdf: http://mises.org/etexts/ecopol.pdf). Em Português existe uma boa tradução de Maria Luiza X. De A. Borges, sob o título de As Seis Lições (publicado em 1985 pela Editora José Olympio, em colaboração com o Instituto Liberal, cuja 6a. edição, de 1998, encontra-se disponível no site do Ordem Livre, sob este link para a versão em pdf: www.ordemlivre.org/wp-content/uploads/mises-seislicoes.pdf).
Paulo Roberto de Almeida

A informação abaixo figura neste link: http://www.estudantespelaliberdade.com.br/index.php/blog/265-ceap-caruaru


Evento reuniu empreendedores no agreste pernambucano durante o fim de semana
pe-caruaru
CARUARU/PE - O fim de semana foi marcado pela segunda edição do Congresso de Empreendedorismo do Agreste Pernambucano, organizado pelo embaixador do EPL no Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (CAA/UFPE), Thiago Beserra Gomes, com apoio do Instituto Millenium.
O evento reuniu estudantes da região, principalmente dos cursos de Relações Internacionais, Economia e Administração, que participaram de dois dias de atividades. Estiverem presentes outros dois embaixadores do EPL, ambos recifenses: Giovanne Amaral, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da UFPE, e Aécio Prado, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
CEAP
Aécio Prado, Giovanne Amaral, Paulo Roberto de Almeida, Thiago Gomes e Erick Vasconcelos
O congresso contou com quatro palestrantes. O principal deles foi o diplomata Paulo Roberto de Almeida, mestre em planejamento econômico pelo Colégio dos Países em Desenvolvimento da Universidade de Estado da Antuérpia (Bélgica), doutor em ciências sociais pela Universidade de Bruxelas (Bélgica) e que já trabalhou como assessor especial no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Os outros foram o jornalista Erick Vasconcelos, tradutor, professor de inglês e fundador do Instituto Ludwig von Mises Brasil, que estuda há vários anos a metodologia e economia da Escola Austríaca de Economia; o professor Edvaldo Sampaio, empresário e ex-Assessor da Diretoria do Banco do Brasil em Brasília, formado em Direito e mestrando em Psicologia; além do próprio Thiago Gomes, que é estudante de economia e possui 20 artigos científicos publicados, inclusive na Europa, além de atuar como organizador de eventos e possuir uma franquia publicitária.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Argentina e Von Mises ao contrario: Seis Licoes de AntiEconomia


Ludwig von Mises visitou a Argentina em 1959, quando fez as seis conferências de economia (na Universidade de Buenos Aires) que resultaram, mais adiante, em seu conhecido livro "Seis Lições" (disponível em edição em Português, no site do Instituto Liberal e no do Instituto Mises Brasil, que eu tenho em algum lugar de minha biblioteca; e em inglês, son o título de Economic Policy, no site mises.org). Uma das lições era, justamente, sobre o intervencionismo governamental na economia, sendo as outras sobre o capitalismo, o socialismo, a inflação, o investimento estrangeiro e sobre as ideias e as políticas econômicas.
Agora o governo argentino repete as seis lições, apenas que ao contrário, como aliás já faz o professor Chávez.
Paulo Roberto de Almeida 

Argentina pode elevar controle sobre empresas


BUENOS AIRES - O governo argentino vai aumentar o controle sobre as 28 empresas privadas nas quais possui participação acionária herdada dos antigos fundos de pensão estatizados no final de 2008.
As companhias, entre elas as brasileiras Petrobras, Banco Patagonia (Banco do Brasil) e a processadora de alimentos Quickfood (Brasil Foods), já começaram a ser contatadas pelo vice-ministro deEconomia, Axel Kicillof - o novo homem forte do governo de Cristina Kirchner - e sua equipe passaram a semana passada em contatos com os presidentes das companhias, que foram avisados que têm prazo de 72 horas (a contar de ontem) para entregar uma série de documentos solicitados.
De acordo com o governo, as empresas terão de enviar ao governo relatórios detalhados de sua situação contábil, nível de produção, custos, comércio exterior, planos de investimentos e endividamento e informações sobre as decisões de diretoria. A solicitação destes dados está prevista no decreto que a presidente editou há cerca de 15 dias a fim de fixar normas para coordenar a ação dos 50 diretores estatais nestas empresas.
O governo argentino tem participação acionária nas empresas desde a estatização dos fundos de pensão, que passaram para as mãos da Agência Nacional de Seguridade Social (Anses). Na Petrobras, por exemplo, essa participação é de 9,8%, enquanto na Quickfood, é de 5,3% e no Banco Patagonia de 15,3%.
"Não acreditamos que possa haver problema com esse mecanismo porque a maioria da diretoria que decide é privada", disse fonte ligada a uma das empresas. Porém, continuou, "a presença agressiva do governo e a maior exigência poderia provocar melindre e atrasar novos projetos".

terça-feira, 24 de julho de 2012

Intervencao nos assuntos internos de outros paises: mania de certas pessoas

Não, não quero referir-me ao caso do Paraguai, embora este seja, também, um caso de intervenção nos assuntos internos de outro país.
Trata-se de outro caso, aliás recorrente: nunca antes na história desse país, uma personagem política violou tão conscientemente a Constituição brasileira, o direito internacional e os bons costumes, ao praticar esse tipo de apoio político-eleitoreiro.



VEJA Online, 23/07/2012

Luiz Inácio Lula da Silva age como se fosse presidente do Brasil, concluiu o influente jornal britânico Financial Times, em artigo publicado nesta segunda-feira em seu site. O texto compara o comportamento de Lula depois de deixar o poder com o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Nesse mês, os dois mais bem-sucedidos ex-presidente do Brasil demonstraram os diferentes caminhos para ser um ex”, diz o artigo.
O jornal afirma que, na mesma semana em que FHC recebeu da Biblioteca do Congresso americano o prêmio Kluge, Nobel das ciências sociais, Lula destacou-se por fazer uma análise “questionável e incompleta” das eleições na Venezuela. Em discurso exibido em vídeo durante o Foro de São Paulo, em Caracas, o petista declarou apoio ao imperialista bolivariano Hugo Chávez, candidato à reeleição. “Sua vitória será a nossa vitória”, afirmou Lula na ocasião.
“Um ex-presidente verdadeiramente democrata usaria seu poder e influência para intervir nas eleições de outro país?”, questiona o Financial Times. “A convalescência de Lula ajudou Dilma Rousseff a carimbar sua autoridade no governo. Mas agora Lula está recuperado e brigando de novo, alimentando a especulação de que possa ser presidente de novo. Há ocasiões em que ele age com se já o fosse.”

sábado, 30 de junho de 2012

O presidente dos prejuizos (nos pagamos...)

Um dia, algum economista vai fazer um balanco, estimar os prejuizos e contabilizar as perdas, diretas e indiretas, da presidencia do "nunca antes". Nunca antes no Brasil tivemos alguem capaz de produzir tantos danos em tao pouco tempo. 
Provavelmente, os maiores danos nao sao exatamente materiais: se trata do atraso mental e do fechamento da inteligencia que o iluminado provocou em tanta gente. 
Paulo Roberto de Almeida 


‘Custo Lula’ 
Carlos Alberto Sardenberg 
O Globo, 28/06/2012 


 Há menos de três anos, em 17 de setembro de 2009, o então presidente Lula apresentou-se triunfante em uma entrevista ao jornal Valor Econômico. Entre outras coisas, contou, sem meias palavras, que a Petrobrás não queria construir refinarias e ainda apresentara um plano pífio de investimentos em 2008. “Convoquei o conselho” da empresa, contou Lula. Resultado: não uma, mas quatro refinarias no plano de investimentos, além de previsões fantásticas para a produção de óleo. 
 Em 25 de junho último, a Petrobrás informa oficialmente aos investidores que, das quatro, apenas uma refinaria, Abreu e Lima, de Pernambuco, continua no plano com data para terminar. E ainda assim, com atraso, aumento de custo e sem o dinheiro e óleo da PDVSA de Chávez. Todas as metas de produção foram reduzidas. As anteriores eras “irrealistas”, disse a presidente da companhia, Graça Foster, acrescentando que faria uma revisão de processos e métodos. Entre outros equívocos, revelou que equipamentos eram comprados antes dos projetos estarem prontos e aprovados. 
 Nada se disse ainda sobre os custos disso tudo para a Petrobrás. Graça Foster informou que a refinaria de Pernambuco começará a funcionar em novembro de 2014, com 14 meses de atraso em relação à meta anterior, e custará US$ 17 bilhões, três bi a mais. Na verdade, as metas agora revistas já haviam sido alteradas. 
O equívoco é muito maior. Quando anunciada por Lula, a refinaria custaria US$ 4 bilhões e ficaria pronta antes de 2010. Como uma empresa como a Petrobrás pode cometer um erro de planejamento desse tamanho? A resposta é simples: a estatal não tinha projeto algum para isso, Lula decidiu, mandou fazer e a diretoria da estatal improvisou umas plantas. Anunciaram e os presidentes fizeram várias inaugurações. 
 O nome disso é populismo. E custo Lula. Sim, porque o resultado é um prejuízo para os acionistas da Petrobrás, do governo e do setor privado, de responsabilidade do ex-presidente e da diretoria que topou a montagem. Tem mais na conta. 
Na mesma entrevista, Lula disse que mandou o Banco do Brasil comprar o Votorantim, porque este tinha uma boa carteira de financiamento de carros usados e era preciso incentivar esse setor. O BB comprou, salvou o Votorantim e engoliu prejuízo de mais de bilhão de reais, pois a inadimplência ultrapassou todos os padrões. Ou seja, um péssimo negócio, conforme muita gente alertava. Mas como o próprio Lula explicou: “Quando fui comprar 50% do Votorantim, tive que me lixar para a especulação”. 
 Quem escapou de prejuízo maior foi a Vale. Na mesma entrevista, Lula confirmou que estava, digamos, convencendo a Vale a investir em siderúrgicas e fábricas de latas de alumínio. Quando os jornalistas comentam que a empresa talvez não topasse esses investimentos por causa do custo, Lula argumentou que a empresa privada tem seu primeiro compromisso com o nacionalismo. A Vale topou muita coisa vinda de Lula, inclusive a troca do presidente da companhia, mas se tivesse feito as siderúrgicas estaria quebrada ou perto disso. 
Idem para o alumínio, cuja produção exige muita energia elétrica, que continua a mais cara do mundo. Ou seja, não era momento, nem havia condições de fazer refinarias e siderúrgicas. Os técnicos estavam certos. Lula estava errado. As empresas privadas foram se virando, mas as estatais se curvaram. Ressalva: o BNDES, apesar das pressões de Brasília, não emprestou dinheiro para a PDVSA colocar na refinaria de Pernambuco. Ponto para seu corpo técnico. 
 Quantos outros projetos e metas do governo Lula são equivocados? As obras de transposição do rio São Francisco estão igualmente atrasadas e muito mais caras. O projeto do trem bala começou custando R$ 10 bilhões e já passa dos 35 bi. Assim como se fez a revisão dos planos da Petrobrás, é urgente uma análise de todas as demais grandes obras. 
Mas há um outro ponto, político. A presidente Dilma estava no governo Lula, em posições de mando na área da Petrobrás. Graça Foster era diretoria da estatal. Não é possível imaginar que Graça Foster tenha feito essa incrível autocrítica sem autorização de Dilma. Ora, será que as duas só tomaram consciência dos problemas agora? Ou sabiam perfeitamente dos erros então cometidos, mas tiveram que calar diante da força e do autoritarismo de Lula?
 De todo modo, o custo Lula está aparecendo mais cedo do que se imaginava. Inclusive na política.

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40 Comentários

 CLAUDIUS - 30/06/2012 às 2:35 Tá aí pessoal. Desde a sua criação o dinheiro torrado na Petrobrás daria para comprar as reservas da Arábia Saudita uma vez e meia. Desde o início ela era cabide de empregos para filhos e apaniguados de militares. Depois eles sairam, passaram a receber generosas aposentadorias pela PETROS Assumiram os compadres do PT.Virou PETROSINDICATO. Veio o delírio do ApeDELTA Lula e anunciou que o Brasil abasteceria o Mundo de álcool, biodiesel e petróleo do pré-sal. Se não fosse o Tio Sam, tão odiado e maltratado pelos petistas, não teríamos álcool, o deles feito de milho, para importar e tocar a frotoa. A Empresa anunciou que já comprou este ano 80 milhões de litros de gasolina, diesel, óleo pesado para caldeiras e lubrificantes. E para continuar com 3 anos de atraso na produção precisa de mais dinheiro que o Páis não tem. E Dilma, o triunfo da vontade de Herr Lüla, era do Conselho Consultivo da Petrobrás, atualmente petrobhosta. Adivinhem para onde se dirige o Brasil? República Socialista Bolivariana depois da febre tifóide.

 esther correa - 30/06/2012 às 2:03 Caro Augusto O aprendiz de caudilho não dá uma dentro. Quando era presidente ainda dissimulava, mas agora não dá mais. Acho que as empresas do Eike Batista são virtuais, como o pré sal de Lula. Ninguém sabe, ninguém viu.

 FM - 30/06/2012 às 0:56 O artigo de C.A. Sardenberg explica o descalabro da nossa maior estatal e demonstra como age ditatorialmente L.I.L.S. quando se trata de gastar o dinheiro que não é dele para se promover. Pelo que nos relata Sardenberg, Dona Graça Foster, técnica, e Dilma Housseff ministra, botaram a viola no saco e vestiram a camisa, calção, meias e chuteira, do governo Lula e dane-se a Petrobras e o Brasil seguindo a linha petralha, primeiro os desvarios de Lula para continuar popular. Agora Graça Fortes, que bom para o Brasil, resolveu usar a camisa de técnica por baixo da camisa da Dilma e essa sabendo que a situação já está preta e que o tempo de blindar seu antecessor já passou, afinal farinha pouca meu pirão primeiro, resolveu se calar, apenas balançando afirmativamente com a cabeça para Graça Foster, como se dissesse vai que é sua.

 Cajucy Cajuman - 30/06/2012 às 0:49 Ótimo artigo. Simples, objetivo e sem papas na língua. parabéns. jb amaral gurgel - 30/06/2012 às 0:45 Revelador e contundente o artigo do Sardemberg. Fecha o circulo. O chefe dos mensaleiros e do mensalão nao estará no banco dos reus, no Supremo.O que aconteceu na Petrobrás precisa de um inquérito de algum procurador da Italia ou da Espanha.Independente. Há uma plataforma no Rio com mais de mil petistas que não trabalham mas recebem da estatal. Todos terceirizados. Nem a CGU,TCU ou MPF conseguiram saber quantos terceirizados estão na Petrobrás. Os desmandos se espalham em volta da estatal, onde o braço da sra. Foster nao alcançou. A bandalha em estaleiros,plataformas e Transpetro envolve a cupula do PMDB.O rolo é maior do foi feito na Eletrobras e Furnas. O custo Lula é o custo Brasil.

 veiaco - 29/06/2012 às 23:39 Os investidores de Eike Batista que o digam. Sumiram, será que sabem de alguma coisa que não sabemos? Alguma estatização bem ao estilo Cristhina ou à la Chaves? Algum endurecimento político à la Che, sem perder la ternura, jamais?

 Renato - 29/06/2012 às 23:21 Taí pra todos verem. Lula é o maior enganador da história desse paíz. Quando era presidente parece que houve um lavagem cerebral de boa parte dos brasileiros. Do povo… Vá lá. Este é facilmente enganado, mas do empresariado é um verdadeiro absurdo!!!

 Adilton - 29/06/2012 às 23:21 E o patrimônio do apeDELTA, doutor em nada, pós-doutor em mentiras e família, aumentou quanto?

 LABOR - 29/06/2012 às 23:11 No âmbito social esse cara já custou muito, nas relações internacionais também. A economia não vai bem. O tempo nos trará surpresas nada agradáveis.

 Chico - 29/06/2012 às 23:03 Esse nunca me enganou. Deveria ser processado e preso por crime de lesa-pátria. 

mateus rio de janeiro - 29/06/2012 às 22:42 Uma COPA 2014 e OLIMPÍADAS 2016 para os contribuintes comunizados pelo PT pagarem, apesar da petralhada antes dos anúncios desses eventos no BRASIL terem afirmado que não haveria desvio de dinheiro público para financiar a COPA e a OLIMPÍADA. Dilmá não teve a humildade de reconhecer os erros e gasta dinheiro público sem controle em obras superfaturadas, humilhando aposentados e servidores públicos com congelamento das aposentadorias e salários, com a desculpa da crise na EUROPA para não respeitar os trabalhadores comunizados, porém gasta bilhões para receber e bajular os olhos azuis bancando o custo de eventos esportivos…

 João Filho - 29/06/2012 às 22:41 A Dillma já prevendo a demência psiquiátrica do Lulla, quer voo solo para a sua reeleição. indignada - 29/06/2012 às 22:15 O Lula conseguiu destruir o Brasil. Esse crápula é um demente e deve ser banido da vida pública. Lula está acabado junto com o Brasil. A Petrobrás foi privatizada pelos pelegos. Lula vivia dizendo que o PSDB queria privatizar a Petrobrás, o que seria melhor para o país, pior foi essa privatização do PT. Parece que o rei está nu e agora muitos que calaram quando esse crápula era presidente, hoje já começam a tecer opiniões contrárias, mostrando o quanto Lula foi nefasto para o Brasil. Dilma não é diferente de Lula, pois na época era o braço direito dele. Mas, antes tarde do que nunca, e é bom que esses jornalistas que estavam no armário começam a opinar verdadeiramente em favor do Brasil arrancando a máscara e mostrando as mentiras desse ser abjeto.

 João - 29/06/2012 às 22:04 E a nossa autossuficiência em petróleo? É também outra bravata?

 José Figueredo - 29/06/2012 às 19:53 Pois é,e a refinaria vai para os trinta bilhões e não fica pronta.El Chavito deu um nó cego e nós ficamos acarcando o chapéu.Com este dinheirão todo,dava para alugar um navio,ir buscar no oriente e abastecer todo o sul de gasolina por dez anos.

 tonhão - 29/06/2012 às 19:42 Se ufanar da Petrobras? A PIOR e a mais CARA gasolina do mundo. É isso que dá ter uma ex-favelada, um ex-torneiro mecânico e uma ex-guerrilheira dirigindo e metendo o bedelho na maior empresa brasileira.

 Zé Maria - 29/06/2012 às 19:29 Augusto, o caso é simplesmente de polícia! Eu mesmo tenho dito em toda parte onde posso e piso, no teu blog, no do Reinaldo. A passagem desse apedeuta pelo governo foi – continua sendo – um flagelo semelhante à de Átila pela Europa medieval. É caso gravíssimo que deveria ocupar o Ministério Público da União de modo a enquadrar esse facínora e sua cambada em crime de lesa pátria, de responsabidade. Trata-se de uma mega quadrilha que tomou de assalto o nosso País e conseguiu o notável feito de enquadrar-se em praticamente todos os artigos do Código Penal. No entanto, nada foi nem é feito e os facínoras estão aí soltos, livres, absolutamente confiantes na impunidade. Os estragos desses bárbaros estão por toda parte, restando pouca coisa ainda de pé. O Legislativo totalmrente anulado, submisso; o Judiciário, visivelmente de cócoras – que o digam os tourinhos e os ricardões de todas s instâncias; as outrora , atentas e ativas entidades representativas influentes, como OAB e ABI, jazem aí silentes, omissas, numa miopia muito conveniente…a situação está de vaca não reconhecer o bezerro. É assustador o desmando, o despautério, a irresponsabilidade. Sinceramente, não consigo vislumbrar uma luz no fim desse túnel.

 Santeófilo - 29/06/2012 às 19:25 Alguém pode pensar que eu sou um ressentido ou na melhor das hipóteses um sem noção. Porque digo isso? Simples: por mais que me esforce fica cada vez mais difícil ler com certo prazer e respeito esses artigos que vez ou outra aporta aqui no blog. Não!! Pelo amor de Deus o que acabei de dizer não tem nada a ver com a qualidade do texto. O artigo está bem escrito. Afinal o jornalista Sardenberg alem de competente é muitíssimo bem informado. Ocorre que isso que ele escreveu, para nós, pessoas bem informadas, não é nenhuma novidade, portanto é absolutamente inútil. Na verdade na verdade o que eu desejaria que o grande jornalista fizesse era aproveitar o tempo (2 horas) que ele dispõe diariamente na radio CBN para informar aos seus carentes ouvintes o que ele só tem coragem de dizer nos jornais. O Sardenberg é um jornalista íntegro e independente, grande Santeófilo. Gente assim é cada vez mais rara na imprensa. abração

 Luís Roberto SBO - 29/06/2012 às 18:47 Será q.ella tá querendo pular fora do barco????? …o barco que está à deriva nos últimos 10 anos….Se um ou uma pullar fora do barco o restante vem tudo atrás….háháhá….num barco q.está afundando qual bicho nojento que é 1º. à saltar fora???????

 Luís Roberto SBO - 29/06/2012 às 18:44 Nós q.pensamos, sabíamos de tudo isso. o des-governo do lulla palanqueiro foi a maior fraude do Mundo e q.está continuando com a neurônio-zero. Nunca, elles foram o meu presidente. O meu grande e enorme Presidente de um País chamado BRASIL, chama-se FHC, o resto(lulla/dilma)não passam de agentes fraudadores de dados e história.

 Nelson - 29/06/2012 às 18:39 Eu tenho a ligeira impressão que temos uma oposição “comprada”, pois as coisas estão acontecendo contra o nosso país e o que vemos é uma leniência daqueles políticos que deveriam liderar o “grito” contra as barbaridades todo dia anunciadas aos nossos olhos e ouvidos. O povo que raciocina está esperando uma reação, que seja forte, aos desmandos e incompetências jamais vistos em tempo nenhum no nosso país por este (des)governo que aí está. É muita incapacidade, muito comodismo, muita roubalheira. E a nossa esperança recai exatamente na Oposição. Vamos Oposição, grite! Seja a nossa voz! Reaja! Denuncie!

 Claudio Manoel - 29/06/2012 às 18:18 Meu caro Sardenberg, a verdadeira herança maldita, é a deixada por Lula…

 Silvio - 29/06/2012 às 17:41 Claro que sabiam. E aposto que deram apoio ao títere na época. É que agora a água subiu muito,como era de se esperar.A Petrobrás não tem dinheiro para o investimento no pré-sal, suas ações se desvalorizaram dramaticamente,a produção caiu e a importação de gasolina vem crescendo assustadoramente com forte impacto nas contas da estatal.O preço da gasolina vem sendo mantido artificialmente pelo governo, que não o quer aumentar para o consumidor com medo da inflação.Ocorre que a tábua salvadora da CIDE está no fim e o aumento para o consumidor virá logo. Dilma é tão responsável ( ou irresponsável ) como Lula. Humdia Elles Caem - 


29/06/2012 às 17:12 Lula é SADIM, o MIDAS invertido, todo ouro que toca, vira pudim 

 ana soriano - 29/06/2012 às 16:51 A Marta já rompeu. Falta falar. A Dilma se não tomar cuidado pode ser responsabilizada pela corrupção instituída. O Lula sempre foi ruim. Um irresponsável como estamos vendo pelo artigo. Mas o prejuízo é muito maior. As pessoas decentes estão desmotivadas. Esta semana quando foi aprovada a medida provisória 13/12, na qual foi embutido um artigo alheio à lei e que determinando o fim das concorrênias para as obras do PAC, vi com muita tristeza o abatimento do senador Álvaro Dias. É muito difícil tentar moralizar a política quando o maior dos custos Lula, que é o loteamento de nosso parlamento, está acabando com a ética e rifando o patrimônio da nação. O Renan Calheiro redator do projeto não teve argumentos para justificar a inclusão de emendas lesivas a nação. A oposição não pode fazer nada. Foram 46 votos contra 11. Está tudo dominado. O pior presidente que o Brasil já teve deveria ser responsabilizado por todas esses erros mencionados no artigo. A presidente Dilma é responsável por essa emenda. Estão zombando de todos nós: os que acompanham e os alienados.

 Razumikhin - 29/06/2012 às 16:20 Deixar um semianalfabeto (2 anos na escola); aprendiz de torneiro mecânico (mais 2 anos até perder o dedo e ser aposentado) e sindicalista (de porta de fábrica em dia de greve) definir o plano de investimentos de uma empresa do tamanho da Petrobrás dá nisso, ou melhor niço. Lula nunca mais.

 NENNO G. - 29/06/2012 às 15:54 Eu fico imaginando, como pode certos indivíduos, que nunca administraram um simples boteco, nunca venderam um copo de cachaça para alguem, de um dia para o ou- tro, passam a administrar o patrimonio público, que é de todos. Alguns, como o individuo em questão, não administra a propria casa, que segundos intímos da família, é feito pela mulher. Como é que estes des- preparados passam a manipular o bem público, ao seu bel-prazer e ninguem dos que o cercam, tenham a co- gem de corrigi-lo. A era lula, ficara na história do pais, como um tempo de desmando e ignorancia. Não é possivel, que ainda haja que não queira ver estas barbaridades e defenda a conduta do energúmeno.

 Alexandre Roncador - 29/06/2012 às 15:52 As eleições estão chegando, está mais do que na hora de refletir, e ele só continua dando tiro no próprio pé. Ainda tem muita podridão que virá a tona por aí e não vai demorar muito. Marcus Borelli - 29/06/2012 às 15:50 O brasileiros estão sendo enganados desde o dia 1 de Janeiro de 2003 quanto este apedeuta começou a fingir que governa alguma coisa. Ninguém governa só com saliva. É um mentiroso falastrão.

 Eduardo - 29/06/2012 às 15:27 Hoje ele levou mais uma tremenda botinada mesmo no lugar onde a Marta lhe havia dado um tiro no pé. O homem parece que vai escorregando para a lata de lixo da história mais rápido do que se imaginava mesmo!

 Antonio - 29/06/2012 às 15:17 O Brasil está acordando!!!!!!!

 Joao Jose Ribeiro Neto - 29/06/2012 às 14:59 Me espanta quando se publicam as mazelas de nossos governantes e as pessoas ficam com cara de Maria Arrependida, como se não fosse sabido que são”obras” que movimentam a corrupção e que fazem o dinheiro publico mudar para de mãos indo parar nas cuecas, malas, meias e sabe-se la onde mais não importando que estas obras nunca termimem pois enquanto durarem nossos bolsos é que vão esvasiando. O custo é Brasil mais quem paqa por ele somos nós os contribuintes. Acorda Brasil!!!

 Oliver - 29/06/2012 às 14:47 O CUSTO MULA Vamos combinar: que raio de democracia é esta que permite um celerado no poder por tantos anos sem a menor oposição ? Cadê o “corpo técnico” de nossas instituições ? Cadê as pessoas PAGAS COM O NOSSO DINHEIRO para dizer para este imbecil que as coisas tem que ser feitas de acordo com planejamento ? Que inveja do Paraguay, meus amigos. Uma a uma, as democracias dessa américa latrina vão se livrando dos seus populistas boquirrotos juntados num Foro de São Paulo, uma coisa estúpida parida por esquerdatozóides igualmente estúpidos, em busca de uma causa para lhes encher as cuecas de grana alheia. Mas a que preço ? O texto brilhante e oportuno de Sardenberg é a lápide do resultado de todos estes anos de falatório, pré-sais, etanóis, marolinhas, auto suficiências, democracia em excesso e mordidas na canela de um idiota que já mereceu ser impeachado sem dó nem piedade. Que sociedade abanando o rabinho emerge dessa sem cerimônia com o nosso dinheiro, de todas as claques políticas ? De todos os poderes ? Mancomunados com a causa do dinheiro fácil, sem dono, sangrando a nação com a esmola farta distribuída a fundo perdido pelo curral eleitoral mais desavergonhado que está banânia já pariu latindo. O custo do vigarista não é só dele; é o custo de um bando de vagabundos aboletados em cargos onde não trabalham, não merecem estar, estão lá por missão, não por vocação e agem como aviõezinhos da quadrilha, na porteira dos desvios de grana que atordoam os honestos que ainda nos restam. Minha única esperança é saber que ainda teremos uma país inteiro para reconstruir, depois que essa gangue for apeada do poder. O problema, no entanto, continua sendo o excesso da política nas áreas eminentemente técnicas. Políticos aparentemente bons administradores se convencem de soluções picaretas, cuja única intenção é causar polêmica e alavancar reputações pelo lado torto da administração séria e honesta de nossas instituições. Vão derrubando tabuletas, exterminando sacolinhas plásticas, criando controlares e regorgitando asfalto pelas vias públicas, para ficarmos eternamente dependentes de milhares de engenheirinhos e tecnocratas encostados nas tetonas públicas, mamando fácil em nossos bolsos combalidos. Mérito, meus amigos. Onde está o mérito ? O capitalismo, ao menos, enriquece quem trabalha. Já este socialismo chinfrim, capitalista do capital alheio e adminstrador da conversa mole e do trabalho pouco, vai se instalando placidamente em nosso berço esplêndido, dividindo um bolo que nem assado foi. Estão fugindo com a farinha !!!

 glaucia dias - 29/06/2012 às 14:37 É uma pena que esperam tamanho prejuízo para poder mudar a rota, devido ao popululismo.

 antonio - 29/06/2012 às 14:22 Lula, deveria ir para a Cadeia, pois isto se chama irresponsabilidade fiscal, e apropriacao indebita.LULA CANALHA.

 Luiz - 29/06/2012 às 14:21 A quem esse Lobão quer enganar HEIN? Os acionistas ou ao povão que vota no apeDELTA? Vão dar uma tremenda prensa na Graça Forte e obrigar ela aparecer em cadeia nacional afirmando que não e nada disso e que ela e uma mentirosa desde pequenina nééé. O PT e isso ai… Se vacilar a VALE também vai pro brejo. Por Mônica Bergamo – A DIRCEUSISTA JURAMENTADA Lobão diz que declarações da presidente da Petrobrás não foram entendidas. http://bandnewsfm.band.com.br/Colunista.aspx?COD=82&Tipo=Poder,%20cotidiano,%20moda%20e%20celebridades

 Kenia - 29/06/2012 às 14:09 Agusto, um dos melhores textos que já li no sei blog foi um que comparava JK a Lula. Você já escreveu algum que compara Lula e FHC? Estou farta de ouvir de gente ignorante com tendencias esquerdoides mal resolvidas dizer que Lula fez muito pelos pobres (populismo barato) enquanto sabemos que só colheu os frutos do plano Real. Abraços Cara Kenia, há inúmeros posts que comparam Lula a FHC, entre eles, este é ótimo: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/fhc-merece-adversarios-menos-bocais-e-aliados-mais-corajosos/. Um abraço, Júlia Rodrigues.

 Antonio Carlos Roos - 29/06/2012 às 13:45 Lulla !! A maior enganação de todos os tempos!!

 MarceloF - 29/06/2012 às 13:05 Vai ver a bichinha palanqueira está dando um aviso para o chefe intrometido. Não dá em nada. O povão não quer nem saber o que é déficit orçamentário, lucros cessantes ou coisa que o valha. Os acionistas minoritários deveriam processar a Petrobras pelos desmandos da gestão anterior, incluindo a responsabilidade dos seus ex-diretores. Aliás o BNDES só não bancou a PDVSA pq. esta não apresentou as garantias solicitadas. Sds., de MarceloF.

terça-feira, 10 de maio de 2011

De fato, ja vivemos em ditadura: Brasil proibicionista...

A concepção autoritária, dirigista, intervencionista, eu até diria totalitária de muitos dos que estão no poder atualmente levou-nos a esta situação: somos considerados crianças, incapazes, idiotas ou qualquer outra coisa que não seja a condição de pessoas inabilitadas para estabelecer juízos de valor por nossa própria conta, arbitrar entre preferências, decidir o que é melhor para nós mesmos. Não podemos fazer mal à nossa saúde, por isso não podemos consumir tais e tais produtos, não podemos ter as menores "perversões" -- indulging em doces, ou cerveja, por exemplo -- que logo vem um órgão público nos avisar dos perigos disso e daquilo.
Isso se chama fascismo e os órgãos mais fascistas de todos são, sem dúvida alguma, a Receita Federal e a Anvisa. Mas existem muitos outros e sobretudo existem vontades totalitárias que querem nos impedir de ser o que somos.

Os proibicionistas
JOÃO LUIZ MAUAD
O Globo, 10/05/2011

No Brasil, a exemplo do que já ocorre em outras praças, o proibicionismo vem ganhando cada vez mais espaço nas políticas públicas. Recentemente, os brasileiros foram proibidos de ingerir remédios para emagrecer, mesmo se receitados por médicos. Antes disso, já nos haviam proibido de recorrer ao bronzeamento artificial e de pitar uns cigarrinhos eletrônicos. Os especialistas da Anvisa também não querem que os malvados donos de drogarias nos vendam produtos outros que não remédios e cosméticos. Para proteger a nossa saúde, as indústrias de alimentos devem reduzir os teores de açúcar, gorduras e sal em seus produtos. A propaganda de bebidas, cigarros e até brinquedos é rigidamente controlada. Repare, caro leitor, que nos anúncios de cerveja ninguém leva o copo à boca. Só não me perguntem por quê.

Mas o furor regulatório não para aí. Entrará em vigor, nos próximos dias, uma nova norma para o uso dos cartões de crédito. "A fim de evitar o superendividamento das famílias", o Banco Central estabeleceu que o pagamento mínimo das faturas, a partir de junho de 2011, será de 15% do total, chegando a 20% em dezembro (hoje é de 10%). Resumo da ópera: nem mais decidir o quanto nos endividar podemos.

Além dos exemplos acima, existe no país uma infinidade de normas cujo objetivo é organizar e controlar as nossas vidas. O fato de políticos, burocratas, especialistas e ativistas fazerem-se de nossas babás não é novidade. O absurdo é como nós permitimos que eles assumam essa função sem nos dar conta de que estamos, cada vez mais, abrindo mão de nossa liberdade.

A síntese do pensamento proibicionista é a seguinte: as pessoas são incapazes de saber o que é melhor para elas e o governo deve, portanto, protegê-las de seus próprios desejos, necessidades e ignorâncias, bem como da ganância e da esperteza de comerciantes inescrupulosos. Somente o governo e seus especialistas são sábios, enquanto os cidadãos comuns são seres fracos e sem juízo, que devem ser eternamente guiados e protegidos para que não se machuquem. Depois do recente massacre de Realengo, por exemplo, houve até quem pretendesse censurar o noticiário a respeito, para não incentivar outros psicopatas a agir de modo semelhante.

Os proibicionistas imaginam ter adquirido o preciso conhecimento sobre o que os demais podem, desejam ou merecem ter. Por conta disso, sentem uma necessidade irresistível de ditar o que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito. Alguma força avassaladora os compele a nos proteger de nós mesmos. A ideia de permitir que as pessoas sigam o seu próprio destino - às vezes errando, outras vezes acertando, eventualmente até morrendo por causa do caminho que escolheram - está além da sua compreensão, pois a imperfeição, para eles, é algo inadmissível.

Já que as pessoas não estão autorizadas a tomar decisões equivocadas ou a agir de modo errado, a solução é nada menos que planejar a vida alheia nos mínimos detalhes, da forma como eles imaginam ser a melhor, a mais eficiente e menos dolorosa para todos. O indivíduo ideal não é um ser humano, com suas vicissitudes e idiossincrasias, mas apenas uma peça inanimada num tabuleiro de xadrez, que eles podem mover à vontade, de um lado para outro, da frente para trás. Os proibicionistas simplesmente não conseguem compreender os conceitos de livre arbítrio e responsabilidade individual.

Malgrado toda a longa história das tiranias ao redor do mundo, a verdade é que os defensores da liberdade sempre estiveram na defensiva, especialmente em função da indefectível comparação entre o mundo real - com todas as suas imperfeições - e o mundinho ideal que povoa os corações e as mentes de muita gente - vide Platão, Thomas More e muitos outros expoentes do bom e velho Estado-Babá. Em função desse ideal utópico, existe uma fortíssima tendência no sentido de se considerar quaisquer intervenções governamentais como boas e desejáveis, enquanto a liberdade de escolha é vista como algo nocivo, que precisa ser evitado a todo custo.

O que há de mais deletério no proibicionismo, entretanto, é que ele pretende promover um suposto interesse geral não pelo estabelecimento de mecanismos capazes de persuadir os homens a fazer opções diversas das originais, mas simplesmente forçando-os a agir contra o que seriam as suas escolhas se livremente pudessem optar. Em outras palavras, as medidas proibicionistas visam a substituir os valores e desejos dos interessados pelos dos sábios e puros agentes públicos.

JOÃO LUIZ MAUAD é administrador de empresas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A funcao social da terra e as bobagens entranhadas na cabeca das pessoas

Meu post anterior:

A função social da terra e as bobagens econômicas da Constituição

causou certo stress em algumas pessoas, e o José Eduardo me escreve de Curitiba para dizer "rapidamente" o seguinte:

"o direito à propriedade não é mais absoluto, como no início do século XIX. Você deveria ler mais sobre o tema, para não escrever bobagens."

Ele parece que leu rapidamente o meu post e resolveu se apresentar como salvador da Constituição e como inimigo da propriedade.
Seu comentário ilustra exatamente aquilo que eu pretendi explicitar, e que ele não parece ter percebido.
A mentalidade intervencionista, dirigista, autoritária entranhou de tal forma na cabeça das pessoas, penetrou tão fundo na consciência de milhões de brasileiros, que as pessoas comuns não percebem, nem fazem nenhum esforço para perceber, justamente, o quanto elas estão contaminadas por essa concepção que atribui ao Estado -- na verdade a burocratas de uma agência pública -- o poder de determinar o que eu, como indivíduo, posso, OU NÃO, dispor, livremente, de meus bens, de minha propriedade.

O José Eduardo provavelmente não se dá conta do absurdo que ele escreve: o direito à propriedade não é mais absoluto, ou seja, o direito de possuir um bem não é um direito, apenas uma prerrogativa temporária, ocasional, limitada, dependente do bom humor de algum agente externo que pode vir dizer se eu tenho ou não direito a esse bem.
Seria o caso de desejar que algum burocrata propusesse também uma limitação ao direito do José Eduardo possuir, ou não, um carro, ou uma casa, como alguns até gostariam de fazer.
O socialismo, por exemplo, retirou das pessoas o direito de possuir casas, atribuindo-as todas ao Estado.
Gostaria que o José Eduardo fosse visitar as casas em Havana, para ver o estado em que elas se encontram, com a "propriedade socialista habitacional".
Mentalidade autoritária, expropriativa, intervencionista, é típica da atmosfera semi-socialista, dirigista, redistributivista e pretensamente igualitarista que predomina no Brasil atualmente.
As pessoas não se dão conta das bobagens que elas repetem, e sobretudo não questionam os fundamentos do que elas acabam de dizer, que vão contra seus interesses individuais.
Essa é a mentalidade estatizante que nos levou ao que somos hoje: um país de baixo crescimento e de escasso dinamismo empresarial, no qual os empresários ficam esperando "favores" do Estado, que aliás são feitos com o dinheiro que o Estado arranca deles mesmos, do conjunto da população brasileira, aliás.

Mas, esse mesmo post também deveria ser lido em conjunção com este outro:

Nacionalismo fundiário só pode atrasar o país

em função do que acabo de ler num boletim sindical, que reproduz matérias da imprensa:

A INVASÃO AMARELA: entrevistado pelo Estadão em primeiro de agosto, o professor Antonio Delfim Netto disse: "Os chineses compraram a África e estão tentando comprar o Brasil". Essa preocupação chinesa de obter espaço em outros territórios não é de hoje. Faz parte da estratégia de um país superpopuloso, já entre as maiores economias do mundo e olhando para toda a parte, principalmente para as áreas despovoadas e férteis. Aí, nesse figurino, podem entrar o Centro-Oeste brasileiro e a Amazônia Internacional, toda a imensidão verde de Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela e outras áreas limítrofes.

EMPRESAS AGRÍCOLAS CHINESAS: a maior empresa chinesa do setor agrícola é a China National Agricultural Development Group Corporation. Ela opera em mais de 40 países e tem 80 mil funcionários, dos quais 10 mil no exterior. O grupo já anunciou a intenção de adquirir áreas para a produção de soja e milho, especialmente em Goiás. A empresa Chongqing Grain Group estava disposta a comprar 100 mil hectares no oeste da Bahia, destinando-os à produção de soja para os mercados brasileiro e chinês. O Grupo Pallas Internacional também mostrou interesse em comprar áreas no oeste da Bahia e "possivelmente no conjunto de áreas de cerrado do Maranhão, do Piauí e do Tocantins, conhecido por Mapito" (Estadão, 3/8, A-3)
.

Ou seja, a mesma mentalidade que se opõe a que os indivíduos possam dispor de seus bens livremente, se opõe também a que indivíduos, ou no caso companhias -- mesmo estatais -- possam fazer aquilo mesmo a que elas obrigam os brasileiros, ou seja, produzir em terras que eles adquiriram legitimamente.
Essa mentalidade xenófoba, anti-estrangeira é também uma marca registrada -- não apenas brasileira, claro -- que também contribui para atrasar o país.

Estou cada vez mais surpreendido pelas bobagens que brasileiros comuns são capazes de repetir, sem jamais questionar os fundamentos de seus argumentos.

Paulo Roberto de Almeida
(3.09.2010)

sábado, 1 de maio de 2010

Confissoes sinceras de um aproveitador do público (ops, de um servidor publico)...

Creio que ele exagera um pouco, não sendo válidas suas observações para muitas categorias de funcionários públicos, mas no geral, corresponde aos estereótipos e caricaturas que se tem dos funcionários públicos. Um retrato válidos para certos funcionários, que conspurcam a imagem dos demais, nem por isso dotados de alta produtividade no trabalho...
Paulo Roberto de Almeida (2 de maio de 2010)

Confissões de um 'servidor público'
por Astolfo Pontes Negreira
Instituto Von Mises do Brasil, segunda-feira, 8 de março de 2010

Você está procurando um emprego? Quer ganhar um salário várias vezes maior do que aquilo que você realmente vale? Quer ter a liberdade de chegar e sair quando quiser, trabalhar somente quando estiver a fim, esticar a seu bel-prazer o horário de almoço, ter todos os seus feriados remunerados e até doze semanas de férias, também remuneradas, por ano? Há somente uma alternativa: trabalhar para o governo federal.

Suponho que poucos brasileiros tenham alguma ideia de como a coisa funciona. Se tivessem, certamente haveria um terremoto político. Como membro da Classe Parasítica há 15 anos, testemunhei de tudo e participei em primeira mão desse corrupto e grotescamente injusto sistema. Não apenas estou qualificado, como também sou moralmente obrigado a expô-lo.

Você poderia, obviamente, me chamar de hipócrita. Financeiramente, prosperei muito além dos meus sonhos mais extravagantes. Considerando-se meus talentos, meu trabalho e minha produtividade, meu padrão de vida é muito maior do que aquele que eu poderia ter atingido trabalhando duro no setor privado.

Porém, por ter lido os livros certos, e por ter tido conversas demoradas e detalhadas com minha esposa (uma empregada do setor privado) e com nossos amigos, também da iniciativa privada, finalmente passei a ver esse repugnante sistema como ele realmente é.

O que leva as pessoas a trabalharem para o governo? O que as mantém lá por toda a vida? É simples: compensações excessivas, enormes benefícios e ótimas condições de trabalho. É atraente para entrar e praticamente impossível de se querer sair. Isso porque o governo, de modo geral, remunera habilidades e experiências que não seriam comercializáveis no setor privado, pelo menos não no mesmo nível salarial.

Peguemos a mim como exemplo. Sou formado em ciência política. Escrevo, faço editoração e pesquisa. Os pagadores de impostos me garantem um salário (contando o 13º) de R$ 117.000 por ano, além de benefícios como plano de saúde gratuito e aposentadoria integral. Eu não poderia ganhar isso legitimamente no setor privado. Se você não acredita em mim, dê uma pesquisada nos anúncios de classificados. Salários para "escritor/editor" e "analista" começam em, no máximo, R$ 35.000 por ano, sem contar o que será descontado pelo INSS.

Mas digamos que eu consiga um emprego no setor privado (supondo que alguém iria contratar uma pessoa com a produtividade de quem passou toda a sua vida adulta trabalhando para o governo). E vamos também supor que eu consiga ganhar os mesmos R$ 117.000 do setor público.

O que eu perderia se saísse do governo? Pra começar, uma semana de trabalho curta já estaria fora de qualquer perspectiva. Eu poderia até me aventurar a adotar uma rotina de trabalho menor, mas isso seria prejudicial para a minha renda. Eu também teria de cumprir prazos e exigências - coisas com as quais não estou acostumado -, pois os consumidores querem o serviço feito sempre em tempo hábil.

Eu também teria de esquecer qualquer chance de conseguir folgar em todos os feriados - e, pior ainda, ter folgas remuneradas em todos eles. Os trabalhadores do setor privado dificilmente conseguem uma folga remunerada na Semana Santa ou no Carnaval. Meus amigos do setor privado se contorcem todos naquele misto de raiva e inveja quando lhes digo que não trabalho mas sou remunerado em feriados espúrios como Tiradentes, Dia da Consciência Negra e Finados.

E quanto às férias? Atualmente, posso gastar 17,4% do meu horário de trabalho em férias. São doze semanas por ano, eternamente. O tempo médio de férias no setor privado é de duas semanas, e, para alguns, isso não é um direito.

Eu também poderia dar adeus aos "benefícios" extraoficiais: por exemplo, todos os dias faço uma corridinha leve de uma hora, seguida de um banho prolongado e um almoço calmo e tranquilo. Isso me mantém em ótima forma para usufruir minhas constantes férias. E visitas a algum shopping durante minha hora de trabalho são sempre possíveis (pois ninguém é de ferro). Stress? Não tem como. Se relaxamento prolongasse a longevidade, burocratas viveriam até os 150 anos de idade.

Todos os anos, nossos valorosos sindicatos choramingam sobre a disparidade entre o trabalho do setor público e o do setor privado. Eles invariavelmente concluem que os burocratas precisam de maiores salários e de mais benefícios, exigindo portanto que o governo confisque mais dinheiro daqueles que trabalham genuinamente. Como sempre sou beneficiado - dado que o governo não se atreve a peitar o sindicalismo, sua base de apoio -, gosto muito. Mas é claro que o argumento sindicalista é uma enorme besteira. Se os burocratas fossem pagos de acordo com seu real valor para a sociedade, o resultado seria um êxodo em massa do setor público, e o governo federal teria de encerrar suas atividades.

Para quem é versado em economia de livre mercado, as razões para todo esse abuso sobre aqueles que trabalham duro e são obrigados a pagar impostos para sustentar essa classe superior e parasitária são óbvias. Ao contrário do setor privado, o governo não está sujeito aos rigores do sistema de lucros e prejuízos. O governo pode tributar, imprimir dinheiro e pegar empréstimos privilegiados junto ao setor bancário - que está sob seu restrito controle - para cumprir com suas obrigações. Ele pode pagar a milhões de pessoas um salário absurdamente fora de proporção, e não ser superado por nenhum concorrente que tenha uma gestão mais eficiente.

Sem ter de se submeter à disciplina imposta pelo mercado, o governo é naturalmente uma máquina ineficiente pelos padrões do setor privado. Ele jamais irá abolir ou mesmo reduzir por conta própria funções desnecessárias. Na hierarquia do funcionalismo público, quanto mais alta a função, menos falta ela faz. Porém são exatamente esses lá de cima que têm poder de decisão sobre a máquina. E eles jamais irão tomar decisões que atentem contra si próprios.

Enquanto o resto da população continuar sendo enganada pela propaganda e levada a crer que os funcionários do governo são pessoas que se sacrificam pelo bem público, os políticos não irão sentir qualquer pressão para reduzir essa máquina de espoliação em massa.

Já comecei a procurar a sério um emprego no setor privado. Terei de me submeter a um enorme corte salarial e abrir mão dessas generosas "benesses" que você pagador de imposto me concede. Porém, ao agir assim, estarei finalmente contribuindo com algo positivo para a sociedade. E só assim poderei ser capaz de viver bem comigo mesmo, sem o sentimento de culpa que carrego por estar parasiticamente vivendo bem à custa daqueles que se sacrificam diariamente para me sustentar.
Astolfo Pontes Negreira , carinhosamente conhecido pelo acrônimo AsPoNe, "trabalha" para o governo federal.