O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Roberto Campos: sempre presente, ainda necessário - livros de Paulo Roberto de Almeida

 De tuites de: @Frases_RCampos

(12/11/2022)

Finalizado isso, é hora de ler as homenagens ao Roberto. Gosto muito dos livros do @PauloAlmeida53: A Constituição contra o Brasil sobre a CF de 88 e seu teor nada capitalista e O homem que pensou o Brasil, um verdadeiro resumo do que foi Roberto. Destaque para eles.

Há ainda o O homem mais lúcido do Brasil, uma coletânea de frases basicamente. Não gostei muito, vai ser repetitivo pra vocês. Por fim, Roberto tinha uma seção na Folha com o nome da biografia dele, é fácil de achar seus textos. Fim da thread, obrigado aos que leram e lerão.

E tem também esse site com artigos e entrevistas do Roberto Campos: 

https://web.archive.org/web/20090402035554/http://pensadoresbrasileiros.home.comcast.net/~pensadoresbrasileiros/RobertoCampos/


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida mais acessados na plataforma Academia.edu (1/10/2021)

Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida mais acessados na plataforma Academia.edu 

Levantamento efetuado em 1/10/2021 

(limitado a trabalhos com mais de 1.ooo acessos)

 

 

Título

Acessos

22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Edição de Autor, 2014)

15,301

054) As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização (2006)

7,725

1297) Contra a antiglobalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento antiglobalizador (2004)

6,189

107) A diplomacia brasileira perante o potencial e as pretensões belgas (2014)

5,531

16) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (2010)

4,660

1462) O Brasil e a nanotecnologia: rumo à quarta revolução industrial (2005)

4,306

A Constituição Contra o Brasil: Ensaios de Roberto Campos

4,295

19) Integração Regional: uma introdução (2013)

3,906

Um Ornitorrinco no Itamaraty: crônicas do Itamaraty bolsolavista - Ereto da Brocha (2020)

3,687

039) Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX (2004)

3,565

A política externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araujo

3,527

24) Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (2014)

3,344

108) Brasil no Brics (2015)

2,616

29) O Panorama Visto em Mundorama (2015; 2a. edição)

2,317

25) Rompendo Fronteiras: a academia pensa a diplomacia (2014)

2,113

23) Polindo a Prata da Casa: miniresenhas de livros de diplomatas (2014)

2,045

012) Mercosul, Nafta e Alca: a dimensão social (1999)

1,971

091) Teoria das Relações Internacionais – Apresentação (2012)

1,940

Marxismo e Socialismo (2019)

1,932

056) Planejamento no Brasil: memória histórica (2006)

1,849

530) Brasil e OCDE: uma interação necessária - tese CAE (1996)

1,727

094) A economia do Brasil nos tempos do Barão do Rio Branco (2012)

1,725

14) O Estudo das Relações Internacionais do Brasil (2006)

1,716

005) Os Anos 80: da nova Guerra Fria ao fim da bipolaridade (1997)

1,646

07) Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (2005)

1,560

1820) Mercosul e América do Sul na visão estratégica brasileira: revisão histórica e perspectivas para o futuro

1,525

17) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (2011)

1,504

2306) A economia política da velha Guerra Fria e a nova “guerra fria” econômica da atualidade: o que mudou, o que ficou? (2011)

1,438

01) O Mercosul no contexto regional e internacional (1993)

1,361

001) O Paradigma Perdido: a Revolução Burguesa de Florestan Fernandes (1987)

1,316

A Destruição da Inteligência no Itamaraty (Edição do Autor, 2019)

1,295

102) Oswaldo Aranha: na continuidade do estadismo de Rio Branco (2013)

1,261

081) O império em ascensão (por um de seus espectadores): Oliveira Lima (2009)

1,170

110) Padrões e tendências das RI do Brasil (2013-2015)

1,153

2723) Produção intelectual sobre relações internacionais e política externa do Brasil (1954-2-14)

1,150

1378) O desenvolvimento na era da globalização (2005)

1,114

2801) Por Que a América Latina é Pobre e a América do Norte Rica? (2015)

1,066

21) Nunca Antes na Diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais (2014)

1,064

007) OCDE, UNCTAD e OMC: uma perspectiva comparada sobre a macroestrutura política das relações econômicas internacionais (1998)

1,017

28) Paralelos com o Meridiano 47: ensaios (2015)

1,016

 

 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

1351) Miséria da academia (2): uma relação de trabalhos

Miséria da Academia: uma relação de trabalhos
Paulo Roberto de Almeida
(15.02.2010)

Sou frequentemente questionado – diretamente, ou através de meu site, e também por meio de comentários a certos posts de meus blogs – por estudantes que leram alguns de meus trabalhos mais estreitamente vinculados ao mundo acadêmico, ou seja, apenas aqueles que tem a ver com as práticas e as “pedagogias” universitárias (se o termo se aplica). Esses estudantes confessam, com alguma candura e notável sinceridade, sua frustração com aulas dadas por professores que praticam a chamada doutrinação ideológica e tentam provar aos seus alunos, através de repetidas leituras de textos supostamente marxistas ou mesmo diretamente marxianos, que o capitalismo é efetivamente um ‘sistema perverso’, e que o imperialismo americano é o principal “malfeitor” da humanidade, e que ambos precisariam ser substituídos pelas alternativas que se sabe (indo do velho socialismo esclerosado à surpreendente ingenuidade dos altermundialistas).

Vários deles me pedem para comentar ou escrever a respeito dessas deformações que sequer mereceriam o nome de acadêmicas, não fosse pelo fato de que elas se situam, infelizmente, no âmbito universitário. Na impossibilidade de atender expressamente a esses pedidos, ou por falta de tempo ou pelo fato de que tudo isso representa, para mim, um dejà vu muito antigo, permito-me, neste momento, simplesmente remeter os interessados a alguns textos meus que tem a ver com essa problemática, considerada de modo amplo. Dessa relação excluo, deliberadamente, todos os trabalhos que estão mais diretamente vinculados ao movimento altermundialista, ou antiglobalizador, pois a lista poderia aumentar demais.

Aqui estão relacionados, portanto, alguns dos meus textos produzidos desde 2004, e que tem a ver com o que eu chamei de “miséria acadêmica”, ou seja, a distorção da missão universitária e a alienação – para não dizer embromação – de muitos professores que, ou são ignorantes ou ingênuos (e, nos dois casos, podem ser “consertados”, bastando que se dediquem ao estudo), ou, então, padecem, acredito que deliberadamente, da característica que se encaixa no conceito de ‘desonestidade intelectual’ (talvez o conceito de ‘intelectual’ seja, aqui, inteiramente descabido). Relaciono apenas os trabalhos publicados (e na ordem cronológica inversa, ou seja, os publicados mais recentemente na frente), posto que os inéditos ou originais podem ser em maior número, mas nem sempre acessíveis na internet.

952. “Sobre a responsabilidade dos intelectuais: devemos cobrar-lhes os efeitos práticos de suas prescrições teóricas?”, Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 105, fevereiro 2010, p. 149-159). Relação de Originais n. 2103.

927. “Declaração de Princípios (apenas relembrando certas coisas que são permanentes)”, Via Política (4.10.2009). Republicado no blog Diplomatizzando (14.02.2010). Relação de Originais n. 2041.

918. “Frases de um perfeito idiota latino-americano (dos grandes)”, Via Política (10.08.2009). Relação de Originais n. 2034.

916. “Falácias acadêmicas, 11: o mito da transição do capitalismo ao socialismo”, Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 99, agosto 2009, p. 76-90). Revista Espaço da Sophia (ano 3, n. 29, agosto 2009, p. 1-20). Relação de Originais n. 2029.

915. “Crônica de um desastre anunciado: o socialismo do século 21 na Venezuela
”, Via Política (26.07.2009). Relação de Originais n. 2027.

906. “Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência: mais do mesmo?”, versão resumida no Jornal da Ciência - JC E-Mail (Edição 3787, 19.06.2009); versão completa, pouco modificada, em Via Política (06.07.2009). Relação de Originais n. 2014.

902. “Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21”, Espaço Acadêmico (vol. 9, n. 97, junho 2009). Revista Espaço da Sophia (ano 3, n. 27, junho 2009). Relação de Originais n. 2009.

899. “Falácias acadêmicas, 8: os mitos da utopia marxista”, Espaço Acadêmico (ano 9, n. 96, maio 2009; arquivo em pdf). Relação de Originais n. 2002.

894. “Falácias acadêmicas, 6: o mito da Revolução Cubana”, Espaço Acadêmico (ano 8, n. 94, março 2009). Reproduzido, sob o titulo de “Os Mitos da Revolução Cubana”, Espaço da Sophia (Ano 2, n. 25, p. 1-17, março de 2009). Relação de Originais n. 1986.

891. “Falácias acadêmicas, 5: O mito do complô dos países ricos contra o desenvolvimento dos países pobres”, Espaço Acadêmico (ano 8, n. 93, fevereiro 2009). Reproduzido, sob o título de “Sobre o complô dos ricos contra os pobres”, no site Dom Total (16.04.2009). Relação de Originais n. 1976.

879. “O problema da universidade no Brasil: do público ao privado?”, Via Política (15.12.2008). Relação de Trabalhos nº 1934.

874. “As crises do capitalismo e a crise do marxismo: qual a mais grave?”, Via Política (23.11.2008). Relação de Trabalhos nº 1953.

853. “Falácias acadêmicas, 1: o mito do neoliberalismo”, Espaço Acadêmico (n. 87, agosto 2008). Relação de Trabalhos nº 1912. (Toda a série está disponível no seguinte link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/FalaciasSerie.html).

845. “Miséria da academia (uma crítica à academia da miséria)”, Espaço Acadêmico (n. 86, julho 2008). Relação de Trabalhos n. 1908.

839. “Manifesto Comunista, ou quase...: dedicado a “marquissistas” à beira de um ataque de nervos (a propósito de uma simples resenha)”, Espaço Acadêmico (ano 8, n. 85, junho de 2008). Reproduzido em Via Política (08.06.2008). Relação de Trabalhos nº 1888.

834. “Marxistas totalmente contornáveis” [Resenha de Jorge Nóvoa (org.): Incontornável Marx (Salvador/São Paulo: Unesp/UFBA, 2007, 407 p.)], Espaço Acadêmico (ano 7, nr. 84, maio 2008). Relação de Trabalhos nº 1839.

827. “O fetiche do Capital”, Via Política (31.03.2008). Espaço Acadêmico (ano 7, nr. 83, abril 2008). Relação de Trabalhos nº 1873.

791. “Crônica do petismo universitário: dissolução de uma redundância?”, Espaço Acadêmico (ano 7, n. 77, outubro 2007). Dividido em duas partes e publicado no Via Política (Parte 1: 30.09.07; Parte 2: 7.10.07). Relação de Trabalhos n. 1807.

784. “Já não se fazem mais marxistas como antigamente”, Via Política (29.07.07).Relação de Trabalhos n. 1711.

774. “Uma questão de estilo: declaração ao mercado de dissertações e teses”, Via Política (03.06.2007). Relação de Trabalhos nº 1735.

769. “Presença da universidade no desenvolvimento brasileiro: uma perspectiva histórica”, Via Política (13 maio 2007). Relação de Trabalhos nº 1741.

753. “O afundamento da educação no Brasil (algumas observações angustiadas do ponto de vista dos estudantes)”, Espaço Acadêmico (ano 6, nº 70, março 2007). Republicado em Via Política (14.07.2008). Relação de Trabalhos nº 1726.

737. “A produção do conhecimento nas sociedades contemporâneas: a concentração e as desigualdades são inevitáveis?” [Resenha de Fernando Antonio Ferreira de Barros, A tendência concentradora da produção de conhecimento no mundo contemporâneo (Brasília: Paralelo 15–Abipti, 2005, 307 p.)], Parcerias Estratégicas (n. 23, dezembro 2006, p. 435-446). Relação de Trabalhos n. 1690.

710. “Uma previsão marxista...”, Espaço Acadêmico (ano VI, n. 65, outubro 2006). Relação de Trabalhos n. 1668.

695. “A História não o Absolverá: Fidel Castro e seus amigos brasileiros: um caso de renúncia à inteligência?”, Espaço Acadêmico (ano VI, n. 64, set. 2006). Relação de Trabalhos n. 1661.

690. “Economia política do intelectual”, Espaço Acadêmico (ano VI, n. 63, ago. 2006). Relação de Trabalhos n. 1643.

681. “Educação e desenvolvimento: como o Brasil vem falhando nos dois lados” [Resenha ampliada de Gustavo Ioschpe: A ignorância custa um mundo: o valor da educação no desenvolvimento do Brasil (São Paulo: Francis, 2004, 234 p.)], Revista de Economia e Relações Internacionais (vol. 5, n. 9, julho 2006, p. 139-142). Relação de Trabalhos n. 1602.

638. “Esquerda versus direita: de volta a um velho debate...”, Espaço Acadêmico (ano VI, n. 59, abril 2006). Relação de Trabalhos n. 1541.

623. “As novas teses de abril: sugestões para o próximo encontro nacional de um grande partido”, Espaço Acadêmico (ano V, n. 57, fevereiro 2006). Relação de Trabalhos n. 1545.

616. “Idéias vencedoras e conceitos derrotados: de volta ao velho debate sobre a grande ruptura”, Espaço Acadêmico (ano VI, n. 55, dezembro 2005). Relação de Trabalhos n. 1502.

571. “Um intercâmbio acadêmico: a cultura da esquerda em questão”, Espaço Acadêmico (ano V, n. 49, junho 2005). Relação de Trabalhos n. 1426.

549. “A cultura da esquerda: sete pecados dialéticos que atrapalham seu desenvolvimento”, Espaço Acadêmico (ano V, n. 47, abril 2005). Relação de Trabalhos n. 1413.

545. “Economistas Voláteis e Juízes Malucos: dois males do Brasil contemporâneo; II. Fazendo justiça com as próprias mãos”, Espaço Acadêmico (ano V, n. 46, março 2005). Relação de Trabalhos n. 1401.

542. “Economistas Voláteis e Juízes Malucos: dois males do Brasil contemporâneo (I)”, Espaço Acadêmico (ano V, n 45, fevereiro 2005). Relação de Trabalhos n. 1387.

473. “Niilismo filosófico-político?” [Resenha de Paulo Eduardo Arantes, Zero à Esquerda (São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2004, 306 p.)], Parlata (http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=30). Relação de Trabalhos nº 1318.

453. “Implementando a revolução marxista do Manifesto: (uma lista atualizada de medidas)”, Diplomatizzando (14.02.2010). Relação de Trabalhos nº 1256.

437. “Miséria das universidades ou miséria dos universitários?”, JC e-mail (edição 2463, 11.02.04). Relação de Trabalhos nº1204.


Permito-me, igualmente, remeter aos trabalhos publicados nas revistas eletrônicas Espaço Acadêmico (vários deles aqui citados; nos links: http://www.espacoacademico.com.br/arquivo/almeida.htm, para a série “antiga”, e http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico, para a nova série, a partir do n. 96), e Espaço da Sophia (http://www.pralmeida.org/06LinksColabor/09EspacoSophia.html), no boletim digital Via Política (http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_indice.php) e no site Ordem Livre (http://www.ordemlivre.org/textos/autor/203). Também tenho colaborado regularmente com o site Mundorama (www.mundorama.net), que costuma reproduzir alguns artigos no periódico Meridiano 47 (http://www.pralmeida.org/06LinksColabor/01Meridiano47.html), e com o site Dom Total (http://www.domtotal.com/colunistas/coluna.php?artColId=6).

Se posso agregar um comentário final, seria este: a universidade pública brasileira, pelo menos nas suas seções dedicadas às humanidades, caminha lentamente para a decadência, processo que é antes de tudo de natureza intelectual, mas que também tem duas dimensões morais ou éticas. Não se trata de algo irreversível, como já escrevi anteriormente, mas é algo propriamente calamitoso, do ponto de vista dos alunos que tem de suportar – creio que é verbo apropriado – professores incompetentes ou desonestos intelectualmente. Acredito que haverá recuperação, mas dependerá das exigências dos próprios alunos, consoante o velho princípio segundo o qual “burro velho não aprende” (embora a maioria sejam jovens recém egressos dos mesmos bancos universitários onde estudaram, mas onde eles, mais propriamente, se “deformaram”).
Enfim, enquanto eu não sentir alguma mudança significativa nas IFES, vou continuar meu trabalho de análise critica, mas creio que o processo vai demorar algum tempo. Como diria Keynes...

Brasília, 15.02.2010