Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Solidariedade "socialista" foi para o espaco? E o internacionalismo proletario?
Cuba, que viveu de "mensalão" dos irmãos socialistas durante praticamente toda a existência da ditadura dos irmãos Castro, agora precisa pagar, com juros, o dinheiro recebido...
Triste sina, tristes tempos...
Paulo Roberto de Almeida
Cuba debe 1,200 mdd al Estado rumano, según Bucarest
Bucarest – EFE
El Universal, 27/11/2012
Cuba adeuda unos 1,200 millones de dólares a Rumanía por los créditos concedidos a los “países amigos” durante el régimen comunista de Nicolae Ceausescu, informó hoy el diario local Adevarul con datos del Ministerio de Finanzas.
Según la administración pública, la deuda del país caribeño asciende a 1.300 millones de rublos soviéticos, utilizados hasta 1991, y que con la conversión de las autoridades rumanas supondrían unos 1.200 millones de dólares actuales.
La recuperación del dinero choca con el “absoluto rechazo de las autoridades cubanas, que acaparan el 100 % de la deuda rumana en rublos, a aceptar el inicio de las negociaciones para convenir el coeficiente de la conversión del rublo al dólar y establecer una modalidad de reembolso”, precisa el Ministerio de Finanzas.
En total, Rumanía aún tiene que recuperar unos 2.355 millones de dólares de las deudas contraídas durante el pasado régimen comunista, y además de Cuba, los mayores deudores son Irak y Sudán, según las fuentes del Ministerio de Finanzas.
A finales de los años 70 y a lo largo de la década de los 80, todos los productos de calidad rumanos (madera, cristal, alimentos) se exportaron para eliminar la deuda externa, lo que provocó malestar social entre la población.
Pausa para... o velho Camoes (e certas pretensoes...)
(mas não confundir com outros "luises" ou "luizes" que andam por aí, trocando versos, maltratando a língua do vate, diminuindo as glórias da estirpe varonil que nos deu origem, enfim, diminuindo o engenho e a arte dos varões assinalados, com armas ou sem armas...)
"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Com uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
XCV do Canto IV (O Velho do Rastelo)
Edição do quarto centenário do nascimento do poetam 4a. edição; Lisboa: Lumen, 1924, p. 153.
"Companheiros: estou sentindo que estao me apunhalando..."
Paulo Roberto de Almeida
O dono do escândalo
O indiciamento alcançou 11 outros ocupantes de cargos públicos, além do notório ex-senador Gilberto Miranda. Cinco pessoas foram presas, entre as quais três irmãos, o empresário Marcelo Rodrigues Vieira, um diretor da agência reguladora da aviação civil (Anac), Rubens Carlos Vieira, e outro da agência de águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira - ambos patrocinados pela amiga de Lula. A PF devassou o apartamento de Rose e o gabinete de Holanda. No dia seguinte, a presidente Dilma Rousseff afastou de suas funções os diretores das agências (tendo mandato aprovado pelo Senado, eles não podem ser demitidos sumariamente) e mandou abrir processo disciplinar contra eles. O caso da nomeação de Paulo Rodrigues, tido como chefe da gangue e também chegado a Lula e a Dirceu, é um capítulo de livro de texto sobre a esbórnia no Estado sob o governo petista e a serventia de seus aliados nos altos círculos do poder nacional.
Submetida ao Senado, como requerido, a indicação começou mal e seguiu pior. A primeira votação terminou empatada. Na segunda, o nome foi rejeitado por um voto de diferença. Se os mandachuvas da República se pautassem pela decência, a história terminaria por aí. Não terminou porque, contrariando até mesmo um parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o seu presidente José Sarney ordenou uma terceira votação da qual o afilhado de Rose saiu vencedor por confortável maioria. A essa altura, 2010, estava para mudar a sorte da madrinha - cuja influência derivava diretamente de sua intimidade com Lula, a quem, aliás, acompanhava nas viagens ao exterior, não se sabe bem para fazer o que. Eleita Dilma, que só a manteria no posto em São Paulo para não criar caso com o padrinho, Rose tentou em vão conseguir uma boquinha em Brasília. O imponderável fez o resto.
Em um dia de março do ano passado, um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) procurou a Polícia Federal para se confessar. Contou que aceitara uma propina de R$ 300 mil, dos quais já havia recebido um adiantamento de R$ 100 mil, para produzir um parecer técnico sob medida para uma empresa que atua no Porto de Santos. Além disso, Paulo Rodrigues Vieira falsificou um documento acadêmico para beneficiar o funcionário. Mas este se arrependeu, devolveu o dinheiro e revelou aos federais o que sabia. A PF abriu inquérito, obteve autorização judicial para grampear telefonemas e interceptar e-mails. Do material, emergiu uma Rose que lembra a personagem do samba de Chico Buarque que pedia apenas "uma coisa à toa" - no caso, um cruzeiro de Santos a Ilha Grande animado por uma dupla sertaneja, um serviço de marcenaria, uma pequena operação… Claro que ela também empregou uma filha na Anac e o marido na Infraero. Tinha fama de mandona e jeito de alpinista social.
Mas o dono do escândalo é quem deu a Rose o aparentemente inexplicável poder de que desfrutava, a ponto de o Senado de Sarney inovar em matéria de homologação de um futuro diretor de agência reguladora. Ao se declarar "apunhalado pelas costas", Lula faz como fez quando o mensalão veio à tona, e ele, fingindo ignorar a lambança, se disse "traído". Resta saber se, desta vez, tornará a repetir mais adiante que tudo não passou de uma "farsa" - quem sabe, uma conspiração da Polícia Federal com a mídia conservadora, a que a sua sucessora no Planalto afinal sucumbiu.
"Sorry, brasileiros: essa conversa de cambio nao pega..." (China, ...)
China rechaza propuesta de Brasil sobre desequilibrios bancarios en la OMC
Ginebra, 26 de noviembre de 2012
- "Brasil no es la única víctima de la volatilidad de las monedas", sentenció China en su intervención, admitiendo el problema, pero rechazando de plano que éste deba resolverse en el marco de la OMC.
En la reunión de este lunes del Grupo de Trabajo sobre Comercio, Deuda y Finanzas de la OMC se discutió el documento “Desalineamientos cambiarios y remedios comerciales: una nota conceptual de Brasil”, en el que se denuncia que la devaluación artificial de divisas como el dólar, el euro o el yuan provocan la valorización de la moneda brasileña, el real, y por tanto perjudican sus exportaciones.
“Brasil no es la única víctima de la volatilidad de las monedas”, sentenció China en su intervención, admitiendo el problema, pero rechazando de plano que éste deba resolverse en el marco de la OMC.
Agregó que, “además, sería aún más erróneo intentar arreglarlo aplicando medidas comerciales. Aplicar medias comerciales, entiéndase un aumento de los aranceles o la imposición de medidas de compensación, no tendría ningún efecto positivo y sería un problema para varias normas básicas de la OMC”.
Brasil había aclarado previamente que no estaba proponiendo ninguna receta para crear el mecanismo que permita establecer cuándo un país podría adoptar medidas arancelarias a causa del impacto de los desequilibrios cambiarios, sino que sólo pretendía incluir la discusión en la agenda del organismo que rige el comercio mundial.
No obstante, como con anterioridad Brasilia sí que había planteado la posibilidad de aplicar medidas compensatorias, varios de los participantes fueron claros y categóricos.
“Suiza considera que las restricciones al comercio y las medidas compensatorias no son la respuesta adecuada a los problemas ligados a la volatilidad de los tipos de cambio”, afirmó la Confederación Helvética.
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Chineses criticam proposta brasileira sobre câmbio
Assis Moreira | De Genebra
Valor Econômico, 28/11/2012
Sorry Ladies: gender inequality in wages is NOT a perversion of capitalism...
by Gregory Cummings
Mises Daily, November 27, 2012
With the re-election of President Barack Obama, it is increasingly evident that the tax eaters outnumber the taxpayers in America. From food stamps to free cell phones, President Obama has achieved significant political success by putting more and more Americans on the government dole. During his recent re-election bid, this effort included considerable pandering to women voters.
Chief among his focus on women's issues is the so-called equal-pay-for-equal-work campaign. In a speech for the campaign, President Obama said,
The very first bill I signed into law as president was the Lilly Ledbetter Fair Pay Restoration Act. It was a big step toward making sure every worker in this country, man or woman, receives equal pay for equal work.While it is true that a wage gap between the sexes does exist, common sense and empirical evidence demonstrate that this difference is due to the various individual choices that men and women make with regard to compensation and labor-force participation. It is not caused by sexist employer discrimination.
However, the lack of need has never compelled government to stop passing laws. In the same speech, the president goes on to say, "Thanks to this law, we're one step closer to fair pay for all Americans, but there's still more work to do."
No, there isn't it. Instead of correcting an alleged injustice, additional equal-pay-for-equal-work legislation will only institutionalize wage controls, which neuter the market allocation of resources. Tragically, women, the targeted beneficiary of this supposed government beneficence, will become the primary casualty in the resulting chaos.
The Wage-Gap Illusion
The standard refrain of spurious equal-pay-for-equal-work advocacy is that women are paid only 77 cents for every dollar a man earns. It is noted that "this alleged unfairness is the basis for the annual Equal Pay Day observed each year about mid-April to symbolize how far into the current year women have to work to catch up with men's earnings from the previous year."[1] The president blames this wage gap on the deleterious actions of male-chauvinist-pig employers:In this economy when so many folks are already working harder for less and struggling to get by, the last thing they can afford is losing part of each month's paycheck to simple and plain discrimination.[2]Also, according to the president, as quoted in the Huffington Post,
Right now, women are a growing number of breadwinners in the household. But they're still earning just 77 cents for every dollar a man does — even less if you're an African American or Latina woman. Overall, a woman with a college degree doing the same work as a man will earn hundreds of thousands of dollars less over the course of her career. So closing this pay gap — ending pay discrimination — is about far more than simple fairness.[3]The truth of the matter isn't so sinister. As Thomas E. Woods, Jr., senior fellow at the Ludwig von Mises Institute, eloquently articulates, much of the wage gap can be explained by differences in labor-force participation between men and women:
Many women who enter the labor force are aware that at some point they will have to interrupt their careers, probably for a matter of years, to take care of their children. Naturally, then, women are more likely than men to seek jobs with slow obsolescence rates that allow them to take time off without finding that their skill or knowledge has become outdated by the time they resume their careers. Married women tend to seek flexible working hours to accommodate their schedules. Many work only part time. Many would like to work near their homes. And so on.In addition, the wage statistics used to calculate the gender wage gap only take into consideration direct wages and not total employee compensation. Wages, when viewed from a total-compensation perspective, include various employer expenditures such as health and dental benefits, vacation entitlements, retirement contributions, employee-purchase-discount programs, commissions, conferences and events, licensing fees, and parental-leave supplements, among others. Not unexpectedly, "research indicates that women may value non-wage benefits more than men do, and as a result prefer to take a greater portion of their compensation in the form of health insurance and other fringe benefits."[5]
These requirements place some restraints on what women are likely to earn vis-à-vis men. For one thing, such highly paid occupations as law and medicine are extremely difficult to leave and re-enter after a multi-year absence. Second, since many women seek the job criteria listed above, the result is a great many women competing for the narrow range of jobs that fit these criteria. Somewhat lower wages in these jobs are merely a reflection of supply and demand — the only rational way of allocating labor efficiently. [4]
As Christina Hoff Sommers, resident fellow at the American Enterprise Institute, explains, these conclusions are illustrated by the best available empirical findings:
One of the best studies on the wage gap was released in 2009 by the U.S. Department of Labor. It examined more than 50 peer-reviewed papers and concluded that the 23-cent wage gap "may be almost entirely the result of individual choices being made by both male and female workers."…Woods reinforces this point:
What the 2009 Labor Department study showed was that when the proper controls are in place, the unexplained (adjusted) wage gap is somewhere between 4.8 and 7 cents.[6]
It turns out, incidentally, that single, never-married women of comparable education and experience and who work full time have the same incomes as their male counterparts. The so-called wage gap completely disappears once we stop comparing apples and oranges. Diana Furchtgott-Roth, President Bush's chief of staff for his Council of Economic Advisors, makes this point in Women's Figures: An Illustrated Guide to the Economic Progress of Women in America. So have many, many other economists who have bothered to study the data (and use common sense).[7]
Equal Pay and No Work
Of great concern to women (and all citizens) should be the temptation on the part of government to attempt to legislate away the alleged gender wage gap through equal-pay-for-equal-work legislation. For such government action, instead of benefiting women, would cause rampant female unemployment in the same way that legislated minimum-wage requirements contribute to increased unemployment of low-skilled workers. The reasoning is simple. First, the documented differences in productivity owing to varying labor-force-participation patterns (accompanied by mandated equal wages) would make it more cost effective to hire men as opposed to women. Second, if women receive equal direct wages and increased indirect benefits (such as maternity-leave supplements, for example) it will also be more cost effective to hire men instead of women. The net effect is increased female unemployment.Professor Walter Block illustrates this in his delightfully provocative book The Case for Discrimination:
As well, contrary to the self-styled feminists, there is nothing intrinsic in a job that makes it worthy of compensation. Crucial in any determination of wage rates is the demand on the part of consumers for the service supplied.In addition, equal-pay-for-equal-work legislation increases the susceptibility of innocent employers to frivolous lawsuits.[9] Consider the example of an employer in the X industry who currently employs one male employee at $50,000 per year. Because the X industry is ultimately subject to the sovereignty of the consumer, shifting consumer desires will influence such things as sales and the available supply of workers. Changing market conditions may necessitate the hiring of an additional employee at a reduced salary of $40,000. In the presence of equal-pay-for-equal-work legislation, the employer in our example would be wise to hire another male employee. Were the employer to hire a female employee, regardless of whether or not she is the most qualified person for the position or willing to be employed at the reduced salary, he would subject himself to significant liability in the form of a potential pay-discrimination lawsuit, even though no such gender discrimination exists. There would be no such liability associated with hiring another male employee. This, too, would exacerbate female unemployment.
Right now, for example, the skill, effort, responsibility, and working conditions of dentists are such that they receive high compensation.
But were a cure for tooth decay to be uncovered tomorrow, their wages would plummet without any discrimination whatsoever in these objective measurements in the performance of dentists.
Further, any proposal that artificially raises the salaries of a given calling beyond its productivity level threatens it with unemployment. But equal pay enactments are always couched in terms of raising female incomes, never reducing those of males.
As such, they threaten to price women out of the market, in a manner similar to what has already happened to young people, who have been rendered less employable by minimum wage laws.[8]
Paradoxically, while equal-pay-for-equal-work legislation is proposed in the United States in order to protect women workers, it has been used in South Africa as a means of protecting white unionists from the competition of lower-paid black workers.[10] It cannot simultaneously achieve both goals.
The Free Market Punishes Discrimination
It is important to note that if the unexplained gender wage gap of 4.8 to 7 cents is caused solely by employer discrimination and not other factors, it will be rapidly eliminated on the free market. As Professor Block explains,The mythical "sexist pig" employer would soon go the way of the dodo, courtesy of market forces. If he were stupid enough to hire a male when he could have employed an equally productive female for less money (because of the pay "gap"), his gender-blind competitors would hire her, and price him out of the business.[11]The increased demand for female workers would drive women's wages higher. Alternatively, the reduced demand for male workers would drop men's wages lower. The end result would be a tendency toward equilibrium and the disappearance of the gender wage gap. Voila! Problem solved.
Government Enables Discrimination
On the other hand, because the government does not engage in economic calculation and is not subjected to the profit-and-loss test of private industry, there are no free-market forces at work counteracting possible gender discrimination on the part of public employers. Despite the fact that gender wage discrimination violates the Equal Pay Act of 1963, there is an increased risk of such discrimination in government. Amusingly, as the president continues his pretentious crusade toward "equality," a gender wage gap has been noted in the Obama White House.All of President Barack Obama's employees may not be treated equally in the White House, as recently released financial records show that female employees earn significantly less than their male counterparts.
Using the 2011 annual report of White House staff salaries that was submitted to Congress, an $11,000 difference is clear between the median female employee salary and the median male employee salary.
This news comes on top of continued criticism — of both President Obama and prior presidents — that women are underrepresented in the White House. [12]
Conclusion
President Obama believes in a discriminatory gender wage gap caused by unscrupulous employers. He is in favor of passing additional laws to mandate equal pay for equal work. In essence, President Obama is peddling affirmative action for women. The notion that government compulsion is necessary to elevate women from second-class status should be seen for what it is: a degrading insult to women and an obvious falsehood. As has been previously demonstrated, no special treatment is required in order for women to get ahead. In fact, "Census data from 2008 show that single, childless women in their 20s now earn 8 percent more on average than their male counterparts in metropolitan areas."[13]When it comes to women's issues, as with all other issues, the path of liberty is at once the most prosperous and compassionate choice. Don't let anyone, not even the president, convince you otherwise.
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Notes
[1] Christina Hoff Sommers, "Wage gap myth exposed — by feminists," American Enterprise Institute for Public Policy Research, November 5, 2012.[2] Diana Furchtgott-Roth, "Women's Figures: Second Edition, An Illustrated Guide to the Economic Progress of Women in America," American Enterprise Institute for Public Policy Research, November 6, 2012.
[3] Bernard Whitman, "52 Reasons to Vote for Obama: #23 Equal Pay for Women," HuffingtonPost.com, November 10, 2012.
[4] Thomas E. Woods, Jr., "The 'Pay Equity' Racket," the Free Market, November 4, 2012.
[5] CONSAD Research Corporation. (2009). An analysis of the reasons for the disparity in wages between men and women. (GS-23F-02598, Task Order 2, Subtask 2B). Pittsburgh, PA. November 5, 2012.
[6] Christina Hoff Sommers, "Wage gap myth exposed — by feminists."
[7] Thomas E. Woods, Jr., "The 'Pay Equity' Racket."
[8] Walter Block, The Case for Discrimination, p. 215.
[9] For this point I am indebted to Peter Schiff.
[10] Block, The Case for Discrimination, p. 189.
[11] Ibid., p. 205.
[12] Meghan Keneally, "Women paid significantly less in Obama White House than their male counterparts," Mail Online, November 5, 2012.
[13] Christina Hoff Sommers, "The case against the Paycheck Fairness Act," American Enterprise Institute for Public Policy Research, November 5, 2012.
Banco Internacional Futebol Clube?, ou Confederacao Mundial da Politica Monetaria?
Britain Picks Canadian To Head BOE
(ou seja, a Grã-Bretanha escolheu um canadense para dirigir o seu banco central, o Bank of England)
Ao mesmo tempo fiquei sabendo que a impoluta, transparente, corretíssima, espartana, limpíssima Confederação Brasileira do Futebol descartou qualquer convite ao antigo técnico do Barça (o time de futebol de Barcelona), hoje vivendo em New York, para ser o novo técnico da seleção brasileira de futebol, na saída do antigo, sumariamente demitido por razões ainda obscuras (mas que são certamente mal cheirosas, sabendo que o vice-presidente da CBF anda metido com grandes irregularidades no setor financeiro).
Enfim, quando se cogitou desse convite, eu nunca o considerei factível, realista ou possível, por "n" razões, entre elas de que não basta ser o bem sucedido técnico de um time muitas vezes campeão no plano mundial para ter sucesso no futebol tupiniquim, também muitas vezes campeão, mas certamente por outros méritos e características que fizeram do Barça um dos maiores times da história secular do futebol.
A razão principal, obviamente, é que ninguem, com raríssimas exceções -- salvo um ou outro louco, como este que aqui escreve --, concordaria em ter um "estrangeiro" -- oh!, que horror, não é mesmo? -- à frente do esquadrão canarinho de tão gloriosas tradições tupiniquins (e várias outras jabuticabais).
Por que isso? Bem, parece que além de sermos nacionalistas em várias coisas, somos terrivelmente chauvinistas em matéria de futebol (e desculpem a expressão de origem francesa, mas vocês não esqueceram que football é importado, não é mesmo Aldo Rebelo?).
(9,99% dos brasileiros considerariam um atentado à soberania nacional ter um técnico estrangeiro à frente da nossa glorioso seleção (hoje bem menos gloriosa, e um pouco mercenária...).
Eu não: eu veria com naturalidade, e acho que até seria bom, embora eu também tenha 99,99% de certeza de que, se tal loucura fosse concretizada, por um desses milagres que ocorrem a cada 2 mil anos, ela simplesmente não daria certo: o técnico seria um fracasso, e seria também demitido no espaço de poucos meses.
Mas vejam vocês: a velha Grã-Bretanha (na verdade o Reino Unido) entrega o comando de uma das instituições mais relevantes do reino, aquela que cuida da sua saúde monetária, o guardião do poder de compra da velha libra esterlina a um estrangeiro, recrutado unicamente com base no mérito, numa seleção aberta, na qual qualquer cidadão do mundo, inclusive um aborígene da Nova Guiné, ou o nosso mais competente Armínio Fraga, poderia ter se apresentado e ter sido eleito, ou escolhido.
Não é interessante?
Eu também acho, e acho também que os presidentes, os reitores de faculdades, vários (talvez todos) os ministros, os juízes do Supremo também poderiam (quem sabe deveriam?) ser recrutados em bases mais amplas do que esse modesto quinhão de apenas 194 milhões de brasileiros (na verdade menos, pois temos de tirar daí pelo menos dois terços de analfabetos funcionais).
Não seria bom se pudéssemos contar com os talentos de zilhões de chineses, americanos, europeus, australianos, hotentotes e pigmeus, para dirigir o nosso país, suas universidades, a Suprema Corte, pessoas recrutados unicamente com base na sua competência, dedicação, plano de trabalho, metas a serem cumpridas e, sobretudo, conhecimento e experiência?
Eu colocaria anúncios na Economist e no Wall Street Journal para recrutar o nosso presidente do Banco Central tranquilamente, assim como ofereceria salários milionários para o bom administrador que resolvesse enfrentar a dura tarefa de corrigir nossas universidades públicas (claro, teria que passar primeiro o trator em cima do MEC, mas isso seria permitido), e também acharia bom que juízes experimentados de outros países resolvessem aplicar a nossa lei, apenas com base na lei escrita -- o que não deve ser difícil de fazer, sendo um cidadão normalmente alfabetizado -- e não com o espírito justiceiro de quem pretende corrigir injustiças "históricas" cometendo outras injustiças e rompendo com o princípio da igualdade de todos os cidadãos (e cidadãs).
OK, acho que as pessoas não estão preparadas para isso, ainda, mas seria bom se começassemos por algo inócuo, como o futebol. Inócuo? Claro, a despeito de dar alegria a todos nós, uma derrota no futebol não é uma tragédia, não diminui a renda nacional, não produz déficit orçamentário, nem crise de balanço de pagamentos, tampouco problemas institucionais, só um pouco de tristeza.
Eu sei que não daria certo, mas não custa tentar...
Paulo Roberto de Almeida
RBPI: novas instrucoes aos autores prospectivos
Ela agora passará a publicar unicamente artigos em Português e em Inglês, preferencialmente nesta última língua, o que a deixa bem mais internacionalizada, o que eu acho excelente.
Abaixo transcrevo as novas instruções constantes de sua nova plataforma de acesso, para submissão de artigos e para revisão de material submetido (o que acabo de fazer, neste mesmo instante, aproveitando para já atualizar meus dados de conta e acesso).
Convido todos os batalhadores desta área (OK, os que não forem batalhadores, apenas interessados, também podem) a consultar o site da revista e a se interessar pelo novo formato e novos requerimentos.
Estamos trabalhando continuamente para fazer da RBPI uma revista melhor, aliás, bem mais o seu editor, Antonio Carlos Lessa, do que este editor adjunto, bem mais virtual do que real...
Paulo Roberto de Almeida
Editor Adjunto da RBPI
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Enquanto isso, do outro lado do mundo...
Assim, são as grandes potências: torram dinheiro dos seus trabalhadores, empresários e contribuintes, apenas para provar ao mundo que são grandes, que são potências, que são poderosas, e que podem até ficar bravas, de vez em quando. Redundante, não é mesmo?
Pois é: justamente quem não pode é quem mais gasta...
Ainda bem que o governo brasileira só gasta dinheiro com coisas úteis, dinheiro bem empregado, gasto justamente com quem mais precisa. Os senadores, por exemplo...
Paulo Roberto de Almeida
As Regional Tensions Rise, China Lands Jet on First Carrier
By EDWARD WONG
The New York Times, November 25, 2012
A version of this article appeared in print on November 26, 2012, on page A6 of the New York edition with the headline: As Regional Tensions Rise, China Lands Jet on First Carrier.
Noticia que eu GOSTEI de ter lido: livre comercio UE-EUA
Paulo Roberto de Almeida
Trade Deal Between U.S. and Europe May Come to the Forefront
By JACK EWING
The New York Times, November 25, 2012
Karel De Gucht, the European trade commissioner, said that debate on a Nafta-like pact was coming to the forefront again.
“There is now, for the first time in years, a serious drive towards an E.U.-U.S. free-trade agreement,” Karel De Gucht, the European trade commissioner, said in Dublin earlier this month.
FRANKFURT — A free-trade agreement between the United States and Europe, elusive for more than a decade but with a potentially huge economic effect, is gaining momentum and may finally be attainable, business and political leaders say.
Arduous negotiations still lie ahead, but if technical hurdles can be overcome, supporters of a pact argue, it could rival the North American Free Trade Agreement in scale and be a cheap way to encourage growth between the European Union and the United States, which are already each other’s biggest overseas trading partners.
Within days, if not hours, of President Barack Obama’s re-election, numerous European leaders, including Angela Merkel, the German chancellor, and David Cameron, the British prime minister, were urging Mr. Obama to push for a free-trade agreement. The Europeans hope that eliminating frictions in U.S.-E.U. trade would provide some badly needed economic growth.
Corporations and business groups on both sides of the Atlantic are also pushing hard for a pact. Tariffs on goods traded between the United States and the European Union are already low, averaging less than 3 percent. But companies that do substantial amounts of trans-Atlantic business say that even a relatively small increase in the volume of trade could deliver major economic benefits.
“The reason we care about this is because these base line numbers are so huge,” said Karan Bhatia, a former deputy U.S. trade representative who is now vice president for global government affairs at General Electric in Washington. “This could be the biggest, most valuable free-trade agreement by far, even if it produces only a marginal increase in trade.”
Noting that a free-trade agreement would not cost taxpayers any money, Mr. Bhatia said, “This is the great, untapped stimulus.”
While China has dominated the political debate in the United States, U.S. trade with Europe is much larger, totaling $485 billion in goods in the first nine months of this year, compared with $390 billion in trade with China.
Perhaps more important for U.S. companies, Europe buys much more from the United States than China does. U.S. exports of goods to Europe through September totaled $200 billion, according to U.S. government data , while China imported $79 billion worth of U.S. goods.
“The economic music is between America and Europe,” said Fred Irwin, president of the American Chamber of Commerce in Germany. The organization has been among groups lobbying energetically for a comprehensive agreement to replace the potpourri of existing tariffs and regulations and also to roll back national rules in Europe that may impede trade.
The chamber estimates that an agreement that eliminated tariffs and other barriers between the United States and Europe could add 1.5 percentage points to growth on both sides of the Atlantic. While that may be optimistic, economists agree that trade increases when barriers fall.
Supporters of an agreement hope that Mr. Obama will visit Europe early in 2013 and that he agree while there on a framework for negotiations that could lead to a detailed agreement within several years. They argue that a pact would offer Mr. Obama an opportunity to improve his relations with the business community while reaching out to European political leaders who feel he has taken them for granted.
“The Europeans believe that Obama does not care about Europe,” said Mr. Irwin, who has met with E.U. government leaders on the trade issue.
Asked about the U.S. position, Andrea Mead, a spokeswoman for Ron Kirk, the U.S. trade representative, said in an e-mail that the working group “continues to work to assess how best to increase U.S.-E.U. trade and investment to produce additional economic growth and jobs, and improve our international competitiveness.”
There does not seem to be any broad-based political opposition to an E.U.-U.S. trade agreement, as there was to Nafta. But some industry groups have expressed concern about how a free-trade accord would affect them.
Last week, a coalition of food and agricultural groups led by the National Pork Producers Council in the United States wrote to Mr. Kirk, expressing concern that a free-trade agreement might leave them out.
The council complained that in the past, Europe had blocked imports of genetically modified corn and soy products and objected to American companies’ use of product descriptions like “Parmesan” cheese. In Europe, that label is reserved for cheese that comes from the Parmigiano-Reggiano region of Italy.
At least since the 1990s, there have been informal talks about an agreement that would reduce or eliminate already low tariffs and — more crucially for many businesses — harmonize regulations governing industries like pharmaceuticals and auto parts. While those talks wore on, political leaders on both continents focused on treaties with faster-growing countries like South Korea. Trade between the Europe and the United States already was believed to work pretty well, so there was little urgency to make it better.
“I haven’t heard anyone say it doesn’t make sense,” said Peter Beyer, a member of the German Parliament from Ms. Merkel’s party, the Christian Democrats, and a major advocate of an agreement. “It just hasn’t been at the top of the agenda.”
Efforts to improve the U.S.-E.U. trade relationship gained momentum after the failure of the so-called Doha Round of global trade talks. In addition, Canada and the European Union are close to a free-trade agreement, which puts pressure on the United States to follow suit. Mr. De Gucht, the E.U. trade commissioner, met Thursday with Edward D. Fast, the Canadian trade minister, and said in a statement afterward that negotiations were in the “home straight,” or final stages.
So far the Obama administration has been fairly quiet about a European trade agreement, perhaps wary of raising expectations. A so-called High-Level Working Group, which includes E.U. and U.S. representatives, is expected to make recommendations by the end of the year or by early 2013.
Even though the United States and Europe have a long history of trade and friendly relations, any agreement will be complicated because of the number of countries involved. The European Union has 27 members. Unlike Nafta, which eventually eliminated duties on goods sold between Mexico, the United States and Canada, a European free-trade agreement would focus more on harmonizing regulatory standards between the United States and Europe.
For example, Daimler, the German maker of cars and trucks, would like to see a trade agreement that freed it from having to obtain multiple certifications every time it puts a new variety of Mercedes engine on the market. The pharmaceutical industry is also particularly eager to avoid having to test new treatments on both continents.
“The current regulatory complexity slows down the approval of innovative drugs and cheaper generics in both regions,” Ulf M. Schneider, president of Fresenius, a German health care company, said in an e-mail. Fresenius, based in Bad Homburg, near Frankfurt, is best known as the world’s largest provider of dialysis services, but it also has a biotechnology unit that is developing cancer treatments.
But the complexity of regulatory issues also makes agreement more difficult, which is another reason why it has taken so long to reach one. “History shows that removing nontariff barriers is much harder than removing tariff barriers,” Mr. Schneider said.
A version of this article appeared in print on November 26, 2012, on page B2 of the New York edition with the headline: Trade Deal Between U.S. and Europe Resurfaces.
Noticias que eu preferia NAO ter lido (ou: ilusoes economicas, 2)
China critica proposta de política monetária do Brasil
"Nós, juntamente com muitos outros países, temos criticado essa política irresponsável e que empobrece seus vizinhos", disse o vice-representante permanente da China na OMC, Zhu Hong, em referência à política de estímulo monetário conhecida como QE.
"Ela (a política) tem um impacto negativo sobre países em desenvolvimento ou emergentes, em particular", disse Zhu durante o debate na OMC, em Genebra, sobre flutuações cambiais, de acordo com transcrição divulgada por uma autoridade chinesa.
O encontro foi convocado para abordar a proposta brasileira de que as regras da OMC incluam um sistema responsável por lidar com desajustes monetários.
O embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevedo, que alguns diplomatas da área de comércio dizem ser um candidato a substituir o atual diretor-geral da organização, Pascal Lamy, assim que o francês deixar o cargo no próximo ano, tem gradualmente endurecido suas exigências no assunto.
Após conseguir que os membros da OMC concordassem em analisar os conteúdos disponíveis sobre o assunto no ano passado, o Brasil fez circular uma proposta em 5 de novembro explicando que as regras da OMC abordavam distorções no comércio vinculadas ao câmbio, mas não instrumentos adequados para uma ação direta.
"A OMC parece estar sistematicamente mal equipada para lidar com os desafios oferecidos pelos efeitos macro e microeconômicos de taxas de câmbio sobre o comércio", disse o Brasil em sua proposta, cuja cópia foi obtida pela Reuters.
"Os membros (da OMC) podem desejar, nesse contexto, considerar a necessidade de soluções de comércio na taxa de câmbio e iniciar algum trabalho analítico para esse efeito", acrescentou o país.
A proposta não menciona "quantitative easing" e faz um apelo explícito a uma análise "a partir de uma visão sistêmica".
O texto inclui um gráfico que mostra o desajuste estimado do real, com sobrevalorização de quase 40 por cento em 2011. O Brasil já havia dito que o QE é egoísta, atribuindo perda de exportações de emergentes a esse mecanismo.
Mas o chinês Zhu diz que o assunto cabia ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e não à OMC.
"A questão monetária é, em essência, de política monetária. O caminho correto para se resolver esse assunto passa pelo aumento da responsabilidade e da promoção da coordenação entre os emissores de divisas de reserva internacional", acrescentou.
Precedente ruim - Donald Kohn, ex-vice-chairman do Federal Reserve (banco central norte-americano) e membro do comitê de política financeira do Banco da Inglaterra (BC britânico), disse que, ainda que não estivesse familiarizado com a proposta, tais ideias não fazem sentido a partir de um ponto de vista econômico.
"As economias de mercados emergentes deveriam se adaptar e mudar suas regulações para permitir que suas taxas de câmbio sejam mais flexíveis onde seja apropriado", afirmou à Reuters, após discursar em Genebra mais cedo neste mês.
"Mas acho que isso não vai funcionar, e acredito que é contraprodutivo pedir às economias industrializadas que façam coisas que não sejam do seu próprio interesse, dentro das regras do jogo. Em segundo lugar, se do que estão falando é tornar o comércio mais rígido e restringi-lo, isso é um precedente muito ruim", acrescentou.
Noticias que eu preferia NAO ter lido (ou: ilusoes economicas, 1)
O Estado de S.Paulo, 23/11/2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Economia Politica dos Gastos Perdularios: o (pessimo) exemplo do RS
Poderia ter sido pior, muito pior.
Para ter uma ideia de como poderia ter sido uma politica econômica puramente petista, ou seja, altamente irresponsável, basta ver o que está fazendo agora o governador do Rio Grande do Sul, no relato deste jornalista gaúcho.
Políbio Braga, 26/11/2012
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"A Petrobras e' deles" (inclusive as perdas milionarias)
Paulo Roberto de Almeida
As perdas da Petrobrás
Responsável por 80% do petróleo extraído pela Petrobrás, a Bacia de Campos chegou ao seu pior nível de produção em cinco anos, como mostrou o Estado (20/11). Em setembro, a produção média diária foi de 1,471 milhão de barris de óleo e LGN (liquefeito de gás natural, medido por barris equivalentes de petróleo), melhor apenas do que o resultado registrado em novembro de 2007. A explicação da empresa para a queda da produção de Campos foi a paralisação não prevista de duas plataformas para reparos - além das paradas previstas de outras.
A queda de produção dos poços da Bacia de Campos, muito mais rápida do que a programada, levou a empresa a anunciar, há quatro meses, um programa de aumento de eficiência dessas unidades, denominado Proef, que foi incluído no Plano de Negócios 2012-2016. Além de conter a decadência dos poços mais antigos, a Petrobrás quer evitar que o declínio precoce se estenda para novas áreas.
Este é apenas um dos problemas que a atual administração da empresa vem tentando resolver. Atrasos na entrega de equipamentos, que tornam cada vez mais remota a possibilidade de cumprimento das metas de produção para os próximos anos, são outro resultado do uso político da Petrobrás pelo governo do PT nos últimos anos.
Em outra reportagem, o Estado (18/11) mostrou que a Petrobrás corre contra o tempo - e está seriamente ameaçada de perder a corrida - para garantir os equipamentos indispensáveis ao cumprimento de seu plano de multiplicar por dez (dos atuais 205 mil barris/dia para 2,1 milhões de barris/dia) a produção da área do pré-sal até 2020. Para alcançar essa meta, que representaria mais do que a duplicação da produção atual da empresa, a Petrobrás terá de contar com mais 50 sondas e 49 navios.
A contratação da construção desses equipamentos será de responsabilidade de duas empresas gestoras escolhidas pela Petrobrás. Mas apenas uma delas foi contratada formalmente, com grande atraso, o que resultará também no atraso de todas as demais etapas. Pelo cronograma de produção da Petrobrás, a primeira sonda deveria ser entregue em junho de 2015, ou seja, daqui a 32 meses (observe-se que a construção de uma sonda demora 48 meses). As sondas contratadas no exterior estão todas atrasadas, como admitiu a presidente da Petrobrás, Graça Foster, em palestra que fez há três semanas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Das 33 encomendadas no Brasil, só agora a primeira começou a ser construída no Rio de Janeiro.
Também a área de refino da empresa enfrenta sérios problemas decorrentes de erros estratégicos em razão de imposições políticas do governo do PT. A construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, em parceria com a venezuelana PDVSA controlada pelo governo de Hugo Chávez, foi imposta pelo ex-presidente Lula. Até agora, o parceiro venezuelano não pôs nenhum tostão na obra, que está custando várias vezes mais do que o valor orçado e está muito atrasada.
Sem capacidade para atender à demanda interna crescente de combustíveis, a Petrobrás importa esses produtos a preços internacionais e os coloca no mercado doméstico a preços controlados pelo governo. De um lado, acumula mais perdas, que afetam os seus resultados; de outro, pressiona a balança comercial brasileira, que, na semana passada, registrou o maior déficit semanal dos últimos 15 anos, em razão, sobretudo, do grande aumento de importações de combustíveis e lubrificantes.
O Estado brasileiro como fora-da-lei - Editorial OESP
Isto apenas confirma minha velha assertiva de que o principal fora-da-lei no caso brasileiro é o próprio Estado, e em primeiro lugar o Estado, o contraventor, o demandado pela maior parte dos casos que sobem ao STF. Lamentável...
Paulo Roberto de Almeida