O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Shadow diplomacy bolivariana (e bota shadow nisso...): Itamaraty, o ultimo a saber...

Itamaraty questiona Venezuela sobre acordo com MST
VEJA.com, 6/11/2014

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, chamou na quarta-feira o encarregado de negócios da Venezuela, Reinaldo Segovia, para manifestar a insatisfação do governo brasileiro com as atividades do vice-presidente e ministro para o Poder Popular das Comunas e Desenvolvimento Social, Elías Jaua, no Brasil. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira.
Figueiredo afirmou a Segovia que o governo brasileiro viu com “estranheza” o fato de Jaua ter vindo ao país sem informar e ter tido uma agenda de trabalho, inclusive com assinatura de acordos, e que isso poderia significar uma “interferência nos assuntos internos do país”. Figueiredo cobrou explicações do governo venezuelano.
De acordo com o ministro, o diplomata foi informado de que o Brasil considera que “o fato não se coaduna com o excelente nível das relações entre os dois países”. A decisão de chamar o representante diplomático da Venezuela – o embaixador está viajando – foi conversada com a presidente Dilma Rousseff depois de ter virado notícia o fato de Jaua ter usado seu tempo no Brasil, em que teoricamente estaria acompanhando a mulher em um tratamento médico, para assinar um convênio com o Movimento Sem Terra (MST), além de outras ações relativas a seu cargo de ministro.
A visita silenciosa de Jaua, que não informou o Itamaraty sobre a sua viagem, causou mal-estar no governo brasileiro. Apesar de não ser obrigatório no caso de uma visita particular, seria de praxe um aviso. No caso do ministro venezuelano, que ainda fez algumas atividades de trabalho, a situação ficou ainda pior.
Na terça, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou um convite para que Figueiredo dê explicações sobre a passagem do venezuelano pelo Brasil.
De acordo com o jornal, o ex-chanceler do governo Nicolás Maduro esteve no país na última semana de outubro e não fez qualquer comunicado ao governo brasileiro. A embaixada ainda negou que houvesse qualquer comitiva de governo venezuelana no país. O Itamaraty foi informado da chegada dele pela Polícia Federal.

Mal-estar
A situação causou mal-estar no Itamaraty, e diplomatas já falavam que o governo brasileiro questionaria a Venezuela em algum “encontro futuro”. Só ontem, no entanto, Figueiredo pôde conversar com a presidente a respeito de tomar alguma medida mais dura em relação ao caso. A convocação de um embaixador tem um significado forte nos meios, especialmente associada à cobrança de explicações do governo.
Depois de buscar informações, o Itamaraty recebeu como resposta que Jaua teria trazido a mulher para fazer exames no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e os médicos decidiram operá-la imediatamente. Por isso, ele teria decidido trazer para o Brasil os filhos, a sogra e a babá – que acabou presa por trazer uma maleta de Jaua onde havia um revólver.
No entanto, mais tarde, descobriu-se que o ministro venezuelano teve encontros em Curitiba, sobre mobilidade urbana, e assinou um convênio com o MST para “treinamento, organização e conscientização do povo” para a revolução. Segundo o MST, o objetivo do acordo é trocar experiências na área de agroecologia.

Totalitarismo enraivecido: a Resolucao Politica do PT e o stalinismo embutido

Andei lendo a Resolução Política do Diretório Nacional do PT -- que todo mundo pode consultar neste link: http://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2014/11/Resolu%C3%A7%C3%A3o-Pol%C3%ADtica.pdf  -- e pensei que tínhamos recuado no tempo e no espaço.
Pensei que estávamos no início da Guerra Fria, numa dessas "democracias populares" da Europa oriental, onde o Exército Soviético ajudava os frágeis partidos comunistas da região a "revolucionar a sociedade", a "criar o homem novo", tentando convencer os desconfiados cidadãos que tudo aquilo era luta anti-fascista, que tudo aquilo era a continuidade da luta contra o nazismo, e que o socialismo em construção representaria a verdadeira liberdade e que tudo isso iria trazer prosperidade ao povo.
Só trouxe miséria e opressão, obviamente, e por isso esses povos se revoltaram várias vezes, até tudo desmoronar na queda do muro de Berlim, exatamente 25 anos atrás (vejam post anterior).
Pois bem: ao ler essa resolução do PT pensei que estivéssemos recuando para tempos anteriores, e que o PT, como esses partidos do stalinismo triunfante apenas desejasse confirmar velhas mentiras, e convencer todo mundo que a sua visão do mundo é que está certa.
Destaco algumas pérolas desse documento.

1) "Uma vitória comemorada por todos os setores democráticos, progressistas e de esquerda no mundo e, particularmente, na América Latina e no Caribe. "
PRA: Sem dúvida: os comunistas cubanos (que devem sua sobrevivência financeira aos companheiros brasileiros) e os bolivarianos em geral rejubilaram com essa notícia. Ufa!, disseram.

2) " Foi uma disputa duríssima, contra adversários apoiados pela direita, pelo oligopólio da mídia, pelo grande capital e seus aliados internacionais. "
PRA: Exatamente a mesma linguagem que os stalinistas usavam nos anos 1950: sempre o grande capital e a grande mídia são os inimigos dos companheiros. Que coisa hem?

3) " Vencemos graças à consciência política de importantes parcelas de nosso povo, da mobilização da antiga e da nova militância de esquerda, da participação de partidos de esquerda ..."
PRA: Essa consciência política se chama dependência dos mais pobres do Bolsa Família, submetidos ao terrorismo eleitoral dos companheiros, que nunca deixaram de dizer que a prebenda só continuaria com o voto no partido do poder. Pobres em geral sempre votam no governo. Basta ver a alta correlacão entre voto no oficialismo e proporção da população inscrita no BF. Quanto aos militantes, metade dispõe de uma boquinha no Estado, e não poderiam ficar fora da luta pelo continuismo.

4) " A oposição, encabeçada por Aécio Neves, além de representar o retrocesso neoliberal, incorreu nas piores práticas políticas: o machismo, o racismo, o preconceito, o ódio, a intolerância, a nostalgia da ditadura militar. "
PRA: Essas foram justamente as mentiras e as calúnias usadas intensamente durante a campanha. Nunca antes no Brasil um partido havia descido tão baixo na fraude política.

5) " É urgente construir hegemonia na sociedade, promover reformas estruturais, com destaque para a reforma política e a democratização da mídia. "
PRA: Exatamente a linguagem do gramscismo de botequim que eles usam em todas as ocasiões. O partido deve controlar a sociedade, o partido é maior do que o país. Isso se chama totalitarismo.

6) "...será  necessário, em conjunto com partidos de esquerda, desencadear um amplo processo de mobilização e organização dos milhões de brasileiros e brasileiras que saíram às ruas
para apoiar Dilma Rousseff, mas também para defender nossos direitos humanos, nossos direitos à democracia, ao bem estar social, ao desenvolvimento, à soberania nacional."
PRA: Idem, idem. Registre-se que se trata de "nossos direitos humanos, nossos direitos à democracia"; ou seja, são os deles, não os de toda a população.

7) "... para transformar o Brasil, é preciso combinar ação institucional, mobilização social e revolução cultural. "
PRA: Revolução Cultural? Vai ter algum livrinho vermelho, vão colocar os professores em campos de reeducação?

8) "... certas medidas, impostas pela realidade internacional e nacional, mas principalmente pela atitude de reação permanente da oposição, precisam ser tomadas imediatamente. "
PRA: O partido totalitário tem pressa em assegurar sua hegemonia sobre toda a sociedade. O projeto orwelliano precisa ser implementado rapidamente.

9) " Adotar iniciativas para dar organicidade ao grande movimento político-social que venceu o segundo turno... Compor uma ampla frente... em defesa de reformas democrático-populares."
PRA: O mesmo gramscismo incontido, a mesma vontade de se impor sobre toda a sociedade. Reformas democrático-populares são todas aquelas que servem ao partido totalitário.

10) " Relançar a campanha pela reforma política e pela mídia democrática ..."
PRA: Ou seja, dominar completamente a sociedade, como sempre fizeram os partidos stalinistas.

11) "... reforma política, precedida de um plebiscito, através de uma Constituinte exclusiva;"
PRA: Leia-se: contornar os obstáculos constitucionais e legais à ditadura stalinista.

12) " democracia na comunicação, com uma Lei da Mídia Democrática "
PRA: Leia-se: desmantelar o Partido da Imprensa Golpista, ou seja, a imprensa não subordinada ao partido e ainda independente.

13) " democracia representativa, democracia direta e democracia participativa, para que a mobilização e luta social influenciem a ação dos governos, das bancadas e dos partidos políticos. O governo precisa dar continuidade à participação social na definição e acompanhamento das políticas públicas e tomar as medidas para reverter a derrubada da Política Nacional de Participação Social, objeto de um decreto presidencial cancelado pela maioria conservadora da Câmara dos Deputados ..."
PRA: A ofensiva pelo estrangulamento de toda a sociedade e sua submissão ao partido stalinista vai continuar...

14) " compromisso com as reformas estruturais, com destaque para a reforma política, as reformas agrária e urbana, a desmilitarização das Polícias Militares; "
PRA: Como as Forças Armadas ainda não se deixaram submeter, vão tentar começar pelas forças militares estaduais, colocando-as se possível sob o mando federal, do governo stalinista.

15) " ampliar a importância e os recursos destinados às áreas da comunicação, da educação, da cultura e do esporte, pois as grandes mudanças políticas, econômicas e sociais precisam criar raízes no tecido mais profundo da sociedade brasileira; "
PRA: Este é o terreno de ação por excelência do gramscismo stalinista: quanto mais dinheiro da sociedade para as suas correias de transmissão melhor para os totalitários.

16) " Afirmamos o compromisso com a revisão da Lei da Anistia de 1979 e com a punição dos torturadores. "
PRA: os guerrilheiros derrotados querem se vingar dos que os derrotaram.

17) " controle democrático e republicano sobre as instituições que administram a economia brasileira, entre as quais o Banco Central, a quem compete entre outras missões combater a especulação financeira. "
PRA: cenas explícitas de intervencionismo econômico e de estatistmo desenfreado.

18) "... o Partido tem que retomar sua capacidade de fazer política cotidiana, sua independência frente ao Estado, e ser muito mais proativo no enfrentamento das acusações de corrupção, em especial no ambiente dos próximos meses, em que setores da direita vão continuar premiando delatores. "
PRA: O problema não é a corrupção, ela pode e deve continuar. O problema são as acusações de corrupção, que devem ser combatidas. Elementar, não é mesmo?

19) "... sugerir medidas claras no debate sobre a política econômica, sobre a reforma política e em defesa da democracia nos meios de comunicação. É preciso incidir na disputa principal em curso neste início do segundo mandato: as definições sobre os rumos da política econômica."
PRA: Idem, idem. Os stalinistas precisam controlar tudo, do contrário nunca estarão satisfeitos.

20) "... avançaremos em direção a um Brasil democrático-popular. "
PRA: Todos os regimes ditatoriais do extinto socialismo pretendiam ser "democrático-populares". O partido totalitário não tem vergonha de propor esse modelo para a sociedade brasileira.

Não é preciso dizer mais nada sobre o partido totalitário. Ele se revelou totalmente nessa declaração política que é absolutamente clara nos seus objetivos de converter o Brasil num país dominado pelo partido stalinista, nos mesmos moldes do que existia nas antigas "democracias populares" do universo concentrácionario soviético que desmoronou com o muro de Berlim.
Os companheiros ainda não se converteram: eles continuam no stalinismo puro e duro da época triunfante do sistema soviético.

Para os que não conhecem suficientemente esse universo de totalitarismo, de privações política, de opressão individual e de miséria econômica, eu recomendaria os livros de Archie Brown, sobre a história do comunismo, e os dois de Anne Applebaum, sobre o Gulag e sobre a Europa oriental nos anos do stalinismo triunfante no imediato pós-Segunda Guerra. Leituras depressivas, mas necessárias.

Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 6 de novembro de 2014
(25 anos da queda do muro de Berlim)


Muro de Berlim: os 25 anos de sua queda, e o começo do fim do socialismo

Eu me lembro bem desses dias momentosos, inclusive porque havia estado diversas vezes na Alemanha dividida e em Berlim totalmente esquartejada pelo horrível muro da vergonha.
Nos vinte anos da queda escrevi algo a respeito:

2048. “Outro mundo possível: alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim”, Paris-Digne-Asti-Veneza-Torino-Lisboa, 25 setembro-6 outubro 2009, 18 p. Ensaio preparado como texto guia para o seminário “Além do Muro” (UnB, 12 de novembro de 2009). Revisto em 25.10.2009. Revista Espaço Acadêmico (ano 9, n. 102, Novembro 2009, ISSN: 1519-6196, p. 25-29; link: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/8586/4777). Relação de Publicados n. 931.
 
 Também fiz um outro texto, publicado como capítulo de um livro articulado em torno do evento: 

O Brasil e as relações internacionais no pós-Guerra Fria”; In: Nilzo Ivo Ladwig e Costa, Rogério Santos da (orgs.), Vinte anos após a queda do muro de Berlim: um debate interdisciplinar (Palhoça-SC: Editora da Unisul, 2009, p. 15-38; ISBN: 978-85-86870-910; link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/2018GuerraFriaBrasilBook.pdf); disponível em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/5794536/083_O_Brasil_e_as_rela%C3%A7%C3%B5es_internacionais_no_p%C3%B3s-Guerra_Fria_2009_). Relação de Publicados n. 934. Relação de Originais n. 2018.
Uma revista espanhola dedica todo seu número corrente a esse evento formidável, que simplesmente mudou a história mundial.
Paulo Roberto de Almeida 

BERLÍN, 1989: 25 AÑOS TRAS LA CAÍDA DEL MURO
Qué supuso este acontecimiento histórico y cómo el mundo se tornó diferente, si es que es tan diferente...
Un balance de 25 años que cambiaron Europa. 
He aquí un análisis que podría desmontar esta teoría.
Aquello que nadie se imaginó que pasaría.
Los muros siguen de moda
Todo aquello que siguió a la caída del Muro de Berlín.
Entrevistas a cinco europeos sobre cómo vivieron la caída, qué cambió para siempre y qué muros quedan por derribar.

Brasil dos mandarins abusados: juiz pensa ser uma especie de divindade acima dos comuns

Uma brasileira que cumpriu o seu dever

Luciana Tamborini é uma agente de trânsito do Rio de Janeiro que foi condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil a um juiz, João Carlos de Souza Correia, que foi parado em uma blitz da lei seca.
Segundo reportagem do portal G1 (clique aqui), o carro do juiz estava sem placa, ele sem carteira de habilitação e sem os documentos do carro, mas quem foi condenada foi ela, por abuso de poder.
Luciana pensou que um juiz era uma pessoa comum é que não era “Deus”. O desembargador José Carlos Paes entendeu que isso foi um deboche, um abuso de poder.
Sou simpático a agente de trânsito Luciana Tamborini que estava apenas cumprindo o seu dever.
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Eleicoes 2014: a historia nao se repete - Paulo Moura

Apenas uma frase eu destaco: "partido-máfia que busca se perpetuar no poder..."

Paulo Roberto de Almeida  

1964 NÃO SE REPETIRÁ 

Blog do Professor Paulo Moura

domingo, 2 de novembro de 2014

Na eleição que se encerra fatos inusitados passaram ao largo da percepção dos comentaristas e cientistas políticos que interpretam a política para veículos de comunicação. Milhões de pessoas saíram às ruas nas principais cidades do país para apoiar Aécio no segundo turno. Gente sem partido querendo mudança. Há algo em comum entre esse povo que carregou Aécio nos braços no chão da rua em passeatas inéditas em véspera de eleição e o espírito das manifestações de junho de 2013.

Fecharam-se as urnas. Aécio reconheceu a derrota e declarou que o desafio de Dilma é reconciliar-se com a fatia da sociedade que não aguenta mais o PT. A reação dessas pessoas sem partido nas redes sociais foi crítica a Aécio e elogiosa à declaração do senador Aloysio Nunes Ferreira que recusou a conciliação.

Em 01/11/2014 milhares de pessoas voltaram às ruas em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Belém, exigindo auditoria na apuração das eleições e garantia da investigação do escândalo do petrolão. Em meio à multidão uma minoria, também presente nas redes sociais, portava cartazes pedindo a intervenção militar para remover o PT do poder.

Imediatamente a grande mídia, já alinhada com o governo eleito, destaca esses manifestantes da multidão e tenta caracterizar as manifestações libertárias como sendo mobilizações golpistas de minorias isoladas.

O foco aqui é a preocupação com essa minoria que pensa que a Intervenção das Forças Armadas (FFAA) é o atalho para destituir o petismo do poder. Não existe atalho para uma tarefa dessa magnitude.

Quem deseja destituir o PT do poder de forma definitiva e eficaz, deve se convencer do erro que é pedir a “Intervenção Militar Constitucional” mesmo sem que o PT rompa a Ordem Constitucional de forma inequívoca e comprovada. Isso por que:

a)    As FFAA aprenderam com o golpe militar de 1964. O preço da destituição de um presidente eleito pela força desgasta e os resultados que produz são danosos à democracia e à imagem das FFAA. O resultado da remoção da esquerda do poder pela força em 1964 foi sua volta ao poder em 2002, com fortes riscos de sua perpetuação;
b)    Ao contrário do que ocorreu na Venezuela, onde Chávez, um militar, cooptou seus pares para seu projeto de poder, no Brasil a esquerda não penetrou nas FFAA, muitos menos nas escolas de formação dos militares profissionais. E isso faz muita diferença.

Não sou porta-voz das FFAA. O que digo não é opinião. É informação e análise lógica.

Isto posto, convém que esses golpistas de araque saibam que as FFAA nada farão que fira a Ordem Constitucional. Ou seja, se não for comprovado que o PT fraudou a eleição de 2014, as FFAA não darão um golpe contra a presidente eleita. Se não for comprovado que o PT financiou suas campanhas de 2010 e 2014 com dinheiro proveniente de contas no exterior abastecidas por dinheiro roubado dos brasileiros, as FFAA nada farão contra o governo do PT.

Ou seja, o foco de quem quer derrotar o PT é provar que houve fraude na eleição. Difícil. E/ou, que o PT é financiando ilegalmente com dinheiro roubado dos cofres públicos, depositado no exterior e repatriado para financiar a eleição de Dilma. Mais fácil. Alguma dúvida?

Se o PT tentar impedir a investigação do petrolão, ou tentar impedir sua divulgação, valendo-se pra isso de procedimentos ilegítimos, ascender-se-á o sinal amarelo nas FFAA. A ruptura da Ordem Constitucional por parte do PT é o que determina a atitude das FFAA. Esse recado já foi dado a Lula.

Não é por outra razão que o PT quer desmilitarizar as polícias estaduais e centralizar o policiamento ostensivo militarizado nas mãos do governo federal. Não é por outra razão que o PT defende o desarmamento dos cidadãos idôneos que desejam possuir ou portar armas para defesa pessoal. O PT não quer adversários armados.

O PT já dispõe de milícias “desarmadas” tais como o MST e os Black Blocs. Armar essa gente é fácil e rápido. O PT sabe que a os segmentos da sociedade que se opõem ao seu poder são desorganizados, desarmados e que têm entre seus integrantes gente burra o suficiente para propor a reedição do golpe de 1964. Em breve veremos os Black Blocs e as milícias do MST nas ruas agredindo os opositores do petismo. Foi assim em todos os regimes fascistas e comunistas.

Tudo o que o PT precisa é que essa minoria burra siga culpando os nordestinos pela vitória da Dilma. A vitória de Dilma se definiu em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, inclusive com votos de parte da "elite branca" do sul. Tudo o que o PT precisa é que aqueles que a ele se opõem defendam o separatismo e o ódio aos nordestinos e um golpe militar.

O que justifica que um opositor do PT que vive no sul se oponha aos antipetistas nordestinos que lá combatem o PT em situação de estado de sítio? Por que abandoná-los ao jugo petista?

As FFAA jamais moverão uma palha em favor de quem joga brasileiros contra brasileiros, nordestinos contra sulistas, pobres contra ricos, negros contra brancos, mulheres contra homens, homossexuais contra heterossexuais, muçulmanos contra cristãos, evangélicos contra católicos. A razão de ser das FFAA é defender a unidade nacional.

Tudo o que o PT deseja é que, aqueles que a ele se opõem defendam a intervenção militar e a ruptura do processo democrático. Assim fica fácil, e rápido, isolar-nos e conquistar a opinião pública. Difícil para o PT, seria enfrentar o povo nas ruas tal como ocorre na Venezuela, sem ter milícias armadas atirando em manifestantes e correndo o risco de ver as FFAA irem para a rua defender o povo e a democracia contra um partido-máfia que busca se perpetuar no poder pela força. O modelo de oposição que o PT precisa e merece é o que o povo venezuelano pratica contra Maduro: ativismo intenso nas mídias sociais e multidões pacíficas nas ruas até o regime cair de podre.
 

Reflexoes ao leu: as tarefas da resistencia democratica, entre 2014 e 2018 - Paulo Roberto de Almeida

Reflexoes esparsas, manifestadas a dois correspondentes de uma postagem anterior neste blog, e que tinha a ver com a situação atual do Brasil:

Países e sociedades são contraditórios, erráticos, equivocados e ingênuos quanto ao itinerário que devem seguir nas políticas mais apropriadas para combinar o máximo de prosperidade com o máximo de liberdade.
O caminho da primeira, a prosperidade, pode parecer mais rápido com um pouco de autoritarismo e foi o que tivemos durante a ditadura militar.
O caminho da segunda, a liberdade, pode nos conduzir a mais inflação e desorganização da vida nacional, e foi o que tivemos na "nova República".
Estamos sempre tentando, mas não somos melhores do que outros povos, que também enfrentaram frustrações e recuos.
Eu não penso nos casos de sucessos, em geral dos países anglossaxões, que souberam combinar liberdades com desenvolvimento, por um conjunto feliz de características e circunstâncias, mas nem os EUA, o país mais bem sucedido em toda a história da humanidade, escapou de uma terrível guerra civil, e de outros horrores menores, por envolvimento em guerras e guerrilhas aqui e ali.
Penso nos casos de desastres totais, como alguma recuperação posterior, em sempre bem acabada: a China decaiu por mais de dois séculos, até se recuperar no caminho da prosperidade, mas permanece uma autocracia como foi durante toda a sua história, uma tirania de imperadores e agora de mandarins do PCC.
A Grã-Bretanha decaiu durante bastante tempo, até se recuperar parcialmente com uma estadista corajosa, que soube enfrentar as máfias sindicais.
A Argentina, infelizmente, continua a decair, pois continua a ser dominada pelas máfias sindicais e partidarias do peronismo criminosos. Nós estamos provavelmente nesta última trajetória, mas nosso peronismo não tem nem doutrina, é pura máfia.
Não acredito em projeto nacional, isso é coisa de engenheiros sociais, que acham que podem reformar a sociedade segundo projeto pré-fabricados. Isso não existe.
Existe a obra de estadistas de valor, ou na falta deles, de cidadãos conscientes do que deve ser feito, e acredito que estejamos chegando perto dessa fase.
Convêm persistir na resistência democrática, e continuar a luta, mesmo num quilombo de resistência intelectual.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 5/11/2014

Brasil 2014-2018: o projeto totalitario e a resistencia democratica - Paulo Chagas

Não tenho nenhuma dúvida de que o projeto totalitário, do partido mais corrupto que jamais assumiu o poder no Brasil, será derrotado. Eles foram vitoriosos momentaneamente, aproveitando-se da massa de desesperados da pobreza, dos oportunistas eventuais, dos aliados de ocasião, e dos muitos ingênuos e desinformados, jovens e menos jovens deseducados durante anos pelas saúvas freireanas e pelos gramscianos de botequim, que pululam nas escolas e nas universidades, mobilizando ainda as máfias sindicais, os aproveitadores políticos que sempre existem e todos aqueles comprometidos com o projeto totalitário, que conformam uma clique de mafiosos, de criminosos e de stalinistas enrustidos, mas tudo isso será superado, uma vez que a classe média tenha superado suas últimas ilusões a respeito das intenções reais do bando de criminosos que se apossou do poder no Brasil e que conseguiu mantê-lo, uma última vez, por meio de todos os tipos de fraudes, "legais" e ilegais.
Vou escrever mais a respeito do projeto criminoso do partido atualmente hegemônico, mas no momento prefiro transcrever uma declaração de quem percebeu, com indiscutível clareza, quais são os problemas reais no Brasil de hoje.
Vamos nos preparar para derrotar nas urnas os totalitários que infelicitam a nação no momento presente. É tudo uma questão de acumulação de forças e de conscientização dos setores médios, ainda iludidos pelo discurso mentiroso dos companheiros totalitários.
Paulo Roberto de Almeida
(Obs.: texto recebido em 5/11/2014)

As Resoluções Políticas do PT e o destino que merecem.

Caros amigos
A reeleição de Dilma Rousseff foi uma grande vitória do desapego à verdade e da desonestidade do Partido dos Trabalhadores, sobejamente comprovados antes e logo após as eleições.
Foi uma vitória comemorada pelos que odeiam a classe média e a democracia, por uma súcia de aproveitadores e oportunistas que amam apenas o dinheiro e as vantagens que a corrupção pode lhes proporcionar e por uma multidão de escravos cuja dignidade e o voto o PT comprou pelo preço de um prato de comida!
Foi uma vitória largamente comemorada pelos tiranos da América Latina e do Caribe - novos e jurássicos - que servem de exemplo ao PT e a seus falsos profetas.
Foi a vitória de um projeto totalitário, castrador e sectário, planejado e conduzido de fora do Brasil, mas que já foi identificado e rejeitado pela maioria esclarecida dos brasileiros.
Foi uma disputa apoiada na mentira, no terrorismo, na utilização indevida dos meios do Estado e, com certeza, nos recursos que os corruptos e corruptores acumularam nos 12 últimos e mais desonestos anos da história política deste país.
Foi uma disputa eleitoral conduzida por um “líder” que não tem vergonha de declarar-se preguiçoso, presunçoso e mentiroso e por uma candidata cuja argumentação, além de falsa, mereceu destaque em quase todas as colunas de humor da mídia nacional e internacional. Uma vergonha para o eleitorado brasileiro!
O desempenho pífio e atabalhoado da Governanta reeleita, em todos os debates, comprovou seu despreparo intelectual e emocional para conduzir os destinos de um país como o Brasil.
A oposição, encabeçada por Aécio Neves, representou a retomada do crescimento, da preservação do ideal liberal da democracia e o fim das práticas políticas que estão levando o Brasil à bancarrota econômica, política, social e moral.
O balanço das eleições e as perspectivas de desempenho do governo reeleito apontam para o caos inexorável a curto, médio e longo prazo.
Desconstruir a hegemonia “emburrecedora” imposta à sociedade, derrubar as reformas estruturais que pretendem modelar a política a interesses totalitários e a garantia da liberdade de imprensa são ações urgentes e de importância vital para frustrar os objetivos do PT, o “moderno príncipe” da estratégia de Gramsci.
Para que Dilma Rousseff não consiga destruir de uma vez por todas o Brasil, será necessário desencadear um amplo processo de mobilização e de organização dos partidos de oposição e dos mais de 50 milhões de brasileiros e brasileiras que foram às urnas e saíram às ruas para tirar o PT do poder.
A defesa dos direitos humanos das pessoas de bem, da democracia, do bem estar social, do desenvolvimento e da soberania nacionais dependem da neutralização e da frustração deste projeto totalitário.
Os 12 anos de (des)governos petistas e as eleições de 2014 revelaram a realidade de uma ideia que assombra o Brasil desde antes da criação do Foro de São Paulo: a sua transformação em uma grande nação comunista, combinando ação institucional, mobilização social e revolução cultural.
O Partido dos Trabalhadores, principal partido da esquerda brasileira, encabeça este hediondo processo de alienação cultural, social e política que visa à destruição dos valores cristãos da sociedade - sua natureza pacífica e seu desenvolvimento -  e, principalmente, ao incremento da luta de classes que, desde a sua criação, vem incentivando sob as mais variadas formas.
O PT organiza-se após esta duvidosa vitória para superar seus problemas atuais e contribuir para que o segundo mandato de Dilma seja o movimento final para a destruição física e moral da Nação.
Conhecedor da incompetência da Governanta, o “moderno príncipe” vai buscar participar ativamente das decisões acerca de todas as decisões do segundo mandato, em particular vai sugerir medidas “claras” no debate sobre a política econômica, sobre a reforma política e sobre a censura aos meios de comunicação, buscando colocar tudo e todos nos melhores moldes da política bolivariana.
Cabe a nós – mais de 50 milhões de brasileiros - e às forças políticas, de segurança e judiciais do País frustrar, de uma vez por todas, as resoluções da Comissão Executiva Nacional do PT e, como já disse e anseio, jogá-las todas, junto com o partido, na lata do lixo da história.

Gen Bda Paulo Chagas

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Stalinismo do partido totalitario se poe em marcha - Felipe Moura Brasil

Conheço esse pessoal de longe, quero dizer, os totalitários e os stalinistas que hoje se abrigam no partido hegemônico, que ganhou as eleições mediante fraudes legais -- isto é mentindo, enxovalhando, caluniando, e fazendo terrorismo eleitoral contra os mais pobres e dependentes -- e que pretende se manter no poder mediante todos os golpes que estiverem ao alcance do partido neobolchevique.
Eu os conheço da história, e também por ter visitado, em outros tempos, todos os socialismos realmente existentes, os reais, e os surreais, os mais amenos e os mais ferozmente stalinistas.
Eu sei do que essa gente é capaz. E é isso que é denunciado nesta postagem de Felipe Moura Brasil.
Eles fazem isso mesmo: e se precisar, vão fazer como Stalin fez com Trotsky. Simples assim.
Paulo Roberto de Almeida
04/11/2014
às 0:31 \ Cultura, Eleições

Dilma completa exploração da farsa sobre “intervenção militar”. Entenda o golpe petista para calar manifestações

Há um golpe em curso: o de calar as manifestações pacíficas contra o PT.
Mas o que elas querem?
- Liberdade de Imprensa;
- Investigar o uso político dos Correios nas eleições e as urnas eletrônicas;
- Fim do apoio a ditaduras e financiamento de suas obras;
- Prisão dos políticos envolvidos no escândalo do petrolão.
Como os petistas reagem para minar o movimento na raiz?
Combatem a pauta verdadeira e o teor dos argumentos? Não! Eles não querem saber da realidade. Tentam apenas desqualificar o movimento falsificando suas intenções.
Veja as etapas do procedimento:
1) Primeiro, os jornalistas militantes dos grandes jornais tomam uma opinião isolada de um suposto manifestante em prol da “intervenção militar” para dar ares de golpismo ao ato antipetista. (AQUI)
(O nome do personagem das matérias da Folha e do Estadão é Sérgio Sálgi, suposto investigador de polícia de 46 anos, cujo nome não se encontra no Facebok, nem no Twitter, nem no Google, a não ser nas próprias matérias citadas e em suas reproduções pela rede. Mas ainda que Sálgi seja um manifestante real, e ainda que houvesse mais alguns como ele, sua opinião não representa a pauta do ato, cujos organizadores discursaram contra qualquer forma de golpe. Ainda que queira “intervenção militar”, isto não significa volta da ditadura. Ainda que não haja manifestante algum pedindo isso, nada mais fácil que infiltrar militantes com cartazes assim para avacalhar o movimento.)
2) Com base nas matérias dos jornais, os blogs sujos do partido e seus militantes virtuais espalham que a manifestação é golpista e, para dar ares de truculência e violência, acrescentam o flagrante em fotos e vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro armado com uma Glock 9mm na cintura durante seu discurso, sem informar que ele é, também, policial federal, com porte legal de arma, neste país onde a taxa de policiais mortos fora de serviço é elevadíssima. (AQUI)
3) Políticos petistas, como a própria presidente Dilma Rousseff, e dos partidos tidos como “linha auxiliar do PT”, como Jean Wyllys, completam a exploração cínica da farsa.
O método de Wyllys eu já mostrei no post anterior. O método de Dilma, como se vê pelo post desta segunda-feira em sua página oficial no Facebook, é o de sempre: aplicar o vitimismo de quem lutou contra a ditadura militar, omitindo o fato tantas vezes demonstrado neste blog de que ela lutava por uma outra ditadura: a do proletariado.
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Essa presidente que não quer ditadura nunca mais é a mesma que permite que o ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, parceiro do PT no Foro de São Paulo, envie um grupo de militantes ao Brasil para dar aulas de socialismo ao MST, como denunciou Claudio Tognolli.
No vídeo abaixo, o ministro de Comunidades e Movimentos Sociais, Elias Jaua, diz que os acordos têm por objetivo aumentar a capacidade de compartilhamento de experiências de formação “para fortalecer o que é essencial para uma revolução socialista, o que é treinamento, conscientização e organização do povo para defender o que foi alcançado e avançar na construção de uma sociedade socialista”.

Essa presidente que não quer ditadura nunca mais é a mesma que a oposição venezuela chama de cúmplice da ditadura assassina de Maduro:
Dilma-ditadura-democracia
[Veja também aqui no blog: María Corina sofreu na pele com ditadura apoiada pelo PT na Venezuela. Ela apoia Aécio contra Dilma no Brasil.]
Essa presidente que não quer ditadura nunca mais é a mesma cuja vitória eleitoral é celebrada pelo ditador Maduro:

E nunca é demais relembrar as vítimas dos grupos terroristas de Dilma:
Dilma Israel
Veja também aqui no blog:
Eduardo Jorge admite o que Dilma sempre escondeu: “Éramos a favor da ditadura do proletariado”
Marco Antonio Villa no Programa do Jô: “Nenhum grupo de luta armada defendeu a democracia.” Assista ao vídeo
4) Reforça-se com tudo isso a satanização das Forças Armadas e, por tabela, da Polícia Militar, legitimando as campanhas de desmilitarização e desarmamento.
Já circula no Facebook inclusive um manual – não sei se legítimo – de um suposto petista ensinando os militantes a minar as manifestações e pressionar os políticos para retirar dos “estados coxinhas” os equipamentos militares.
Rogério Silva
Os manifestantes anti-PT terão de enfrentar todas essas manipulações para lutar nas ruas pela sua pauta.
Por ora, dou apenas uma recomendação menor aos organizadores: assim como a extrema esquerda popularizou o termo “P2″ para se referir aos policiais infiltrados em seus atos terroristas disfarçados de manifestação, sugiro aos antipetistas que já batizem logo de “G2″ os golpistas infiltrados.
Para fortalecer o movimento, é preciso se distinguir rapidamente dessa gente.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil
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