Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 12 de maio de 2015
Intervencionismo economico: o fascismo nosso de cada dia - Antony P. Mueller
Reino Unido: uma eleicao que nao resolve os problemas fundamentais -Theodore Dalrymple
Eye on the News
“You’d better vote Tory too,” I said, “or you’ll be out of a job.”
“I’m voting Conservative,” she said.
“The Tories are the Conservatives,” said the doctor.
“I never knew that,” she said. “I always wondered who they were.”
I was immediately reminded of what Churchill once said: the best argument against democracy is a five-minute conversation with the average voter. How, I wondered, could someone born and bred in this country reach her early twenties and not know that the Tories were the Conservatives? How had she managed not to notice it? But then she said something that redeemed her a little: “I want to keep what we have, you never know with change, do you?”
In any case, she was not alone in her ignorance. It turned out that the pollsters, with nothing else to do but prognosticate, were completely wrong. They had predicted that Labour and the Conservatives would be neck and neck, but the Conservatives polled 6 percent more votes than Labour and won an unexpectedly outright majority in the House of Commons.
Why were the polls so wrong? One possible explanation is that people are reluctant to admit to third parties that they are going to vote Conservative, as if to do so were to admit a secret vice or to being actuated only by the most selfish motives. In other words, their reluctance is an indication of how far the Left has won the battle for the hearts and minds of at least a large section of the population, who do not believe that there can be any respectable arguments for conservatism. Not, of course, that the British Conservatives are genuinely conservative; they are merely less progressive than their opponents. The very term progressive causes a bias against conservatives, for who can be against progress? That real progress occurs largely by non-political means is not an idea that can be expressed in a slogan, while supposed progress by political means can easily be reduced to slogans. Moreover, since competitive politics is about the righting of wrongs and the addressing of complaint, any suggestion that some things should remain the same is easily portrayed as unfeeling complacency by the privileged.
In fact, the reelection of David Cameron, which in the past would have been a manifestation of stability, solves nothing of the crisis of political legitimacy in Britain (constitutional legitimacy is something else). With voter turnout of 66 percent and the British party system Balkanized, Cameron won reelection with the suffrage of 24.7 percent of the adult population. Even more startling was the fact that a vote for the Scottish Nationalists weighed nearly 150 times more heavily as far as representation in Parliament was concerned as did a vote for UKIP. (It took 25,974 votes to elect an SNP Member of Parliament, but 3,881,129 to elect a UKIP one.) A vote for the SNP weighed about 25 times more than a vote for the Greens. The SNP won 50 percent of the votes in Scotland but 95 percent of the seats. Clearly, we now live in an unrepresentative democracy.
For the SNP, it was a heads-I-win-tails-you-lose election. If Labour had won more seats than the Conservatives, but not an absolute majority (which was always very unlikely), the SNP would have been able to dictate policy or at least influence it strongly; if the Conservatives won, the SNP could claim that the U.K. government had no mandate or legitimacy in Scotland, and use the vote to emphasize the difference between England and Scotland, and perhaps as a further grievance.
Cameron’s problems are just beginning, and his triumph will be short-lived. He has promised a referendum on membership of the European Union, a promise that would be difficult even for Houdini to escape; and if it goes against membership, the Scots, who are Europhile but anti-English, might declare their independence and try to remain in the European Union (though it is by no means a foregone conclusion that the Union would have them). Nor would independence be without potential for creating deep divisions, bitterness, and conflict within Scotland itself, though the leadership of the SNP speaks the language of unanimity. The potential for chaos both north and south of the border is enormous.
One of Britain’s prevailing assets has been its political stability. But that stability has evaporated, probably for good—with potentially disastrous results for its financial sector, upon which it so strongly (though foolishly) depends. Terrible political problems have been conjured out of nothing except the ambition of politicians, and the country’s deeper problems—its low productivity, its abysmal cultural and educational levels—remain not only unanswered, but unremarked.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Parabens companheiros: conseguiram criar a maior recessao em 25 anos - Epoca
Os sinais de aprofundamento da crise econômica no país se multiplicam. Há duas semanas, o coquetel de más notícias foi especialmente indigesto para o governo, o PT e seus aliados. Depois de afetar as empresas e o governo, que gastou mais do que podia e agora tem de cortar gastos para equilibrar suas contas, a crise chegou ao emprego. Esse era o último pilar da gestão Dilma Roussef que resistia à desaceleração da economia. Segundo dados do IBGE, o desemprego voltou a subir em março, pelo quarto mês consecutivo, e atingiu o maior nível desde maio de 2011. Além do aumento do desemprego, a renda dos brasileiros teve em março a maior queda mensal desde 2003, quando Lula assumiu a Presidência.
Na quarta-feira, dia 29, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou uma nova alta de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. Elevou-a para 13,25% ao ano, o maior nível desde 2008, no auge da crise global. Foi a quinta alta seguida nos juros desde setembro do ano passado. Diante da inflação de 8,2% ao ano, bem acima da meta, o Copom teve de recorrer mais uma vez ao remédio amargo dos juros, para tentar conter a escalada de preços. Ainda na quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá fechar 2015 com uma retração de 1%, a maior recessão em mais de duas décadas. A previsão do FMI reforça a percepção de que o Brasil está enfrentando uma estagflação, uma combinação perversa de estagnação econômica com inflação em alta.
Infelizmente, o atual quadro de desalento é o preço que os brasileiros terão de pagar pelos erros cometidos na política econômica por Dilma I e também por Lula, no final do segundo mandato. Ao contrário do que Dilma, Lula, o PT e seus aliados ainda insistem em dizer, a crise por que passa o país não se deve apenas a fatores externos. Suas raízes têm a ver essencialmente com inépcia administrativa. A lista de equívocos, que só passaram a ser corrigidos depois da nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, é longa: a gastança irresponsável de recursos públicos, as pedaladas fiscais, destinadas a multiplicar os recursos à disposição do governo sem lastro no orçamento, a concessão de benefícios seletivos a certos setores e empresas, o aparelhamento do Estado. Que o custo a ser pago pelos brasileiros pelo menos sirva como uma lição para que esses erros não venham a se repetir.
domingo, 10 de maio de 2015
Ah, como era duro chegar na minha legacao: memorias diplomaticas - CHDD
Itamaraty em greve: inedito nos anais da Casa, mais uma realizacaocompanheira - SindItamaraty
O Ponto Paralelo é a única forma do Servidor provar que está exercendo um direito e não faltando injustificadamente ao serviço
A função do Ponto Paralelo é registrar, diariamente, a presença do Servidor na GREVE e demonstrar que ele não está faltando ao serviço, mas, sim, exercendo um direito que lhe é assegurado na Constituição da República: a GREVE.
Ele é INDISPENSÁVEL para afastar a hipótese da Justiça atribuir, à não assinatura diária do ponto oficial, abandono de serviço ou falta injustificada. Isto porque, se o Servidor não assinou o ponto oficial, não tem como o juiz saber se a falta se deu por adesão à greve ou por outro motivo. Todos já estão cientes de que, durante a greve, é possível que a Administração do MRE (até numa tentativa de enfraquecer o movimento), efetive o corte do ponto. Caso isto ocorra, caberá ao SINDITAMARATY tentar negociar junto aos MPOG a possibilidade de compensação dos dias parados (mediante reposição dos salários eventualmente descontados) e, se não alcançar êxito, resta à entidade tentar reverter tal situação por via Judicial. Entretanto, sem o envio desse registro (Ponto Paralelo), ANTES DA DATA DE FECHAMENTO DO PONTO OFICIAL PELO MRE, tais medidas, por parte do Sindicato, ficam inviabilizadas.
Diante disto, ALERTAMOS: os Servidores grevistas precisam enviar o ponto paralelo ao SINDITAMARATY (folhas de ponto paralelo desde o início da greve a começar em 12/05), se possível, diariamente. É importante PEDIR A CONFIRMAÇÃO DO RECEBIMENTO, mesmo por email. Nos dias que o Ponto Paralelo da greve for assinado, NÃO assine o ponto oficial do MRE, pois isso pode lhe provocar sérios problemas. Além de assinar diariamente o Ponto Paralelo e enviá-lo ao SINDITAMARATY, conforme acima solicitado, é importante que os Servidores solicitem, à chefia imediata (responsável pelo acompanhamento do ponto oficial do MRE), que seja registrado, na folha de frequência e/ou no relatório de anomalias, a expressão: “exercício do direito de greve” (em relação aos dias nos quais o Servidor participou da greve).
Esclarecemos ainda que o SINDITAMARATY ainda não possui um fundo de greve para arcar com o pagamento de pontos descontados. Tampouco cobra imposto sindical que tem como um dos fins precípuos arcar com esta despesa.
A listagem solicitada pela Secretaria de Estado aos postos ou às Chefias no Brasil dos casos de adesão à greve, NÃO SERVE para os fins acima especificados. Para tais finalidades (de defesa dos Servidores), o envio do Ponto Paralelo deve ser direcionado ao SINDITAMARATY (jurídico@sinditamaraty.org.br com cópia para mobilizacao@sinditamaraty.org.br e contato@sinditamaraty.org.br).
A Diretoria do SINDITAMARATY
Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores
Brava Gente Brasileira: a Marcha do Impeachment chega a Guara, SP -rumo a Brasilia (RA)
Economia brasileira: a conta da incompetencia chegou - Rolf Kuntz
O cartel dos mafiosos quer continuar assaltando as empresas e o pais - Reinaldo Azevedo
Em reportagem publicada em janeiro, VEJA revelou o conteúdo de um manuscrito de autoria do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e amigo — ou ex-amigo (sente-se abandonado…) — de Luiz Inácio Lula da Silva. Lá se podia ler:
“Edinho Silva está preocupadíssimo. Todas as empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava-Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”
Pois é… Edinho, tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014, é hoje ministro da Secretaria da Comunicação Social. As coisas podem se complicar um pouco.
Segundo informa a Folha deste sábado, Pessoa afirmou a procuradores da Operação Lava Jato que doou R$ 7,5 milhões à campanha da reeleição de Dilma porque temia ser prejudicado em seus negócios com a Petrobras.
Não foi só isso, não. Pessoa revelou ainda ter doado R$ 2,4 milhões, por fora, para a campanha à reeleição de Lula em 2006. O dinheiro teria sido trazido do exterior e repassado em espécie ao PT. Em 2012, também pelo caixa dois, sem registro na Justiça Eleitoral, ele teria arcado com outros R$ 2,4 milhões referentes à campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo.
Nesse caso, Alberto Youssef teria se encarregado do pagamento. A grana, segundo Pessoa, saiu de uma espécie de conta corrente que ele mantinha com João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT, abastecida com propina oriunda dos contratos com a Petrobras.
A doação à campanha de Dilma em 2014 teria sido feita com aparência de legalidade — isto é, com o devido registro no TSE. O que salta do depoimento de Pessoa é que havia um óbvio clima de chantagem na relação: ou a empresa doava ou encontraria dificuldades na relação com a Petrobras.
A tese do cartel
Pessoa ainda negocia um acordo de delação premiada. E faz tempo! E por que não sai? Até onde se sabe, o empreiteiro não aceita um dos pilares da tese sustentada pelo Ministério Público e pelo juiz Sérgio Moro: a existência do cartel. Vocês sabem o que penso a respeito: que houve uma penca de crimes, houve. Cometidos pelos empreiteiros também. A acusação de cartel, no entanto, chega a ser ridícula. A menos que se ignorem o sentido dessa palavra e a definição desse crime.
Desde o começo dessa operação, chamo a atenção para o óbvio: a suposta existência do cartel transfere para as empreiteiras a responsabilidade principal pela estrutura criminosa do petrolão e alivia os ombros do PT.
Convenham: um cartel — que, afinal, onde quer que exista, é quem determina o preço e impede a concorrência — é incompatível com a existência de operadores de partidos dentro da Petrobras, distribuindo obras, determinando valores e definindo o percentual da propina. Qualquer pessoa medianamente informada sabe que cartel é outra coisa. E não só: além dos operadores que estavam nas estatais, havia o gerenciamento externo da operação, segundo o relato de Pessoa, feito por Vaccari.
Cabe, caminhando para o encerramento, uma pergunta: se o MP continua com a ideia fixa do cartel e impede Pessoa de fazer revelações importantes sobre as suas relações incestuosas com o PT, parece-me que quem perde é a verdade dos fatos, não é mesmo?
O epicentro desse escândalo, a exemplo do que se viu no mensalão, é político. A tese do cartel só serve para jogar água no moinho dos que pretendem impor ao país o financiamento público de campanha — muito especialmente o PT.
Os hipócritas do petismo afirmam que o mal da política está na doação de empresas privadas a campanhas eleitorais. Eis aí: segundo se entende do depoimento de Pessoa, o partido usava a doação legal para lavar propina, mas só isso não bastava: recorria, como parece ser um hábito, ao caixa dois. Pergunta final: se as empresas estiverem proibidas de doar na forma da lei, o PT vai parar de receber dinheiro na forma da não lei?
A resposta é óbvia.
A tal Ordem dos ADEVOGADOS do Brasil continua atuando contra a lei
O Fuhrer de Garanhuns, o proprio - Percival Puggina
sábado, 9 de maio de 2015
Academia.edu: Panorama desde Mundorama "vendendo" bem
The Academia.edu Team