O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Livros Paulo Roberto de Almeida na Livraria Cultura

Procurando o livro de um colega acadêmico na Livraria Cultura, resolvi verificar o que estava sendo anunciado em meu nome no mesmo site.
O resultado figura aqui: http://www.livrariacultura.com.br/busca?N=4294916875

Quanto aos livros (com exceção de um sobre memórias, de que participa um homônimo), são estes, mas vários estão indisponíveis (os mais antigos):

livro

Integraçao regional - uma introduçao

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 45,00




Os primeiros anos do seculo xxi

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 49,00
livro

Formação da diplomacia economica no brasil

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 104,40

Relaçoes internacionais e politica externa do

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 85,00
livro digital

Nunca antes na diplomacia: a politica externa

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 27,00

Mercosul, nafta e alca

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 44,00
livro

Relaçoes brasil - estados unidos

Barbosa, Rubens Antonio

R$ 81,00

Relaçoes brasil-estados unidos

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 55,90
livro

O estudo das relaçoes internacionais do brasil

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 50,00

Brasil e o multilateralismo economico

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 71,00
livro

Globalizando - ensaios sobre a globalizaçao e a

Almeida, Paulo Roberto De

R$ 65,00



Envisioning brazil

Eakin, Marshall C.

R$ 361,50
livro

Relaçoes brasil - estados unidos

Barbosa, Rubens Antonio



livro

Mercosul - fundamentos e perspectivas

Almeida, Paulo Roberto De

livro

Velhos e novos manifestos

Almeida, Paulo Roberto De




A grande mudança

Almeida, Paulo Roberto D



e

Mises Brasil (Helio Beltrao) interviewed by Mises Institute; audio

Ouçam aqui: https://mises.org/library/helio-beltr%C3%A3o-will-brazil-choose-marx-or-mises

Helio Beltrão: Will Brazil Choose Marx or Mises?

  • Helio Beltrão on Mises Weekends

August 21, 2015

Brazil is in a meltdown: its stock markets are crashing, inflation is over 10%, and huge numbers of people are marching in the street to demand the impeachment of President Dilma Rouseff. And while collectivism runs deep in Brazilian politics and academia, the tide may be turning—some protesters now carry signs demanding “Less Marx, More Mises.”
Our friend Helio Beltrão, President of Mises Institute Brazil, is here to explain what’s going on. Will Brazil continue to unravel, even as it prepares to host the world for the 2016 Summer Olympics? Or is there a path forward, led by a growing movement eager to shrug off the old guard of Marxist cronies?

Note: The views expressed on Mises.org are not necessarily those of the Mises Institute.

Bolivar Lamounier: as ruas serao o fator decisivo

Em entrevista ao jornal O Financista, o cientista político Bolívar Lamounier afirma que "o impeachment deve vingar". O PT, diz ele, fará "uma defesa emocional" de Dilma, mas a recessão engrossará os protestos de rua - e isto será decisivo:


Esqueça os políticos de Brasília. Quem decidirá o desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseffaceito pelo seu arqui-inimigo e presidente da CâmaraEduardo Cunha, não serão os parlamentares. Será o povo, em manifestações de rua pró ou contra o impedimento de Dilma.

A avaliação é do cientista político Bolívar Lamounier, diretor da Augurium Consultoria. “Se houver uma manifestação importante, a alma do Congresso pode mudar”, afirma. No auge dos protestos contra Dilma, em março, quase 2 milhões de pessoas foram às ruas em várias cidades. A hesitação dos partidos de oposição (sobretudo, o PSDB) em apoiar claramente o impeachment e as divergências entre os líderes dos movimentos (há desde os que defendem o cumprimento da Constituição e até quem queira uma intervenção militar) esvaziaram as manifestações seguintes.

Agora, a temperatura pode voltar a ferver, segundo Lamounier, devido ao agravamento da recessão, à inflação alta, ao desemprego perto de 2 dígitos e à falta de perspectivas de que Dilma seja capaz de adotar as medidas corretas para redimir os erros de seu primeiro mandato. Para ele, a esperança de que, uma vez enterrado o impeachment, Dilma poderia governar tranquilamente “é um conto da carochinha”, simplesmente, porque ela já está lá há 5 anos. Leia os principais trechos da entrevista de Lamounier a O Financista:

O Financista: O senhor avalia que o processo de impeachment pode terminar com a saída de Dilma Rousseff da presidência?

Bolívar Lamounier: Se isso fosse um jogo de futebol, eu diria que o governo leva vantagem nesse começo. Isto porque o fator mais importante, até aqui, é que o pedido foi aprovado por Cunha [Eduardo Cunha, presidente da Câmara], que tem uma reputação muito ruim. Além disso, a oposição parece atordoada. Vamos ver as ruas. Há uma movimentação marcada para o dia 13. Se houver uma manifestação importante, a alma do Congresso pode mudar. Além disso, a economia está cada vez pior.

O Financista: Alguns políticos apontam 3 condições para o impeachment vingar: a pressão das ruas, o vice-presidente Michel Temer aceitar ser um governo de transição, sem se candidatar em 2018, e o PSDB assumir claramente uma posição. O senhor concorda?

Lamounier: De tudo isso, o ponto mais fraco desse encadeamento é o que se refere ao PSDB. Se houver uma pressão forte das ruas, o PSDB vai ter de se posicionar. Além disso, o partido não pode cobrar nenhuma posição de Temer. Se ele assumir a presidência, poderá governar com quem quiser, e como quiser. Pode se aliar, inclusive, com o PT, já que é o vice-presidente de uma chapa encabeçada pelos petistas. É verdade que já vimos o que isso significa... mas continuo achando que o fator decisivo é a rua.

O Financista: Pois é, mas muitos contestam a representatividade dos movimentos de rua. De um lado, quem defende o governo são sindicatos e movimentos ligados ao PT. De outro, quem quer o impeachment não tem representatividade partidária, institucional...

Lamounier - Mas eu acho que isso é uma vantagem: conseguir reunir 1 milhão de pessoas sem ser ligado a nenhuma legenda. Se os partidos chamassem uma manifestação de rua, não teriam força nenhuma. Não iria nem um quinto das pessoas que esses movimentos reúnem. Os partidos brasileiros estão falidos.

O Financista: E como o senhor vê os empresários no meio disso?

Lamounier: O que os empresários querem é que haja uma solução o quanto antes. Para eles, ou Dilma é afastada e um novo governo começa; ou ela é confirmada e começa a governar. Isso é um conto da carochinha. Dilma está no Planalto há 5 anos e não fez nada. Como os empresários cobrarão algo?

O Financista: Mas, ainda assim, haverá uma disputa dos 2 lados para desqualificar os adversários e enfraquecer as ruas, com a história dos petralhas versus a elite branca.

Lamounier - Sim, haverá um conflito de representações. Aparecerão as acusações de que os movimentos que apoiam o governo são pelegos, e quem é contra é a elite. Ambos têm um pouco de verdade, mas eu não subestimo a capacidade de reação do PT, neste momento. Isto porque, agora, a resposta terá elementos emocionais, tribais, de autodefesa.

O Financista: Com tudo isso, o senhor acredita que o impeachment será aprovado?

Lamounier: O tempo está a favor do governo, mas acredito que o processo tem boas chances de vingar. Primeiro, porque Dilma já está em seu segundo mandato. Por isso, tudo o que ela poderia barganhar, em troca de apoio político, já foi concedido. Não há mais muita margem. Depois, por causa da pressão das ruas, que deve engrossar devido à recessão.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Dilmes, tal como veio ao mundo, e tal como vai acabar com o Portugueis do Brasiu...

Eu já tinha ouvido falar de uma tese de doutorado, ou do mestrado (OK, vale um TCC) sobre a quase lógica do inventor do poste, ou seja, o raciocínio (se existe) arrevesado, contraditório, quase sempre mentiroso, do autor de todas as bobagens que agora estão acabando com o Brasil.
Pois bem, agora graças ao jornalista Celso Arnaldo, que eu sempre acompanhei pelo blog do jornalista Augusto Nunes, temos agora, para o maior ridículo da pátria amada, a língua que vai arrastar a última flor do Lácio para o lixo, se é que já não arrastou, junto com a maior recessão da história econômica do Brasil.
Dilmês, a língua que está estuprando a língua oficial, em fase de consolidação para a eternidade sob a forma de um compêndio dos melhores momentos.
Uma única dúvida: será que a autora não vai exigir direitos de autor? Afinal de contas o copyright das expressões é dela, e talvez queira lucrar um pouco em cima.
Outra dúvida: a estupradora do idioma não vai querer processar o jornalista por difamação? Mas aí ela teria que processar a si própria.
Como ficamos então?
Dúvidas atrozes...
Paulo Roberto de Almeida


Idioma da mulher sapiens
Jornalista lança livro para ajudar a compreender o 'Dilmês'
Sátira reúne o que Dilma falou em entrevistas e discursos
Diário do Poder, 04 de dezembro de 2015 às 16:27 - Atualizado às 16:47

A falta de nexo nos discursos virou obra-prima para memes na internet

O jornalista Arnaldo Araújo, que já conquistou dois Prêmios Esso pela extinta Revista Manchete, lança neste sábado (9) na Livraria Cultura, em São Paulo o livro: Dilmês: O idioma da Mulher Sapiens da Editora Record.
A obra destrincha e interpreta, com altas doses de humor, as falas da presidente Dilma Rousseff, uma forcinha do autor para os brasileiros que tentam entender a lógica das oratórias presidências.
Arnaldo Araújo acompanha os discursos da presidente desde a época que ela comandou o Ministério de Minas e Energia e posteriormente a Casa Civil, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o autor naquele período já era notório que havia algo de errado na forma da mineira  se expressar.
A falta sem nexo nos discursos virou obra-prima para memes na internet, quem não se lembra da ‘saudação à mandioca’, ‘mulher sapiens’, ‘meta zero a ser dobrada’ ou o caso do ‘cachorro que vem atrás da criança’.
A sátira reúne o que Dilma falou publicamente, seja em entrevistas ou em discursos, “com sentenças que, levadas ao pé da letra sem rigorosa revisão, seriam barradas da ata de reunião de condomínio de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida. Dilma foi impondo o dilmês ao mundo civilizado”, declara o autor.
Serviço:
Data: 09/12/2015
Local: Livraria Cultura-Conjunto Nacional -Av. Paulista, 2.073-São Paulo
Horário: A partir das 19h

O Fim do Brasil? - Arnaldo Jabor

 Jabor   
Descrição: Arnaldo Jabor Foto: O Globo
27/10/2015 6:00

O boi

O causador disso tudo que nos acontece e que poderá durar muito tempo foi o Lula

Faltam-me palavras para dar conta do que está acontecendo no Brasil. Eu nunca vi o país assim. Já vi crises violentas como a morte de Getúlio ou o golpe militar, mas esta tem uma característica diferente; é pastosa, uma areia movediça que engole tudo.
O que é uma crise? Digamos que um projeto político ou empresarial quisesse chegar a determinado objetivo. Corria um risco. Se não desse certo, teríamos uma crise. Era a época dos riscos. Hoje vivemos na incerteza, porque não sabemos como agir.
Hoje, a crise é sonâmbula — como chegar e onde chegar? O grave é que esses impasses estão eliminando os instrumentos institucionais da democracia.
O Congresso brasileiro é chefiado por dois sujeitos investigados com provas e recibos por crimes na Lava-Jato, e também o Renan quando fugiu para não ser cassado pela evidência de suas jogadas. E hoje preside o Senado. Conta isso para um alemão, um inglês, e eles não acreditarão.
O Brasil está se esvaindo em sangue por causa de um cabo de guerra entre Dilma e Cunha, em amor e ódio, em busca de proteção mútua: "Você me salva do impeachment e eu tento evitar sua cassação". O Brasil está paralisado porque o Cunha está mandando no país, porque detém o poder de chantagear todo mundo, mesmo denunciado até pela Suíça (que chic!). Como pode o Legislativo estar nas mãos desses caras? Parece não haver um só lugar onde não haja roubo. Na saúde, na merenda escolar, na educação.
O Brasil está encurralado entre uma flébil tentativa de ajustar as contas públicas e o ajuste sendo usado como moeda de troca. O Congresso está bloqueando nossa recuperação. O Brasil está sendo chantageado. "Se o Brasil não me atender, eu destruo o Brasil."
Antigamente o segredo era a alma dos negócios espúrios. Hoje os mais sujos interesses são expostos à luz fria de um bordel. Está tudo em nossa cara.
Sempre houve roubalheira, considerada apenas um "pecado" e era uma roubalheira setorial, descentralizada, e não esta coisa sólida, extensa, onipresente. Tudo o que já apareceu nessa extraordinária ressurreição do Judiciário, por conta dos competentes juízes e procuradores, será um troco, uma mixaria quando chegarem ao fundos de pensão, ao BNDES e a outras empresas públicas.
A política está impedindo a política. Mentem e negam o tempo todo e não desmoralizam a verdade apenas; estão desmoralizando a mentira. São patranhas tão explícitas, tão cínicas que desmoralizam a mentira. O óbvio está escondido debaixo da mesa. O óbvio está no escuro, o óbvio está na privada. Quanto à verdade, é fácil descobri-la: ela é o contrário, o avesso de tudo que políticos investigados afirmam.
Ninguém acredita mais no que o Lula fala (só pobres analfabetos e intelectuais imbecis), ninguém acredita mais no que a Dilma gagueja sob o som dos panelaços, nem no Renan, no Cunha, mas o show continuaHá um complô de enganação da sociedade. Por quê? Porque a sociedade para eles é um bando de idiotas que precisam ser tutelados pelo Estado de esquerda ou enrolados pelos oligarcas privados. Esse foi nosso pior destino: a união entre a chamada esquerda e a velha direita.
Dilma não sai nem morta, ela disse. Cunha não sai nem morto. E os dois em confronto encurralam o país numa briga de foice. São demitidos 3 mil por dia e o total geral de desempregados já está em 1 milhão e 200 mil de pobres vítimas desse prélio de arrogância e narcisismo. Teremos um déficit fiscal de R$ 70 bilhões. E tudo bem? No Congresso ninguém liga. Dane-se o país, quero o meu...
Faltam-me palavras. Que nome dar por exemplo a esse melaço de gente que odeia reformas e o novo? Que medula, que linfa ancestral os energiza, que visgo é esse que gruda em tudo? É uma pasta feita de egoísmo, preguiça, herança colonial, estupidez e voracidade pura. Que nome dar? A gosma do Mesmo?
O dicionário não basta para descrever uma figura como o Cunha, cuja aparência não engana. Ele é o que parece, nunca vi um desenho tão perfeito de uma personalidade. O povo vê horrorizado sua carantonha e seu bico voraz e percebe que está diante do mal. O povão não entende muito, mas tem sensibilidade. Cunha é a cara do pesadelo brasileiro. E tantos outros, escondidos por sorrisos, cabelinhos de acaju ou de asas da graúna.
Nós jornalistas e comentaristas tentamos ver algum ângulo novo na crise atual, mas já estamos nos repetindo, martelando o óbvio. Todos os artigos parecem um só. Eu busco novas ideias, novas ironias para esculachar essa vergonha, mas ela é maior que as palavras.
Falamos, falamos e não descobrimos o essencial: como é que essa porra vai acabar?
O Brasil estava entrando no mundo contemporâneo com uma nova visão de economia e gestão e vieram esses caras e comeram tudo, como as porcadas magras quando invadem o batatal. Essa crise é terrível porque é uma caricatura. É crise do superficial, do inerte, da anestesia sem cirurgia. A crise é um pesadelo humorístico. A crise não merece respeito. Sei lá, a depressão de 29 foi uma tragédia real. Esta nossa é uma anedota. Ela foi criada artificialmente por essa gentalha que tomou o poder e resolveu ser contra "tudo isso que está ai". Quem estava aí era o Brasil. Eram as conquistas da democracia, essa palavra que eles usam com boquinha de nojo, apenas como pretexto, como estratégia para a tal "linha justa". Como dizia o Bobbio: "O que mais une o fascismo e o comunismo é seu ódio à democracia." O que provocou tudo isso? Foi o populismo endêmico, o patrimonialismo secular, a ignorância histórica. E esse sarapatel pariu um sujeito despreparado e deslumbrado consigo mesmo, cujo carisma de operário fascinou intelectuais babacas e comunas desempregados desde 1968, que resolveram fazer uma revolução endógena, um "gramscianismo" de galinheiro.
O PT está arrasando o país. Essa é a verdade. Temos que dar nome aos bois, ou melhor, ao boi. O causador disso tudo que nos acontece e que poderá durar muito tempo foi o Lula. Sim. Esse homem que nunca viu nada, que não sabia de nada é o grande culpado da transformação. Mas, o MPF e a Polícia Federal estão chegando perto dele e de suas ocultações. Ele é o boi.



A caricatura do momento: Sponholz


Estamos a caminho do xeque-mate?
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela e Mercosul: sobre a clausula democratica, palavras de Maduro

Palavras de Nicolas Maduro, atual presidente da Venezuela: 

“Não estamos diante de uma oposição, mas perante uma contrarrevolução extremista. Por isso sabotam o sistema elétrico e escondem os produtos das pessoas. É uma guerra (...) Iremos para a disputa eleitoral e acredito que ganharemos, mas se essa hipótese for negada, mudada, rechaçada e sepultada, e ocorrer uma derrota, estou política e militarmente preparado para assumi-la e irei para as ruas. Em todos os cenários somos milhões".

“No dia 6 de dezembro, triunfaremos e juro do fundo do meu coração de bolivariano e chavista que, com o triunfo, radicalizarei a revolução, retificarei todos os erros e problemas".

Com a palavra, depois das eleições, os demais dirigentes do Mercosul.

Folha Corrida do Partido Totalitario - Gilberto Simoes Pires (Ponto Critico)

Compartilho, do site do homem de comunicações Gilberto Simões Pires, esta pequena folha corrida sobre o partido que fez o Brasil recuar pelo menos 20 anos em termos econômicos e muito mais em termos morais.
Paulo Roberto de Almeida


FOLHA CORRIDA
Gilberto Simões Pires

1985 -O PT É CONTRA A ELEIÇÃO DE TANCREDO NEVES E EXPULSA OS DEPUTADOS QUE VOTARAM NELE.
 
1988 -O PT VOTA CONTRA A NOVA CONSTITUIÇÃO QUE MUDOU O RUMO DO BRASIL.
 
1989 -O PT DEFENDE O NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA BRASILEIRA, O QUE TRANSFORMARIA O BRASIL NUM CALOTEIRO MUNDIAL.
 
1993 –O PRESIDENTE ITAMAR FRANCO, CONVOCA TODOS OS PARTIDOS PARA UM GOVERNO DE COALIZÃO PELO BEM DO PAÍS. O PT FOI CONTRA E NÃO PARTICIPOU.
 
1994 -O PT VOTA CONTRA O PLANO REAL E DIZ QUE A MEDIDA É ELEITOREIRA.
 
1996 -O PT VOTA CONTRA A REELEIÇÃO. (HOJE DEFENDE).
 
1998 -O PT VOTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA TELEFONIA, MEDIDA QUE HOJE NOS PERMITE TER ACESSO A INTERNET E MAIS DE 150 MILHÕES   DE LINHAS TELEFÔNICAS.
 
1999 -O PT VOTA CONTRA A ADOÇÃO DO CÂMBIO FLUTUANTE.
1999 -O PT VOTA CONTRA A ADOÇÃO DAS METAS DE INFLAÇÃO.
 
2000 -O PT LUTA FEROZMENTE CONTRA A CRIAÇÃO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, QUE OBRIGA OS GOVERNANTES A GASTAREM APENAS O QUE ARRECADAREM, OU SEJA, O ÓBVIO QUE NÃO ERA FEITO NO BRASIL. POR QUE SERÁ?
 
2001 -O PT VOTA CONTRA A CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS SOCIAIS NO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO: BOLSA ESCOLA, VALE ALIMENTAÇÃO, VALE GÁS, E OUTROS ... ESTAS BOLSAS, SÃO CLASSIFICADAS COMO ESMOLAS ELEITOREIRAS E INSUFICIENTES.
QUASE TODA ESTRUTURA SÓCIO- ECONÔMICA DO BRASIL, FOI CONSTRUÍDA NO PERÍODO LISTADO ACIMA. O PT FOI CONTRA TUDO E CONTRA TODOS.
HOJE ROUBAM TODOS OS AVANÇOS QUE OS OUTROS PARTIDOS PROMOVERAM E POSAM COMO OS ÚNICOS CONSTRUTORES DE UM PAÍS DEMOCRÁTICO JÁ QUE O PT FOI CONTRA TUDO E CONTRA TODOS DESDE A SUA FUNDAÇÃO.

FICA UMA PERGUNTA:
EM 13 ANOS DE GOVERNO, QUAIS AS REFORMAS QUE O PT PROMOVEU NO BRASIL PARA MUDAR O QUE OS SEUS ANTECESSORES DEIXARAM?

Banqueiro na cadeia? Empresario encarcerado? O que aconteceu com o Brasil? - Nivaldo Cordeiro

Excelente análise de Nivaldo Cordeiro sobre o atual momento político, que é mais bem policial, ou inteiramente policial...
Como diz uma canção de um maluco, alguma coisa acontece, e não é raio em céu azul, embora pareça. Nunca antes no país se viu tantos banqueiros, advogados de alto coturno e sobretudo empresários na cadeia, seja em regime de prisão temporária, ou preventiva, ou já mesmo condenados a penas diversas. Muitos outros estão em liberdade provisória, aguardando julgamento sob regime de delação premiada. Ah sim, tem também alguns políticos na cadeia, o que também é novidade. Reparem que nenhuma dessas novas realidades no céu do Brasil se deve aos homens (e mulheres) que supostamente deveriam representar o povo, ou seja, representantes com voto popular. Tudo isso se deve à ação, sempre legal, de pessoas sem nenhum voto ou representação, apenas a serviço do Estado e das leis, o que é uma novidade novidadíssima no Brasil, onde os donos do poder, ou seja, aquela categoria que Raymundo Faoro chamou de "estamento burocrático", sempre mandaram no país e nas instituições a seu bel prazer. Parece que a coisa está mudando, mesmo contra o maior, o mais poderoso, o mais totalitário dos estamentos burocráticos que já ocupou o poder no Brasil, o estamento burocrático do partido neobolchevique e gramsciano, que também se revelou o mais mafioso de todas os partidos políticos, a corporação organizada para o crime e para o monopólio do poder, agora sendo contrarrestado por outras pessoas, não organizadas em partido, mas pertencentes a uma corporação do Estado (como podem ser o MPF, a PF, juízes, e alguns outros poucos). Por ironia da história, Raymundo Faoro foi um dos fundadores do PT; Hélio Bicudo também, aliás. Ambos foram tragados nas engrenagens totalitárias e mafiosas do pior partido que já assaltou o Brasil, literalmente...
Paulo Roberto de Almeida

O BANQUEIRO APRISIONADO
Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.net, 30/11/2015

Nada mais extravagante e fora do lugar do que um banqueiro, e dos grandes, aprisionado. Em prisão preventiva, diga-se de passagem, a pior delas, aquela que é determinada para que a investigação dos supostos crimes possa prosseguir sem a sua interferência. Normalmente, tal expediente é usado para investigar crimes de sangue ou de tráfico de drogas, tomados em flagrante delito, mas ficou usual entre, nós depois que o PT chegou ao poder, não porque este tenha decidido “investigar” mais, mas precisamente porque o partido decidiu delinquir mais na política, fez do poder de Estado um duplo instrumento de autoperpetuação no poder e de máquina para se locupletar.

O banqueiro – falo de André Esteves – secundou o maior dos nossos empreiteiros, Marcelo Odebrecht, que está na mesma condição há meses, preso preventivamente, sem data para sair da prisão. Banqueiros e empreiteiros são dois tipos de grandes negociantes com as coisas do Estado, aqueles dos quais o PT transformou em fonte de rio de dinheiro para suas campanhas eleitorais e para a conta corrente de seus dirigentes, todos enriquecidos à sombra do poder de Estado.

Desde que chegou à Presidência da República o PT se comportou como se tivesse tomado o poder pelas armas e pudesse reiniciar o país em tudo. Enganou-se. As instituições funcionaram e as falcatruas reveladas desde o mensalão estão devidamente tratadas pelo Poder Judiciários, em todas as instâncias. Sentenças têm sido prolatadas em profusão. Não deixou de ser muito irônico que o ministro Teori Zavascki, que chegou ao STF supostamente para ajudar juridicamente o PT, tenha assinado monocraticamente a ordem de prisão do banqueiro e do senador Delcídio Amaral, líder do PT naquela Casa. O Estado tem se revelado maior do que o partido.

Desde o mensalão o PT tem tentado “acalmar” os réus vendendo a falsa ideia de que controla o Poder Judiciário, comprando com isso o silêncio de incautos como Marcos Valério, que foi apenado com quarenta anos de prisão, em regime fechado. Os novos réus perceberam a fragilidade dessa promessa e passaram a negociar delações premiadas, que relaxam a prisão preventiva e reduzem a pena a cumprir, por acordo com o Ministério Público. Os dedos-duros têm se multiplicado.

Marcelo Odebrecht tem permanecido impávido, em silêncio total, o que tem lhe custado a longa prisão preventiva. Parece que passará as festividades de final de ano na cadeia. Vamos ver se a visão utilitarista típica de um banqueiro vai quebrar o silêncio de André Esteves. É provável que sim, mas isso causará um terremoto na vida política nacional. Se falar livremente vai comprometer toda cúpula da política e não apenas a do PT. Grandes fortunas súbitas, como a do André Esteves, só são possíveis mediante assalto impiedoso aos cofres públicos, de todas as formas. O negócio dos banqueiros os deixa em posição favorável em qualquer decisão governamental, a começar por aquelas que são referidas à dívida pública.

A propósito, o sistema brasileiro “democratizou” o butim da dúvida pública, toda a gente pode comprar seus papéis, que pagam generosos juros, os maiores do mundo. Não devemos esquecer, todavia, que para um título público chegar às mãos de um particular paga, antes, comissão a um banqueiro. A trilionária dívida pública é a vaca leiteira do sistema bancário.

Não sei se André Esteves é culpados dos crimes dos quais é acusado, mas a prisão dele não é injusta se tomarmos como referência o conjunto de sua obra. A súbita fortuna que logrou acumular veio acumulada de boatos de negociatas com fundos de pensão de empresas públicas, com o manejo da dívida do Estado, com súbitos movimentos lucrativos próprio dos muito bem informados, como as variações cambiais. Não é uma injustiça, portanto, que esteja preso.

O Brasil precisará ser passado a limpo, agora. Tantos políticos e gente rica aprisionados levam-me a acreditar que um mínimo de moralidade agora será exigido no trato da coisa pública. Fatalmente a rentabilidade desses maganos irá minguar. Ninguém pode ter permanentemente lucros extraordinários sem delinquir, é isso que a prisão do banqueiro revela.

Quem viver verá.

A NET continua inepta, sem sequer saber dos servicos que presta a seus clientes

No seguimento de minha postagem de 1ro. de dezembro, aqui linkado,
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/12/net-uma-empresa-inepta-claro-uma.htmli
volto ao tema da inépcia da Net, que só me contatou porque fiz uma reclamação junto à Anatel, depois que eles cortaram pela segunda vez uma linha de celular que eu estava usando de maneira regular.
Inventaram não sei qual solicitação da minha parte, para cancelar definitivamente uma outra linha, de outro DDD, que efetivamente não estava sendo usada desde a origem da concessão.
Desde o dia 2 de novembro, há mais de um mês, portanto, eu já acumulei algumas dezenas de protocolos de chamadas para sanar CAGADAS -- desculpem a expressão mas ela é absolutamente necessária -- que a NET fez com relação aos serviços demandados.
Já estou cansado de passar horas ao telefone tentando falar com atendentes manifestamente despreparados. Doravante não quero mais contatos telefônicos, só por email, registrando exatamente o que existe e quais são os problemas. Ilusão? Provavelmente, mas não quero mais falar com gente inepta, tão inepta quanto a companhia.
A NET é inepta, contrata assistentes incapazes de anotar corretamente as demandas feitas pela sua clientela, e com isso causa problemas de modo contínuo. Repito: de modo contínuo.
Por isso, só me resta voltar a fazer reclamações, cada vez que eles falharem em seus serviços, e continuar repetindo:

A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!   

Eu tenho uma solução para esses problemas, que são causados pelo intervencionismo do governo (corrupto, como cela va de soi), por uma regulação falha, pela cartelização do setor, pela falta de competição, e pela total falta de atenção ao consumidor, que paga, e caro (sendo que metade vai para o governo) por serviços vagabundos e não confiáveis.
Minha solução é muito simples: ABRIR TOTALMENTE O SETOR A TODAS AS COMPANHIAS INTERESSADAS EM EXPLORAR SERVIÇOS DE TELEFONIA, DE INTERNET, DE TRANSMISSÃO DE DADOS, DE TUDO.
Vai ser uma anarquia o mercado, e isso é muito bom: os consumidores, sem QUALQUER REGRA DE FIDELIDADE, SEM QUALQUER REGRA DE QUALQUER COISA, vão escolher com quem pretendem trabalhar, em total liberdade de escolha, de competição, de preços, de planos de todos os tipos, gostos e sabores.
O MERCADO SABE O QUE É MELHOR PARA OS CONSUMIDORES.
Ponto: em poucos meses, as más empresas serão expulsas e a concorrência entre muitas vai assegurar que os melhores serviços sejam oferecidos aos melhores preços para todos.
Por enquanto eu vou continuar xingando as companhias, TODAS elas, especialmente a que me trouxe dissabores constantes, ao longo das últimas quatro semanas:

A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!
A NET É INEPTA!

Paulo Roberto de Almeida
   

O impeachment no Mises Daily - Bruno Gonçalves Rosi (Mises Daily)

O autor é adequadamente pessimista quanto à possibilidade de forças liberais assumirem o poder no Brasil e de influenciarem as políticas econômicas. Correto. As chances disso ocorrer são próximas de zero.
Paulo Roberto de Almeida 

Will Brazil Impeach Rousseff?

 Bruno Gonçalves Rosi

 Mises Daily, December 4, 2015

A few years ago, in 2009, The Economist magazine published an issue with its front cover showing a picture of the statue of Christ the Redeemer, one of the main symbols of Brazil, taking off like a rocket. This symbolized the country’s growing economy. The title of the article read “Brazil takes off.” However, in 2013, the same magazine published another issue with its front cover showing a picture of the statue going down like a misfired rocket. The title of the main article asked “Has Brazil blown it?” Yes. It blew it. An even more recent issue, from 2015, states that the country is in a quagmire.

With President Dilma Rousseff now facing impeachment, doubts may arise about the future of Brazil. How likely is this impeachment to remove her from office? And what changes will occur in case it does happen? To answer, I’m going to briefly analyze the last twenty years of Brazilian politics.

Along with Latin America and Eastern Europe, Brazil went through a series of reforms during the 1990s, especially in the government of Fernando Henrique Cardoso (also known as FHC) from 1995 to 2002. FHC actually started the reforms when he was finance minister in the government of his predecessor, Itamar Franco (1992–1994). During the administration of FHC’s successor Lula da Silva (2003–2006), the reforms seemed to continue, paving the way for the prosperity observed in 2009. But things just appeared that way.

FHC and Lula are the better known former presidents in Brazil since 1985, when the country resumed governmental democracy after twenty years of military presidencies. And the two were also heads of the country’s two major political parties, respectively PSDB (Brazilian Social Democracy Party, or Partido da Social Democracia Brasileira) and PT (Worker’s Party, or Partido dos Trabalhadores).

PSDB and PT have similarities and differences. Both parties define themselves as center-left in the single-axis political spectrum. Both parties came into existence in the late 1970s or early 1980s, coming from a prior condition of bipartisanship forced by the military. Both parties include social democracy as part of their political ideology.

But the similarities end there. PT came into existence from three main segments: first, the basic ecclesial communities linked to the Liberation Theology in Latin America, especially in the ABC Region, an industrial region in Greater São Paulo. In the 1970s these communities tried to combine Marxism and Catholicism, turning Jesus into a first century Palestine social revolutionary. Second, PT has its origins in the labor movement of the same region in Sao Paulo — that’s where Lula came from. And finally, the party’s founders were die-hard radical socialists that participated in guerrilla activity against the military government — financed and trained mainly by Cuba — that’s where Rousseff came from.

A more detailed analysis might show that the party had more pragmatic, power-seeking wing — represented by Lula — and a more ideological one.

Among PSDB’s founders were well-established politicians from the PMDB (the opposition party to the military government). Like the founders of the PT, the PMDB opposed the dictatorship, but without the backing of outside communist regimes. 

Instead, the PMDB used the legal institutional means available at the time. Although “social democracy” is in its name, PSDB was a much more pragmatic party from its inception, leaning toward a radical centrism, in the sense of calling for fundamental reform of institutions and believing that “genuine solutions require realism and pragmatism, not just idealism and emotion.”

Over time the party was much more willing to support market-based solutions to social problems than its counterpart. The party — and specially FHC — can also be identified with the Third Way, much like Bill Clinton and Tony Blair.

For other countries, the Third Way may be “the fastest route to the Third World.” But in Brazil’s case, coming from a situation of extreme statism since the 1930s, the reforms undertaken by FHC during the nineties were a major relief by comparison. But because of them, the president was accused of being neoliberal, meaning, a follower of Ronald Reagan and Margaret Thatcher (or even worse — from the left-wing point of view — a follower of F.A. Hayek or Milton Friedman).

Lula came to power in 2003 promising to leave behind the more radical positions of his party and to adopt a more pragmatic approach, not much different from that of FHC. That seemed to be the case for a while, and that’s when TheEconomist committed the mistake of believing Brazil was taking off. But for the more attentive observer it was clear that this could not be the case. Lula slowly but certainly abandoned the more market-oriented policies, a gesture consolidated by his successor, Dilma Rousseff. Instead of deepening the reforms started by FHC, PT was satisfied with keeping them in place for a while, and then abandoning them altogether.

I could go further in the past to explain how Brazil had an anti-liberal mentality from its beginning. But here it’s sufficient to say that, although being a multi-party country, Brazil has two major political forces: the PT and the PSDB. Neither of them is essentially market-friendly. But that’s not to say there are no differences between them. Even a pragmatist like Lula has to please his followers. With its socialist DNA, there’s no hope that PT will do what Brazil needs. And while they stay in power, Brazil’s economy is not resurging any time soon.

In 1992, then-President Fernando Collor was impeached, and what followed were the liberal reforms of FHC. But Collor didn’t have one thing Dilma has: a strong party.

The PT may throw Dilma to the lions in order to appease opposition and the population, but it won’t abandon its skepticism of liberalism, and there are no market-friendly political forces to fill any political vacuum that may result from Rousseff’s removal. With or without Dilma, this is still not time for optimism. Maybe a more pragmatic hope will do.


Book review: The First Stock Exchange (not quite) - Lodewijk Petram

Como diz o resenhista, o livro não é o que parece. Ele trata das primeiras interações de títulos e ativos financeiros, ou seja, relações de mercado, na Holanda do século 17, mas não da primeira bolsa do mundo, que só surgiria depois, e não na Holanda, mas na Inglaterra.
Em todo caso, trata-se de uma história relevante para todos os que lidam com história econômica. O próprio resenhista é um especialista no assunto.
Paulo Roberto de Almeida 

Published by EH.Net (December 2015)

Lodewijk Petram, The World’s First Stock Exchange.  New York: Columbia University Press, 2014. vi + 296 pp. $30 (cloth), ISBN: 978-0-231-16378-1.

Reviewed for EH.Net by Ranald Michie, Department of History, Durham University.

The subject of this book is the world’s first stock exchange, which the author locates in Amsterdam in the seventeenth century. As becomes apparent in the text (pp. 181-82), no stock exchange was formed in Amsterdam at that time. The Amsterdam Stock Exchange Association was not established until 1876 and it did not occupy its own building until 1913. Both these events were long after stock exchanges had been founded in numerous other cities in the world, such as London and New York. What the author confuses is trading in corporate stocks and a stock exchange.  The former is a market whereas the latter is an institution. This difference matters because of the important contribution that rules and regulations make to reducing counterparty risk, eliminating price manipulation, addressing trading abuses and ensuring the permanence and continuity of opportunities to buy and sell.  That leads to a question that this book does not answer. Why was a stock exchange not formed in Amsterdam in the seventeenth century given the early start that was made there in establishing a market for stocks and the need to respond to all the problems it led to for those involved?  Clues are provided in the text to such a question but it remains unanswered because it is not asked.

The failure of the author to distinguish between a market and an exchange, and then discuss why the former did not lead to the latter in seventeenth century Amsterdam, is a pity because the book contains much of interest and relevance. The material that the author uses is largely that generated by disputes between those involved in this early stock market whether they were investors, brokers or dealers. Using this legal material provides a great deal of depth to an understanding of this early stock market but the overall result is rather episodic. Lacking the material produced by an institution such as a stock exchange, as there was none, there is no sense of development. Instead, there are a series of glimpses into a world in which the owning, buying and selling of corporate stocks gradually emerged from the shadows and took on a tangible form. The way this is presented is at variance with normal academic practice. Despite being based on a Ph.D. the focus is on telling a story based on the life and times of individuals, and extrapolating far beyond the evidence gleaned from the court records and business papers available. This makes the book very readable but at the expense of analysis and explanation.

Central to the narrative is the VOC (the Dutch East India Company), as it was the shares issued by it which provide the material out of which the early stock market in Amsterdam grew. As a trading company sending ships to Asia, its business prospects were highly uncertain, being exposed to the vagaries of weather and war as well as those of long-distance commerce, making its dividends a great unknown until formally declared by the directors.  At times large dividends were declared while at others none resulted, while payment could be in anything from commodities like cloves, government bonds, or actual money. It was this uncertainty that generated a great deal of market activity as it attracted speculative interest, driven by news and rumors, as well as those looking for a permanent investment, willing to accept both losses and profits over the long run.

In turn the very volatility associated with VOC stock gave it a liquidity that attracted another class of investor. These were people, such as the merchants, with temporarily idle funds who looked for a suitable investment while waiting better paying opportunities. The stock market that developed in seventeenth century delivered this. Increasingly it became possible to trade in VOC shares not only for immediate delivery but also forward, providing opportunities for those with spare funds to employ them in this market or those in need of such fund to access them. Contributing enormously to the operation of this market was the use of options and the appearance of a growing number of brokers and dealers, as these provided those trading in VOC shares with a continuous market and ways of either increasing or reducing the risks that they took. These developments are expertly documented in this book and the reader is provided with a wealth of evidence detailing the way the market operated in the seventeenth century. That makes the book an invaluable addition to the literature on the history of securities markets.

The conclusion reached by the author is a rather negative one as he says little of value about the developments that took place in share trading in Amsterdam in the eighteenth century. The stock market was confined to the shares of one company, the VOC, with only one other being formed, the Dutch West India Company (WIC), which was not a success. In addition, the interpretation presented here focuses on the speculative element of share trading, which is inevitable given the material that is relied on. Disputes were usually generated when one party to a deal looking for a way of reneging on it when the outcome meant a large loss for himself. What is lost in this approach is the connections between the market in VOC shares and the wider money market and the complex world of international payments. There are hints of these connections in the book but they are not taken up. Reflecting the weakness of this element of the book is the lack of understanding of the developments being made in the rival stock market in London from 1694 with the formation of the Bank of England, as its shares could provide the depth and breadth that those of the VOC lacked, as it was a proxy for the debt of the UK government.

Ranald Michie is author of The London Stock Exchange: A History (1999) and The Global Securities Market: A History (2006), both published by Oxford University Press. He is currently completing a book entitled British Banking: Continuity and Change since 1694, also for Oxford University Press.  He recently retired from Durham University as emeritus professor and is currently teaching at Newcastle University Business School.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Colapso, editorial da FSP

Raras vezes eu concordo com um editorial desse jornaleco metido a besta, e que se equilibra entre o razoável e o francamente ruim, com seus jornalistas alienados.
Mas, devo dizer que concordo com todas as linhas deste editorial, que até acho moderado, pois esquece de mencionar, que além da incompetência, tivemos de aguentar o maior esquema de corrupção, roubalheira, falcatruas e mentiras de toda a história do Brasil durante os últimos treze (ou mais) anos.
Em lugar de colapso, que ainda não chegou realmente, trata-se de uma situação que eu chamo de A Grande Destruicao lulopetista.
Paulo Roberto de Almeida

Colapso
Editorial/FSP, 3/12/2015

Poucas vezes se viu, na história brasileira, um encolhimento tão expressivo de nossa economia. De abril de 2014 a setembro deste ano, o PIB ficou 5,8% menor, e inexistem sinais de que a redução será interrompida no curto prazo. Não se vê nada parecido desde o início dos anos 1980; antes disso, é preciso voltar à década de 1930.

Com os resultados do terceiro trimestre –queda de 1,7% em relação aos três meses anteriores–, o PIB deve fechar 2015 com contração próxima a 4%. Esvaem-se, com isso, as esperanças de que 2016 possa trazer algum alento. O ano que vem será de nova retração. Com sorte, o crescimento voltará, tímido, apenas em 2017.

O colapso da demanda interna afeta quase todos os setores, algo também raro. A combinação de crise em segmentos de grande peso para o investimento e o emprego –como a construção civil, toda a cadeia de óleo e gás e a indústria– torna mais difícil antever o possível caminho da recuperação.

A extensão da degradação social ainda está por ser plenamente estabelecida. Já se nota, porém, a reversão de tendências positivas da última década. Aumentam a informalidade da mão de obra e a desocupação entre os jovens, por exemplo. A se confirmarem prognósticos que não soam pessimistas, até o ano que vem o país terá perdido 4,5 milhões de postos de trabalho.

Por essas razões, a recessão atual se anuncia muito mais prolongada do que as contrações de 2003 e 2009. Nos dois casos, nossa economia voltou a se expandir menos de um ano depois e não tardou a superar o tamanho que tinha antes da crise. Desta vez, é quase certo que o país chegará a 2018 com patamar de produção inferior ao de 2014.

Evidencia-se, pois, a precariedade do modelo petista, que se baseou unicamente em aproveitar os bons ventos internacionais para distribuir dinheiro e obter, de políticos e empresários, apoio mercenário a um projeto econômico primitivo.

Não foi por falta de aviso que falhou a via do intervencionismo tosco e da escolha arbitrária de setores a serem agraciados com benesses oficiais. Não surpreende que nesse ambiente opaco tenham vicejado a corrupção e as piores práticas de administração pública.

Mudar esse quadro sombrio demandará a implementação de um regime oposto ao que se construiu nas gestões petistas. Trata-se, para começar, de basear o sistema em produtividade, abertura e transparência e de reforçar o que há de republicano nas instituições políticas e econômicas.

My comments na Economist: not too much, just a few...

Uau! Entrando na seção de comentários da Economist para escrever sobre a matéria na qual a revista acha que a presidente pode se safar do atual processo de impeachment, acabei descobrindo comentários meus, anteriores, sobre outros assuntos, que são facilmente perceptíveis pela natureza dos temas tratados.
Um ou outro desses comentários até mereceu transcrição na edição impressa, que eu recebia, por ser assinante. Agora não sou mais, só leio de graça, o que me permitem...
Não assino não para poupar dinheiro, exatamente, mas por asboluta falta de tempo...
Paulo Roberto de Almeida 

233_CLO
Dear Sir,
I have been observing European building up for the last 40 years. At the beginning, being from a region (South America and Mercosur), I was very sympathetic towards the European model, and thaught it could be a good exemple for South American integration.
Summing up, now, I think Europe has over-extended the utility of a very complex institutional architecture, and I come to recognize that your Lady Thatcher was right!
Europeans have built a gothic cathedral in Brussels, that is too complex to manage and too costly to entertain and keep running.
Every time that a problem is recognized, European leadership responds that all we (you) need "is more Europe", that is, erecting more alleys to an already complex and complicated gothic cathedral, wirh plenty of political gargouilles and bureaucratic circumvolutions. How to live with all that? And how to pay for it?
I think now that Brittons are right: better to have a light, small, flexible, cheaper instrument, and dismiss all this baroque, rococo, architecture.
I hope that we do not start to build a gothic cathedral in South America.
Paulo R. de Almeida
Brasilia, Brazil

Racial quotas either for universities, or public offices, is the equivalent of an Apartheid system, in a country which, while having some grave inequalities touching mostly poor (and black ) people, never had policies separating its citizens according to racial or color lines.
This modifies completely the political and social scenario in Brazil, for the worse, of course.
Paulo R. Almeida
Brasilia, Brazil

193_CLO
Dear Sir,
Yes, natural gas is a fossil fuel, but much more "civilized" than other fossil fuels. I think it is capable of playing a great role in the transitional phasis to a more renewable energy matrix.
Natural gas is not a polluter of the same kind as coal or oil; it volatilize easily and contributes less to the global warming...
Paulo Roberto de Almeida