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Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Cidades de acesso a textos PRAlmeida na plataforma Academia.edu
Postura de um general de reserva sobre as ameaças à Amazonia - Carlos Alberto Pinto Silva (Defesanet)
Não tenho tempo, nesta madrugada de segunda-feira (02:31 da madrugada) de comentar em detalhe seus argumentos, mas eles são reveladores de certas reações primárias compatíveis com a paranoia normal dos militares no tocante a supostas ameaças à soberania do Brasil.
Não creio que vá mudar muito, pois a obrigação dos militares é, por definição, cultivar a paranoia, inclusive por razões orçamentárias.
Lamento pela descoordenação com uma política internacional sensata por parte do Brasil.
Estamos em tempos paranoicos, mais do que o normal.
Paulo Roberto de Almeida
Texto de fundamental importância do Gen Ex R1 Pinto Silva para os leitores de DefesaNet
Carlos Alberto Pinto Silva[2]
Defesanet, 1/09/2019
Dissociada do restante do território nacional, a Amazônia tem sofrido fortes ameaças que atentam contra a soberania nacional, como é o caso da atual cometida pelo Presidente Macron, da França.
O presidente francês afirmou que está “em aberto o debate sobre a internacionalização jurídica da floresta amazônica”.
A situação vivida na atual conjuntura brasileira é a de paz relativa, uma Guerra Política[3] Permanente, não há inimigo e sim estados com ações hostis em defesa dos seus interesses. Está acontecendo um “Conflito na Zona Cinza”, caracterizado por uma intensa competição política, econômica, informacional, mais acirrada que a diplomacia tradicional, porém inferior à guerra convencional, realizada por Estados[4] que têm seus interesses desafiados pelo Brasil.
Ninguém começa uma Guerra Política contra um país amigo do seu povo, ou melhor, ninguém de bom senso deve fazê-lo, sem ter bem claro em sua mente o que com ela pretende alcançar. França e Alemanha motivadas pela assinatura do acordo MERCOSUL e União Europeia, acusam o Brasil de estar destruindo a Amazônia e de não cumprir com acordos relativos ao meio ambiente, e ameaçam com retaliações políticas e econômicas, mal disfarçando o verdadeiro motivo que é o de proteger suas economias.
A decisão de empreender uma “Guerra Política” contra o Brasil poderia ser baseada numa avaliação de custos e benefícios, ser empreendida com vistas a alcançar-se um objetivo político que fosse de interesse do Estado Frances, e nunca para atender a necessidade do Presidente Macron de se projetar internacionalmente como “defensor da humanidade”, e recuperar sua reputação na política interna protegendo seus agricultores.
O centro de gravidade da ação dos Estados hostis ao Brasil, na atual conjuntura, está voltado a desestabilizar o governo, a desacreditar autoridades, a criar o caos na sociedade com o auxílio do potencial de protesto da oposição e da imprensa simpática à social democracia, sucedendo-se a uma inevitável crise política.
Devido às nossas possíveis atividades de defesa serem de um país em desenvolvimento contra países do G7, as ações devem ter um objetivo político claramente definido e responsabilidades políticas firmemente estabelecidas. Devemos criar, com a participação da sociedade, uma “Frente Nacional” de defesa do país.
Existem certas medidas fundamentais, entre elas, como manobra interior:
- buscar a harmonização dos três Poderes em assuntos de defesa e política externa;
- buscar a integração das diversas ferramentas do Poder Nacional e dos grupos não estatais em benefício da defesa dos interesses nacionais do país, forçando o oponente a confrontar vários campos de batalha, simultaneamente;
- permitir usar todos os elementos do Poder Nacional, em uníssono e com a combinação certa de instrumentos diplomáticos, econômicos, militares não cinéticos, políticos, jurídicos e culturais para cada situação;
- buscar a participação da própria população na defesa da soberania da nação;
- todos os fatores do Poder Nacional possuem uma estreita dependência do poder econômico, a ciência de bem aplicá-los na defesa da nossa soberania está na sua integração e harmonização;
- buscar a excelência nas atividades de guerra em rede, de inteligência artificial, segurança cibernética, e espionagem eletrônica;
- buscar que todos os brasileiros saibam o que é um “Conflito na Zona Cinza[5]”;- usar a Guerra Assimétrica Reversa [6] e a Assimetria Estratégica [7];
Il le sait mieux que quiconque : notre planète souffre des activités de l’Homme. Il en a fait le combat de sa vie. Avec le Cacique Raoni Metuktire, Grand chef du peuple Kayapo, nous avons échangé sur les mesures que nous mettons en oeuvre pour le climat et la biodiversité.
E como Manobra exterior:
- busca de apoio em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Itália, China, Argentina que já fizeram declarações favoráveis ao Brasil, e,
- procurar as multinacionais francesas instaladas no Brasil discutindo as vantagens de um bom relacionamento entre Brasil e França.(ver a matéria BR-FR - Tensão diplomática Brasil-França pode prejudicar Projetos e Manutenção de Sistemas de Defesa Link)
O Brasil deve se preparar para um longo período de conflito, pois razão não é a defesa do meio ambiente, da Amazônia, ou a luta contra as queimadas, mas sim as riquezas da Amazônia e a reação da esquerda e da social democracia europeia e brasileira à vitória de um governo de direita no Brasil. No passado recente, de governos de esquerda, o desmatamento e as queimadas foram maiores e sem protesto de países europeus e da imprensa interna e externa.
Indicação sem diplomacia (Dudu Bolsonaro em Washington) - Marco Aurelio Nogueira
Indicação sem diplomacia
Palestra de Rubens Ricupero na ABL: esperando o vídeo...
Diplomata Rubens Ricupero discorre sobre o tema “Um futuro pior que o passado? Reflexões na antevéspera do bicentenário da Independência”
O Convidado
Leitura complementar
domingo, 1 de setembro de 2019
Marco Aurelio Nogueira: artigos disponíveis no seu blog
Convido-o a acessar os artigos publicados nos últimos dois meses em meu site. São os seguintes:
Jorge Nagle: A educação como valor permanente
O risco Bolsonaro e o País que se despedaça
Cálculos ocultos e busca por hegemonia
Indicação sem diplomacia
Impropérios internacionais
A política como maldade e grosseria
A hostilidade como procedimento
Defender a cultura, sempre: a arte e a vida de Virginia Artigas
Por que Moro não sai
Os artigos podem ser acessados clicando nos títulos em azul. Ou diretamente em https://marcoanogueira.pro/
O governo como principal estimulador das queimadas - Natalie Unterstell, Paulo Gontijo e Gabriel Santos
Por uma resposta à altura da nossa potência ambiental
Comissão vai ajudar o país a retomar políticas públicas adequadas e transparentes
Da mediocridade em seu estado presidencial - editorial Estadão
O próprio Deodoro, inaugurador da linhagem republicana, foi um presidente medíocre, autoritário, mas que acabou renunciando. Um outro, também militar, aliás Marechal, que derrotou Rui Barbosa com jogo sujo e eleições fraudadas, mandou bombardear a capital da Bahia.
João Goulart podia ser um político experiente no jogo sujo do populismo, mas como presidente foi um completo inepto, deixando o país sangrar num grevismo irresponsável e com sua economia destruída pela inflação desenfreada. Sarney também era um político matreiro, mas entregou o poder ao seu sucessor com uma inflação de 80% AO MÊS! Este último continuou a obra de erosão inflacionária, além de ser corrupto.
Mais recentemente tivemos o chefe de uma organização criminosa que organizou o maior esquema de corrupção de que já se teve notícia no hemisfério ocidental. Sua sucessora, um poste complacente, não apenas foi totalmente tolerante com o gigantesco esquema de corrupção, mas também lançou o Brasil na maior recessão de sua história econômica, uma Grande Destruição feita de uma inépcia exemplar (sic), com malversações no trato das contas públicas que a deveriam ter levado à cadeia.
Agora temos um presidente grotesco, que combina diversas más qualidades, algumas evidenciadas neste Editorial do Estadão: grosseiro, autoritário, vulgar, mentiroso, descortês, antidiplomático ao extremo, ignorante, agressivo, tendo já acumulado vários atentados ao decoro e à dignidade do cargo, quando não um prova cabal de total despreparo para a alta função que exerce. Uma junta médica poderia descobrir traços de insanidade e julgá-lo inapto para o cargo.
Como sempre, assino embaixo do que escrevo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1/08/2019
O presidente que nos envergonha
A degradação da Presidência
Faria bem ao presidente Jair Bolsonaro aprender a ter modos no exercício do cargo
Editorial — Notas e Informações
O Estado de S.Paulo, 28 de agosto de 2019
O presidente Jair Bolsonaro só diz as barbaridades que diz porque não lhe são interpostos a contento os devidos freios, se não jurídicos, de natureza ética. A rigor, o que ocorre é exatamente o oposto. De seus fiéis apoiadores, uma parcela estimada em 30% dos eleitores, e de seu círculo próximo de colaboradores - alguns deles, na verdade, meros bajuladores -, o presidente tem recebido o incentivo incondicional e barulhento para agir exatamente como tem agido, ou seja, estimulando conflitos em vez de ser o agente primaz da pacificação de um país esgarçado.
De outros segmentos da sociedade, incluindo algumas autoridades, o que se observa é, no máximo, uma certa resignação diante da absoluta inadequação de Jair Bolsonaro para o elevado cargo ao qual foi alçado. Com frequência, costuma-se dizer que “ele (o presidente) é isso”, “ele é assim mesmo”, como se a aceitação de um padrão de comportamento que amesquinha a Presidência da República não fosse muito grave.
É evidente que há focos de indignação na sociedade, até mesmo entre aqueles que votaram em Bolsonaro, diante dos impropérios do presidente, cada vez mais frequentes. Mas estes nem de longe são capazes de levá-lo à reflexão sobre suas palavras e ações. Fiel à sua conhecida natureza autoritária, Jair Bolsonaro desqualifica qualquer opinião diferente da vassalagem ou da adulação.
O resultado não poderia ser pior. Sentindo-se à vontade para proceder como se a dignidade do cargo fosse um luxo excessivo e descartável, o presidente Bolsonaro tem impingido constrangimentos atrás de constrangimentos aos brasileiros ciosos da moralidade pública, da ética e da altivez que deve ter o ocupante da Presidência da República.
Há poucos dias, um desses apoiadores mais santanários de Jair Bolsonaro publicou no perfil oficial do presidente no Facebook uma inominável grosseria contra a primeira-dama da França, Brigitte Macron. Na visão do sujeito, a recente animosidade entre Emmanuel Macron e o presidente brasileiro, por conta da crise ambiental na Região Amazônica, seria fruto da “inveja” do presidente francês diante da “beleza” da primeira-dama brasileira, Michelle Bolsonaro. O mínimo que se poderia esperar é que a tolice de um fã destrambelhado fosse ignorada. Mas o presidente Jair Bolsonaro não só a comentou, como a endossou. “Não humilha, cara. Kkkkkkk”, respondeu o chefe do Poder Executivo, usando linguagem de um adolescente carente de riqueza vocabular.
A baixeza do presidente do Brasil mereceu pronta resposta de sua contraparte francesa. O presidente Emmanuel Macron veio a público na segunda-feira passada dizer que tem “amizade e respeito pelo grande povo brasileiro” e disse esperar que o Brasil “tenha rapidamente um presidente que se comporte à altura”.
Este foi apenas mais um lamentável episódio de uma série de atitudes do presidente Jair Bolsonaro que, pouco a pouco, têm degradado a Presidência da República. Não faltam exemplos nesses pouco mais de oito meses de mandato, indo desde a defesa da tortura como ação de Estado até a negação da Ciência.
O presidente Jair Bolsonaro, ao contrário do que possa parecer, não age irrefletidamente. Não é crível supor que tenha feito o comentário que fez a respeito dos atributos físicos da primeira-dama francesa, apenas para ficar no caso mais recente, sem sopesar as reações às suas baixarias. Se não há cálculo político, no mínimo há um desleixo moral que só viceja no mais alto cargo executivo da República porque a ele não é dado o devido combate.
Parece cada vez mais claro que Jair Bolsonaro optou por radicalizar ainda mais seu discurso e suas ações a fim de manter acesa a chama do que acha ser a militância mais aguerrida. Essa é uma atitude infantojuvenil que não cabe ao presidente da República, representante constitucional do povo brasileiro. O País já assistiu a essa prática e os resultados não foram bons. Faria bem ao presidente Jair Bolsonaro aprender a ter modos no exercício do cargo. Se não por educação e liturgia, por proveito pessoal.