O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Dialogos internacionais do IPRI, 2017-2019 - Paulo Roberto de Almeida

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Diálogos Internacionais

Diálogos Internacionais é uma série de palestras seguidas de debates organizadas pelo IPRI, com diversas personalidades como palestrantes. Nesta página é possível acessar o conteúdo das apresentações (se disponível) e o mini cv dos palestrantes das edições anteriores dos Diálogos.


Nota Paulo Roberto de Almeida: falta nesta série uma das melhores palestras que tivemos: 

o vídeo da palestra-debate do embaixador Synesio Sampaio Goes Filho sobre as "Fronteiras do Brasil: uma história que deu certo" .(http://www.funag.gov.br/ipri/index.php/dialogos-internacionais). O evento ocorreu, no dia 05 de maio de 2017. 

EVENTOS REALIZADOS


21 de Fevereiro de 2019 - Diálogos Internacionais: Investment Agreements and Arbitration Mechanisms

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19 de Dezembro de 2018 - Relações Internacionais, Política Externa e Diplomacia Brasileira

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06 de Dezembro de 2018 - Discriminação contra a Mulher: desafios a superar no mundo no Brasil

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 30 de Novembro de 2018 - Lançamento do livro: Política Externa Brasileira em Debate

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30 de Novembro de 2018 - A década das Conferências 1990-99

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 29 de Novembro de 2018 - Diplomacia Pública em Tempos de Guerra: uma ofensiva modernista

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 28 de Novembro de 2018 - Revisitando Oliveira Lima

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 27 de Novembro de 2018 - Diálogo Internacionais: Digital Diplomacy

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 23 de Novembro de 2018 - Diálogos Internacionais: Juca Paranhos, O Barão do Rio Branco

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 22 de Novembro de 2018 - A Historiografia da Politica Externa Brasileira

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 21 de Novembro de 2018- Prevenção de Genocídios em Conflitos Armados: A revolução silenciosa do princípio de proteção

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 20 de Novembro de 2018 - Diálogos Internacionais - A Política Externa e o Novo Governo

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 14 de Novembro de 2018 - Diálogos Internacionais - As Relações Internacionais na Constituição de 1988

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 13 de Novembro de 2018 - Diplomacia Científica: o valor da inovação

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 30 de Outubro de 2018 - Opinion publique et institutions une perspective française

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 18 de Outubro de 2018 - 2018 Inter Korean Summit Pyongyang - Outcomes and Prospectives

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03 de Outubro de 2018 - O Brasil e a Circunstância Internacional

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02 de Outubro de 2018 - Diálogos Internacionais - Every State First: the end of multilateral cooperation?

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24 de Setembro de 2018 - Formulação de políticas comerciais em meio à do multilateralismo

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19 de Setembro de 2018 - Views on Asia and the Pacific

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13 de Setembro de 2018 - Privatização da Guerra no século XXI: entre a diplomacia e o direito

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10 de Setembro de 2018 - A política de incentivos aos Biocombustíveis nos Estados Unidos e seus impactos para o Brasil

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31 de Agosto de 2018 - O Lugar do Brasil no Mundo: Rubens Barbosa

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29 de Agosto de 2018 -  O Desafio Fiscal Brasileiro em Perspectiva Comparada

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28 de Agosto de 2018 - Japan's trade Strategy in the 21st Century and Economic Partnership with Latin American Countries Revisited: Japan's Leadership in Promoting the Mega-FTAs in Troubled International Trade

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22 de Agosto de 2018 - Sergio Vieira de Mello: O Legado de um Herói Brasileiro

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20 de Agosto de 2018 - Relações Brasil-China: Perspectiva Histórica

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16 de Agosto de 2018 - Brazil and Germany in a Multipolar World: Global and Regional Challenges

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26 de Julho de 2018 - Diálogos Internacionais: O Brasil e a Busca de Status Internacional

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 19 de Junho de 2018 - De Madrid ao Rio: Os Exílios de Jaime Cortesão (1927-1957)

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18 de Junho de 2018 - A Trajetória da Proliferação Nuclear (1945 a 2018)

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13 de Junho de 2018 - Relações Exteriores do Brasil: Contextos e Temas

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12 de Junho - Diálogos  Internacionais - Valerio Mazzuoli

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  • Valerio de Oliveira Mazzuoli pós-Doutor em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa. Doutor summa cum laude em Direito Internacional pela UFRGS. Mestre em Direito Internacional pela UNESP. Professor Associado de Direito Internacional da UFMT. Coordenador-adjunto do Programa de Mestrado em Direito da UFMT. Professor honorário da Faculdade de Direito e Ciências Políticas da Universidade de Huánuco (Peru). Membro da Sociedade Brasileira de Direito Internacional (SBDI) e da Associação Brasileira de Constitucionalistas Democratas (ABCD). Advogado e Consultor Jurídico.

 

06 de Junho - Diálogos Internacionais do IPRI Dynamics of new África

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  • JEAN-PIERRE BAT encarregado de missão África no Centro de Análise, Previsão e Estratégia (CAPS) do Ministério da Europa e Assuntos Estrangeiros (MEAE). Formação acadêmica e universitária Doutor em história pela Universidade Paris-I Panthéon-Sorbonne como especialista em História da África (2011), qualificado para funções de mestre de conferências, licenciado em história (2006). Foi aluno da École des chartes, diplomado arquivista paleógrafo (2006). Afiliações universitárias e científicas Pesquisador associado à PSL (École des chartes, EA 3624) Pesquisador afiliado ao UMR 8171 (Institut des Mondes africains) Pesquisador honorário associado, University of Exeter (Centre for the Study of War, State and Society).

 

15 de maio - Diálogos Internacionais- Política e integração da América do Sul UNASUL, CDS e ESUDE

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  • Antônio Jorge Ramalho da Rocha bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (1989), mestre em em Ciência Política pelo IUPERJ (1992) e em Relações Internacionais pela Maxwell School of Citizenship and Public Affairs - Syracuse University (1999) e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2002). É professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília desde 1993, onde exerceu os cargos de coordenador de graduação e de pós-graduação, além de Chefe de Departamento. Dirigiu o Departamento de Cooperação do Ministério da Defesa e o Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe, Haiti e integrou a Assessoria de Defesa da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Representou a área de Relações Internacionais junto ao Comitê de Área da CAPES e chefiou o Gabinete da Presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Assessorou o ministro da Defesa na implantação do Instituto Pandiá Calógeras, do qual foi o primeiro diretor. Atualmente, dirige a Escola de Defesa da UNASUL, baseada em Quito, e integra o corpo de professores responsáveis por implantar o Mestrado em Segurança Internacional e Defesa da Escola Superior de Guerra do Brasil. Sua pesquisa e produção científica concentram-se nas áreas de Teoria das Relações Internacionais, Segurança Internacional e Defesa Nacional.

 

11 de maio - Russian Global Foreign Policy Trends

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  • Acesse aqui a palestra completa no YouTube.
  • Dmitri Trenin tem sido o diretor do Carnegie Moscow Center desde a sua fundação. Ele também preside o conselho de pesquisa e o programa de política externa e de segurança. Ele se aposentou do exército russo em 1993. De 1993 a 1997, Trenin ocupou o posto de pesquisador associado sênior no Instituto da Europa em Moscou. Em 1993, ele foi pesquisador associado no Colégio de Defesa da Otan em Roma.Ele serviu nas forças armadas soviéticas e, posteriormente, russas de 1972 a 1993, incluindo a experiência.

 

09 de maio - Dinâmica global do agronegócio brasileiro: visão estratégica em uma conjuntura de incertezas 

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  • Acesse aqui a palestra completa no Youtube.
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Marcos S. Jank presidente da Aliança Agro Ásia-Brasil (Asia-Brazil Agro Alliance – ABAA), um programa de representação institucional na Ásia patrocinado pela APEX, ABPA, ABIEC e ÚNICA. Foi presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e fundador do Instituto de Estudos do Comércio e das Negociações Internacionais (ICONE), além de professor associado da Universidade de São Paulo, na FEA e ESALQ.

 

08 de maio - Le Phénomène Macron implications pour la France, l’Europe et le monde

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  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Pascal Perrineau é professor universitário na Sciences Po. Foi diretor do Centro de Pesquisas Políticas (CEVIPOF) da Sciences Po até dezembro de 2013. Ele ensina nos níveis de licenciatura e de mestrado as matérias seguintes: introdução à ciência política, a vida política na Europa, a vida política durante a V República, a análise das atitudes e forças política no na Sciences Po. E membro dos conselhos de administração da Fundação Nacional das Ciências Politicas, da Fundação des Treilles e do canal Public Sénat. Pertence aos conselhos científicos da Fundação para a inovação politica e da Fundação Jean Jaurès. E Presidente da associação dos antigos alunos da Sciences Po.

 

07 de maio - Brexit and its implications: a view from Ireland

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  • Denis Staunton é editor londrino do The Irish Times desde outubro de 2015, fazendo reportagens sobre questões políticas, econômicas e culturais na Grã-Bretanha,  liderando a cobertura jornalística do Brexit. Anteriormente, ele foi o Editor Adjunto do jornal e, antes disso, seu editor estrangeiro, dirigindo sua cobertura sobre assuntos internacionais. Ele foi correspondente do The Irish Times em Washington, Bruxelas e Berlim. Antes de ingressar no The Irish Times, ele foi correspondente na Alemanha no The Observer e também contribuiu para o The Guardian, o Times e a BBC.

 

25 de abril - Centenário do Boletim da SBDI: O direito internacional no Brasil

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  • Acesse aqui a palestra completa no Youtube.
  • George Rodrigo Bandeira Galindo possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (1998), mestrado em Direito pela Universidade de Brasília (2001), doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2006), pós-doutorado em direito internacional pela Universidade de Helsinki (2010) e pela Universidade de Bremen (2014). Foi Consultor da União na Advocacia-Geral da União e Assessor de Ministro no Supremo Tribunal Federal. Na Universidade de Brasília, foi Coordenador da Graduação em Direito, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito, Vice-Diretor e Diretor da Faculdade de Direito. Foi Professor Visitante na Universidade de Macerata. Atualmente, é Professor Associado da Universidade de Brasília e Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores. Tem experiência na área de Direito e Relações Internacionais, com ênfase em Direito Internacional Público, Direito Constitucional e História do Direito.
  • Wagner Luiz Menezes Lino é professor Associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - USP - no programa de graduação e pós-graduação em Direito. Consultor da Organização das Nações Unidas - ONU no Programa de combate a pirataria no mar, trafico de drogas e armas. É Mestre (PUCPR), Doutor (USP), Pós-doutor (UNIVERSIDADE DE PÁDOVA -ITALIA) e Livre-Docente (USP). Realizou pesquisa e estágio junto ao Tribunal Internacional Sobre Direito do Mar - Hamburgo, Alemanha - ITLOS (2007), na Universidade de Paris II e Sociétè de Législation Comparée - Paris-frança (2015), na Academia de Direito Internacional da Haya - Holanda (2015). Atualmente é árbitro do Tribunal do Mercosul (Protocolo de Olivos) - Presidente da ABDI - Academia Brasileira de Direito internacional; Coordenador do Congresso Brasileiro de Direito Internacional; Membro da Sociedade Brasileira de Direito Internacional - ex-Diretor executivo da Sociedade Latino Americana de Direito Internacional (SLADI) - é sócio do escritório Wagner Menezes Advogados Associados, Editor-Chefe do Boletim da Sociedade Brasileira de Direito Internacional (Revista jurídica fundada em 1915) e dirige junto a Universidade de São Paulo o Núcleo de Estudos em Tribunais Internacionais - NETI e também o Centro de Estudos em Direito do mar - CEDMAR.

 

18 de abril - O Brasil e a questão nuclear global na década de 1970: novas interpretações historiográficas

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  • Acesse aqui a entrevista na Universidade de Brasília (UnB)
  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Carlo Patti é professor-adjunto de Relações Internacionais da Universidade Federal de Goiás e docente permanente dos programas de pós-graduação de Ciência Política e História na mesma instituição. Doutor em História das Relações Internacionais pela Universidade de Florença (Itália) em 2012. Foi pesquisador e docente no CPDOC/FGV e no IRI/PUC-RJ. Tem interesse nas seguintes áreas: história das relações internacionais; história da Guerra Fria; segurança internacional; história do programa nuclear brasileiro; política externa brasileira. Em 2015 obteve uma Newton Advanced Fellowship pela British Academy para conduzir o projeto de pesquisa "Vulnerabilidade Nuclear Global: os efeitos da crise de Cuba para os políticas nucleares britânicas, francesas e brasileiras". Ele organizou o livro "O programa nuclear brasileiro: uma história oral (CPDOC-FGV, 2014)" e é autor de artigos na Revista Brasileira de Política Internacional, Cold War History, International History Review, Il Politico, Limes e Meridiano 47. Atualmente ele está finalizando o manuscrito do livro "Brazil in the Global Nuclear Order (1945-2010)", fruto dos próprios estudos doutorais e pós-doutorais.

 

11 de abril - ¿Cuál futuro tiene la Unión Europea? Un debate sobre el "White Paper" 2017

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  • Acesse aqui a palestra completa no Youtube.
  • Susanne Gratius é professora de Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Autônoma de Madri e membro-associada da FRIDE. Foi pesquisadora sênior na FRIDE de 2005 a 2013 e professora associada de relações internacionais na Universidade Complutense de Madri. Antes de ingressar na FRIDE, trabalhou como pesquisadora no Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança (SWP) em Berlim e no Instituto de Estudos Ibero-Americanos (IIK, agora GIGA) em Hamburgo. Até 1999, foi coordenadora do Instituto Europeu de Relações Latino-Americanas (IRELA), em Madri. Ela é PhD em Ciência Política pela Universidade de Hamburgo e pela Universidade Complutense de Madri. Sua pesquisa enfoca as relações UE-América Latina, Cuba, Venezuela, Brasil e potências emergentes.

 

26 de março - O papel da Hungria e dos outros países de Visegrád na União Europeia

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  • Com o economista Sándor Gyula Nagy, pesquisador e coordenador do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior do Ministério das Relações Exteriores (IFAT), vinculado ao Ministério das Relações Exteriores da Hungria; no auditório embaixador Paulo Nogueira Batista, Anexo II do MRE, às 15h.

 

20 de março - A presença da China no Brasil e na América do Sul

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  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Renato Baumann possui graduação (1972) e mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (1976) e doutorado em Economia pela University of Oxford (Reino Unido, 1982). Foi diretor do Escritório da Cepal no Brasil entre abril de 1995 e novembro de 2010. Atualmente é Secretário-Adjunto de Assuntos Internacionais (SAIN/MP) e professor de economia da UnB. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Relações do Comércio; Política Comercial e Integração Econômica.  Pela Funag, foi um dos autores do livro: BRICS - Estudos e Documentos.

 

14 de março - Direitos humanos no Brasil e no mundo

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  • José Augusto Lindgren-Alves é diplomata, aposentado em nível de embaixador. Tem mais de 30 anos dedicados aos direitos humanos, assunto em que começou a trabalhar quando era conselheiro da Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, em 1985. Desde então participou como delegado das reuniões da então Comissão dos Direitos Humanos, até 1996, em Genebra, e como membro, a título pessoal, da antiga Subcomissão sobre Prevenção da Discriminaçao e Proteção das Minorias, de 1994 a 1996. Eleito e reeleito quatro vezes pelos Estados-partes da respectiva convenção, foi membro (perito independente), de 2002 a 2017, do Comitê para a Eliminação das Discriminação Racial – Cerd, nas Nações Unidas, em Genebra. Ex chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, de 1999 a 2005, e primeiro diretor geral do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do mesmo ministerio (1995-1996), preparou e coordenou como delegado a participação do Brasil nas conferências mundiais da década de 1990: de Viena, sobre direitos humanos (1993), do Cairo, sobre população (1994), de Copenhague, sobre desenvolvimento social, de Pequim (Beijing, 1995), sobre a mulher, de Istambul (1996), sobre assentamentos humanos. Depois, como delegado, participou também da Conferência de Durban, de 2001, sobre a discriminaçao racial, e da Conferência de Revisão de Durban, em Genebra, de 2011. Foi Coordenador Nacional para  Aliança de Civilizações das Nações Unidas, de 2008 a 2010. Exerceu a função de Secretário Executivo do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos do Mercosul, em Buenos Aires, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018. Foi embaixador em Sófia (Bulgária, 2002-2006), Budapeste (Hungria, 2006-2008), Sarajevo (Bósnia e Herzegovina, 2011 a 2015), assim como cónsul-geral em S. Francisco (Estados Unidos, 2006-2002) e Barcelona (Espanha, 2015-2016).
  • Livros pela Funag: 

 

09 de março - Diplomacia do etanol: desafios e perspectivas

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  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Livro do palestrante publicado pela Funag (2017): The Energy Statecraft of Brazil: The rise and fall of Brazil’s ethanol diplomacy (PDF)
  • Klaus Guimarães Dalgaard:  professor adjunto de política internacional e comparada do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É mestre em Política e Governança Europeia (2004) pela London School of Economics and Political Science (LSE), no Reino Unido, onde também foi professor assistente, lecionando nos cursos de verão, graduação e mestrado do Departamento de Relações Internacionais. Pós-doutorado em engenharia de energia e planejamento energético no Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Especialista no tema de energias renováveis e biocombustíveis, tendo publicado artigos e livros sobre o tema.

 

07 de março - Globalização e agricultura: qual o lugar do Brasil?

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  • Acesse aqui a apresentação utilizada na palestra (PDF)
  • Zander Navarro: Doutor em Sociologia pela Universidade de Sussex (Inglaterra) e pós-doutoramento no MIT (Estados Unidos). Foi professor visitante nas universidades de Amsterdam e Toronto. Foi professor e pesquisador no "IDS - Institute of Development Studies" (Inglaterra) entre os anos de 2003 e 2009. Consultor de inúmeras organizações, nacionais e internacionais, foi assessor especial do Ministro da Agricultura. É autor de dezenas de artigos e 17 livros publicados. Os mais recentes, publicados em 2017 (em coautoria), são "Globalization and Agriculture" (Lexington Books) e "Brasil, brasileiros. Por que somos assim?" (Verbena Editora).  

 

02 de março - O Brasil na OCDE: onde estamos, para onde vamos?O Brasil na OCDE: onde estamos, para onde vamos?

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  •  Carlos Márcio Cozendey: Nascido em 1963, no Rio de Janeiro, é Formado em Ciências Econômicas (UFRJ) e Mestre em Relações Internacionais pela UnB. Foi Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, posição em que atuou como Vice-Ministro de Finanças no G20, BRICS e UNASUL. Foi presidente do Conselho de Administração da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e é o Diretor Alterno do Brasil no Conselho de Diretores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e membro do Conselho de Administração do BNDES. No Itamaraty, dirigiu o Departamento Econômico, o de Assuntos Financeiros e Serviços e a Divisão do Mercado Comum do Sul. Serviu na Missão junto às Comunidades Europeias, em Bruxelas, na Delegação junto aos Organismos Internacionais, em Genebra, e na Delegação junto à ALADI, em Montevidéu. Foi Assessor Especial na Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX). Atuou como Professor de Economia no Instituto Rio Branco. Desde agosto de 2015 é Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros, posição na qual é o “sherpa” do Brasil no G20 e é responsável, entre outros, pela supervisão da atuação do Brasil em organismos econômicos e financeiros internacionais como a OMC, a OCDE e a UNCTAD, nas negociações comerciais do Mercosul com países extra-regionais e em discussões econômicas e financeiras bilaterais.

 

07 de fevereiro - O Itamaraty na cultura brasileira: Guimarães Rosa

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  • Acesse aqui a palestra na Academia Brasileira de Letras
  • João Almino de Souza Filho: Diplomata e um dos nomes mais importantes da literatura nacional,  tem sido aclamado pela crítica por seus romances Ideias para onde passar o fim do mundo (indicado ao Jabuti e ganhador de prêmio do Instituto Nacional do Livro), Samba-enredo, As cinco estações do amor (Prêmio Casa de las Américas 2003), O livro das emoções (indicado ao 7o Prêmio Portugal Telecom 2009), Cidade livre (Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon 2011; finalista do Jabuti e do Portugal Telecom) e Enigmas da primavera (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2016; prêmio Jabuti, 2.o colocado, pela edição em inglês). Entre facas, algodão é seu mais recente romance (2017). Alguns desses romances foram publicados na Argentina, Espanha,  EUA, França, Itália, México e em outros países. Seus escritos de história e filosofia política são referência para os estudiosos do autoritarismo e da democracia. Também autor de ensaios literários, doutorou-se em Paris, orientado pelo filósofo Claude Lefort. Ensinou na UNAM (México), UnB, Instituto Rio Branco, Berkeley, Stanford e Universidade de Chicago. Em 2017 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Marina Guedes Duque é professora assistente de Ciência Política na Florida State University, Tallahassee FL. É Pesquisadora de Pós-Doutorado no Departamento de Política da Universidade de Princeton e no Niehaus Center for Globalization and Governance. Foi bolsista de pesquisa de pós-doutorado no Programa Internacional de Segurança do Belfer Center for Science and International Affairs da Harvard Kennedy School e editora-executiva do periódico Security Studies. Marina Duque é Ph.D. em Ciência Política pela Ohio State University (2016), onde foi orientada pelo eminente teórico Alexander Wendt, e mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2008). Trabalhou como diplomata de carreira no Ministério das Relações Exteriores e como assistente no Ministério da Defesa. Sua pesquisa explora status na política internacional. Quando atuou como diplomata no Brasil durante o governo do Presidente Lula, fez parte da geração de servidores que observou a discussão do tema status na política externa brasileira. Como outras potências emergentes, o Brasil queria ser reconhecido pelas grandes potências como tal. Do ponto de vista acadêmico, ela já analisava como o status estava na raiz de fenômenos importantes, como as guerras hegemônicas. Durante seu doutorado, percebeu que estudiosos e praticantes ainda não entendem o que é status ou de onde vem. Sua pesquisa objetiva lidar com esse tema crucial das relações internacionais, investigando os determinantes do status internacional e suas implicações para o surgimento de potências emergentes.

Laís Forti Thomaz é professora do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Goiás. Pesquisadora de Pós-Doutorado e Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas - Unesp, Unicamp e PUC-SP, no qual obteve os títulos de Doutora e Mestre na área de Instituições, Processos e Atores (linha de pesquisa: Relações Exteriores dos Estados Unidos), com estágio de pesquisa de doutorado na Georgetown University (BEPE/Fapesp). Pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-INEU), do Núcleo de Estudos sobre a Política Externa dos Estados Unidos (NEPEU) e do Instituto de Gestão Pública e Relações Internacionais (IGEPRI). Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências - campus de Marília. Especialista em Lobbying com formação pelo Public Affairs and Advocacy Institute (PAAI - Washington, DC) e European Public Affairs and Advocacy Institute (EPAAI - Bruxelas) ambos vinculados a American University, e pelo European Summer Institute on the Future of Europe (Praga, República Tcheca). Assistente de pesquisa no Americas Program do think tank Center for Strategic and International Studies (CSIS - Washington, DC) em 2015. Membro do Conselho de Diretores da Advanced Biofuels USA. Colaboradora do relatório da UNCTAD "Second-Generation Biofuel Markets: State of Play, Trade and Developing Country Perspectives" de 2016.

 

Yorizumi WATANABE

Acesse aqui a palestra completa no Youtube.

Última atualização em Sexta, 01 de Março de 2019, 18h

How Trade Policy Failed US Workers, And How to Fix it - Global Development Policy Center

 

How Trade Policy Failed US Workers – And How to Fix it

A new report from the Global Development Policy Center in collaboration with the Groundwork Collaborative and the Institute for Policy Studies examines U.S. trade policy and performance in the Trump and COVID-19 era.

The report examines U.S. trade policy prior to the pandemic and reveals an approach heavily focused toward the interest of the financial sector and large national corporations. Secondly, the authors review current U.S. trade agreements – including the new US-Mexico-Canada (USMCA) Agreement and the Trump administration’s current trade war with China – examining their impact on U.S. workers and the hard-hit states Ohio and Michigan. 

Key Findings:

  • Recovery in Michigan’s manufacturing sector slowed under Trump to one percent each year on average, down from 4.4 percent under Obama.
  • Total employment growth in Michigan during the three full years of Trump’s presidency was by far the lowest in a decade.
  • The trade deficit has soared since Trump took office from Obama, rivaling the George W. Bush administration trade deficits.
  • Ohio manufacturing wages declined during the Bush administration, recovered slightly under Obama, and declined again under Trump.
  • Trump’s trade wars undoubtedly contributed to the sharp slowdown in the Ohio’s employment growth observed in 2019.
  • U.S. and global trade policy has enabled extensive offshoring in the pharmaceutical and medical equipment industries and severely diminished production in the U.S.
  • By a nearly 9 to 1 margin, Ohio manufacturers reported being negatively impacted by Trump’s trade tariffs in 2019.
  • Despite Trump’s China-bashing, U.S. firms invested $14 billion in China in 2019 — more than the year Trump was elected
  • Trump’s own administration expects the economic impact of the USMCA to be negative.
Download the Michigan Factsheet Download the Ohio Factsheet

Workers in hard-hit U.S. states have been devastated not only by years of pro-corporate trade policies, but also by policies that scapegoat China and other countries instead of providing real security to workers. 

A more cooperative international approach based on guaranteeing rights for workers in all countries could remove incentives for employers to shift jobs to places where workers are less protected. And it could create larger domestic markets to sell goods and services in more countries, leading to more shared prosperity.

The authors note that, “In this time of crisis, we need a new trade policy more than ever to support an economic recovery from the pandemic and to start building an equitable economy that is resilient to future crises. A new policy must shift bargaining power away from corporations and towards working people to create an economy that works for everyone, not just special interests.”

Key priorities for reform: 

  • An immediate moratorium on all international trade and investment rules that restrict government responses to the crisis. These include intellectual property rules that limit the availability and affordability of medicines and medical equipment, as well as trade rules against policies that subsidize industries or regulations that promote public health.
  • Renegotiation of all trade rules that constrain pro-worker and pro-environment domestic policy agendas. Recovery from the pandemic will require significant support from the government for job creation and health and social services. Many current trade rules forbid policies like these. These need to be suspended and then renegotiated. 
  • Strong new enforcement mechanisms to hold individual corporations accountable for violations of labor, human, and environmental rights. U.S. trade agreements put the responsibility for protecting these rights and standards on governments. However, it is usually private firms that commit the violations and they, too, must face real penalties. 
  • Elimination of monopoly protections for essential medicines and new rules that encourage innovation and cooperation in the pharmaceutical and medical product industries. 
  • Incentives for goods and services that prevent, mitigate, and help adapt to climate change. Trade rules should complement domestic agendas for a just transition to a clean energy economy that does not leave workers behind. 
  • Elimination of investor-state dispute settlement. This anti-democratic system allows private foreign corporations and investors to sue governments over public interest laws and regulations. It also encourages the offshoring of U.S. jobs by restricting the ability of foreign governments to improve labor and environmental regulations.
  • A new mechanism for screening foreign investments to ensure they contribute to real security. This would go beyond “national security.” We also need to ensure foreign investors make concrete commitments to providing decent jobs and benefits for local workers and communities, particularly vulnerable groups, in an environmentally sustainable manner. 
  • Elimination of trade and investment rules that prevent policymakers from controlling footloose capital. Without a full toolbox of financial tools, governments are limited in their ability to prevent crises like the 2008 crash and the economic impact of the current pandemic from spreading. 
  • Renegotiation of trade deals to include effective penalties for tax dodging by multinational corporations and the wealthy. The U.S. government should work with global partners to forge an international agreement to stop the global race to the bottom in corporate taxes and allow countries to raise the revenue needed for recovery and to finance inclusive societies for the future. 
  • Overhaul of the current anti-democratic trade policy-making process. Corporate lobbyists have called the shots on trade policy for too long. A new trade policy must expand the power of workers and other public interest stakeholders over decision-making and oversight. 

The report was produced by Sandra Polaski, Senior Research Scholar at the GDP Center, Sarah Anderson, Director of the Global Economy Project at the Institute for Policy Studies, John Cavanagh, Director of the Institute for Policy Studies, Kevin Gallagher, Director of the GDP Center, Manuel Pérez-Rocha, Associate Fellow of the Institute for Policy Studies, and Rebecca Ray, Senior Researcher at the GDP Center.

Download the Full Report

http://www.bu.edu/gdp/files/2020/09/How-Trade-Policy-Failed-US-Workers-and-How-to-Fix-it-FIN.pdf

Política externa e diplomacia brasileira: notas para uma entrevista - Paulo Roberto de Almeida

 Política externa e diplomacia brasileira: notas para uma entrevista 

Paulo Roberto de Almeida

(www.pralmeida.orghttp://diplomatizzando.blogspot.com)

[ObjetivoEntrevista a editorialistafinalidade: apoiar gravação de programa] 

 

Questões

1)        A política externa brasileira é tema pouco comentado no Brasil. Tudo se passa como se esse fosse um assunto que deveria envolver apenas os diplomatas de carreira e os setores econômicos quer têm óbvios interesses no comércio internacional.  Por isso, esse é o tema do nosso programa.  Além de sua vasta experiência na área o senhor é um estudioso do tema.  Qual a sua visão sobre a política externa que vem sendo praticada no governo Bolsonaro? 

Respostas:

PRA: Trata-se da maior e da mais nefasta ruptura com os padrões tradicionais da política externa brasileira nos últimos 200 anos. Digo maior porque o distanciamento em relação à postura histórica da diplomacia brasileira, de busca de autonomia na formulação e implementação dos interesses nacionais em total independência, é radical, praticamente total, e isso se prende ao segundo qualificativo, nefasta, na medida em que a política externa brasileira se tornou caudatária dos interesses do governo Trump, dos Estados Unidos, e de um grupo restrito de ideólogos da extrema-direita americana. Uma das características desse grupo é o antimultilateralismo, que eles classificam de antiglobalismo, o que representa uma outra característica absurda nas condições das relações internacionais contemporâneas. O multilateralismo político, econômico, em todas as vertentes, é a principal forma, método, instrumento, pelo qual se exercem as relações internacionais na atualidade, desde a ONU.

 

2)        Todos somos testemunhas do alinhamento automático do governo brasileiro às posições sustentadas pelo presidente Donald Trump.  Esse tipo de postura pode ajudar o Brasil de alguma maneira, ou, pelo contrário, pode ser prejudicial aos interesses nacionais? 

 

PRA: Trata-se de um absurdo tão grande que parece inacreditável que os setores que vêm sendo prejudicados por esse servilismo abjeto em relação aos desejos, não dos Estados Unidos, mas do presidente Trump, não estão se articulando contrariamente às atitudes tomadas pela diplomacia caudatária. Existem muitos exemplos e eu só me refiro a alguns: 1) aceitação, logo no dia da posse, 1/01/2019, de uma base militar americana no Brasil, o que teve de ser imediatamente rechaçado pelos militares do governo; 2) adoção da postura eleitoreira de Trump em relação à Venezuela, o que acaba de levar o Senador Telmário Mota, de Roraima, a solicitar o impeachment do chanceler Ernesto Araújo, ou pelo menos o início de um processo de crime de responsabilidade, com respeito aos prejuízos que vem causando ao seu estado; 3) adoção de uma postura complacente em relação às salvaguardas abusivas e ilegais contra as exportações de aço e alumínio brasileiro aos EUA, o que se verificou no caso de diversos outros países também; houve redução quantitativa do volume de aço exportado, o que é ilegal pelas regras do Gatt, e imposição de sobretaxa de 15% no caso do alumínio; agora Trump aumentou ainda mais as restrições quantitativas ao aço brasileiro, em volumes absurdos, sempre para proteger velhas indústrias americanas; 3) aceitação pela chancelaria brasileira do inaceitável “Plano de Paz” de Trump para a Palestina, que aceitava o projeto de Netanyahu de incorporação da Cisjordânia ocupado ao território israelense, o que não foi aceito por nenhum aliado americano da OTAN, e que o próprio primeiro ministro israelense abandonou agora, ao estabelecer relações com os Emirados Árabes e Bahrein; 4) alinhamento com os EUA e Israel na recusa de uma resolução da AGNU que condena sanções unilaterais, o que significa que o Brasil aceita, já por decisão própria, qualquer sanção unilateral que os EUA queiram impor CONTRA o Brasil; 4) Importação privilegiada de trigo e de etanol americano para o Brasil, contra os interesses da Argentina e contra os interesses dos próprios produtores nacionais de etanol, tudo isso para ajudar eleitoralmente Trump, que necessita dos votos dos eleitores do setor agrícola americano; 5) suspensão e postergação do leilão brasileiro sobre o 5G, por pressão, e até chantagem americana contra a Huawei, como se os EUA não estivessem espionando o Brasil e outros países o tempo todo. Todos esses exemplos representam PREJUÍZOS enormes ao Brasil e às empresas nacionais.

 

3)        Examinando o alinhamento com os EUA, emerge com força, também, a posição do Brasil diante da China. Várias já foram as manifestações do governo, desde o presidente, passando pelo chanceler e chegando até a declarações de um dos filhos do presidente, que tiveram um caráter claramente hostil à China.  Qual o significado disso para o Brasil?

 

PRA: Sim, as posições não são do Brasil, e sim de personagens absolutamente ignorantes em TODOS os temas de relações internacionais em geral, e de comércio internacional em particular. Eles provavelmente ignoram que a maior relação comercial e financeira que existe no mundo é justamente aquela entre as duas maiores economias planetárias, a dos EUA e a da China, que entretêm entre si os maiores fluxos comerciais e financeiros do planeta, e isso a despeito das restrições irracionais, do ponto de vista dos interesses das empresas e dos consumidores americanos, que vêm sendo introduzidas desde 2017 por Trump. Grande parte do imenso saldo comercial favorável à China no comércio bilateral – que é amplamente compensado por exportações de serviços e sobretudo por rendas de capital, isto é, investimentos que as empresas americanas mantêm no exterior – é investido em títulos do Tesouro americano, ou seja, financiando generosamente, porque a juros baixos, a dívida pública americana. 

Do ponto de vista do Brasil, nem é preciso recordar que a China é desde mais de dez anos o principal parceiro comercial do Brasil, não só representando o DOBRO do que fazem EUA e União Europeia com o Brasil, mas sobretudo nos beneficiando com um enorme saldo comercial, ao passo que os EUA mantêm um superávit e isso desde mais de 20 anos. A China já é o principal parceiro comerciais de vários países da AL e de outros continentes, ainda que essa relação seja geralmente assimétrica, ou seja, a China é uma grande importadora de produtos básicos desses países, commodities agrícolas, minerais e petróleo, e uma grande exportadora de produtos manufaturados, alguns de alta tecnologia. Esses mesmos ignorantes da família Bolsonaro ignoram, provavelmente, que a China é a maior economia de mercado do planeta, em bases capitalistas. Eles confundem o domínio político do Partido Comunista sobre o governo chinês com a estrutura básica da economia da China, que é essencialmente capitalista. Além do preconceito anacrônico contra o comunismo, como se a China quisesse, por acaso, exportar o seu regime político para o resto do mundo, parecem ignorar também que a China é praticamente a salvação da lavoura, pois se não fosse o saldo superavitário com a China na balança comercial bilateral a nossa balança de transações correntes seria altamente deficitária, e o balanço de pagamentos do Brasil não suportaria muito tempo de desequilíbrio: já estaríamos sendo obrigados a ir para o FMI, como ocorreu nos anos 80, 90 e parte de 2000. 

 

4)        O Brasil está em um caminho de isolamento crescente na esfera internacional?  Pode-se dizer isso também com relação à América Latina, tendo presente o caso emblemático das hostilidades com relação à Argentina?

 

PRA: Pelas posturas do presidente Bolsonaro no plano estritamente interno – postura claramente antidemocrática, desprezo pelos direitos humanos, ataques a jornalistas e à própria democracia, e sobretudo um ânimo propriamente destruidor em relação ao meio ambiente – , o Brasil já se tornou um pária internacional. Infelizmente, o Brasil também já foi arrastado para essa mesma imagem no plano externo pela suas posições bizarras, exóticas e até contrárias ao multilateralismo no campo das relações internacionais, o que vem sendo propagado por seu chanceler tutelado e controlado pela família e por aquele guru expatriado.

Sempre fomos, mesmo sem proclamar, uma espécie de líder natural na América do Sul – AL é um pouco vaga demais e tem o México, que possui grande liderança na América Central e no Caribe –, pelo nosso tamanho, pela economia, pelas iniciativas em matéria de integração, mas sobretudo pelas posições equilibradas de nossa diplomacia, sempre moderada e favorável ao estrito respeito do direito internacional, sem adentrar em querelas ideológicas. Tal postura foi moderadamente afetada pela diplomacia lulopetista, que mantinha uma posição favorável às ditaduras mais execráveis da região, a começar por Cuba e pela Venezuela chavista; Lula também interferiu na política interna de países vizinhos, invariavelmente para apoiar candidatos esquerdistas, o que vai contra nossas tradições e até os princípios constitucionais de relações internacionais, que estipulam não intervenção nos assuntos internos de outros Estados. 

Bolsonaro, nesse particular, foi muito além de Lula, pois começou a atacar o então candidato peronista nas primárias argentinas, em maio do ano passado, e continuou essa hostilização gratuita contra o presidente eleito, o que impediu até hoje um encontro bilateral. Mais importante: não existe diálogo entre os dois países, o que inviabiliza qualquer reforma que se pretenda fazer no Mercosul, coordenar posições para novas negociações comerciais, ou quaisquer outras iniciativas conjuntas no plano regional e internacional. Tudo isso tomou a forma de ruptura definitiva do Brasil com respeito à Argentina e a maior parte da região depois que a diplomacia bolsolavista assumiu uma postura completamente subserviente em relação aos interesses pessoais do presidente Trump e os dos EUA de maneira geral. Um dos exemplos mais estarrecedores desse servilismo sabujo do Brasil em relação ao Trump é nossa inacreditável renúncia em assumir a presidência do Banco Interamericano, que seria nossa de direito, e aceitar, sem qualquer contestação, o candidato americano, o que contraria frontalmente um acordo feito entre os países latino-americanos e os EUA em 1960, quando foi criado o Banco, no qual a vice-presidência seria americana, mas a presidência caberia alternativamente a representantes da região. Ora, o Brasil aceitou sem contestar o candidato de Trump, sem qualquer coordenação com os demais países, o que levou outros três grandes países da região, Argentina, Chile e México, a votarem contra essa candidatura. Isso significa simplesmente o rompimento do Brasil com a maior parte da América Latina.

 

5)        Pensando nos interesses brasileiros, o que está em jogo no caso da tecnologia 5G? O que o Brasil terá que decidir neste tema e como o governo federal está tratando desse tema?

 

PRA: Pelo que já se conhece das capacidades e possibilidades da plataforma 5G em termos de indústria 4.0 (ou além), de internet das coisas, de transformação radical em diferentes áreas do setor produtivo, na área médica, em transportes e comunicações, em dezenas de outros domínios da vida em sociedade, de controle e interação de comandos, de detecção precoce e visualização de dinâmicas e movimentos em diferentes áreas em escala macro e micro, não existem dúvidas de que representa uma verdadeira revolução no mundo tal como o conhecemos hoje. Não existem limites, praticamente, à sua aplicação em todas as facetas da atividade humana, organizacional, no setor público e no privado. O Brasil, portanto, não pode ficar ausente dessa próxima revolução tecnológica, mas não apenas tecnológica, e sim cultural e civilizacional, ou civilizatória. Essa plataforma tem, por consequência, implicações geopolíticas enormes, para países envolvidos, direta ou indiretamente, em alguma disputa hegemônica mundial e promete trazer a mais gigantesca transformação dos conceitos que presidem nossa forma de trabalhar e de nos comunicarmos desde o surgimento da internet (aliás, em parte resultante de pesquisas militares aplicadas).

Desta vez, os progressos serão trazidos basicamente por empresas privadas, mas os Estados, ou governos, em todos os países, possuem uma grande capacidade de interferência, para o bem e para o mal, na implementação, no uso e no controle dessa tecnologia, em função de seu poder regulatório. Mas, a maior parte dos provedores de plataformas de comunicação são empresas privadas, embora os governos paranoicos – como são todas as grandes potências – as cerquem de todos os “cuidados” tecnológicos e estratégicos. 

Concretamente, estamos falando de uma batalha tecnológica, no meio de uma guerra econômica e comercial deslanchada pelos americanos – em especial, os generais paranoicos do Pentágono e, com maior fúria ainda, o presidente Trump – contra os chineses, e isso por uma razão muito simples: as empresas americanas se atrasaram no domínio da tecnologia 5G, ao passo que a Huawei chinesa deu saltos gigantescos nesse terreno, ao lado de duas outras empresas europeias, a Nokia finlandesa e a Ericsson sueca. Por diferentes motivos, os EUA estão buscando impedir os países de adotarem, em seus padrões normativos e regulatórios a tecnologia que já está sendo fornecida pela Huawei, e o fazem pelos mais diferentes tipos de pressão e de chantagem, como já vêm fazendo contra o Brasil. Concretamente, o governo federal não precisaria fazer nada, apenas deixar a Anatel decidir a adoção dessa tecnologia em bases puramente técnicas, para que ela pudesse ser licenciada pelas empresas para uso em várias esferas. Para tal haverá um leilão sobre o padrão a ser implementado, como foi o caso, no passado, do padrão corrente alternada e 60 Hertz, redes de telefonia e, mais recentemente, o padrão de televisão digital. 

O governo americano já teve algum sucesso ao convencer Boris Johnson, do Reino Unido, para afastar a Huawei do fornecimento de equipamento eletrônico do 5G das compras no seu país. Está tentando fazer o mesmo com o Brasil, e o pior é que é com a colaboração da família Bolsonaro e do chanceler acidental. Uma verdadeira chantagem, contra os interesses mais concretos da economia brasileira e da liberdade que deveriam ter as suas empresas de adotarem o padrão que lhes for mais conveniente. Já tivemos pronunciamentos de membros da família presidencial e do chancelar servil aos interesses dos EUA se posicionando contra a participação da Huawei no leilão, que já poderia ter sido realizado este ano, mas que foi postergado para 2021. Trata-se de uma violência extrema contra a economia brasileira e de uma traição aos interesses nacionais no sentido mais completo do termo.

 

6)        Na sua visita a Davos, em janeiro de 2019, o presidente Bolsonaro se encontrou nos EUA com Al Gore, momento em que este expressou sua preocupação com a Amazônia. Em sua resposta, Bolsonaro disse que a Amazônia tem muitas riquezas e que ele gostaria que os EUA o ajudassem a explorar essas riquezas.  O que uma resposta desse tipo acarreta, na opinião pública mundial ou, em outras palavras, qual a importância dos temas ambientais, destacadamente da Floresta Amazônica?

 

PRA: Essa conversa informal em Davos, entre o presidente Bolsonaro, na ocasião acompanhado apenas de um intérprete e do chanceler acidental, e o ex-vice-presidente americano Al Gore, e candidato nas eleições de 2000 contra Bush filho, e conhecido ativista de causas ambientais, é algo surrealista, e revelador de como o presidente brasileiro tem uma ideia precária das questões ambientais e do papel de Al Gore nesse terreno. Ele começou por uma mentira, quando Gore mencionou que tinha conhecido Alfredo Sirkis, conhecido militante das causas ambientais, mas que esteve associado à luta armada no final dos anos 1960 e início dos 70, contra a ditadura militar. Bolsonaro lhe disse que tinha lutado contra Sirkis, o que é simplesmente uma mentira. Depois, ao Gore mencionar sua preocupação com a Amazônia, Bolsonaro lhe disse que gostaria de “explorar as riquezas da Amazônia” com ele, o que foi um completo desvario; talvez o presidente brasileiro tenha confundido Gore com algum investidor estrangeiro ávido por explorar as fabulosas riqueza da Amazônia, que ele se dispõe a colocar a ferro e a fogo para realizar seu intento destruidor na região. 

Não espanta, assim, que o mundo está começando a conhecer uma grande campanha negativa, sob o slogan “Bolsonaro ou Amazônia”, que tem o potencial de acarretar imensas perdas concretas para o agronegócio brasileiro e, consequentemente, para diversos outros setores associados ao comércio exterior brasileiro. O presidente Bolsonaro, ao se tornar no vilão da hora no terreno ambiental, pode estar provocando um boicote monumental contra produtos brasileiros nos mercados internacionais. 

 

7)        Quais as repercussões internacionais da postura do governo brasileiro na pandemia da COVID? Como se pode pensar, por exemplo, as relações do Brasil com a OMS depois da postura negacionista sustentada pelo presidente?

 

PRA: O conhecido cientista político Oliver Stuenkel cunhou a expressão “aliança dos avestruzes”, para identificar todos os dirigentes que continuaram insistindo, em plena pandemia, de que se tratava apenas de uma “gripezinha” – como afirmou o presidente brasileiro –, podendo ser tratada por métodos rudimentares. O próprio presidente Trump poderia ter sido incluído nessa bizarra coalizão, se não tivesse recuado a tempo, ao ouvir seus conselheiros científicos, e pelo menos recuar um pouco de sua atitude arrogante anterior, ao recomendar cloroquina ou desinfetante como remédios eficazes. Como se sabe o presidente brasileiro continua insistindo em sua postura negacionista, para espanto e horror da comunidade de cientistas brasileiros e do resto do mundo.

Recentemente, a revista científica de humor, Annals of Improbable Research (https://www.improbable.com), anunciou, em 17 de setembro, o 30º. Prêmio Ig Nobel, que consiste em premiar as mais inúteis e absurdas pesquisas feitas até por cientistas aparentemente sérios, nos diversos ramos da pesquisa científica. Na área da educação médica, reproduzo o prêmio do ano de 2020:

Medical Education: Jair Bolsonaro of Brazil, Boris Johnson of the United Kingdom, Narendra Modi of India, Andrés Manuel López Obrador of Mexico, Alexander Lukashenko of Belarus, Donald Trump of the USA, Recep Tayyip Erdogan of Turkey, Vladimir Putin of Russia, and Gurbanguly Berdimuhamedow of Turkmenistan, for using the Covid-19 viral pandemic to teach the world that politicians can have a more immediate effect on life and death than scientists and doctors can.

 

Traduzo a parte final: “… por usarem a pandemia viral Covid-19 para ensinar ao mundo que políticos podem ter um efeito mais imediato sobre a vida e a morte do que o conseguem cientistas e médicos.”

Ou seja, o presidente Bolsonaro vem expondo o Brasil ao ridículo universal com sua atitude negacionista, sem mencionar todas as suas atitudes que já converteram o país em pária internacional, e, com a colaboração do seu chanceler acidental, já rebaixaram tremendamente a imagem do Brasil no cenário internacional. 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3576, 17 de setembro de 2020

Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/44111524/3756_Politica_externa_e_diplomacia_brasileira_notas_para_uma_entrevista_2020_)

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

U.S. image ‘plummets’ in leading democracies - Democracy Digest

 

U.S. image ‘plummets’ in leading democracies

Opinion of the United States keeps falling in 13 advanced democracies, including staunch American allies, according to a new survey by the Pew Research Center, The Post reports.

“In several countries, the share of the public with a favorable view of the U.S. is as low as it has been at any point since the Center began polling on this topic nearly two decades ago,” Pew noted. Those surveyed, on the whole, placed less confidence in the U.S. doing “the right thing regarding global affairs” than authoritarian leaders like Chinese President Xi Jinping and Russian President Vladimir Putin.

Eighty-five percent of people in other wealthy democracies believe the United States handled the coronavirus pandemic poorly.

“In at least seven nations, including key allies like Britain and Japan, approval ratings for the United States plunged to record lows,” The Post’s Adam Taylor observed. “In Germany, just 26 percent of the respondents held a positive view of the United States — the lowest rating since 2003, the year of the U.S.-led invasion of Iraq.”

The U.S. failure to address the Covid pandemic is a major factor in the decline in the country’s global standing.

“Despite the trillions of dollars the United States has spent on national security in the past two decades, it was not prepared to combat this wholly predictable threat,” wrote Rozlyn Engel of the Carnegie Endowment for International Peace.

“Its emergency response was challenged by a heavy reliance on foreign medical equipment and highly interdependent supply chains,” she observed in a recent study. The pandemic may now leave American middle-class households more disillusioned with globalization and less willing to pick up the costs of military and diplomatic engagements, obligations to international organizations, and new trade and investment deals.”

The US handling of Covid-19 does not make it a ‘failed state’ or a complete outlier, says analyst 

The number of per capita deaths in the US is lower than in the UK and on a par with Sweden’s – hardly a success story in the current pandemic but arguably a country at more-than-decent levels of economic development and governance. The US case fatality ratio (a somewhat tricky metric when the true number of cases is unknown) is close to global average, just below Germany’s. Death rates recorded in Belgium, Spain, the UK and Italy are worse than in the US.

The picture is by no means a flattering one. But in no other country has the pandemic been portrayed to the same extent as a fatal indictment of its social contract and system of government as in the US, he writes for The Critic.  

A survey of U.S. voters published this week by the Eurasia Group Foundation found majorities favored restoring international pacts like the Paris climate accords. More than twice as many  — 56 percent compared to 23 percent — sought to increase engagement with the world compared to those who wanted less.

Reforming the WTO - Chatham House

 Read the research paper >

Reforming the World Trade Organization: Prospects for Transatlantic Cooperation and the Global Trade System

11 September 2020

With trade tensions increasingly politicized, a key appeals process suspended and COVID-19 creating huge economic challenges, a modernized and fully functioning WTO is more essential than ever. This paper makes the case for transatlantic cooperation as a necessary, though insufficient alone, condition for WTO reform.

Authors

World Trade Organization headquarters in Geneva. Photo credit: Fabrice Coffrini/Contributor/Getty Images.

World Trade Organization headquarters in Geneva. Photo credit: Fabrice Coffrini/Contributor/Getty Images. 

Explainer: How Can the World Trade Organization be Improved?

Marianne Schneider-Petsinger explains the three key functions of the WTO and the current challenges facing each of these functions.

Summary

  • The World Trade Organization (WTO), which has been the cornerstone of the multilateral rules-based global trading system since its inception in 1995, faces a make-or-break moment. Even before the COVID-19 pandemic, all three of the organization’s functions – providing a negotiation forum to liberalize trade and establish new rules, monitoring trade policies, and resolving disputes between its 164 members – faced challenges. To reinvigorate the WTO, reform needs to cover all three pillars.
  • Of particular note is the need for a permanent solution to the crisis of the WTO’s Appellate Body and dispute settlement system. The Appellate Body’s operations have effectively been suspended since December 2019, as the US’s blocking of appointments has left the body without a quorum of adjudicators needed to hear appeals. Ending the impasse will require both the procedural and substantive concerns of the US to be addressed. For the most part, these reflect long-standing and systemic issues that not only have been voiced by previous US administrations but are shared by many other WTO members (even if they do not approve of the Trump administration’s tactics).
  • The crisis with the dispute settlement function of the WTO is closely linked to the breakdown in its negotiation function. While the global trade landscape has changed significantly over the past 25 years, WTO rules have not kept pace. Modernizing the WTO will necessitate the development of a new set of rules for dealing with digital trade and e-commerce. WTO members will also have to deal more effectively with China’s trade policies and practices, including how to better handle state-owned enterprises and industrial subsidies. Addressing the issue of subsidies is becoming more important due to the implications of COVID-19 for state provision of economic support in many countries. A better alignment of trade policy and environmental sustainability is also needed to keep the WTO relevant. To make progress on all these fronts, an increased focus on ‘plurilateral’ negotiations – which involve subsets of WTO members and often focus on a particular sector – could offer a way forward.
  • Reform will be impossible without addressing the problem that no agreed definition exists of what constitutes a developed or developing country at the WTO. Members can currently self-designate as developing countries to receive ‘special and differential treatment’ – a practice that is the subject of much contention. WTO members will also have to take steps to improve compliance with the organization’s notification and transparency requirements.
  • It is in the interests of the US and its European partners to maintain and reform the rules-based international trading system which they helped to create. The US and the EU agree that new rules for 21st-century trade are needed. They share many concerns regarding China’s trade policies and practices, but transatlantic differences remain over how to tackle these problems. The largest area of disagreement concerns how to reform the Appellate Body. If the US and the EU cannot work together bilaterally, reform of the WTO is unlikely. If progress is to be made, underlying frictions between the major trading partners need to be addressed, with China – as the world’s largest trading nation – included in the discussion. In short, transatlantic cooperation is a necessary, though not sufficient, condition for WTO reform.

Reforming the World Trade Organization

Speakers discuss some of the most pressing issues affecting the global trading system and the future of the WTO.

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Senador Telmário Mota envia ofício ao PR sobre o chanceler acidental e o chanceler do império

 Ofício do Senador Telmário Mota, de Roraima, a respeito da “visita” do Secretário de Estado dos Estados Unidos a Boa Vista.


GSTMOTA/Oficio no 84/2020 

Brasília, 16 de setembro de 2020

Excelentíssimo Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO

Senhor Presidente,

Ao tempo em que saúdo Vossa Excelência, venho novamente a sua presença para expressar o meu profundo descontentamento com a maneira desrespeitosa e irresponsável como o Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo trata os interesses brasileiros e de Roraima nas nossas relações com a Venezuela.

Peço que Vossa Excelência considere esta manifestação no contexto e com os propósitos que inspiraram o Ofício GSTMOTA/Oficio no 80/2020, no qual expus aspectos relevantes da longa história das relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela, país irmão com o qual mantemos seculares e pacíficas relações econômicas, sociais e culturais.

Na ocasião, por dever de lealdade, alertei Vossa Excelência para as consequências dos atos totalmente estranhos à tradição da diplomacia brasileira praticados pelo atual Chanceler:

“Diante desse quadro, Senhor Presidente, são preocupantes as crescentes hostilidades da parte do Chanceler Ernesto Araújo para com o governo da Venezuela. O quadro atual, que já é desfavorável aos negócios, será agravado absurda e desnecessariamente com a escalada de medidas provocativas, irresponsáveis e contrárias ao interesse nacional de parte do Chanceler: (i) participação no grotesco espetáculo de ingresso forçado de “ajuda humanitária”, (ii) esvaziamento da nossa representação diplomática pela retirada de diplomatas brasileiros com o objetivo evidente de forçar, pela via da reciprocidade, a consequente esterilização da representação diplomática designada pelo atual governo venezuelano no Brasil, (iii) expulsão dos representantes diplomáticos venezuelanos em plena pandemia do Coronavírus (impedida pela ação republicana e constitucional do Procurador Geral da República e do Supremo Tribunal Federal) e, agora, (iv) em conclusão do processo de traição ao interesse nacional por parte do Chanceler, o Itamaraty declara “persona non grata” os representantes do governo da Venezuela, o que equivale a retirar-lhes as imunidades diplomáticas e, como efeito prático, conseguir por vias oblíquas o que o Supremo Tribunal Federal lhe impediu de fazer.”

Na citada correspondência, comuniquei a Vossa Excelência as medidas que por patriotismo e sentido de dever republicano decidi adotar:

“Diante disso, Senhor Presidente, e tendo a minha paciência e esperança se esgotado, é meu dever de lealdade com Vossa Excelência e movido com o espírito de colaboração com o seu trabalho dar conhecimento das medidas que tomarei a respeito dos crimes do senhor Ernesto Araújo contra a Nação:

(i) utilizarei as minhas prerrogativas parlamentares para que a ação fiscalizatória do Senado Federal e do Congresso Nacional sejam acionadas imediatamente;

(ii) divulgarei amplamente os seus crimes interna e internacionalmente;

(iii) ingressarei com Representação junto ao Procurador Geral da República para que ofereça

de denúncia contra o Ministro por crime de responsabilidade junto ao Supremo Tribunal Federal, com fundamento na Constituição Federal, arts. 102, I, c, e 129, I, e na Lei no 1.079/50.

(iv) em razão de não estar pacificado no STF o entendimento a respeito da vigência do art. 14 da Lei no 1.079/50 (legitimação universal) no caso de impeachment de Ministro de Estado por crime de responsabilidade não conexo ao praticado pelo Presidente ou o Vice-Presidente da República (art. 52, I, CF), ingressarei com Petição no Supremo Tribunal Federal por crime de responsabilidade contra o Ministro com fundamento arts. 102, I, c, e na Lei no 1.079/50.

(v) uma vez que apenas extremismo ideológico e irracionalidade gratuita não explicam suficientemente a obsessão do Chanceler contra a paz com a Venezuela, ingressarei de Representação Geral da República para que determine investigação a respeito da movimentação financeira, em nível internacional, do Ministro.”

Senhor Presidente, imaginava que aquela manifestação, dado à gravidade dos fatos nela reportados, refrearia a escalada de provocações do Chanceler em relação à Venezuela. No entanto, para a nossa surpresa e profunda indignação o Chanceler promove o ato mais hostil que se poderia promover contra o governo e o povo venezuelanos e para isso usa de maneira vil e covarde o sagrado solo roraimense, onde os meus antepassados lutaram com armas em defesa do território nacional.

A invasão do solo da minha Roraima pelo Secretário de Estado dos Estados Unidos, o ex-Diretor da CIA Mike Pompeo, ciceroneado pelo Chanceler Ernesto Araújo, para promover atos de provocação contra um país vizinho e amigo é um ato indigno, hostil, desnecessário, sem qualquer vínculo com o interesse nacional. Trata-se de mais um ato midiático voltado a promover os interesses eleitorais do Partido Republicano às vésperas das eleições naquele país. Roraima, a minha Roraima, transformada em palanque eleitoral do senhor Donald Trump é algo que eu, sinceramente, jamais imaginava que veria, não posso aceitar e não aceitarei passivamente.

O senhor é oriundo das Forças Armadas. É meu dever lembrar a Vossa Excelência um gesto de um ex-Presidente, também militar, o general Ernesto Geisel. O Brasil, em ato soberano de administração dos nossos interesses nas relações internacionais, foi o primeiro país do mundo ocidental a reconhecer a República de Angola, recém saída de uma guerra de libertação nacional e com um governo socialista. O Presidente Geisel não admitiu que o Secretário de Estado estadunidense Henry Kissinger, que veio ao Brasil em abril de 1975, ousasse tratar do assunto no solo pátrio. Na época, o Itamaraty estava sob o comando do Chanceler Azeredo da Silveira.

Permita-me lembrar a Vossa Excelência também as declarações do General Villas-Bôas na Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, quando ocupava o Comando do Exército, no sentido de que o Brasil é grande demais para não ter um projeto nacional. OBrasil não pode ser apêndice de nenhuma potência, porque o Brasil é ele próprio um grande país. Ao Brasil interessa mais que a nenhum outro país que a América do Sul viva em paz. A Roraima interessa a paz nas nossas fronteiras. Atos gratuitos de hostilidade para com os governos dos países vizinhos não consultam o interesse nacional. A quem interessa tensões nas nossas fronteiras?

Eu somente continha a minha indignação diante da presença do senhor Ernesto Araújo à frente do Itamaraty em respeito a Vossa Excelência. Todavia, quando assisti a uma entrevista do cidadão Olavo de Carvalho à BBC (https://www.youtube.com/watch?v=HZwWcy4UTDU), na qual ele se apresenta como responsável político pela nomeação do senhor Ernesto Araújo, eu passei a considerar que devo lutar para livrar Vossa Excelência de semelhante má companhia. Esse Olavo de Carvalho está auto-exilado nos EUA (do que vive?), de onde quer fazer parecer que governa o Brasil, ofendendo brasileiros, dizendo impropérios e palavrões contra altos dignatários da República, inclusive honrados generais do Exército brasileiro. Não estranha que seja o líder espiritual do senhor Ernesto Araújo.

Senhor Presidente, lutarei todos os dias para que o senhor Ernesto Araújo desocupe a sagrada cadeira honrada por grandes brasileiros que comandaram a Casa de Rio Branco. 

Somente quem não conheça a minha história e a dos meus antepassados possa imaginar esta correspondência a Vossa Excelência e as medidas que dela se seguirão sejam desproporcionais à força deste humilde senador, um Davi diante do Golias da internacional de extrema direita que capturou a Casa de Rio Branco em prejuízo do interesse nacional, da economia e da paz em Roraima e na América do Sul.

Venho de longe. Recebo dos meus antepassados o legado de compromisso de vida e de morte com o povo roraimense e brasileiro. O meu bisavô, Coronel Mota, educador e Juiz de Paz, foi o primeiro prefeito de Boa Vista. O seu primeiro filho, o tio Vítor, morreu lutando pelo território nacional contra os ingleses. Junto a ele estava o meu avô, Pedro Rodrigues, o último comandante do Forte São Joaquim do Rio Branco.

Nasci numa comunidade indígena. Aprendi com a minha mãe, Ana, índia Macuxi, e com o meu pai, o vaqueiro Tuxaua Pereira, a amar as pessoas e a ter coragem na vida. Os meus antepassados arriscaram tudo para defender o povo de Roraima e o interesse nacional e um deles, o tio Vítor, perdeu a vida pela nobre causa da Pátria.

Eu honrarei os meus antepassados lutando contra a dominação colonialista do território brasileiro, manchado de vergonha pela presença boçal do Secretário de Estado dos EUA com as bênçãos genuflexas do mais indigno ocupante da chancelaria brasileira em toda a nossa história.

Receba Vossa Excelência os meus sinceros votos de respeito, elevada estima e distinta consideração, e continue contando com o meu apoio no Congresso Nacional para as medidas que consultem o interesse nacional.

Atenciosamente,

Senador TELMÁRIO MOTA PROS/RR

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

The Great Divergence: China, Europe, and the Making of the Modern World Economy - Kenneth Pomeranz


 

The Great Divergence: China, Europe, and the Making of the Modern World Economy 

Kenneth Pomeranz

(The Princeton Economic History of the Western World) Kindle Edition

The Great Divergence brings new insight to one of the classic questions of history: Why did sustained industrial growth begin in Northwest Europe, despite surprising similarities between advanced areas of Europe and East Asia? As Ken Pomeranz shows, as recently as 1750, parallels between these two parts of the world were very high in life expectancy, consumption, product and factor markets, and the strategies of households. Perhaps most surprisingly, Pomeranz demonstrates that the Chinese and Japanese cores were no worse off ecologically than Western Europe. Core areas throughout the eighteenth-century Old World faced comparable local shortages of land-intensive products, shortages that were only partly resolved by trade.


Pomeranz argues that Europe's nineteenth-century divergence from the Old World owes much to the fortunate location of coal, which substituted for timber. This made Europe's failure to use its land intensively much less of a problem, while allowing growth in energy-intensive industries. Another crucial difference that he notes has to do with trade. Fortuitous global conjunctures made the Americas a greater source of needed primary products for Europe than any Asian periphery. This allowed Northwest Europe to grow dramatically in population, specialize further in manufactures, and remove labor from the land, using increased imports rather than maximizing yields. Together, coal and the New World allowed Europe to grow along resource-intensive, labor-saving paths.

Meanwhile, Asia hit a cul-de-sac. Although the East Asian hinterlands boomed after 1750, both in population and in manufacturing, this growth prevented these peripheral regions from exporting vital resources to the cloth-producing Yangzi Delta. As a result, growth in the core of East Asia's economy essentially stopped, and what growth did exist was forced along labor-intensive, resource-saving paths--paths Europe could have been forced down, too, had it not been for favorable resource stocks from underground and overseas.