O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 16 de janeiro de 2021

E-book reader should be interested: Amazon pricing every e-book at US$ 9,99, despite their value - Shira Ovide (NYTimes)

 

Technology

January 15, 2021

When tech antitrust failed

Angie Wang

If you’ve wondered recently why prices for e-books seem high, let me tell you why a failure of antitrust law might be (partly) to blame.

A government antitrust lawsuit a decade ago that was intended to push down prices helped lead instead to higher ones.

The outcome suggests that the U.S. government’s lawsuits against Google and Facebook and a just-announced Connecticut antitrust investigation into Amazon’s e-book business may not have the desired effects, even if the governments win. It turns out that trying to change allegedly illegal corporate behavior can backfire.

Cast your mind back to 2012. The second “Twilight” movie was big. And the Justice Department sued Apple and five of America’s leading book publishers in the name of protecting consumers and our wallets.

Book publishers were freaked out about Amazon’s habit of pricing many popular Kindle books at $9.99 no matter what the book companies thought the price should be. Amazon was willing to lose money on e-books, but the publishers worried that this would devalue their products.

The government said that to strike back at Amazon, the book companies and Apple made a deal. Publishers could set their own e-book prices on Apple’s digital bookstore, and they essentially could block discounts by any bookseller, including Amazon.

To the government this looked like a conspiracy to eliminate competition over prices — a big no-no under antitrust laws. Eventually the book publishers settled and Apple lost in court.

Later, Amazon, Apple and other e-book sellers agreed to let publishers enforce e-book prices. The arrangements were legally kosher because they were separately negotiated between each publisher and bookseller. (I can’t answer why Amazon agreed to this.)

The government won but the publishers got what they wanted with e-books. Bookstores can choose to take a loss to heavily discount a print book, but they typically can’t with digital editions. The $10 mass-market e-book is mostly gone.

How did an antitrust case meant to lower prices instead possibly lead to higher prices? Christopher L. Sagers, a law professor at Cleveland State University who wrote a book about the e-books litigation, told me that he believes it’s a failure of corporate antitrust laws.

Professor Sagers and others believe that because a few major book publishers release most mass-market titles, they have the power to keep prices high. He laments that the antitrust laws have failed to stop industries from getting so concentrated. In other words, he thinks it’s bad for all of us that a book-publishing monopoly is trying to fight Amazon’s monopoly.

“American antitrust is basically a failure and this case was a microcosm,” he told me.

Somehow this newsletter keeps coming back to this debate. An influential view — particularly among left-leaning economists, politicians and scholars — is that U.S. antitrust laws or the way they’re applied are flawed. They believe that the government has failed to stop the increasing corporate concentration and mergers in industries like airlines, banking and technology, which has led to higher prices, worse products and income inequality.

In the long run for the book industry and for us, it could be healthy that the artificially low $10 mass-market digital novel is gone. And there are lots of low-priced Kindle works, though, from self-published authors and Amazon’s own book-publishing unit.

Amazon was selling the e-book edition of Professor Sagers’s book about the price-fixing lawsuit for $28.45 on Friday — a price dictated by the book publisher. “I wish it were cheaper,” he said. “I wanted a lot of people to read it.”

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Itamaraty espera que Biden entenda posições de Bolsonaro (claro, a obrigação é de Biden) - Valor Economico

 Itamaraty espera que Biden entenda posições de Bolsonaro

Governo brasileiro não vai mudar suas convicções em função da nova liderança nos EUA, sinaliza Ernesto Araújo em entrevista

Valor Econômico | 15/1/2021, 12h20

O governo de Jair Bolsonaro, que apoiou tanto Donald Trump quanto seus principais ideais, tem um recado para o presidente eleito Joe Biden: o Brasil não vai mudar suas posições em função da nova liderança nos Estados Unidos.

Pelo contrário, o governo brasileiro espera que Biden entenda que Brasil e Estados Unidos têm muitos interesses comuns, que Biden entenda que Brasil e Estados Unidos têm muitos interesses comuns, que incluem a promoção da democracia e da segurança na América Latina, e não estão em lados opostos em relação ao meio ambiente, disse o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

“A gente espera muito, por parte da nova administração americana, que o nosso governo seja percebido pelo que ele é realmente, por aquilo que o povo brasileiro é e pretende”, disse Araújo em entrevista em seu gabinete em Brasília na quinta-feira (14). “Os dois lados precisam fazer um esforço de compreensão mútua.”

A sintonia fluiu facilmente com Trump não apenas por conta da amizade com Bolsonaro, mas também porque o presidente dos EUA entendeu que os brasileiros fizeram uma escolha ao elegê-lo, disse Araújo. Em troca do alinhamento do Brasil com as posições dos EUA, Trump pôs fim à proibição das importações de carne in natura brasileira, apoiou a candidatura do país para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e assinou acordos de cooperação em defesa e exploração espacial.

O comércio bilateral do Brasil com os EUA é maior do que com qualquer outro país, exceto a China. No entanto, Bolsonaro tem estado em rota de colisão com Biden desde que o presidente eleito ameaçou o governo brasileiro, durante debate de campanha, com “consequências econômicas significativas” se o Brasil não se empenhar em preservar a Amazônia.

Pessoas a par dos planos de Biden disseram em dezembro que o presidente eleito pretende liderar uma frente unida do Ocidente para pressionar Bolsonaro a adotar políticas ambientais que contenham os incêndios que destroem a Amazônia.

No entanto, Araújo disse que as preocupações ambientais são exageradas pela mídia local e internacional. O chanceler insistiu que o Brasil continua no Acordo de Paris e fez uma oferta importante para antecipar a meta de neutralidade em carbono em troca de US$ 10 bilhões por ano de países em desenvolvimento. Segundo o ministro, com os EUA prestes a aderirem novamente ao acordo global, haverá mais dinheiro na mesa para esses pagamentos.

Conservadores silenciados

Bolsonaro apoiou publicamente a candidatura de Trump e foi um dos últimos líderes mundiais a parabenizar Biden por sua vitória. Na semana passada, enquanto seguidores de Trump invadiam o Capitólio, Bolsonaro repetia alegações de que houve “muita fraude” nas eleições dos EUA, bem como durante sua própria eleição em 2018 que, segundo ele, deveria ter vencido no primeiro turno.

Araújo não quis comentar as acusações de fraude, mas disse que questionamentos sobre os sistemas de votação nos EUA, Brasil e outros países são legítimos e devem ser investigados. Ele condenou a violência em Washington na semana passada, mas advertiu que isso não pode ser usado como desculpa para calar as vozes conservadoras ao redor do mundo.

“Assim como nada justifica a invasão, nada justifica o cerceamento da liberdade de expressão, que é um valor democrático tão importante quanto a integridade física”, disse, criticando a decisão do Twitter de banir Trump da plataforma e acusando a empresa de remover milhares de seus seguidores sem um motivo claro”. 

“Surgiu um clima de caça às bruxas”, disse Araújo.

O ministro não descartou a possibilidade de que o tipo de protesto visto em Washington aconteça em outros países, inclusive na eleição presidencial de 2022 no Brasil.

“Se as pessoas se sentirem sufocadas na sua capacidade de falar e de ouvir, qualquer país pode ter problemas sérios”, afirmou.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/01/15/itamaraty-espera-que-biden-entenda-posicoes-de-bolsonaro.ghtml


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Um caso de assédio moral no Itamaraty - Paulo Roberto de Almeida

Um caso de assédio moral no Itamaraty

Paulo Roberto de Almeida

O chanceler acidental tem muitas obsessões: eu sou uma delas. Vou relatar o ridículo caso de assédio moral de um chanceler desequilibrado contra um funcionário de carreira do serviço exterior do Brasil, eu mesmo, no momento em que recebo uma mensagem, enviada recentemente por funcionário concursado, que leu o processo relatado abaixo, o que me levou a consultá-lo sobre sua divulgação.

Os que conhecem meu itinerário nos últimos dois anos, os que acompanham minhas postagens desde minha exoneração do cargo de diretor do IPRI-MRE, e sobretudo desde o final de 2019 e o início de 2020, sabem que o chanceler acidental tem uma obsessão contra mim, sobretudo porque me julga um concorrente ao seu cargo infeliz, que ele exerce pateticamente, como sabujo que é, mas também depois que eu falei que o seu guru, e patrono para o cargo, andava disseminando "olavices debiloides" em uma de suas postagens alucinadas nas redes sociais.

Foi demais para o serviçal de Trump e da Bolsofamília (nessa ordem): ele não resistiu e mandou me demitir numa segunda-feira de Carnaval, pela manhã, com efeito imediato (mas a burocracia tomou quatro dias para fazê-lo, quando meu caso foi amplamente divulgado pela "grande mídia"). 

Dotado de um ódio acrescido desde então, o chanceler mandou que seus sabujos da Divisão do Pessoal examinassem todos os registros da catraca eletrônica para registrar todas as minhas ausências, faltas, atrasos e saídas antecipadas do MRE, onde eu estou apenas formalmente lotado na Divisão do Arquivo, sob as ordens de um simpático Primeiro Secretário, mas onde nenhuma função me foi atribuída.

Em novembro de 2019 ele mandou publicar no Boletim de Serviço supostas 20 "faltas injustificadas", que eu teria cometido. Justifiquei cada uma, escrupulosamente, a maior parte por participação em bancas de mestrado e doutorado, inclusive duas ou três ausências nas quais eu estava na companhia do infeliz e raivoso chanceler acidental, no Ministério da Defesa, ou no Forte Apache, ou na ESG, em cerimônias oficiais, aos quais eu tinha sido convidado pelos militares. Todas as minhas justificativas foram "INDEFERIDAS" liminarmente, e sem aguardar um mês sequer para defesa, o chanceler mandou cortar o meu salário de janeiro de 2020, inclusive de maneira patentemente ILEGAL: meu contracheque registrou R$ 210,16.

Mais ainda: o chanceler acidental mandou os sabujos que o servem computar supostas horas não trabalhadas – só não disseram em que, uma vez que eu continuei a não ter NENHUMA função na burocracia da Divisão do Arquivo. Em seguida, expediram uma cobrança de R$ 23 mil, que eu deveria à União, por "recebimentos a mais". A partir daí entrei com uma ação judicial que, como tudo o que depende da Justiça no Brasil, não tem prazo para terminar. A pandemia paralisou um pouco mais a lentidão da Justiça, que já é normalmente lentíssima.

Tudo está perfeitamente documentado e coloquei a informação relevante à disposição dos interessados de forma totalmente transparente:

Acao com pedido de tutela de urgencia contra a União Federal - Paulo Roberto de Almeida (31/03/2020)

https://www.academia.edu/42605745/Acao_com_pedido_de_tutela_de_urgencia_contra_a_União_Federal_Paulo_Roberto_de_Almeida_31_03_2020_ 

Eu tinha descrito o caso nesta postagem do Diplomatizzando

https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/04/minhas-faltas-injustificadas-segundo-o.html 

Mas, o assunto está parado desde então, esperando que a nossa cega Justiça resolva a questão; vou esperar no paraíso (ou em algum limbo disponível para anarco-diplomatas como eu). Todavia, tive a grata surpresa de receber, neste mês de janeiro de 2021, uma simpática mensagem de um funcionário federal concursado, com larga experiência no serviço público, e que reproduzo abaixo: 

"O processo de assédio moral e perseguição funcional contra servidores públicos mais graduados e antigos, a exemplo do caso do Embaixador Paulo Roberto de Almeida e outros tantos (eu mesmo sou servidor federal com 22 anos de serviço público e já na última letra funcional de minha carreira), tem sido prática que se intensificou sobretudo na atual administração iniciada em 2019 - embora remonte também a administrações anteriores - é tema que me interessa sobremaneira. 

Para um servidor público ser considerado veterano ele deve contar ao menos 20 anos de serviço público. E o que vemos são servidores mais modernos exercendo cargos de chefia por motivos de alinhamento ideológico ou pior, mera bajulação, sobre servidores mais capacitados e experimentados do que eles. Qualquer insurgência no Poder Judiciário contra tal situação - ainda que eventualmente admitida por pessoas próximas de nós como tendo poucas chances de prosperar - é por mim bem vinda como exemplo de destemor e coragem!

 Na condição similar à do embaixador (enquanto sofredor de assédio moral), congratulo-me com sua figura, exemplo de quem não tem NADA a temer! As irregularidades são tamanhas a ponto de uma pessoa minimamente instruída saber que não se pode imputar faltas injustificadas a um servidor sem chamar esse mesmo funcionário para apresentar eventuais justificativas cabíveis. Ilegais, pois, os descontos. E se os houver, que seja discutido parcelamento e não imputar 99% de descontos em cima de seu contracheque - o que configura confisco salarial - vedado pela CF/88! 

Na verdade, o embaixador está ciente de que a atual administração do MRE quer é que o senhor peça a aposentadoria e vá para casa! Não faça isso se não for do seu interesse! A atual administração vai passar. 

FORZA Embaixador Paulo Roberto! Abraços de Xxxxxx!

Ele concordou que eu divulgasse a sua mensagem, mas de forma não identificada...

 ... a fim de evitar perseguições pessoais contra minha pessoa (já as houve aqui no meu órgão contra pessoas que se manifestaram pessoalmente em blogs de internet a favor do PT - o que configura cerceamento das liberdades de pensamento e expressão), prefiro permanecer no anonimato. O que não significa obscurantismo, rsrsrs, pois o pensamento inteligente e independente - como o seu - é algo que valorizo sobremaneira desde sempre. Tomara esses tempos difíceis passem logo, nem que seja pelo caminho democrático do 'impeachment'...


Por enquanto estamos assim, mas suponho que o chanceler acidental continuará tentando me demitir do serviço exterior, e me privar de quaisquer direitos funcionais que eu possa ter depois de 42 anos dedicados à diplomacia do Brasil, diplomacia que ele faz tudo para diminuir, espezinhar, negar e destruir, colocando-a a serviço de interesses estrangeiros.

Vou continuar usando de minha capacidade intelectual para denunciar, não o infeliz, patético e desequilibrado chanceler, certamente não a sua pessoa medíocre, mas todas as suas ações que eu julgar negativas do ponto de vista dos interesses do Brasil (e quase todas o são). Ele não me intimida e eu não recuo de minha postura.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 15 de janeiro de 2021


Bolsonaro Government’s Message to Biden: Trumpism Lives On in Brazil - Samy Adghirni and Walter Brandimarte

Bolsonaro Government’s Message to Biden: Trumpism Lives On in Brazil

By Samy Adghirni and Walter Brandimarte

Bloomberg News, 15 de janeiro de 2021 07:35 BRT

https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-01-15/biden-is-told-trump-may-be-going-but-trumpism-lives-on-in-brazil?sref=69Fifx0M

 

Brazil foreign minister says conservatives are being silenced

Ernesto Araujo hopes Biden will understand Brazil as Trump did

 

Brazilian President Jair Bolsonaro’s government, which embraced both the Trump administration and its core ideals, wants President-elect Joe Biden to know that it’s not about to reverse course in response to the change of U.S. leadership.

Instead, it expects Biden to realize that Brazil and the U.S. have many shared interests, including promoting democracy and security in Latin America, and are not on opposite sides regarding the environment, according to Foreign Minister Ernesto Araujo.

“We hope that the new U.S. administration perceives our government for what it really is, for what the Brazilian people are and stand for,” Araujo said in an interview at his office in Brasilia on Thursday. “Both sides must make an effort for mutual understanding.”

 

That type of mutual comprehension came easily with Donald Trump, not only because of his friendship with Bolsonaro but because Trump understood that Brazilians made a choice by electing the former army officer as their president, Araujo said. In exchange for Brazil’s alignment with U.S. positions, Trump lifted a ban on fresh-beef imports from the Latin American country, supported its bid to join the Organisation for Economic Co-operation and Development, and signed deals for cooperation in defense and space exploration.

Brazil, as Latin America’s largest economy, does more trade with the U.S. than any other country except China. Yet Bolsonaro has been publicly at odds with Biden since he threatened Brazil in a campaign debate with “significant economic consequences” if it didn’t act to preserve the Amazon. People familiar with Biden’s plans said in December that he would lead a united Western front to put pressure on Bolsonaro to adopt stricter environmental policies, following two years of international outrage over the spread of fires destroying the rainforest.

 

Araujo, however, said that environmental concerns are overblown by local and international media. Brazil remains in the Paris Agreement, he said, and has made an important offer to bring forward its carbon neutrality goal in exchange for $10 billion a year from developed countries. He said that with the U.S. set to rejoin the global accord, there will be more money on the table for such payments.

 

Conservatives Silenced

Bolsonaro, who styled himself a Brazilian version of Trump, publicly supported his candidacy and was one of the last world leaders to congratulate Biden for his victory. Last week, as rioters invaded the U.S. Capitol, the Brazilian president repeated claims that there had been “a lot of fraud” in the U.S. vote as well as during his own 2018 election -- which he claims he should have won in the first round of voting.

Araujo declined to comment on the fraud allegations but said that concerns over voting systems in the U.S., Brazil and other countries are legitimate and must be addressed. He condemned the violence in Washington last week but cautioned that it can’t be used as an excuse to muzzle conservative voices around the world.

“As much as nothing justifies the invasion, nothing justifies the curtailment of freedom of speech,” he said, criticizing Twitter Inc’s decision to ban Trump from the platform and accusing the company of removing thousands of his own followers for no clear reason. “It’s become a witch hunt,” Araujo said.

The minister didn’t rule out the possibility that the type of protests seen in Washington could happen elsewhere, including in Brazil’s 2022 presidential election.

“When people feel suffocated in their capacity to speak and hear, this can lead to serious problems in any country,” he said.

 

Desunidos contra a corrupção? A luta inglória dos brasileiros contra o cancro da corrupção: ELA JÁ VENCEU?

 Todas as notícias se referem na verdade a atos de CORRUPÇÃO, nenhuma de luta CONTRA: 


Essa é a Newsletter Unidos Contra a Corrupção, um informativo sobre os avanços e retrocessos dos últimos dias na luta anticorrupção. Neste canal divulgamos, além das últimas notícias, iniciativas importantes para conseguirmos seguir unidos para combater esse velho problema do nosso país. 

Unidos Contra a Corrupção
 
| Junte-se à nossa campanha |
 
A Unidos Contra a Corrupção tem um objetivo: promover e aprovar o maior pacote anticorrupção no mundo, as Novas Medidas contra a Corrupção. Estamos avançando, mas com sua ajuda conseguiremos ir além. 

Em 2021, que tal fazer parte da Unidos Contra a Corrupção e nos ajudar com essa missão? Você pode se tornar um doador ou compartilhar as Novas Medidas para alcançarmos ainda mais pessoas!

[Junte-se a nós]
 
| Notícias |
 
Multas a partidos viram “caixa-preta” 
 
O Movimento Transparência Partidária fez uma análise da prestação de contas dos partidos ao Tribunal Superior Eleitoral e mostrou que a transparência ainda é insuficiente. O Bloco 4 das Novas Medidas contra a Corrupção apresenta propostas que melhoram a maneira como a Justiça Eleitoral funciona. [saiba mais]
 
STF acumula denúncias da PGR à espera de julgamento há mais de 3 anos 
 
A restrição do foro especial foi uma medida tomada pelo Supremo Tribunal Federal para conferir celeridade aos processos, mas, para garantir que esse objetivo seja realmente alcançado, é necessária uma reforma profunda e clara do foro privilegiado. É o que defendemos na Medida 21 das #NovasMedidas. [saiba mais]
 
A arte da corrupção: lavar dinheiro sujo em obras de arte 
 
Alvos da 79ª fase da Lava Jato, os filhos do ex-ministro Edison Lobão lavaram dinheiro de propina comprando obras de arte de alto valor. A circulação do dinheiro em espécie é um desafio da luta contra a corrupção, e é o que queremos regulamentar com a Medida 14 das #NovasMedidas. [saiba mais]
 
Informações sobre Baleia Rossi são enviadas pelo MP-SP para PGR
 
O deputado federal Baleia Rossi (MDB–SP), candidato à presidência da Câmara, é suspeito de ter envolvimento em fraudes em licitações da Prefeitura de Ribeirão Preto. Ele também foi citado em operação que investigava a máfia da merenda no Estado de São Paulo. [saiba mais]
 
Presidente do STJ mantém prisão de juízes denunciados por venda de sentenças na Bahia 
 
O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, decidiu manter as prisões preventivas de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia investigados no âmbito da Operação Faroeste, que apura a venda de sentenças pelos magistrados. [saiba mais]
 
Filho de desembargadora denunciada na Operação Faroeste compra carro após mãe negociar sentença por R$ 400 mil
 
Filho da desembargadora Lígia Ramos, o advogado Arthur Barata comprou um carro de luxo no valor de R$ 145 mil um dia após a mãe proferir uma sentença que teria sido negociada por R$ 400 mil. Os dois foram denunciados por participarem do esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia. [saiba mais
 
Ex-sócio de Lulinha tem contratos investigados por sobrepreço 
 
Segundo relatório do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, um serviço realizado pela empresa de Jonas Suassuna, ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, para a Prefeitura do Rio de Janeiro teve um sobrepreço de R$ 4,7 milhões. [saiba mais]
 
O que achou desta newsletter? Tem comentários ou sugestões? Escreva para a Unidos Contra a Corrupção:
campanha@br.transparency.org

Bolsonaro prepara uma "marcha sobre Brasília"? - revista Veja, Paulo Roberto de Almeida

 Do portal da Veja, com uma reflexão histórica posterior:


"APOSTA NOS QUARTÉIS
Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro tenta conquistar em nível nacional o apoio das bases das Forças Armadas e das polícias militar, civil e federal, com o objetivo de transformá-las em armas poderosas de seu projeto político. Como mostra matéria na edição de VEJA desta semana, o presidente não economiza recursos nem tempo de sua agenda para sedimentar essa aliança. Só em dezembro passado, ele compareceu a sete cerimônias com militares e policiais, quase uma a cada quatro dias. Já os recursos destinados às Forças Armadas para 2021 subiram mais de 5 bilhões de reais em relação a 2020, enquanto a Saúde perdeu 2,2 bilhões de reais."

PRA:
Ele imagina que assim estará não apenas "protegido" de qualquer incursão de poder "malévolo" – Legislativo, Judiciário – como preparado para o que der e vier.
Quase cem anos atrás, em 1922, Mussolini fez a sua famosa "Marcha sobre Roma", com poucos milhares de camisas pardas, e o idiota do rei lhe atribuiu o encargo de formar um governo. Logo em seguida, ele encomendou a morte de seus "inimigos": o assassinato de líderes liberais e socialistas, inclusive de refugiados em Paris.
Hitler foi mais expedito: um ano depois de tomar o poder, literalmente, incendiando o Parlamento alemão, em 1933, organizou, em 1934, a Noite dos Longos Punhais, quando assassinou todos aqueles "aliados" que poderiam querer tirá-lo do cargo. Foi uma longa noite...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 15/01/2020

Googgle Alert sobre Paulo Roberto de Almeida: Itamaraty

 


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"Paulo Roberto de Almeida"
Atualização diária  15 de janeiro de 2021
NOTÍCIAS 
Projeto 'país pária' do Ernesto Araújo continua em marcha
Na visão do embaixador Paulo Roberto de Almeida, o Brasil está cada vez mais isolado, reflexo de uma política externa fracassada. “Neste momento ...

Projeto ‘país pária’ do Ernesto Araújo continua em marcha
Declarações de Bolsonaro e do chanceler, apoiando a invasão ao Capitólio, só contribuem para o isolamento internacional do Brasil

Por Matheus... 

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/blog/matheus-leitao/projeto-pais-paria-do-ernesto-araujo-continua-em-marcha/
FacebookTwitterSinalizar como irrelevante 
Diplomacia de Bolsonaro ameaça isolar o Brasil
... todos aqueles moinhos de vento e es


Diplomacia de Bolsonaro ameaça isolar o Brasil

 O presidente Jair Bolsonaro afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 13. janeiro 2021 - 12:56
(AFP)

Ao chegar ao poder, Jair Bolsonaro denunciou o alinhamento "ideológico" da diplomacia brasileira e procurou se aproximar de "democracias importantes como Estados Unidos, Israel e Itália". Dois anos depois, suas polêmicas iniciativas e a derrota de Donald Trump ameaçam deixar o Brasil isolado no cenário internacional.

Chamado no exterior de "Trump tropical", Bolsonaro foi o último líder do G20 a reconhecer a vitória do democrata Joe Biden e apoiou a tese de que houve "fraude" nas eleições americanas, recusando-se a condenar o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro, incitado pelo presidente republicano.

Um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro, que preside a Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara, substituiu sua foto de perfil no Twitter por uma imagem de Trump na segunda-feira. E o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que "a esquerda tenta arruinar os EUA".

No entanto, essas provocações não surpreenderam.

A política externa de Bolsonaro reproduz o provocativo discurso antissistema, impregnado de neoliberalismo na economia e conservadorismo nos costumes, que influencia em temas como o desmatamento, o porte de armas e os direitos reprodutivos.

O resultado é que o Brasil está ou em breve estará mais ou menos afastado de seus principais parceiros comerciais: China, Estados Unidos, União Europeia e Argentina.

- "Quixotes perturbados" -

Da China, se distancia pela ameaça de excluir a Huawei da corrida pela rede 5G e por seus comentários depreciativos sobre a vacina CoronaVac contra o coronavírus, que o laboratório chinês Sinovac produz em colaboração com o Instituto Butantan.

Do futuro governo Biden nos Estados Unidos e de alguns países da União Europeia, pelos recordes de desmatamento e incêndios na floresta amazônica que ameaçam a ratificação do acordo de livre comércio UE-Mercosul.

E da Argentina, pela permanente tensão com o governo de centro-esquerda de Alberto Fernández. No mês passado, Bolsonaro afirmou que a legalização do aborto no país vizinho permitirá que as "vidas das crianças argentinas" sejam "ceifadas" com a "anuência do Estado".

O Brasil tampouco ficou bem parado após o enfraquecimento do modelo liberal chileno, devido aos protestos sociais, e ao fracasso das tentativas de derrubar o governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Em uma reunião de gabinete em abril, Araújo, em nome de sua cruzada contra o "globalismo", disse estar convencido de que o Brasil tinha condições de se sentar "na mesa de quatro, cinco, seis países que vão definir a nova ordem mundial" após a pandemia.

Um projeto que parece distante, com os mais de 200.000 mortos no Brasil (o segundo país com mais óbitos por covid-19, depois dos Estados Unidos) e que ainda aguarda o início da vacinação.

"Tudo o que eles anunciaram, como a renovação, a Venezuela, a aliança com os Estados Unidos, a liga da democracia para vencer o comunismo. Todas essas bobagens ideológicas, todos aqueles moinhos de vento e esses quixotes perturbados, nada disso se fez", declarou à AFP o diplomata Paulo Roberto de Almeida, que foi demitido em 2019 do cargo de diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IPRI), vinculado ao Itamaraty.

- Biden e a UE -

Até então, o Brasil não sofreu retaliações comerciais, principalmente da China, que absorve um terço das exportações do país com sua demanda infinita por soja e minério de ferro.

Mas o setor agropecuário expressou várias vezes sua preocupação, como quando Bolsonaro ameaçou transferir a embaixada de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como fez Trump, sob o risco de irritar os países árabes, grandes compradores da carne brasileira.

"A grande questão é se o Biden e a União Europeia vão cooperar para pressionar o Brasil sobre a questão ambiental. Se isso acontecer, há um risco real para a economia brasileira, porque pode haver boicote, sanções econômicas", explicou à AFP Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo Stuenkel, Bolsonaro sustenta essa "postura agressiva contra todo mundo" para "mobilizar sua base internamente", de olho na reeleição em 2022.

"Ele precisa da sua política externa para convencer sua base de que ele não é um político tradicional", pois "não pode mais se apresentar como a pessoa que vai acabar com e velha política, nem com a corrupção" depois da renúncia de Sergio Moro como ministro da Justiça e sua aproximação dos partidos tradicionais, acrescentou.



Relações internacionais do Brasil em 2021 (entrevista à Radio Universitária de Uberlândia) - Paulo Roberto de Almeida

 Tenho agora o registro de meu último "trabalho" publicado, uma entrevista sobre os temas habituais:


1378bis. “Relações internacionais do Brasil em 2021”, entrevista concedida ao programa “Trocando em Miúdos”, da Rádio Universitária FM, da Universidade Federal de Uberlândia, com o jornalista Márcio Alvarenga (26:50 minutos; 28/12/2020; link: http://programatrocandoemmiudos.com.br/pt-br/node/4404)