O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

The death toll in Ukraine is huge. It may still be far behind Tigray (Ethiopia) - Ishaan Tharoor (WP)

 Os mortos na Ucrânia, dos dois lados, são enormes, mas, aparentemente, ainda abaixo dos mortos na Etiópia.

Brasil-Argentina: quem deve ajudar a quem? - Ricardo Bergamini

Brasil-Argentina: quem deve ajudar a quem?

Ricardo Bergamini

 Em 2020, a Argentina tinha um PIB PER CAPITA 24,70% maior do que o do Brasil. 

 

Em 2019, a Argentina tinha um IDH 10,46% maior do que o do Brasil. 

 

"O IDH é uma referência numérica que varia entre zero e um. Quanto mais próximo de zero, menor é o indicador para os quesitos de saúde, educação e renda. Quanto mais próximo de um, melhores são as condições para esses quesitos. No mundo, nenhum país possui o IDH zero ou um."

 

O PIB per capita é calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes da região e mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de um país se todos recebessem partes iguais.

 

Fonte IBGE 

 

1 - Indicadores da Argentina:

 

1.1 – Em 2020, o PIB PER CAPITA era de US$ 8.476,00.

 

1.2 - Em 2019, O IDH era de 0,845.

 

Estudo completo clique abaixo:

 

https://paises.ibge.gov.br/#/dados/argentina

 

2 – Indicadores do Brasil:

 

2.1 – Em 2020, o PIB PER CAPITA era de US$ 6.797,00.

 

2.2 - Em 2019, O IDH era de 0,765.

 

Estudo completo clique abaixo:

 

https://paises.ibge.gov.br/#/dados/brasil

 

Brasil estuda socorro à Argentina, que quer evitar maxidesvalorização em ano eleitoral

 

Por Julia Duailibi

 

Julia Duailibi é comentarista de política e economia da GloboNews.

 

Os presidentes da Argentina e do Brasil se encontram nesta terça-feira (2) - e suas equipes econômicas também. A ajuda brasileira seria um paliativo para uma economia que passa por uma crise histórica e que negociou com o FMI um pacote de resgate de US$ 44 bilhões.

 

Matéria completa clique abaixo:

 

https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2023/05/02/brasil-estuda-socorro-a-argentina-que-quer-evitar-maxidesvalorizacao-em-ano-eleitoral.ghtml

US Strategy and Force Posture for an Era of Nuclear Tripolarity - Keir Lieber, Daryl Press (Scowcroft Center for Strategy and Security)

 



How will the consequences of nuclear tripolarity--a world in which China has joined the United States and Russia as the world’s leading nuclear powers--affect US nuclear strategy and force posture? What deterrence posture should the United States take on to meet a simultaneous challenge from both Russian and Chinese nuclear arsenals? In this issue brief, Forward Defense nonresident senior fellows Dr. Keir Lieber and Dr. Daryl Press suggest that, without a change to targeting doctrine, US nuclear force levels will need to expand, potentially touching off a dangerous arms race among these powers. 


To avert a three-way arms race, the authors propose revisiting the "no cities" requirement for US nuclear targeting. By threatening to target adversary population centers in retaliation for an all-out nuclear attack on US urban areas, US nuclear policy may achieve greater deterrent effect with less upward pressure on the size of the US arsenal. Moreover, a "no cities" targeting framework is a dangerous fiction, the authors argue, since plenty of legal military targets for nuclear strikes are within cities, even if the targets are not cities per se.


Therefore, the authors conclude, such a policy would remove a hidden driver of US nuclear force size without meaningfully increasing the danger to civilians in a nuclear war. 
 
 
 
 
 
 
 
Meet the authors
 
 

 Dr. Keir Lieber

Nonresident Senior Fellow, Forward Defense,Scowcroft Center for Strategy and Security, Atlantic Council

 
 

Dr. Daryl Press

Nonresident Senior Fellow, Forward Defense,Scowcroft Center for Strategy and Security, Atlantic Council

 
 
 
 
 
On Twitter? 
Follow  @AtlanticCouncil and @ACScowcroft and use #ForwardDefense to join the conversation. 
 
 
 
 
 
About the Scowcroft Center & Forward Defense
 

 

The Scowcroft Center for Strategy and Security works to develop sustainable, nonpartisan strategies to address the most important security challenges facing the United States and its allies and partners. The Center honors General Brent Scowcroft’s legacy of service and embodies his ethos of nonpartisan commitment to the cause of security, support for US leadership in cooperation with allies and partners, and dedication to the mentorship of the next generation of leaders.

Forward Defense (FD) generates ideas and connects stakeholders in the defense ecosystem to promote an enduring military advantage for the United States, its allies, and partners. Our work identifies the defense strategies, capabilities, and resources the United States needs to deter and, if necessary, prevail in future conflict.

The Scowcroft Center’s namesake, General Brent Scowcroft, was the chairman of the 1983 Scowcroft Commission that established the foundation for US nuclear deterrence and arms control policy through the present day. As the United States enters a new era of strategic challenges, the Scowcroft Center, through its Nuclear Strategy Project, is proud to play a central role in crafting an effective and nonpartisan strategic forces strategy and policy for the twenty-first century.

XX Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana (UE-AL): "Ordem Global em Transformação: diante da Tempestade Perfeita" (1 e 2 de junho de 2023)

 Um convite que imagino esteja aberto a todos os interessados: 

Prezado Senhor / Dear Mr.
Paulo Roberto de Almeida,

Com muita alegria, queremos convidar você a participar na vigésima edição da conferência de segurança internacional do Forte, a maior da América Latina, nos dias 1 e 2 de junho!

A Conferência de Segurança Internacional do Forte é um fórum de diálogo birregional que reúne tomadores de decisão, diplomatas, representantes das forças armadas e acadêmicos da América Latina e Europa com o objetivo de estimular o debate acerca de uma ordem internacional justa e pacífica. Em seus vinte anos de história, a Conferência tem facilitado um grande número de discussões relevantes, além da consolidação de uma rede internacional entre representantes de alto escalão. Considerando os desafios que se apresentam nessa nova era geopolítica, o tema central do XX Forte será "Ordem Global em Transformação: diante da Tempestade Perfeita". Por isso, o painel inaugural trará uma indagação que norteará toda a conferência: Qual o papel da América Latina e da Europa em uma Ordem Global em transformação?

Trata-se de uma edição presencial do evento no sentido de que teremos você e demais participantes especiais presentes no "Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e espectadores do mundo todo pela plataforma digital. Infelizmente, os demais organizadores da Conferência não poderão custear voos e hospedagem no Rio. Caso você não possa participar de maneira presencial, apreciaríamos muito se pudesse acompanhar a transmissão ao vivo pelo streaming.

Para nós, a sua participação como especialista e pelo histórico do vínculo conosco na "XX Conferência de Segurança Internacional do Forte" seria muito valorizada.

Este convite é exclusivo e sua inscrição será preferencial.

Acesse o link para conhecer o programa contendo temas e horários dos painéis, e para inscrever-se gratuitamente. O link é único, tanto para participação presencial como virtual. Basta seguir as orientações.

https://forte.avscvirtual.com.br/

Contar com a sua participação será uma grande honra para nós!

Cordialmente,

Fundação Konrad Adenauer no Brasil
Centro Brasileiro de Relações Internacionais
Delegação da União Europeia no Brasil

We are very pleased to invite you to take part in the Twentieth Edition of the “Forte International Security Conference,” the largest in Latin America, on the upcoming 1st and 2nd of June!

The “Forte International Security Conference” is a forum geared to a bi-regional dialogue that brings together decision-makers, diplomats, representatives from the Armed Forces, as well as academics from Latin America and Europe with a view to stimulating debate on a fair and peaceful international order. Throughout its twenty-year history, the “Forte Conference” has facilitated a great number of relevant discussions, in addition to strengthening an international network comprised of high-ranking members. In view of the challenges brought about by this new geopolitical era, the central topic of the “XX Forte Conference” will be "The Changing Global Order: Facing the Perfect Storm." Therefore, the Opening Panel will tackle an issue aimed at providing the backbone to the Conference: What is the Role of Latin America and Europe in a Changing Global Order?

This will be an onsite edition of the event, insofar as we will have you and other special guests present at the Museu do Amanhã, ("Museum of Tomorrow”), in Rio de Janeiro, as well as viewers from all over the world who will join us on the digital platform. Unfortunately, the conference organizers will not be able to defray the costs of air travel and lodging in Rio. Should you be unable to participate physically, we would value if you could follow the live broadcast via streaming.

For all of us the strong bond that has brought us together over time makes your participation as an expert in the "XX Forte International Security Conference" truly appreciated.

This invitation is personal and exclusive, and your enrollment will be handled on a preferential basis.

Please access the link in order to peruse the program containing topics and the schedule of the panels, and also to enroll free of charge. The link is valid for both onsite and remote participation. All you have to do is kindly follow the instructions.

https://forte.avscvirtual.com.br/
We will be honored to count on your participation!

Sincerely,

Konrad Adenauer Foundation in Brazil
Brazilian Center for International Relations
European Union Delegation to Brazil

Corrupção compensa (sobre o golpe de 1964, objeto de propina a um general) - Pedro Scuro (site pessoal)

Corrupção compensa

Pedro Scuro Neto

 18 de março de 2020

“Cada um trazia duas maletas, uma em cada braço. No total, seis maletas. (…) Mandei abrir. Começou uma briga, mas olhei e vi que era só dólar, dólar, dólar. Todas elas cheias de dólares. Amarradinhos do banco, aqueles pacotes de depósito bancário. Um milhão e 200 mil dólares.”

Um dos corruptos, comandante do II Exército, o general Kruel, para trair Jango, presidente da República, recebeu, intermediado pelo governador Adhemar de Barros, 600 mil dólares de propina da FIESP.

Um milhão e 200, segundo testemunhas insuspeitas, mas os 600 mil “se perderam” no caminho até a sede do Comando na Conselheiro Crispiniano.
https://ultimosegundo.ig.com.br/…/fiesp-subornou-general-pa…

Seu lugar tenente depois se tornou presidente do Loide Brasileiro, e continuou a cobrar propina, até de militares, inclusive do meu pai (sou testemunha), que lutava por seu direito a promoção durante a Segunda Guerra (e o Exército não queria dar).
Esse corrupto – General Tito – foi diretor do Hospital Militar. Recebeu, na época, muitos resistentes torturados e feridos pela ditadura.


Kruel depois virou marechal e foi eleito deputado federal pelo MDB. Morreu dando risada de todo mundo, na cama, Seus herdeiros tiveram de indenizar uma pessoa mantida em condições de escravidão em uma sua fazenda de cacau em Linhares, Espírito Santo. O processo se arrastou por mais de cinquenta anos.

A última conversa telefônica de João Goulart com o general que o trairia

Acena está num dos melhores livros sobre a ditadura, “Brasil: de Castelo a Tancredo”, do brasilianista Thomas Skidmore.

Ela conta muito sobre o caráter do presidente João Goulart, o Jango, deposto pelos militares há 50 anos.

Era o dia 1.o de abril de 1964, e  Jango recebera a notícia no Palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, onde pernoitara, de uma sublevação militar.

Unidades do Exército marchavam contra ele para depô-lo. Tropas do Primeiro Exército, baseado no Rio, foram enviadas para deter os golpistas, mas acabaram se juntando a estes.

Mas havia uma saída.

Se o general Amaury Kruel, comandante do Segundo Exército, sediado em São Paulo, não aderisse à insurreição, ela simplesmente não prosperaria, dada a força paulista nas coisas nacionais.

Kruel não conspirara contra o governo, em parte por não gostar de um dos líderes do movimento, o general Castelo Branco, que acabaria sendo o primeiro presidente da ditadura.

Jango ligou para Kruel.

Este condicionou seu apoio a uma coisa: que Jango rompesse com a central sindical, a CGT, controlada pela esquerda e abominada pelos militares em seu anticomunismo feroz.

Se Jango dissesse sim, seu governo sobreviveria. Mas Jango disse não. “Então, senhor presidente, não há nada que possamos fazer”, respondeu Kruel.

Kruel pode não ter sido apenas desleal, mas desonesto.

Um coronel reformado do Exército afirmou recentemente, numa sessão da Comissão da Verdade de São Paulo, que Kruel foi subornado pela Fiesp para aderir ao golpe.

Esta afirmação não está no livro de Skidmore, e nem poderia estar, porque é recente.

O coronel disse ter visto três homens colocarem maletas cheias de dólares no carro de Kruel, depois de um encontro no dia 31 de março entre ele e o presidente da Fiesp, Raphael Noschese. O preço pago por Kruel, segundo o coronel, foi 1,2 milhão em dinheiro da época, algumas dezenas de milhões em valores de hoje.

Com ou sem as malas de dólares, o fato é que Jango preferiu cair com honra a trair os sindicalistas que lhe eram tão caros.

Era, então, ao contrário do que os detratores apregoaram por tantos anos, um presidente altamente popular.

Uma pesquisa Ibope do começo de 1964 mostrava que ele estava na frente entre os eleitores para as eleições presidenciais marcadas para 1965.

Terminada a conversa telefônica com Kruel, Jango logo sairia do governo e do país.

Sem apoio militar, e sem desejar mergulhar o Brasil numa guerra civil, foi embora para o Uruguai, refúgio tradicional de líderes políticos sul-americanos.

Em circunstâncias parecidas, sem mentor, Getúlio Vargas, dera uma década antes um tiro no coração para, como escreveu em sua carta testamento, deixar a vida e entrar na história.

Jango optou por entrar na história sem deixar a vida – mas apenas a presidência. Tinha filho pequeno para criar, e uma bela mulher para cuidar de suas feridas.

Morreria doze anos depois, em circunstâncias obscuras, na Argentina. A razão oficial foi um ataque cardíaco, mas amigos e familiares sustentam que ele foi envenenado.

A máquina de propaganda da ditadura moldou a imagem de um presidente impopular, indeciso, inepto.

Mas o tempo começa a mostrar um outro Jango, um presidente disposto a fazer reformas essenciais ao desenvolvimento social do país, e com uma agenda de mudanças ainda hoje atual.

Mas, acima de tudo, emerge o homem honrado que preferiu deixar o poder a trair seus aliados, como queria o general Kruel.


terça-feira, 2 de maio de 2023

Curso preparatório ao ingresso na carreira diplomática: Política Externa Brasileira, de Dutra a Geisel-Figueiredo

Curso preparatório ao ingresso na carreira diplomática: Política Externa Brasileira


Caros estudantes, candidatos à carreira diplomática, uma das mais belas carreiras do funcionalismo federal, à qual estive vinculado desde o final do regime militar até a recente fase de relativo declínio da presença do Brasil no cenário internacional. Depois de uma longa carreira paralela na academia, na qual dediquei-me bem mais a cursos de pós-graduação e à elaboração de livros, ensaios e artigos sobre as relações internacionais, a política externa e a diplomacia do Brasil, assim como temas de economia internacional e de integração regional, decidi engajar-me no curso Diplomacia CACD, com vistas à preparação de candidatos aos exames de ingresso na carreira.

 

Segue abaixo o link para inscrição no curso de Política Internacional, no qual examinarei as relações exteriores e a política externa do Brasil no pós-Segunda Guerra, desde a presidência Dutra, até o último governo do regime militar, começando no próximo dia 12 de maio até 30 de junho, uma vez por semana, sempre às sextas-feiras.

 

Revisão de pré-TPS: Política Internacional

Política Externa Brasileira, de Dutra a Geisel-Figueiredo

http://legatio.com.br/diplomaciacacd/home/course/revis%C3%A3o-pr%C3%A9-tps-pol%C3%8Dtica-internacional/29

 


O Brasil já teve constituições demais? E a França?

 Vcs acham que o Brasil já teve constituições demais? 

Foram sete ou oito, segundo se possa considerar as extensas emendas introduzidas em 1969, depois do AI-5 à Constituição de 1967, uma nova Constituição, ou seja, tantas quantas foram as nossas moedas desde o abandono do mil-reis em 1942. 

Mas e a França, novamente comvulsionada por uma nova mini-revolução, na impossibilidade de debater uma reforma consensuada sobre seu regime previdenciário? Ela já teve 14 constituições, o DOBRO do Brasil;

“Ainsi, depuis 1789, la France a-t-elle connu 14 constitutions (trois sous la Révolution , trois sous le Consulat et l'Empire, deux chartes plus la Constitution de 1815 dite des "Cent-jours", puis les constitutions de 1848, 1852, 1875, 1946 et 1958), auxquelles il faut ajouter d'une part les constitutions non appliquées ...”

Ou seja, já está na hora de ter mais uma…

The New International Economic Order. Lessons and Legacies 50 Years Later; Conference at the University of Venice, May 10-11, 2024

Me avisam que minha proposta foi recebida, mas não aceita ainda: 

Thank you for your interest in the conference "The New International Economic Order. Lessons and Legacies 50 Years Later" that will take place in May 2024. We hereby confirm we received your proposal to participate. 

The authors of the accepted proposals will be notified in July.
Best,

Organizing Committee 

Minha proposta:

A New International Economic Order again? A contrarian view from a practitioner from the Global South 

 

Paulo Roberto de Almeida; Abstract of a paper submission:

The New International Economic Order. Lessons and Legacies 50 Years Later; Conference at the University of Venice, May 10-11, 2024

email: nieoconference@unive.it 

 

Abstract

Brazil was a leading country, with some other nations in the developing world, in the debate, from the 1970s to the 80s, about a NIEO, at least since the reform of the Gatt, in 1964, and the inauguration of UNCTAD conferences. Its diplomatic staff was actively engaged, with other important Third World countries representatives, in the presentation of proposals aiming to a NIEO, specially in drafting economic agreements for its commodity exports (mainly coffee, cocoa, sugar and some others), as well as a strong supporter of the principle of special and differential treatment for developing countries at all multilateral economic organizations. 

The purpose of my paper, as a diplomat engaged in the practice and teaching about international economic relations since the late 70s, is to present a contrarian view about the efforts of those countries to reform economic institutions, treaties and practices at that level and context, then and even now, after a third wave of globalization in the 90s and early 2000s, and a “fragmented deglobalization” since the economic ascent of China and a partial retraction of developed countries into neo-protectionism and new fashions in industrial and other sectorial policies. The aim is to challenge the very concept of a NIEO, as an ideal proposal constructed by diplomats and policy makers, to offer an assessment of the differing paths assumed by some (not all) developing countries, during the high times of neoliberal thinking and thereafter, on the basis of actual results, and to collect some learnings from that era and nowadays. 

  

Short Bio: 

Paulo Roberto de Almeida is Ph.D. in Social Sciences (Free University of Brussels, 1984), Master in Economic Planning (College for Developing Countries, State University of Antwerp, 1977), and a Brazilian career diplomat since 1977. From August 2016 to March 2019 served as Director of the International Relations Research Institute, at the Brazilian Ministry of External Relations. From 2004 to 2021 was professor of International Political Economy at the Master and Doctoral Law programs at the University Center of Brasília (Uniceub); was also former professor at the Brazilian Diplomatic Academy (Instituto Rio Branco), at graduate studies in Sociology at the University of Brasília, and invited professor at the Institut de Hautes Études de l’Amérique Latine (Sorbonne) in 2012. Currently is Director for International Relations at Historical and Geographic Institute of Brasilia. Among his many books is Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2001, 2005, 2017) [The Building-up of economic diplomacy in Brazil: the international economic relations during the Monarchy], besides many other works and articles on diplomatic history, regional integration and international trade.

 

Coordinates:

Paulo Roberto de Almeida

Director for International Relations at Instituto Histórico e Geográfico de Brasília

Website: https://paulorobertodealmeida.academia.edu/

Blog: https://diplomatizzando.blogspot.com

Complete CV: http://lattes.cnpq.br/9470963765065128

https://www.researchgate.net/profile/Paulo_Almeida2

 


[Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4346: 1 abril 2023, 2 p.]

 

Livros: Rodrigo Saraiva Marinho sobre as Constituições; Paulo Roberto de Almeida sobre pensadores do Brasil: Lançamento 4/05, Livraria Travessa Brasilia

Apenas relembrando este duplo lançamento e aproveitando para expor novamente minha tabela das constituições do Brasil: