terça-feira, 28 de outubro de 2025

Qual o sentido de minhas reflexões, de minha ação prática, de minha produção intelectual? Paulo Roberto de Almeida

Qual o sentido de minhas reflexões, de minha ação prática, minha produção intelectual?

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Nota sobre meus objetivos primários na vida social.

        Apenas um curto registro sobre o que me motiva, pessoalmente, o que me induz nas atividades concretas, o que espero que delas resultem.
        Em primeiro lugar, o conhecimento pelo conhecimento, o indizível prazer intelectual, sempre solitário, de buscar saber um pouco mais pela leitura, pela pesquisa metódica, pela busca incessante de encontrar respostas para as muitas questões sobre a existência humana, sobre o mundo, sobre os problemas da vida em sociedade.
        Em segundo lugar, a preocupação em sistematizar esse conhecimento adquirido na formulação de respostas possíveis, tentativas, aproximativas a esses mesmos problemas e suas soluções mais adequadas num contexto social mais amplo.
        Em terceiro lugar, na propagação intencional, numa perspectiva pedagógica, desse saber adquirido no estudo a um círculo maior de possíveis recebedores desse conhecimento ampliado, partindo do princípio de que todo ser humano nasce zero quilometro em matéria de conhecimento util à sua sobrevivência, à diferença dos instintos animais na natureza.
        Em quarto e mais importante lugar, de sistematizar estudo, pesquisa, conhecimento e experiência adquirida nas atividades precedentes de maneira a poder transmitir o estoque de saber acumulado a um leque mais amplo de pessoas, pela divulgação da produção intelectual pelos meios mais apropriados de disseminação gratuita desse estoque de saber, o que é uma forma de devolver à sociedade o que dela recebi sob a forma de leitura em livros e revistas científicas e no contato com gente mais inteligente ou mais experiente.
        Finalmente, em quinto lugar, participar de atividades públicas, profissionais ou de lazer, na academia ou na burocracia, que redundem na elevação espiritual de meus semelhantes ou no acréscimo de bem-estar a um número bem mais amplo de concidadãos ou a todo e qualquer indivíduo da espécie humana.
        Por último, não tenho nenhuma adesão a qualquer tipo de nacionalismo exclusivista, a qualquer religião organizada, a quslquer grupo, tribo ou nação em especial. Não me sinto obrigado a seguir ou obedecer a qualquer tipo de autoridade política ou estatal, sou levemente anarquista, contra qualquer poder da autoridade, e sim a favor da autoridade do argumento racional, podendo ser exsminado, inquirido, questionado e respondido da mesma forma.
        Sou livre, tanto quanto me permitem as condições sociais e materiais que me cercam, em favor das quais contribui ao melhor dos meus esforços.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5099, 28 2utubro 2025, 1 p.

Sobre “neutralidade” e imparcialidade: uma lição de Rui Barbosa - Paulo Roberto de Almeida

Ao retranscrever uma postagem de algumas semanas atrás, gostaria de enfatizar aos meus poucos leitores a importância da leitura de um livro contendo as lições de Rui Barbosa em Buenos Aires, em 1916, reeditadas no livro da Fundação Casa de Rui Barbos, “Conceitos Modernos do Direito Intetnacional” (1983):

segunda-feira, 6 de outubro de 2025
A neutralidade que não é imparcialidade - Palmari H. de Lucena (Mais PB); comentário de Paulo Roberto de Almeida
 Um artigo num jornal da Paraíba que argumenta sobre um dos traços mais identificadores, a despeito dos desacordos gerais em outras matérias, entre Bolsonaro e Lula, no que respeito temas de política externa, especificamente no que concerne a guerra de agressão da Rússia contra um Estado soberano, a Ucrânia: a postura objetivamente favorável a Putin e à guerra cruel e unilateral do neoczarismo russo contra o país da Europa oriental, antigamente dominado pela União Soviética.

Como já tinha argumentado Rui Barbosa desde 1916 (a propósito da agressão do antigo Império alemão contra a Bélgica neutra, na Grande Guerra, neutralidade NÃO É imparcialidade, infelizmente. PRA

A neutralidade que não é imparcialidade
Palmari H. de Lucena 
Mais PB, 05/10/2025

O Brasil gosta de repetir que sua tradição diplomática é a da neutralidade. Mas a guerra da Ucrânia deixou claro: neutralidade não é sinônimo de imparcialidade. Nos gestos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, a política externa brasileira acabou beneficiando mais a Rússia de Vladimir Putin do que a paz que diz buscar.

Bolsonaro, em fevereiro de 2022, sentou-se ao lado de Putin na antessala da invasão, declarando solidariedade e reforçando laços comerciais. Justificou a posição brasileira pelo pragmatismo dos fertilizantes, como se a dependência agrícola bastasse para relativizar a violação da soberania ucraniana. A neutralidade, nesse caso, serviu de biombo para uma aproximação cúmplice.

Lula, por sua vez, herdou o conflito e procurou se vestir de mediador global. Propôs um “clube da paz”, equiparou responsabilidades de Kiev e Moscou e acusou o Ocidente de estimular a guerra. Sua retórica sofisticada, porém, esbarrou no mesmo problema: transformar agredido e agressor em equivalentes morais. Ao tentar exibir imparcialidade, acabou favorecendo Putin, ao reduzir a pressão internacional contra a Rússia e diluir a clareza de quem iniciou o conflito.

A contradição torna-se ainda mais evidente quando se compara a atitude brasileira na guerra da Ucrânia com sua postura diante de Gaza e da Cisjordânia. No Oriente Médio, o governo não hesitou em condenar Israel, responsabilizá-lo por excessos e assumir posição frontal em defesa dos palestinos. Já em relação à Ucrânia, a diplomacia prefere relativizar, apelar à equidistância e suavizar a responsabilidade russa. O contraste expõe que a neutralidade, no caso europeu, é menos princípio universal e mais cálculo de conveniência.

O Itamaraty costuma invocar o princípio da não intervenção e da solução pacífica de controvérsias. Mas imparcialidade verdadeira não é fechar os olhos ao desequilíbrio das ações. Não há simetria entre quem invade e quem resiste. Ao se abster de julgamentos claros ou ao tratar Moscou e Kiev como lados igualmente responsáveis, o Brasil compromete não apenas sua credibilidade moral, mas também sua capacidade de liderar qualquer processo de mediação legítima.

No fundo, a diferença entre Bolsonaro e Lula é mais de estilo do que de substância. Um se abraçou a Putin em nome dos fertilizantes; o outro o recebe como parceiro estratégico, falando em paz enquanto relativiza responsabilidades. Ambos, porém, praticaram uma neutralidade que não é imparcialidade, mas silêncio cúmplice. Ao evitar nomear com clareza o agressor, o Brasil não apenas enfraquece sua voz moral no mundo: ajuda, ainda que de forma disfarçada, a prolongar a guerra iniciada pelo Kremlin.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

Da importância de uma reflexão aprofundada para um sólido planejamento diplomático - Paulo Roberto de Almeida

 Em 3 de outubro de 2025 eu postava uma avaliação sobre os prejuizos à credibilidade de um serviço diplomático profissional como é o do Brasil derivados do excesso de personalismo no exercicio de uma diplomacia presidencial excessivamente baseada nos instintos pessoais do chefe de Estado, à margem de estudos acurados do tipo custo-benedicio que deveriam provir dos próprios quadros da diplomacia profissional. Mais de três semanas depois, mantrnho minha critica e reafirmo o alerta que formulei ao início do mês de outubro de 1925.

Paulo Roberto de Almeida 

Uma pequena avaliação sobre certas inconsequências de uma diplomacia presidencialista excessivamente personalista:

Muitas das iniciativas diplomáticas do lulopetismo na política externa do Brasil, como a Unasul, por exemplo, se mostraram inviáveis por “defeitos de origem”, digamos assim, ou de concepção e de condução, sem que tivessem produzido os bons frutos esperados, neste caso, uma pretensa liderança brasileira na América do Sul, o que se revelou ilusório, como a errática trajetória política do continente depois o demonstrou sobejamente.

Mas, nenhuma foi tão pesada, em seus desenvolvimentos futuros, como a decisão voluntarista, sem estudos ou reflexões diplomáticas ponderadas, de criar um BRIC, com base em uma sugestão puramente externa, com objetivos totalmente desprovidos de qualquer conotação diplomática, alheios aos interesses nacionais permanentes e em contradição com padrões, princípios e valores de uma diplomacia profissional comprometida  com a condição do Brasil no grande jogo do poder global.

De BRIC a BRICS, e agora BRICS+, o voluntarismo personalista cobra um preço em termos de coerência com a sempre defendida, pela diplomacia profissional, postura de autonomia decisória, de neutralidade e de imparcialidade com respeito a conflitos interimperiais, que foram a sua marca nos 183 anos anteriores de sua trajetória, desde o Manifesto às Nações Amigas concebido em agosto de 1822 por José Bonifácio de Andrada e Silva, postura também partilhada por Hipólito da Costa.

Os EUA também se ressentem de certos excessos de diplomacia personalista, marcados por muita megalomania, mas sobretudo por ignorância fundamental quanto aos mecanismos do grande jogo do poder global. Fatores contingentes superam muitas vezes tendências estruturais que se acreditavam mais sólidas. A guerra de Troia, por sinal, não está muito longe de nosso horizonte de possibilidades históricas. Paixões e interesses ainda movem certos dirigentes que se movimentam guiados apenas por seus instintos primitivos individuais.

A primeira metade do século XX foi pródiga em terríveis consequências involuntárias das paixões humanas. Se esperava que o novo século não repetisse o padrão…

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 3/10/2025

Postado novamente em 28/10/2025

Noticias recentes da geopolítica mundial - Paulo Roberto de Almeida

Noticias recentes da geopolítica mundial:

Lido no Observatorio Politica China, 28/10/2025:
“La Casa Blanca adelantó que el presidente de EE. UU. abordará “el tema Taiwán” con Xi Jinping al margen de APEC en Busan, Corea del Sur.”
Opinião do WSJ (28/10/2025): "Xi Gives Trump a Taiwan Test
By The Editorial Board; China’s president wants the U.S. to oppose the democratic island’s independence."

Um tema ainda mais importante no plano geopolitico, ou da “nova guerra do Peloponeso”, do que o próprio conflito comercial entre os dois gigantes da economia mundial, que poderiam viver em completa simbiose cooperativa no plano econômico, em benefício recíproco de ambos os paises e no de toda a comunidade internacional, em especial no dos países em desenvolvimento, mas que, no entanto, iniciaram uma disputa de caráter hegemônico que prejudica a ambos e que só pode refletir as paixões e ambições mesquinhas de dirigentes descompromissados e alienados com redpeito aos reais interesses dos povos de cada Estado respectivo.
O mesmo sucede, mutatis mutandis, com respeito à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que apenas representa o o resultado de ambições imperialistas do atual ditador de todas as Rússias, e não o real interesse de desenvolvimento e cooperação entre dois Estados saídos da dissolução do irracional e desmesurado império da URSS, ele mesmo herdeiro do império autocrático dos czaristas feudais, já dissolvido em 1917, e recriado logo depois pelo novo poder bolchevique, brutalmente ampliado pelo déspota Stalin, o novo czar na sucessão de Lênin, aquele que era um grande estrategista político, mas uma nulidade em economia.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 28/10/2025

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Bolivie : Comment expliquer l’effondrement du dernier bastion du “socialisme du XXIe siècle” ? - Vincent Arpoulet et Tristan Waag (IHEAL)

Bolivie : Comment expliquer l’effondrement du dernier bastion du “socialisme du XXIe siècle” ?

Vincent Arpoulet et Tristan Waag
Lettre d'information de l'IHEAL CREDA; n°89, septembre 2025
http://www.iheal.univ-paris3.fr/fr/edito/bolivie-comment-expliquer-l%E2%80%99effondrement-du-dernier-bastion-du-%E2%80%9Csocialisme-du-xxie-si%C3%A8cle%E2%80%9D

Aux lendemains du premier tour de l’élection présidentielle bolivienne, un parfum d’années 1990 plane sur le pays andin : ayant échoué aux portes du second tour, Samuel Doria Medina, ex-ministre de la coordination et de la planification (1991-1993) et principal artisan du processus de privatisation systématisé sous la présidence de Jaime Paz Zamora (1989-1993), apporte son soutien au fils de ce dernier, Rodrigo Paz, qui termine à la surprise générale en tête de ce premier tour. Face à lui, se trouve l’ancien président Jorge - alias “Tuto” - Quiroga Ramírez (2001-2002) connu pour avoir mené à son terme ce processus néolibéral via la vente des dernières entreprises encore publiques – et, accessoirement, la dernière phase du coup d’État de 2019 contre Evo Morales. Si l’arrivée au pouvoir de ce dernier en 2006 avait soulevé l’espoir d’une réappropriation du pouvoir par les franges marginalisées par cette cure d’austérité, les bases sociales du Mouvement vers le Socialisme (MAS) ont aujourd’hui tourné le dos aux deux candidats revendiquant l’héritage de ce processus progressiste : le ministre Eduardo del Castillo investi par ce mouvement et Andrónico Rodríguez – héritier déchu d’Evo Morales et ancien président du Sénat – rassemblent en effet péniblement 11% des suffrages au total. Si le vote nul – plébiscité par l’ex-président depuis son exclusion de la course présidentielle – atteint un niveau inédit de 20%, force est de constater que la base électorale de la gauche bolivienne est à son plus bas depuis sa première accession au pouvoir. Comment expliquer un tel retour en force du néolibéralisme dans le seul pays du continent dans lequel il n’avait plus gagné dans les urnes depuis 2006 ?

Derrière la fracture Arce / Morales, des divergences stratégiques et la traditionnelle maladie des ressources expliquent l’effondrement de la gauche bolivienne

La principale explication du rejet du MAS réside dans l’inflation, qui a cru de près de 12 points depuis le début de l’année, soit un niveau jamais atteint depuis son arrivée au pouvoir. Si ses traditionnels opposants voient là la preuve incontestable d’une piètre gestion économique et d’un excès de dépenses publiques de la part du président sortant Luis Arce, ce dernier subit également les foudres de son prédécesseur Evo Morales qui estime que son ancien ministre de l’économie aurait « trahi [le] modèle économique » implanté à partir de 2006. Il semble pourtant que cette crise est avant tout due au traditionnel phénomène de dégradation des termes de l’échange généré par la spécialisation dans l’exportation de matières premières brutes telles que le gaz naturel ou les ressources minières, les deux principaux produits commercialisés par l’État bolivien sur la scène internationale. En effet, celle-ci est à double tranchant. Lorsque les prix internationaux sont élevés ou que les exportations surpassent les importations, la quantité de dollars qui entrent dans le pays est suffisante pour importer tout ce qu’il ne produit pas, c’est-à-dire la plupart des biens nécessaires à la consommation nationale. Dans un contexte d’augmentation de la fiscalité des entreprises privées et de réaffirmation de la prédominance de la puissance publique dans la gestion des ressources stratégiques, la hausse quasi continue du cours des matières premières entre 2006 et 2014 est par ailleurs venue appuyer la réduction incontestable des inégalités de revenus, ainsi que l’adoption de mesures destinées à encadrer l’inflation, au premier rang desquelles l’établissement d’un taux de change fixe de 6,96 bolivianos pour 1 dollar. Or, ces mesures phares du « miracle économique bolivien » se heurtent aujourd’hui à l’épuisement des réserves de gaz disponibles. La diminution des exportations qui en découle vient dans le même temps réduire les réserves de dollars. Or, la demande de biens de consommation reste toujours la même. Résultat : la demande de dollars nécessaires pour perpétuer ces importations devient plus importante que la quantité réellement disponible de devises internationales et il faut donc plus de bolivianos pour obtenir un dollar. Par conséquent, les prix des biens importés augmentent lorsqu’ils sont répercutés en bolivianos, ce qui provoque une inflation généralisée à l’ensemble du marché des biens de consommation. C’est ce qu’on appelle la dégradation des termes de l’échange. Si, dans un contexte de taux de change fixe, ce phénomène a dans un premier temps été limité lors du choc des commodities en 2014, l’entrée de devises internationales n’est aujourd’hui plus suffisante pour soutenir le taux de change fixe et répondre à la demande interne dans le même temps. L’administration Arce ayant jusqu’alors choisi de perpétuer la fixité du taux de change, elle ne peut plus suffisamment importer et la population se tourne vers le marché des changes parallèles pour se procurer des dollars dont le prix est jusqu’à deux fois plus élevé en bolivianos. Mécaniquement, l’ensemble des prix en dollars augmentent, d’où l’inflation qui relève donc surtout de la traditionnelle maladie des matières premières.

Celle-ci vient ainsi traduire la principale limite de l’expérience bolivienne, à savoir l’insuffisante diversification de la structure productive – en dépit de la volonté affichée d’un autre modèle productif et d’une autre matrice énergétique –, cette dernière découlant elle-même d’une étatisation en réalité moins importante que celle officiellement revendiquée par le MAS. Ce dernier a notamment dû composer avec certaines contraintes structurelles préexistantes à son arrivée au pouvoir, au premier rang desquelles l’endettement extérieur. Sa volonté affichée de renégocier ces prêts n’a en effet pas été sans contreparties. À titre d’exemple, l’annulation de la dette de 443 millions de dollars contractée auprès du Japon coïncide avec le rachat, par le consortium japonais Sumitomo Corporation, de l’intégralité des parts de San Cristobal, plus grande mine à ciel ouvert du pays, privant ainsi la puissance publique de marges de manœuvre dans la gestion de cette société qui extrait non moins de 85% du zinc bolivien. La production d’or bolivien étant par ailleurs quasi intégralement assurée par des coopératives bénéficiant d’un cadre fiscal plus avantageux que celui auquel sont soumises les entreprises publiques et privées, ou opérant dans la plus parfaite illégalité, l’État bolivien ne peut s’appuyer sur la nouvelle ruée internationale vers l’or en vue de pallier à l’épuisement de ses réserves de gaz.

Cette crise vient ainsi mettre en lumière la contradiction inhérente à la politique économique du MAS. En effet, la défense d’un État fort et centralisé comme instrument de rupture avec la prédominance du secteur privé dans la gestion de l’économie bolivienne semble difficilement compatible avec la promotion de coopératives en tant qu’instruments de réappropriation locale des moyens de production. Or, là où Arce incarne la génération de fonctionnaires ayant émergé dans le cadre de la reconstruction de l’État bolivien, Evo Morales s’est précisément converti en porte-voix de cette autonomie territoriale et communautaire. Il en fallait cependant plus pour convaincre la fédération nationale des coopératives minières (Fencomin) qui a préféré opter pour la troisième voie prônée par Andrónico Rodríguez … tout en exprimant son souhait d’une politique d’austérité radicale à priori incompatible avec la volonté conciliatrice affichée par son candidat vis-à-vis de la frange étatiste du MAS. Cette rhétorique a en revanche trouvé écho du côté du projet de restructuration des entreprises publiques porté par Rodrigo Paz. Sa percée inattendue dans la quasi-totalité des anciens bastions du MAS (en particulier les secteurs périurbains de l’Altiplano) semble ainsi venir définitivement acter cette rupture entre tenants de la souveraineté étatique et de l’autonomie territoriale, cette dernière sortant d’autant plus renforcée de ce scrutin que bon nombre de coopérativistes se sont désolidarisés des consignes de votes de leurs organisations, la majorité d’entre elles ayant pris parti pour Rodríguez ou Del Castillo. À l’image du MAS qui semble avoir perdu la main sur les organisations populaires qui assuraient son ancrage territorial, ces dernières semblent ne plus trouver d’écho auprès de leurs propres bases sociales.

Après le difficile compromis, l’éclatement de la gauche bolivienne

Si ces tensions éclatent aujourd’hui au grand jour, elles couvent en réalité depuis l’élection présidentielle du 20 octobre 2019, qui marque une césure majeure dans l’histoire politique récente de la Bolivie. Alors qu’Evo Morales, au pouvoir sans discontinuer depuis 2006, est donné vainqueur dès le premier tour, l’opposition de droite conteste la légitimité du scrutin, invoquant une fraude électorale liée à l’interruption du comptage électronique. Bien que ces accusations demeurent dépourvues de fondement, elles cristallisent le mécontentement de l’opposition, déjà nourri par la décision prise par Morales en 2016 de briguer un nouveau mandat malgré le rejet référendaire de cette perspective. La contestation, intensifiée par les mobilisations des comités civiques des principales villes de l’Oriente bolivien, conduit l’armée à « suggérer » la démission du président, événement largement perçu comme un coup d’État. L’exil de Morales au Mexique puis en Argentine ouvre ainsi une séquence de recomposition politique, marquée par l’installation au pouvoir d’un gouvernement intérimaire de droite (2019-2020), puis par le retour triomphal du Mouvement vers le socialisme (MAS) avec l’élection de Luis Arce en octobre 2020.

Ce retour au pouvoir ne se traduit toutefois pas par une consolidation durable. La désignation de Luis Arce, ancien ministre de l’Économie, comme candidat du MAS révèle d’emblée les tensions entre l’autorité charismatique de Morales et l’affirmation d’un leadership plus technocratique. Dès l’accession d’Arce à la présidence, la marginalisation des proches de Morales amorce une polarisation interne entre evistas et arcistas. Cette fragmentation, d’abord contenue dans les discours, se diffuse progressivement au sein de l’Assemblée plurinationale, puis au cœur des organisations syndicales paysannes et ouvrières historiquement liées au MAS. L’interdiction constitutionnelle, en décembre 2023, d’une nouvelle candidature de Morales, renforce cette dynamique centrifuge. Contestant la légitimité de la décision judiciaire, l’ancien président mobilise son bastion du Chapare, recourant à des pratiques de blocages routiers et parlementaires qui perturbent durablement le gouvernement de Luis Arce.

L’analyse de ces clivages invite à dépasser une lecture strictement conjoncturelle. Ils traduisent en réalité la persistance du caudillisme comme phénomène politique inhérent au champ partisan bolivien. En Bolivie, le caudillisme se traduit historiquement par la mise en compétition de leaders politiques désireux de capter les ressources fiscales de l’État afin d’en assurer la redistribution à des cercles de militants et d’électeurs en situation de dépendance vis-à-vis de ces leaders. La lutte entre Morales et Arce reflète donc moins des divergences idéologiques substantielles qu’une compétition pour le contrôle des ressources fiscales et bureaucratiques, dans un contexte marqué par la faiblesse structurelle du secteur privé et par la centralité redistributive de l’État. Cette configuration illustre finalement la difficulté du MAS à opérer un processus de « routinisation » du charisme, au sens wébérien, c’est-à-dire à transformer une domination fondée sur l’exceptionnalité personnelle en une domination juridico-légale et institutionnalisée. L’incapacité de Morales à céder son rôle de médiateur principal entre l’État et les organisations sociales qui soutiennent historiquement le MAS empêche la consolidation d’un leadership alternatif et fragilise l’ensemble du mouvement.

Cet affaiblissement doit enfin être appréhendé à la lumière de l’échec du projet de « gouvernement des mouvements sociaux » initié par Evo Morales en 2006. Initialement fondé sur l’intégration des revendications issues des luttes anti-néolibérales de la fin des années 1990 et du début des années 2000 (nationalisation des hydrocarbures, reconnaissance plurinationale, droits indigènes), ce projet s’est progressivement heurté aux contradictions internes d’un bloc social hétérogène, notamment divisé entre des secteurs pro-extractivistes (cultivateurs de feuilles de coca, coopérativistes miniers) et anti-extractivistes (organisations indigènes de l’Oriente bolivien). À cette difficulté structurelle, s’est ajoutée une dynamique de clientélisation, par laquelle certaines organisations sociales, intégrées à l’appareil bureaucratique, ont progressivement perdu leur autonomie au profit d’une logique de dépendance vis-à-vis des ressources étatiques. Sous le mandat d’Arce, cette tendance s’est accentuée dans un contexte de raréfaction des ressources et de technocratisation croissante de la gestion publique, accentuant le divorce entre gouvernement et organisations sociales.

En définitive, l’éclatement de la gauche bolivienne relève moins d’un désaccord idéologique que d’une double impasse : l’incapacité à dépasser la personnalisation charismatique du leadership d’Evo Morales, et l’échec à institutionnaliser une démocratie sociale et participative durable. Ce double déficit, à la fois organisationnel et institutionnel, explique la défaite historique du MAS en 2025 et souligne les limites structurelles des expériences progressistes latino-américaines fondées sur des leaderships charismatiques exceptionnels.

Rodrigo Paz: le « capitalisme pour tous » comme troisième voie ?

La victoire de Rodrigo Paz, candidat de centre-droit arrivé en tête de ce premier tour du scrutin présidentiel avec 32% des voix a été vue comme une surprise par nombre d’observateurs. En effet, la totalité des enquêtes pré-électorales annonçait l’accession au second tour de Jorge “Tuto” Quiroga et Samuel Doria Medina, deux candidats de droite ayant occupé des fonctions exécutives au cours des années 1990-2000, marquées en Bolivie par une vague de privatisations et de mesures de libéralisation de l’économie. Paz est ainsi apparu comme une troisième voie entre une gauche en voie de déliquescence, et une droite néolibérale vers laquelle un certain nombre de catégories populaires indigènes anciennement électrices du MAS n’ont pas voulu se tourner. C’est ainsi que l’on peut lire le succès de Paz au sein d’anciens bastions électoraux du MAS tels que les départements de La Paz (46,95%), Oruro (48,21%) ou Potosi (43,13%).

Cependant, la victoire de Paz repose aussi sur sa capacité à avoir perçu les transformations que connaît actuellement le monde populaire bolivien. Ainsi, si celui-ci appelle, à l’instar de Jorge “Tuto” Quiroga, son concurrent du second tour, à une restructuration des entreprises publiques ainsi qu’à une réduction drastique du déficit public, c’est au nom de la consolidation des économies populaires qu’il juge fragilisées par une bureaucratie inefficiente, et non en vue du retour d’un néolibéralisme orthodoxe. Ce projet de « capitalisme pour tous », qui constitue un axe programmatique du candidat, entend s’articuler sur l’ethos entrepreneurial adopté par nombre de catégories populaires notamment urbaines au cours des dernières décennies, alors que même la gauche était au pouvoir. Ce micro-entreprenariat, souvent familial et informel (85% des actifs le sont en Bolivie) repose sur une logique de compétition exacerbée entre producteurs ou commerçants du même secteur d’activité. Il a été directement soutenu par les transferts de ressources fiscales opérés par la gauche bolivienne au cours des dernières décennies. De même, le MAS n’a cessé de promouvoir la centralité des coopératives, comités de voisins, etc. comme instruments de réappropriation populaire des moyens de production et de décision. Pourtant, ces organisations apparues initialement sous l’ère néolibérale ont favorisé la persistance de logiques d’informalisation, d’individualisation, et de compétition pour la ressource publique préexistantes au MAS. La percée de Paz semble ainsi refléter l’incapacité, à la fois de Morales / Arce et des organisations sociales ou syndicats de travailleurs urbains qui sont sortis consolidés de leurs présidences, à promouvoir, auprès de leurs bases, un discours alternatif à toute logique néolibérale. S’il incarne ainsi un clair rejet de la conception étatiste jusqu’alors portée par une frange significative du MAS, le soutien apporté à Paz ne s’apparente pas pour autant à une nouvelle adhésion à un néolibéralisme radical massivement rejeté par les guerres de l’eau (2000) et du gaz (2003), deux mobilisations de grande ampleur ayant laissé des traces dans les mémoires collectives.

Au-delà de l’adhésion à son projet économique « hybride », Paz semble ainsi plus largement avoir bénéficié du rejet de la classe politique traditionnelle dans son ensemble. En témoigne l’importante popularité dont bénéficie son colistier Edman - alias « el capitan » - Lara, un ancien policier devenu médiatique après avoir dénoncé des affaires de corruption impliquant un certain nombre d’officiers de police sur les réseaux sociaux. Cette vague de rejet des logiques politiques traditionnelles emporte ainsi jusqu’à Manfred Reyes Villa, candidat conservateur relégué en troisième position dans la ville de Cochabamba qu’il dirige pourtant depuis 2021. Enfin, dans un pays où l’implantation des églises évangéliques est un phénomène en pleine expansion, la religiosité affirmée du projet politique porté par Paz et Lara constitue elle aussi un atout électoral certain.

Notes de bas de page

Trading Economics, “Taux d’inflation en Bolivie”, juillet 2025. URL : https://fr.tradingeconomics.com/bolivia/inflation-cpi ; consulté le 26/08/2025.
Banque Mondiale, “Indice Gini - Bolivia”, 2023. URL : https://donnees.banquemondiale.org/indicateur/SI.POV.GINI?locations=BO ; consulté le 26/08/2025.
González Diego, “Le miracle économique de la Bolivie”, Courrier international, 9 août 2019. URL : https://www.courrierinternational.com/article/economie-le-miracle-economique-de-la-bolivie ; consulté le 26/08/2025.
Educación Radiofónica de Bolivia, “Cooperativas mineras declaran a Evo ‘enemigo de la democracia’ y le advierten con impedir que vuelva a la presidencia así corra sangre”, 11 de junio del 2025. URL : https://erbol.com.bo/nacional/cooperativas-mineras-declaran-evo-%E2%80%98enemigo-de-la-democracia%E2%80%99-y-le-advierten-con-impedir-que ; consulté le 26/08/2025.
Alcides Arguedas, Historia de Bolivia: Vol.2. Los caudillos letrados…, Barcelona: imprenta Arnau, 1923.
Do Alto Hervé, Stefanoni Pablo, Nous serons des millions. Evo Morales et la gauche au pouvoir en Bolivie, Raisons d’agir, 2008.
Poupeau Franck, Altiplano, fragments d’une révolution (Bolivie, 1999-2019), Raisons d’agir, 2021.

O casal Schneider atravessou o século XX e suportou todas as misérias trazidas pelos totalitarismos existentes


Uma terrível, ao mesmo tempo bela história, daquilo que em inglês se chama endurance, que pode ser traduzido por resistência. Uma história de indiziveis sofrimentos, sob o regime mais bárbaro jamais concebido e aplicado pela mente humana. Estava tudo previsto, desde uma década e meia antes da concretização do Holocausto, no tristemente famoso Mein Kampf. Muitos não acreditaram que toda aquela loucura fosse realizável, mesmo o regime exatamente oposto, mas similar no totalitarismo, que acabou fazendo uma aliança satânica com o maior projeto destruidor jamais empreendido na história da humanidade, o que justamente permitiu o início da mais destruidora das guerras vista até aqui. Que a História não se repita, desta vez com armas ainda mais terríveis.
Josef Leib Schneider, born August 28, 1900, in Narol, a small Polish town, grew up in a centuries-old Jewish community, mastering the tailor's trade. In the 1920s, like many young Polish Jews seeking opportunity, he moved to Antwerp, Belgium. There, he married Debora Sandbank, and they built a life, raising two children, Luis and Regina. Josef worked as a tailor, contributing to Antwerp's vibrant Jewish textile industry before the war.
In May 1940, Nazi Germany invaded Belgium. The Schneiders, like thousands of other Belgian Jews, made the desperate decision to flee to France, hoping to escape the German advance. However, France fell within weeks, and by 1942, the Nazi occupation's murderous reach extended across French territory.
Josef was captured and sent to Drancy, the internment camp near Paris that served as the primary deportation point for Jews from France. Drancy was a terrifying holding pen where families were torn apart, awaiting the transports universally known to lead to death.
On September 4, 1942, Josef was forced into a cattle car. Transport number 29 from Drancy to Auschwitz carried 1,000 Jews; only 16 would survive. Josef Leib Schneider was one of them.
At Auschwitz-Birkenau, he endured unimaginable horrors: slave labor, starvation, disease, relentless brutality, and the daily witnessing of mass murder. He saw trainloads of people—families, children, the elderly—arrive and vanish into gas chambers within hours. He survived selections where SS doctors, in mere seconds, decided who would live and who would die. He survived crushing physical labor, insufficient food, freezing cold, and the diseases that claimed thousands.
As the Soviet Army approached in January 1945, the Nazis evacuated Auschwitz, forcing prisoners on what became known as Death Marches—brutal forced marches in freezing winter conditions, claiming thousands of lives from exhaustion, cold, or execution by guards. Josef survived this Death March and was transferred to Buchenwald concentration camp in Germany, enduring additional months of suffering as the Nazi regime crumbled.
As Allied forces closed in, he was moved again, this time to Theresienstadt (Terezín) in what is now the Czech Republic. There, in May 1945, he was finally liberated by Soviet troops. Josef Leib Schneider had survived Drancy, Auschwitz, the Death March, Buchenwald, and Theresienstadt. He had endured nearly three years in Nazi concentration camps—a journey that killed the vast majority who experienced even one of these hells.
Years later, his granddaughter Shelley English asked him the perennial question posed to survivors: "How did you survive?" His answer was simple and profound: he kept the image of his wife and children in his mind. He knew he had to survive to be with them at war's end. Not superhuman strength, not luck, but the fierce determination to reunite with his family—to hold Debora, embrace Luis and Regina, and rebuild the life the Nazis had tried to destroy.
And, in an almost miraculous, yet tragic, twist, Debora, Luis, and Regina had also survived. Many Holocaust families were not so fortunate, with entire lineages murdered within hours of arrival. The Schneiders' survival, separated by war and imprisonment, was extraordinarily rare.
After liberation and the agonizing process of searching for and finding each other amidst the chaos of postwar Europe, the Schneider family was reunited. In 1948, like hundreds of thousands of other Holocaust survivors, they emigrated to the United States, settling in New York City. Josef returned to his trade, tailoring, working on Second Avenue in Manhattan, stitching fabric, making clothes, and meticulously rebuilding a quiet, ordinary life—the very life the Nazis had tried to eradicate.
He never became wealthy, nor did he seek attention or recognition. He simply desired what the Nazis had attempted to strip from him: peace, family, the simple dignity of earning a living, and watching his children grow. And grow they did. They thrived, having children of their own—grandchildren Josef was blessed to know and love. He witnessed them live what Americans call "the Dream"—education, opportunity, safety, and freedom.
Josef Leib Schneider passed away in 1981 at the age of 81, having lived 36 years after liberation. He never met his great-grandchildren, but his granddaughter Shelley ensures they know his story. She shares: "He was a good man—a humble and private man—with simple needs. All he wanted was to live in peace with his family and see his grandchildren thrive. He found that peace on Second Avenue in New York City, as he watched his children and grandchildren live out what was considered 'the American Dream'. He never met his great-grandchildren, but all of them know how blessed we were to be born into relative freedom, and how Joseph and Dora Schneider never took that freedom for granted."
This is why individual Holocaust stories must be remembered. Not solely to state that "six million Jews were murdered"—though that truth is paramount. But to remember that each of those six million was a unique person: Josef Leib Schneider, Debora Sandbank. People with names, families, trades, and dreams.
Among the survivors, each holds a story of unimaginable suffering and improbable resilience. Josef kept his family's faces in his mind through Auschwitz, through the Death March, through Buchenwald, through Theresienstadt. That image—Debora, Luis, Regina—was what sustained him when every other force argued for death.
Today, his descendants live in a freedom he helped preserve by refusing to perish, by surviving when the Nazi system was engineered to kill him. They understand their blessings, knowing their grandfather and grandmother never took freedom for granted. By sharing Josef's story, they ensure that his memory—and the memory of what he survived—lives on.
Zachor. Remember. Not just the statistics, but the individuals.
Josef Leib Schneider. Born August 28, 1900, in Narol. Survived Auschwitz. Died free in New York, 1981, surrounded by the family he fought to return to. His story is one among millions, but it is his story. And it deserves to be told.

50 livros mais importantes na literatura mundial (IA, via Airton Dirceu Lemmertz)

 Airton Dirceu Lemmertz se diverte com a IA, desta vez com os 50 livros (supostamente) mais relevantes da literatura mundial. Suprimi várias repetições, e reesulta que não são 50 livros, apenas 46. OK, vou colocar o que falta. (PRA):


Comando (à IA do Google):
Independente do idioma, relacione os 50 livros mais importantes, ainda que por uma análise subjetiva. Mencione o nome do livro, o autor, a data de publicação, o tema abordado. Coloque-os em ordem de importância.

* Resposta (da Gemini):
Considerando que a importância de um livro é subjetiva e pode ser avaliada por seu impacto cultural, literário, filosófico e histórico, a seguinte lista relaciona 50 obras notáveis. A ordem é aproximada e aberta a debates, mas reflete o consenso de críticos, historiadores e estudiosos sobre a influência dessas obras ao longo do tempo.

A Bíblia (Vários autores, cerca de 1400 a.C. - 100 d.C.): Uma coletânea de textos sagrados para o judaísmo e o cristianismo. Temas abordados incluem criação, moralidade, história religiosa e a relação entre Deus e a humanidade. Sua influência é incalculável na cultura ocidental.

A Ilíada (Homero, século VIII a.C.): Poema épico que narra a Guerra de Troia. Aborda temas como honra, glória, destino, e a ira dos deuses e dos homens.

A Odisseia (Homero, século VIII a.C.): Poema épico que conta a jornada de Odisseu para voltar para casa após a Guerra de Troia. Explora temas como perseverança, astúcia, nostalgia e a superação de desafios.

A República (Platão, cerca de 380 a.C.): Diálogo filosófico que discute justiça, a natureza da realidade, a forma de governo ideal e a educação. Foi fundamental para a filosofia política ocidental.

A Eneida (Virgílio, 29-19 a.C.): Poema épico que narra a história do herói troiano Eneias. Serviu como a epopeia nacional de Roma, explorando temas como destino e a fundação de um império.

A Divina Comédia (Dante Alighieri, 1308-1321): Poema narrativo sobre uma jornada pelo Inferno, Purgatório e Paraíso. Discute a fé, o pecado, a redenção e a estrutura do universo cristão.

Dom Quixote (Miguel de Cervantes, 1605/1615): Romance que satiriza os livros de cavalaria, mas também explora a linha tênue entre a realidade e a fantasia, a loucura e a sanidade.

Hamlet (William Shakespeare, cerca de 1600): Tragédia sobre vingança, loucura, luto e moralidade. É uma das peças mais influentes da literatura mundial.

Ulisses (James Joyce, 1922): Romance modernista que narra um único dia na vida de um protagonista. É conhecido por sua complexidade estrutural e por sua exploração profunda da consciência humana.

Em Busca do Tempo Perdido (Marcel Proust, 1913-1927): Romance modernista em sete volumes que explora a memória, o tempo, a arte e a sociedade parisiense.

Guerra e Paz (Liev Tolstói, 1869): Romance histórico sobre a invasão de Napoleão à Rússia, explorando temas como o amor, o casamento, a guerra e a natureza da história.

1984 (George Orwell, 1949): Romance distópico que critica o totalitarismo e a vigilância governamental, explorando a manipulação da informação e a perda da liberdade individual.

A Origem das Espécies (Charles Darwin, 1859): Obra científica que apresenta a teoria da evolução por seleção natural, transformando a biologia e a compreensão humana sobre a vida na Terra.

O Capital (Karl Marx, 1867): Tratado que analisa a economia capitalista, suas contradições e a luta de classes. Influenciou profundamente a política e a economia mundial.

Cem Anos de Solidão (Gabriel García Márquez, 1967): Romance de realismo mágico que narra a história da família Buendía. Explora temas como amor, solidão, fatalismo e o ciclo da vida.

Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski, 1866): Romance psicológico que aborda a moralidade, a culpa e a redenção através da história de um assassino.

O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald, 1925): Retrato da "Era do Jazz" que explora temas como o Sonho Americano, a riqueza e a decadência social.

Moby Dick (Herman Melville, 1851): Romance que narra a obsessiva caça a uma baleia branca. Explora temas como vingança, religião, livre-arbítrio e o conflito entre o homem e a natureza.

Frankenstein (Mary Shelley, 1818): Romance gótico que questiona os limites da ciência e da responsabilidade humana na criação de vida.

Madame Bovary (Gustave Flaubert, 1856): Romance que retrata a vida de uma mulher insatisfeita com a vida burguesa. É um dos pilares do realismo literário.

Orgulho e Preconceito (Jane Austen, 1813): Romance sobre amor, casamento e classes sociais na Inglaterra do século XIX. Um clássico da literatura romântica.

O Corvo (Edgar Allan Poe, 1845): Poema narrativo que explora a loucura, o luto e a melancolia. Um expoente do movimento romântico gótico.

Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë, 1847): Romance gótico que retrata um amor destrutivo e a vingança em uma paisagem selvagem.

O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry, 1943): Livro infantil que aborda questões filosóficas sobre a vida, o amor, a amizade e a perda.

As Flores do Mal (Charles Baudelaire, 1857): Livro de poemas que chocou a sociedade da época com temas de erotismo, decadência e urbanidade. Inaugurou a poesia moderna.

Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago, 1995): Romance que descreve uma epidemia de cegueira e questiona a natureza humana e a fragilidade das estruturas sociais.

Metamorfose (Franz Kafka, 1915): Novela que explora a alienação, a solidão e o absurdo da existência através da história de um homem que se transforma em inseto.

O Estrangeiro (Albert Camus, 1942): Romance existencialista que explora a absurdidade da vida e a indiferença do universo.

O Nome da Rosa (Umberto Eco, 1980): Romance histórico e filosófico ambientado em um mosteiro medieval. Explora a fé, a heresia e a investigação intelectual.

Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley, 1932): Romance distópico que critica a manipulação genética, o consumismo e a perda da individualidade.

O Sol é Para Todos (Harper Lee, 1960): Romance que aborda questões de racismo e injustiça social nos Estados Unidos.

O Livro de Jó (Autor Desconhecido, cerca de 400 a.C.): Livro da Bíblia que discute a questão do sofrimento e a fé em Deus.

O Segundo Sexo (Simone de Beauvoir, 1949): Ensaio que analisa a opressão histórica das mulheres. Tornou-se um texto fundamental para o feminismo.

Assim Falou Zaratustra (Friedrich Nietzsche, 1883-1885): Livro filosófico que aborda temas como a morte de Deus, a vontade de poder e o super-homem.

A Riqueza das Nações (Adam Smith, 1776): Tratado sobre a economia e o capitalismo. Teve grande influência na economia moderna.

O Príncipe (Nicolau Maquiavel, 1532): Tratado político que discute como um governante deve adquirir e manter o poder, muitas vezes de forma amoral.

As Mil e Uma Noites (Vários autores, cerca de 800-1400): Coletânea de contos folclóricos árabes, com influência duradoura na literatura mundial.

A Metamorfose (Ovídio, cerca de 8 d.C.): Poema narrativo que relata transformações mitológicas. Influenciou profundamente a literatura e a arte ocidentais.

Meditations (Marcus Aurelius, cerca de 161-180): Diário filosófico que reflete sobre o estoicismo e a condição humana.

O Processo (Franz Kafka, 1925): Romance que aborda a burocracia, a culpa e a opressão em um sistema judicial labiríntico.

Sapiens (Yuval Noah Harari, 2011): Best-seller que oferece uma breve história da humanidade, desde as origens até os dias atuais.

A Peste (Albert Camus, 1947): Romance que descreve uma epidemia e explora a resposta humana ao sofrimento e à morte.

Mrs. Dalloway (Virginia Woolf, 1925): Romance modernista que narra um único dia na vida da protagonista, explorando a consciência e o tempo.

O Velho e o Mar (Ernest Hemingway, 1952): Novela que narra a luta de um velho pescador contra um peixe gigante. Explora temas como perseverança, honra e a luta pela dignidade.

* Fonte (IA do Google):
https://www.google.com/search?q=Independente+do+idioma%2C+relacione+os+50+livros+mais+importantes%2C+ainda+que+por+uma+an%C3%A1lise+subjetiva.+Mencione+o+nome+do+livro%2C+o+autor%2C+a+data+de+publica%C3%A7%C3%A3o%2C+o+tema+abordado.+Coloque-os+em+ordem+de+import%C3%A2ncia.&rlz=1C2GCEA_enBR934BR936&sca_esv=40b58b6893930f8b&sxsrf=AE3TifM8FXYGhgaxhyvBHzGxWOrofRmBOw%3A1761506408952&source=hp&ei=aHT-aN2WOOXc5OUPy8nc0QM&iflsig=AOw8s4IAAAAAaP6CeJdxouR6hJRhGC3ihcFUzx3Z3eV2&ved=0ahUKEwjd6pfeysKQAxVlLrkGHcskNzoQ4dUDCBc&uact=5&oq=Independente+do+idioma%2C+relacione+os+50+livros+mais+importantes%2C+ainda+que+por+uma+an%C3%A1lise+subjetiva.+Mencione+o+nome+do+livro%2C+o+autor%2C+a+data+de+publica%C3%A7%C3%A3o%2C+o+tema+abordado.+Coloque-os+em+ordem+de+import%C3%A2ncia.&gs_lp=Egdnd3Mtd2l6ItcBSW5kZXBlbmRlbnRlIGRvIGlkaW9tYSwgcmVsYWNpb25lIG9zIDUwIGxpdnJvcyBtYWlzIGltcG9ydGFudGVzLCBhaW5kYSBxdWUgcG9yIHVtYSBhbsOhbGlzZSBzdWJqZXRpdmEuIE1lbmNpb25lIG8gbm9tZSBkbyBsaXZybywgbyBhdXRvciwgYSBkYXRhIGRlIHB1YmxpY2HDp8OjbywgbyB0ZW1hIGFib3JkYWRvLiBDb2xvcXVlLW9zIGVtIG9yZGVtIGRlIGltcG9ydMOibmNpYS4yBRAhGKABMgUQIRigAUiD-gdQAFjGjQdwAHgAkAEAmAHQAqAB-DyqAQgwLjQwLjQuMbgBA8gBAPgBAZgCLKACqD_CAgsQLhiABBixAxiDAcICDhAAGIAEGLEDGIMBGIoFwgILEAAYgAQYsQMYgwHCAggQABiABBixA8ICEBAuGIAEGLEDGIMBGEYY_QHCAgoQABiABBhDGIoFwgINEAAYgAQYsQMYQxiKBcICChAuGIAEGEMYigXCAggQLhiABBixA8ICEBAuGIAEGLEDGEMYgwEYigXCAhAQLhiABBixAxhDGNQCGIoFwgIFEAAYgATCAgUQLhiABMICBxAuGIAEGArCAgoQLhiABBixAxgKwgIHEAAYgAQYCsICEBAAGIAEGLEDGIMBGIoFGArCAgoQABiABBixAxgKwgIGEAAYFhgewgIIEAAYogQYiQXCAgUQABjvBcICCBAAGIAEGKIEwgIFECEYnwXCAgQQIRgVmAMAkgcIMC4zNS44LjGgB4-6ArIHCDAuMzUuOC4xuAeoP8IHDDAuMTAuMTYuMTYuMsgHwAI&sclient=gws-wiz 

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...