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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O fascismo em construcao no Brasil (6): alias ja construido, pelos burocratas ordinarios

Persiste alguma dúvida com respeito à natureza do processo: seja que funcionários se arriscam na exação, no constrangimento, no abuso de autoridade, esperando, talvez, acertar o "problema" -- em grande medida criado por eles mesmos, seja pela fiscalização voluntariamente rigorosa, detalhista, seja pelas regras criadas exatamente para essa função -- seja que a burocracia toda poderosa esteja verdadeiramente imbuída do "sentido do Estado" e busque, em consequência, garantir ao mesmo Estado os maiores recursos possíveis.
Seja por abuso, seja por ideologia estatista, estamos em face, exatamente, do fascismo econômico, ou do fascismo, tout court.
Este advogado escreve sobre alguns pequenos casos do absurdo, da situação propriamente kafkiana em que se converteu o Brasil e sua tecnoburocracia toda poderosa, a ponto de esmagar o empresário com tributos, regras, fiscalização, enfim, toda sorte de atos arbitrários, abusivos, alguns até ilegais, e tudo isso da forma mais irracional possível.
O fascismo imbecil é um cidadão que está matando, não o animal dos ovos de ouro, pois isso seria exagerar a capacidade do setor privado, mas o simples empresário dedicado a seu ofício honesto.
Fascismo é assim: estúpido na sua vontade totalitária...
Paulo Roberto de Almeida


Revista Consultor Jurídico, 12 de março de 2012

A notícia segundo a qual a indústria foi o setor que menos cresceu no ano passado em nossa economia não preocupa apenas o governo. Todos nós devemos olhar a redução dessa atividade com muita atenção, pois a produção fabril tem relevante papel na promoção do desenvolvimento de qualquer país. Todavia, as razões disso tudo não estão apenas na concorrência internacional, nos problemas cambiais ou mesmo nas fraudes em importações.

Na verdade, tudo indica que nossas autoridades atuam no sentido de tentar impedir o crescimento do país. 

Temos uma coisa a que dão o nome de sistema tributário que, aliada à mais perversa de todas as burocracias do planeta, esforça-se para tentar liquidar as nossas empresas e impedir que novos negócios se desenvolvam.

Exemplo disso é uma empresa de médio porte que, instalada no Brasil há mais de 20 anos, chegou hoje à conclusão de que é melhor instalar nova unidade no Uruguai, muito embora sua clientela esteja toda no sudeste do nosso país. O custo da importação, inclusive frete e seguro, é folgadamente compensado com as facilidades burocráticas lá obtidas.

Para que tenhamos uma ideia: todo o processo de licenciamento da fábrica no Uruguai demorou apenas 60 dias. Aqui, existe caso de empresa que está aguardando funcionamento há quase um ano, porque a agência encarregada de vistoriar a fábrica não dispõe de técnicos para fazer o serviço. Só a vistoria pode demorar até um ano!!!

Mas não é só isso. Recentemente um fiscal de tributos iniciou uma fiscalização complicada e chegou a apreender livros e documentos de uma empresa, pois segundo ele a sede era muito pequena e nela não caberia a quantidade de mercadorias que ela havia comprado e vendido num mesmo dia. Não entendeu o fiscal que é perfeitamente legal que alguém compre mercadorias cuja encomenda foi feita anteriormente, de tal forma que não há necessidade de ter local para estocar o que não vai ser estocado.

Já enfocamos em trabalho anterior (10/10/2011) a necessidade de ser aprovado o Código de Defesa do Contribuinte, cujo projeto está no Congresso. Mas é indispensável que tenhamos normas legais severas para punir eventuais erros cometidos por servidores públicos.

Os agentes fiscais são competentes e selecionados em rigorosos concursos. Além disso, recebem periodicamente treinamentos até mesmo no exterior, cujos custos são pagos com recursos públicos. Recebem bons salários e usufruem de todas as regalias do funcionalismo: aposentadoria integral, licenças, etc.

Assim, não há nada que justifique autuações sem fundamento legal, erradas e abusivas. O julgamento administrativo muitas vezes é parcial, cerceia a defesa, impede a produção de provas, enfim, é feito não para julgar, mas para condenar o contribuinte.

Ora, uma multa abusiva, fixada em valores astronômicos, mantida no julgamento administrativo, acaba gerando uma execução fiscal que vai quebrar a empresa e comprometer o patrimônio de seus donos. E o que é pior: poderá subsidiar um processo criminal, colocando em risco a liberdade não de um sonegador, mas de uma vítima de uma lei idiota, aplicada sem bom senso.

Exemplo recente disso: uma empresa comercial sofreu uma multa de cerca de R$ 30 milhões porque não exibiu no prazo que lhe foi concedido relatórios magnéticos de suas operações. Registre-se que as mesmas operações estavam registradas em documentos fornecidos ao fisco anteriormente.

Devem os servidores federais obediência ao Decreto 1.171 de 22/6/1994, que instituiu o Código de Ética Profissional do Servidor Federal, do qual podemos destacar por aplicáveis ao assunto aqui tratado dois itens:

II — O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

III — A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

Quando um servidor público cria dificuldades desnecessárias para o contribuinte, trata-o de forma inadequada, porta-se enfim sem observar as regras éticas de sua função, talvez pense que num primeiro momento está apenas sendo mau contra o cidadão, quem sabe até vingando-se por uma razão qualquer. Na verdade, o maior prejudicado é o país, pois é assim que tem início a vontade de não trabalhar mais ou o desejo de mudar seus negócios para outro lugar.

Finalmente, nunca é demais lembrar que o servidor público, ainda que ocupe cargo importante, é empregado do povo. Por isso mesmo é necessário que as pessoas prejudicadas pela ação inadequada de um servidor, proponham contra o Estado as ações cabíveis para verem ressarcido seu prejuízo.

Raul Haidar é advogado tributarista, ex-presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP e integrante do Conselho Editorial da revista ConJur.

O fascismo em construcao no Brasil (5): a liberdade cerceada, por Denis Rosenfield

Vai na linha do que tenho argumentado por aqui.
Grato a meu amigo Eduardo Rodrigues, do Rio, pelo envio do link: http://www.imil.org.br/destaque/liberdade-avessas/ 


Liberdade às avessas

13 de março de 2012
Autor: Denis Rosenfield - Convidado
pequeno normal grande
Denis Rosenfield
O índice de liberdade de uma sociedade se mede pela autonomia concedida aos seus cidadãos para decidirem por si mesmos o seu próprio destino.
Isto diz respeito aos mais variados domínios, desde a escolha aparentemente anódina de um jornal ou canal de televisão até o livre exercício de seu gosto, passando pelas mais diferentes áreas como a saúde, a religião e, em geral, a forma de vida de cada um.
Espaços de liberdade não são dados, mas diariamente conquistados.
Conquistados contra usurpações, sufocamentos, sobretudo quando o Estado intervém em nome de um bem supostamente maior, como uma “informação mais democrática” ou a saúde dos indivíduos. É como se os indivíduos não fossem capazes de exercerem a liberdade de escolha, necessitando de um poder tutelar.
O país tem convivido com várias tentativas de sufocamento da liberdade da imprensa e dos meios de comunicação, apesar de o Supremo Tribunal Federal e a própria presidente da República terem se pronunciado claramente a respeito. Ocorre frequentemente que decisões do Supremo e diretrizes presidenciais não são simplesmente seguidas, numa aposta dos contestatários de que conseguirão reverter esse processo via mudança da opinião pública. Manifestações dos mais diferentes tipos se multiplicam, tendo como pressuposto que algo “melhor” estaria sendo oferecido, uma espécie de “bem maior”, com o objetivo de forçar o convencimento.
Trata-se do caso que ressurge sistematicamente de “democratização dos meios de comunicação”, nova roupagem do “controle social da mídia”, pois essa última expressão, na verdade, não colou. Controle soava por demais forte no que concerne ao controle de conteúdo, daquilo que é noticiado e transmitido. Democracia, enfim, é um termo, em um primeiro momento, que a todos congrega, como se tivéssemos um acordo de princípio.
Não podemos esquecer que decisões do Supremo, por exemplo, podem ser revertidas mediante a substituição de seus membros, onde se torna um fator importante o que a opinião pública pensa de um determinado assunto.
Em todo caso, a linha de corte deveria ser a liberdade dos indivíduos que dispõem de vários instrumentos à sua disposição para exercerem o seu direito: comprar ou não um jornal ou revista ou mudar de canal de televisão com o uso do controle remoto.
Aliás, esse “controle”, “remoto”, é um belo exemplo do exercício de liberdade de escolha, pois a democracia se ancora nos direitos individuais.
Devemos estar atentos para que, em nome da democracia, não se elimine um alicerce seu que é, precisamente, a liberdade de escolha. Ficaríamos com um arremedo de democracia.
Outro caso que está reiteradamente vindo à baila diz respeito às ações da Anvisa no que concerne à liberdade de escolha, intervindo mais diretamente na questão da saúde como suposto bem maior. O problema consiste em que a saúde, enquanto valor, não pode ser uma imposição estatal, mesmo que apareça travestida da forma “democrática” da consulta pública.
Aliás, tem acontecido que, quando a audiência pública contraria as diretrizes desse órgão, ela não é levada em consideração.
Exemplos são inúmeros, dentre os quais os mais recentes concernem à utilização da sibutramina enquanto remédio para emagrecimento, mesmo quando se faça sob rigoroso controle médico. É como se médicos fossem incapazes de decidir por si mesmos, carecendo de tutela. Agora, são as orientações dessa agência contra a liberdade de fumar, que adota uma forma mais palatável por comparecer sob a roupagem politicamente correta da saúde pública, do bem dos indivíduos.
Tomemos o caso, que me parece exemplar, do uso de aditivos na produção de tabaco, agora submetido a consultas públicas. O argumento utilizado diz respeito ao sabor, que poderia ser um estímulo à iniciação ao fumo por crianças. Ora, já existe lei a respeito, que deve ser rigorosamente seguida, proibindo que jovens fumem ou bebam até atingirem a idade adulta. Neste momento, estarão suficientemente informados de efeitos nocivos do uso abusivo desses produtos.
Se quiserem prejudicar a sua saúde, é um problema exclusivo dos que assim escolherem.
Não é a mesma coisa a escolha de uma pessoa de dez ou de vinte anos.
Não cabe ao Estado tutelar as pessoas que atingiram a sua maioridade, cabendo à família o cuidado dos menores.
Se certas famílias são incapazes de exercerem a sua função, cabe então ao governo estabelecer e fazer cumprir a lei — como são as restrições ao fumo, à bebida ou à compra de medicamentos por menores. A liberdade de escolha exige o exercício completo da razão, o que não é o caso de um menor de idade.
A Anvisa está a tal ponto invadindo os espaços individuais que uma questão como a de gosto por um produto se torna objeto de proibição, atingindo o exercício de uma atividade econômica constitucionalmente reconhecida. Na verdade, o que essa agência está produzindo é um impulso para o ilícito, com o aumento, por exemplo, da produção e da venda ilegal de cigarros.
A liberdade de escolha, queira ou não essa agência, continuará a ser exercida, mesmo que se faça pelo mercado negro. No caso em questão, ele já remonta a aproximadamente 30% do que é consumido no país. O resultado reside em menos impostos e desemprego, seja de agricultores familiares, seja de trabalhadores nas indústrias e na cadeia produtiva. O resultado dessa intervenção estatal está sendo forçar os consumidores a uma liberdade às avessas, feita fora do mercado (legal) propriamente dito.
Em nome da saúde, a liberdade é pervertida no mercado negro. Tolerância e bom-senso deveriam ser políticas governamentais, baseadas no pleno reconhecimento da liberdade de escolha.
O grande desafio consiste em reconhecer que a liberdade de escolha não pode ser fragmentada. O que se atinge em um setor se reflete no outro.
Tanto pode ser o uso do controle remoto quanto a opção pelo gosto de um determinado produto, qualquer que seja. Uma obra de arte e uma garrafa de vinho podem ser bons exemplos disto.
Fonte: O Globo, 12/03/2012

Os marajas da Republica! Marajas?? Republica???

Nem mandarins eles são, pois os mandarins costumavam ser uma classe digna, unificada pelos mesmos princípios de servir fielmente ao Imperador -- ainda que, de vez em quando, eles recolhessem um pouco para si mesmos, mas sempre vigiados pelos pares, que podiam denunciá-los -- e de contribuir para o engrandecimento do Império.
Nossos assaltantes dos recursos públicos só têm como objetivo servir a si mesmos, contribuindo assim para o afundamento geral da Nação...
Paulo Roberto de Almeida 

Planilha revela indenizações milionárias a 5 desembargadores do TJ-SP

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo, 13 de março de 2012

Magistrados de SP têm 15 dias para explicar pagamentos elevados, incluindo os de assessores

SÃO PAULO - Planilha intitulada “indenizações excepcionais superiores a R$ 400 mil” aponta os valores exatos concedidos a cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo. Os maiores pagamentos foram feitos em favor de dois ex-presidentes do TJ, Roberto Antonio Vallim Bellocchi (2008/2009) e Antonio Carlos Viana Santos (2010), que morreu em janeiro de 2011.
Os dois receberam durante sua própria gestão na presidência. Bellocci ficou com R$ 1.440.536,91, assim divididos: R$ 585.446,16 no ano de 2008 (seu primeiro ano como presidente), R$ 738.404,37, em 2009 (segundo ano no poder) e mais R$ 90.557,20 em 2007, R$ 26.129,18 em 2010.
Vianna Santos ficou com R$ 1.260.369,51, a maior parte (R$ 914.831,91) em 2010. Ele havia recebido R$ 233.584,40 em 2009 (gestão Bellocchi), além de R$ 51.953,20 em 2007 e R$ 60 mil em 2006.
Outros três desembargadores fazem parte do rol que o próprio TJ classifica de “casos graves”. Ele integraram a Comissão de Orçamento e Finanças da corte. Servidores dos ordenadores de despesa foram contemplados com contracheques elevados. Por isso, o TJ decidiu intimar novamente esses desembargadores para que, no prazo de 15 dias, justifiquem desembolsos que teriam autorizado também para assessores no período entre 2006 e 2010.
O desembargador Alceu Penteado Navarro, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que presidiu a Comissão de Orçamento do TJ, recebeu um total de R$ 640.309,96 - em 2010 ficou com R$ 170 mil; em 2009, R$ 412.246,92 e, em 2008, R$ 58.063,04.
Os desembargadores Fábio Monteiro Gouvea e Tarcisio Ferreira Vianna Cotrim receberam juntos R$ 1.344.853, 31. Gouvea, sozinho, recebeu R$ 713.222,64. Cotrim ficou com R$ 631.630,67.

terça-feira, 13 de março de 2012

O fascismo em construcao no Brasil (4): a Anvisa pensa que somos todos idiotas...

A Anvisa, junto com a Receita Federal e a já notória (não deveria, mas é pelo traço zero de audiência, eles conseguem...) EBC, ou ministério da propaganda governamental, é um órgão geneticamente fascista, se me permitem a expressão.
Em lugar de se preocuparem com a segurança dos remédios e dos alimentos (se por acaso algum McDonald cair sob o seu tacão fascista), eles se preocupam com uma suposta falta de segurança dos cidadãos. Nisso eles são absolutamente fascistas, idiotas, néscios, nocivos e imbecis.
OK, OK, desculpem o acesso de raiva, mas eu tenho -- como diria? -- certa alergia à burrice e mais ojeriza ainda à desonestidade intelectual.
Quando vejo tudo isso acoplado à mais evidente incompetência para fazer seu trabalhinho vagabundo no plano técnico, e se meter na vida dos cidadãos, então eu chego a perder as estribeiras.
Desculpem, desculpem, mas a indignação é tamanha com tanta incompetência e idiotices acumuladas que só xingando o bando de incompetentes que eles merecem.
Esses técnicos metidos pensam que a população brasileira é formada por 190 milhões de idiotas, ou de bebês incapazes de decidir o que é e o que não é seguro para o seu consumo.
Eles ficam proibindo farmácia de vender chiclete, e passaram a colocar aspirina para dentro do balcão, em lugar de se preocupar com o que é realmente relevante: cuidar da segurança dos remédios, apenas isso, essencialmente isso.
Se eles continuarem a nos chamar de idiotas e de incapazes, eu vou continuar xingando esses idiotas e incapazes dos nomes que acho eles merecem...
Olhando bem de perto, esse é mais um sintoma do fascismo que caminha a largos passos no Brasil: o Estado total cuida da vida dos cidadãos, e não deixa os idiotas dos cidadãos comprarem chiclete na farmácia ou pegarem eles mesmos as aspirinas que eles realmente desejam comprar.
É ou não é fascismo?
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Aviso importante: não fumo, e jamais compraria esse tipo de produto. Não estou minimamente interessado no produto, e acho mesmo que as pessoas precisam parar de fumar. Mas detesto que alguém me diga o que eu posso ou não fazer...

Anvisa aprova proibição da venda de cigarros com sabor em todo o Brasil

Prazo para adequação à nova medida é de até dois anos; adição de açúcar ainda é permitida

13 de março de 2012 | 19h 31 Ítalo Reis, do estadao.com.br
SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira, 13, que os cigarros com aditivos de sabor e aroma deverão sair de circulação no mercado brasileiro. O açúcar, porém, poderá continuar a ser acrescentado ao produto, mas somente para recompor o valor perdido durante a secagem das folhas de tabaco.
Cigarros com sabor serão proibidos em 18 meses - Niels Andreas/AE
Niels Andreas/AE
Cigarros com sabor serão proibidos em 18 meses
A diretoria da Anvisa foi unânime na decisão após mais de um ano de debates sobre o tema. O prazo estipulado pela agência para as empresas se adequarem à nova medida é de 18 meses para cigarros e dois anos para outros derivados do tabaco, como charutos e cigarrilhas. Produtos para exportação não precisam fazer alterações.
De acordo com a Anvisa, substâncias como cravo, mentol e outras que potencializam a ação da nicotina no organismo, como ácido levulínico, teobromina, gama-valerolactona e amônia, não poderão ser mais acrescentados na produção de cigarros. Com isso, a agência espera reduzir o número de novos fumantes, pois o sabor seria o que chama a atenção de jovens que começam a fumar.
Outra medida aprovada pela Anvisa é o uso de termos, como suave, light e soft, nas embalagens de todos os produtos fumígenos. De acordo com a agência, essas expressões induzem o consumidor a interpretar que o teor é menor em alguns produtos. A proibição está vigente no País desde 2001 apenas em cigarros.

Agencia Brasil se safa desta por incompetencia alheia

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

Agencia Brasil "tropessa" no seu proprio "Dissionario"...

Bem, os leitores que acompanham regularmente este blog sabem que esse embrião de fascismo tupiniquim que se chama (hélas, tristemente) Agência Brasil me pediu retratação imediata se eu não retirasse um post aqui colocado, muito distraidamente, e sem qualquer propósito de alimentar debate -- como puro "divertissement" como sempre digo para o besteirol que ocasionalmente aqui comparece -- em torno de uma matéria na qual eles trocaram uma simples letrinha, mas que é difícil explicar por erro de digitação: em lugar de "suspensão", o jornalista -- imediatamente corrigido, claro -- colocou "suspenção".
Foi o que bastou para o Google Reader capturar a infausta matéria e circular aos quatro cantos do mundo.
Achei engraçado, no início, mas depois me perguntei "O que andam fazendo com o meu dinheiro?"
Sim, porque essa agência inútil contrata gente ignorante -- mas companheiros, obviamente -- com o dinheiro de todos os brasileiros, e ainda tem a petulância de lhes servir ignorância.
Pois bem, postei e esqueci.
Não é que o redator-chefe da extrovenga me chamou às falas, ameaçando-me de consequências judiciais, ou jurídicas -- deixemos a dúvida -- se eu não me "retratasse imediatamente"??? (sic)
Disse a ele que deveria cobrar do Google Reader, mas ele insistiu. Falou da tal assessoria jurídica da Agência (bem, se os assessores forem como os jornalistas, não tenho nada a temer...).
Um leitor amigo me manda vários outros links que remetem ao site da "ajência" proto-fascista, o que me dá o maior prazer em postar, para incomodar os companheiros que vivem com o meu dinheiro.
Já que é assim -- e ninguém me pediu permissão para criar essa coisa horrorosa -- podemos ao menos nos divertir com as agruras dos companheiros.
Imagino a cena, a partir de agora.
O chefete recomenda a todos os seus serviçais que consultem um "pai dos burros" -- nunca um nome foi tão apropriado -- ou que pelo menos passem um corretor ortográfico -- no caso deles, inortográfico, que é para desfazer as bobagens -- antes de soltar suas matérias absolutamente inúteis.
Quando eu -- e suponho que milhões de outros brasileiros também -- quero me informar de algo, costumo acessar "n" veículos de comunicação pela internet, sem precisar pagar um tostão -- menos, claro, as tarifas extorsivas dos provedores de acesso desses carteis oficiais, e os impostos excessivos (mais de 50%) associados à conta de eletricidade -- por isso, e jamais penso, jamais imagino, acessar para o que for essa coisa do Ministério da Propaganda dos companheiros.
Bem, acho que agora vou passar a fazê-lo -- e eles terão, paras suas estatísticas chinfrins, um acréscimo que deve fazer 0,00000000001% das comunicações brasileiras, mas perto de 1% das suas próprias -- apenas para detectar novas bobagens dos companheiros.
Nada como deixar fascistas preocupados...
Com vocês, a excelência da ignorância, paga, infelizmente, com o nosso dinheiro:

[Leitor] deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Agencia Brasil tenta esconder seu Portugues defici...": 

Sugiro que a Agência Brasil "messa" o tamanho da língua antes de querer intimidar os outros. Se a entidade tem jornalistas tão zelosos como alegam, então o que a palavra "suspenção" faz em todos os links abaixo, que são do site da própria "Ajência" Brasil?




A coisa é tão grotesca que eles conseguiram até mesmo ERRAR a redação de uma nota emitida pelo Itamaraty (o que é vergonhoso em tempos de "Copiar e Colar"). Comparem (já em 2002) a palavra "suspenção" nos links da "Ajumência" Brasil e do Itamaraty:



Ou seja, não é de hoje que o Português é matéria opcional na entidade. 

Bem, quem sabe um dia, um novo "dissionário" não ajude os companheiros a errar menos. No que depender do MEC, eles estarão bem servidos: esse outro monumento à ignorância já disse que falar errado pode ser certo, dependendo se você burguês ou "do povo"; na segunda hipótese, pode.
As saúvas freireanas do MEC -- as novas pragas do Brasil -- devem estar legalizando o novo idioma.
Paulo Roberto de Almeida 

O fascismo em acao, na Siria: os que apoiam, os que protestam

Bem, de vez em quando o fascismo não é só aquela vontade de controlar as mentes e os corações das pessoas -- como ocorre de ordinário, no mundo, com partidos ordinários -- mas também manifestações concretas, de poderes devastadores do Estado contra sua própria população, que não tem o direito, ao que parece, de manifestar pacificamente para pedir eleições livres, mudança de governo, até mudança completa de regime, como é o direito inalienável de todos os povos (pelo menos formalmente estabelecida depois da Declaração dos Direitos Humanos de 1948, da qual a Síria é signatária, mas não cumpre).
Pois é, na Síria, justamente, o fascismo está em ação, matando desapiedadamente o seu próprio povo, ao qual se denega o direito de manifestar pacificamente por eleições livres e mudança de governo, inclusive em favor de uma imprensa livre, não controlada pelo Estado, como em outras partes de pretende fazer, inclusive aqui mesmo no Brasil, por esse embrião do "fascismo comunicativo", que se chama EBC.
Mas, um teste para saber quem é amigo do fascismo e quem se opõe a suas manifestações e práticas é justamente este: quem assina petições em favor das liberdades democráticas, quem se posiciona concretamente contra o massacre de civis desarmados?
Em nosso país, o exemplo está dado abaixo: o ex-presidente FHC assinou o manifesto.
Seria interessante ver personalidades do poder atual fazerem o mesmo.
Ou será que eles estão impedidos por regras de conivência mútua? Por exemplo: acordos de "cooperação" entre o partido dominante na Síria, o Bath, e o partido dominante no Brasil?
O que impediria líderes políticos brasileiros de se manifestar mais concretamente contra os massacres?
Mais oito ou dez mil mortos?
Paulo Roberto de Almeida

L'appel de personnalités à retirer le "permis de tuer" à Bachar Al-Assad

LEMONDE.FR avec AFP | 13.03.12 | 06h48   •  Mis à jour le 13.03.12 | 09h16
Des combattants de l'Armée syrienne libre s'abritent d'un bombardement, le 11 mars 2012, à Idlib.
Des combattants de l'Armée syrienne libre s'abritent d'un bombardement, le 11 mars 2012, à Idlib.AP/Rodrigo Abd

Près de cinquante personnalités, anciens dirigeants politiques, Prix Nobel de la paix et intellectuels ont appelé les membres du Conseil de sécurité des Nations unies à s'unir pour retirer au président syrien son "permis de tuer", dans une lettre ouverte publiée lundi.

Dans le texte diffusé dans le Financial Times et publié mardi 13 mars dans Le Figaro, ces personnalités de plus de vingt-sept nationalités estiment que "les divisions au sein de la communauté internationale ont donné au gouvernement d'Assad un permis de tuer" et demandent que "ce permis lui soit maintenant retiré".
L'appel coïncide avec la réunion des ministres des affaires étrangères au Conseil de sécurité lundi, à New York, sur "les leçons du Printemps arabe", qui devaitévoquer la Syrie.
"RESTAURER LA PAIX ET LA STABILITÉ"
Les signataires exhortent le gouvernement russe à "se joindre aux efforts collectifs pour mettre un terme rapidement au conflit et restaurer la paix et la stabilité en Syrie et dans la région". La lettre demande aux membres du Conseil de sécurité d'adopter une résolution appelant notamment le régime syrien à cesser les attaques contre la population, à libérer les détenus emprisonnés depuis le début de la révolte et à faciliter la mise en œuvre d'une aide humanitaire d'urgence.
L'appel est signé par les anciens présidents brésilien Fernando Henrique Cardoso et sud-africain Frederik de Klerk, par David Miliband, ancien ministre des affaires étrangères britannique, par Richard von Weizsäcker, ancien président de laRépublique Fédérale d'Allemagne, par l'ancien ministre de la justice français Robert Badinter et par les deux Prix Nobel de la paix Shirin Ebadi  et la Libérienne Leymah Gbowee.
"Cette horreur doit cesser, s'est indignée l'Iranienne Shirin Ebadi, dans le communiqué. La réunion des ministres des affaires étrangères aujourd'hui à New York doit sortir le Conseil de sécurité de sa léthargie, l'unifier derrière la Ligue arabe et passer une résolution par consensus."

O fascismo em construcao no mundo: web controlada por governos

Sim, o fascismo não está em construção apenas no Brasil, mas um pouco em todas as partes do mundo onde governos pensam que podem, que devem cercear o acesso à informação por parte dos simples cidadãos, que precisam controlar jornalistas e seu acesso a dados que eles, governos autoritários, consideram sensíveis, ou eventualmente prejudiciais aos políticos que ocupam -- temporariamente, se espera -- o poder.
A vocação totalitária se esconde nas mais diversas situações, por vezes até em Estados formalmente democráticos que possuem partidos com vocação totalitária.
A Repórteres Sem Fronteiras deveria se interessar mais ao caso do Brasil, e seu fascismo em construção, sobretudo nas comunicações, onde reinam espíritos autoritários e vocações totalitárias...
Paulo Roberto de Almeida

2011, année noire pour la liberté d'expression en ligne

LEMONDE.FR avec AFP | 12.03.12 | 11h26   •  Mis à jour le 12.03.12 | 12h06
La carte pour 2011 des pays "ennemis d'Internet" et des pays "sous surveillance" de Reporters sans frontières.
La carte pour 2011 des pays "ennemis d'Internet" et des pays "sous surveillance" de Reporters sans frontières.RSF

L'année 2011 "restera comme une année d'une violence sans précédent" contre les citoyens actifs sur la Toile, avec la mort de cinq d'entre eux et plus de 200 arrestations, soit une hausse de 30 % par rapport à 2010, estime Reporters sans frontières (RSF), dans son rapport 2012 (pdf) sur les ennemis d'Internet mis en ligne lundi. "Les 'net-citoyens' ont été, en 2011, au cœur des changements politiques qui ont affecté le monde arabe. Ils ont tenté, aux côtés de journalistes, detenir la censure en échec mais en ont, en contrepartie, payé le prix fort", déclare RSF dans un communiqué.

Le rapport, qui contient chaque année une liste des pays considérés comme"ennemis d'Internet" et de pays "sous surveillance", salue les progrès réalisés par deux pays : la Libye, tout d'abord, à la suite de la chute du colonel Kadhafi, et le Venezuela, où "l'adoption, en 2011, de législations potentiellement liberticides pour le Net n'a pour le moment pas été suivie d'effet particulièrement néfaste". Les deux pays quittent la liste des pays sous surveillance, même si l'organisation de défense de la liberté d'expression se dit "vigilante".
FILTRAGE ACCRU
En revanche, deux nouveaux pays ont fait leur entrée dans la catégorie des pays sous surveillance : le Kazakhstan et l'Inde. Pour ce dernier, RSF note que depuis les attentats de Bombay en 2008 "les autorités indiennes ont renforcé leur surveillance du Web et la pression sur les intermédiaires techniques, tout en rejetant publiquement les accusations de censure".
Deux pays sont également passés du statut "sous surveillance" à celui d'"ennemi d'Internet". Le Bahreïn et la Biélorussie, où la censure et la surveillance des opposants politiques se sont nettement renforcées en 2011. En réponse au printemps arabe, le Bahreïn a notamment renforcé la liste des sites et services bloqués dans le pays, et procédé à une vague d'arrestations d'opposants et de net-citoyens. En Biélorussie, outre un filtrage accru, RSF note le développement des"conversations préventives", durant lesquelles la police "incite" les personnes à ne pas manifester ou exprimer leurs opinions. Le Bahreïn et la Biélorussie rejoignent ainsi l'Arabie saoudite, la Birmanie, la Chine, la Corée du Nord, Cuba, l'Iran, l'Ouzbékistan, la Syrie, le Turkménistan et le Vietnam dans la liste des "ennemis d'Internet".
LA FRANCE TOUJOURS "SOUS SURVEILLANCE"
Entrée dans la liste des pays sous surveillance l'an dernier, la France figure toujours dans cette catégorie pour l'édition 2012 du rapport. Pour RSF, deux éléments justifient ce classement : d'une part, la multiplication des procédures judiciaires contre les journalistes, et d'autre part, la mise en place de nouveaux mécanismes de filtrage du Web.
"Le gouvernement a pris le contre-pied de décisions judiciaires ou de recommandations internationales condamnant le filtrage ou la suspension de l'accès à Internet, et ce dans un contexte de pressions sur les sources des journalistes. La France ne doit pas sacrifier la liberté d'expression en ligne et la neutralité du Net à la tentation sécuritaire ou à la protection du droit d'auteur", dénonce RSF, citant pêle-mêle les lois Hadopi, Loppsi 2, sur les jeux en ligne, ou encore le blocage du site Copwatch.
Plus généralement, l'organisation s'inquiète de la tendance des grandes démocraties "à céder aux tentations sécuritaires ou à prendre des mesures disproportionnées pour protéger le droit d'auteur", et des pressions de plus en plus fortes exercées sur les fournisseurs d'accès à Internet et autres fournisseurs de services pour qu'ils participent à la surveillance d'internautes ou au blocage de sites. Des pays comme la Turquie ou la Corée du Sud ont ainsi renforcé leurs systèmes de filtrage d'Internet.
RSF note toutefois un point positif dans ce tableau globalement sombre : la mobilisation de plus en plus importante des citoyens pour préserver leur droit d'accès à l'information et leur liberté d'expression, dans le cadre du mouvement de protestation contre le traité ACTA par exemple. "Les internautes des pays dits 'libres' ont appris à se mobiliser pour conserver leurs acquis", se félicite RSF.

O fascismo em construção no Brasil (3): o caso da EBC: tentaculos internacionais


TV do governo quer ter jornalistas em todos os continentes

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ANDREZA MATAIS
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O governo quer contratar jornalistas em todos os continentes para abastecer com informações oficiais seus veículos de comunicação.
A meta está prevista no plano de trabalho da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) apresentado pela nova direção da estatal que assumiu em dezembro e controla uma TV, uma agência de notícias e uma rádio.
O primeiro passo foi dado na última semana quando a empresa reativou a cobertura na África, enviando um correspondente para Maputo, capital de Moçambique.
O custo de manter um repórter para abastecer a TV, que tem audiência próxima a zero, e os demais veículos é de R$ 543,21 mil anuais.
Com 192 jornalistas concursados e quatro anos de existência, a EBC informou que optou por contratar um profissional porque "não possui jornalista com a qualificação necessária para desenvolver o trabalho".
A EBC só conta com repórteres próprios no Brasil em três Estados (RJ, SP e MA) e no DF, onde é a sua sede.
O contrato com o repórter de Moçambique foi assinado sem licitação, na semana passada, com empresa que tem cinco meses de existência.
Emerson Penha, dono da empresa, foi escolhido, de acordo com a EBC, "por ter realizado inúmeras coberturas internacionais", entre as citadas, nenhuma na África.
Até janeiro, Moçambique foi o destino de apenas 0,96% das exportações brasileiras para a África.
A EBC diz que Moçambique é o maior país de língua portuguesa na África e abriga empresas brasileiras importantes como a Vale.
Segundo a EBC, o plano de trabalho é para 2012, mas o envio de pessoal para os demais continentes irá ocorrer "assim que o orçamento permitir essa expansão".
A empresa mantém também posto em Buenos Aires, "onde os serviços das agências de notícias não costumam ter eficiente qualidade".
O orçamento da empresa pública para este ano é de R$ 416,5 milhões. No Brasil, atinge 1.700 dos 5.565 municípios.
Ainda na cobertura internacional, a nova direção da EBC abriu licitação de R$ 800 mil para contratar uma empresa que ofereça serviços de produção de TV e transmissão de sinal via satélite em viagens de autoridades.
Justifica que a agenda da presidente Dilma no exterior é fechada de última hora, o que torna a negociação com as emissoras locais "sempre problemáticas".

O fascismo em construção no Brasil (2): o caso da EBC, grandes pretensoes


Blog de Lauro Jardim
9:26 \ Televisão

Franklin cresce

Franklin emplaca mais um nome na EBC
Franklin Martins continua aumentando a sua influência na EBC. No próximo dia 10, o conselho de administração da empresa vai analisar a nomeação de Ottoni Fernandes, seu ex-secretário executivo na Secom, para a diretoria internacional, um novo cargo a ser criado na estrutura. Pela proposta, Ottoni também cuidaria do escritório da EBC em São Paulo.
Por Lauro Jardim