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terça-feira, 13 de março de 2012

O fascismo em construcao no Brasil (4): a Anvisa pensa que somos todos idiotas...

A Anvisa, junto com a Receita Federal e a já notória (não deveria, mas é pelo traço zero de audiência, eles conseguem...) EBC, ou ministério da propaganda governamental, é um órgão geneticamente fascista, se me permitem a expressão.
Em lugar de se preocuparem com a segurança dos remédios e dos alimentos (se por acaso algum McDonald cair sob o seu tacão fascista), eles se preocupam com uma suposta falta de segurança dos cidadãos. Nisso eles são absolutamente fascistas, idiotas, néscios, nocivos e imbecis.
OK, OK, desculpem o acesso de raiva, mas eu tenho -- como diria? -- certa alergia à burrice e mais ojeriza ainda à desonestidade intelectual.
Quando vejo tudo isso acoplado à mais evidente incompetência para fazer seu trabalhinho vagabundo no plano técnico, e se meter na vida dos cidadãos, então eu chego a perder as estribeiras.
Desculpem, desculpem, mas a indignação é tamanha com tanta incompetência e idiotices acumuladas que só xingando o bando de incompetentes que eles merecem.
Esses técnicos metidos pensam que a população brasileira é formada por 190 milhões de idiotas, ou de bebês incapazes de decidir o que é e o que não é seguro para o seu consumo.
Eles ficam proibindo farmácia de vender chiclete, e passaram a colocar aspirina para dentro do balcão, em lugar de se preocupar com o que é realmente relevante: cuidar da segurança dos remédios, apenas isso, essencialmente isso.
Se eles continuarem a nos chamar de idiotas e de incapazes, eu vou continuar xingando esses idiotas e incapazes dos nomes que acho eles merecem...
Olhando bem de perto, esse é mais um sintoma do fascismo que caminha a largos passos no Brasil: o Estado total cuida da vida dos cidadãos, e não deixa os idiotas dos cidadãos comprarem chiclete na farmácia ou pegarem eles mesmos as aspirinas que eles realmente desejam comprar.
É ou não é fascismo?
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Aviso importante: não fumo, e jamais compraria esse tipo de produto. Não estou minimamente interessado no produto, e acho mesmo que as pessoas precisam parar de fumar. Mas detesto que alguém me diga o que eu posso ou não fazer...

Anvisa aprova proibição da venda de cigarros com sabor em todo o Brasil

Prazo para adequação à nova medida é de até dois anos; adição de açúcar ainda é permitida

13 de março de 2012 | 19h 31 Ítalo Reis, do estadao.com.br
SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira, 13, que os cigarros com aditivos de sabor e aroma deverão sair de circulação no mercado brasileiro. O açúcar, porém, poderá continuar a ser acrescentado ao produto, mas somente para recompor o valor perdido durante a secagem das folhas de tabaco.
Cigarros com sabor serão proibidos em 18 meses - Niels Andreas/AE
Niels Andreas/AE
Cigarros com sabor serão proibidos em 18 meses
A diretoria da Anvisa foi unânime na decisão após mais de um ano de debates sobre o tema. O prazo estipulado pela agência para as empresas se adequarem à nova medida é de 18 meses para cigarros e dois anos para outros derivados do tabaco, como charutos e cigarrilhas. Produtos para exportação não precisam fazer alterações.
De acordo com a Anvisa, substâncias como cravo, mentol e outras que potencializam a ação da nicotina no organismo, como ácido levulínico, teobromina, gama-valerolactona e amônia, não poderão ser mais acrescentados na produção de cigarros. Com isso, a agência espera reduzir o número de novos fumantes, pois o sabor seria o que chama a atenção de jovens que começam a fumar.
Outra medida aprovada pela Anvisa é o uso de termos, como suave, light e soft, nas embalagens de todos os produtos fumígenos. De acordo com a agência, essas expressões induzem o consumidor a interpretar que o teor é menor em alguns produtos. A proibição está vigente no País desde 2001 apenas em cigarros.

6 comentários:

Ricardo disse...

Esses companheiros querem censurar a internet! Veja esse companheiro aqui http://tecnoblog.net/93557/projeto-lei-sopa-brasil/

Ricardo disse...

companheiro tucano, claro.

Eduardo Rodrigues, Rio disse...

O governo apronta todo santo dia, sem exceção. Assim, não há santo que aguente.
Basta pegar o jornal para começar a se irritar com as manchetes na 1ª página.


Denis Rosenfield escreveu recentemente um bom artigo sobre, entre outras coisas, a intromissão estatal em nossas vidas e menciona, como não poderia deixar de ser, a nossa querida Anvisa.

-- Liberdade às avessas --
Denis Rosenfield
http://www.imil.org.br/destaque/liberdade-avessas/

Jorge Muniz disse...

Essa raiva toda é pq não poderá mais comprar seu cigarro com sabor de "tuti-fruti"? Poxa cara, põe um hals na boca e fica quietinho, sem alarde... tranquilo?

Cosmopolita disse...

Só uma opinião em relação a esse trecho:

"Em lugar de se preocuparem com a segurança dos remédios"

Para enfatizar a necessidade da prioridade da segurança em relação aos medicamentos que enchem as prateleiras de farmácias, assim como produtos em supermercados, a explicitação de que remédio não passa de nome "fantasia" e que o que se vende são DROGAS mesmo, por isso são também notoriamente chamadas de DROGARIAS, o trecho citado acima merecia esse detalhe, tipo assim...

"Em lugar de se preocuparem com a segurança dos remédios (drogas)."

Existe uma alienação quanto a esse assunto, principalmente quando se trata das drogas tidas como ilícitas,tendo a Cannabis como exemplo, que dentre os "remédios" é um dos que na razão uso/beneficio é umas das drogas (remédios)com menos efeitos colaterais no mercado, mesmo que seja encontrado, pelo menos aqui no Brasil, apenas no mercado negro.

Gustavo disse...

A sanha totalitária começa assim mesmo. Primeiro querem ensinar-me a educar meu filho, agora proibem sabores nos cigarros...

A vida do cidadão de bem se tornará um inferno e a marcha politicamente correta, arma totalitária, é irreversível.