BRASA XI – Chamada de Propostas / Call for Proposals
Call for Proposals
The 11th International Congress of the Brazilian Studies Association (BRASA) will take place in September 2012 in Illinois.
The Congress program will include academic panels, invited speakers, workshops, plenary sessions, and cultural activities. Our partner at UIUC will be the Lemann Institute for Brazilian Studies.
BRASA’s Executive Committee has adopted the following guidelines for proposing papers and organizing panels:
1. All proposals for panels or papers must be submitted directly to the Program Committee through the BRASA official Proposal portal starting August 15, 2011. The Program Committee will not consider proposals not submitted and received through the official Proposal portal: https://my.atlas.illinois.edu/submit/go.asp?id=293
2. All participants must be members of BRASA. Each participant may present only one paper in the Congress, but may also preside over a panel or serve as discussant.
3. BRASA suggests that all panels include at least four papers, but no more than five, and that the moderator not be presenting a paper. Each session should leave at least 30 minutes for discussion or for comments by a discussant immediately following the presentations.
4. The Congress will have 10 sessions with 12 panels per session during a period of three days, for a total of 144 panels.
5. Questions about the organization of panels should be directed to the BRASA secretariat or to the Chair of the Program Committee. Suggestions for other possible events at the Congress should be sent to the BRASA Executive Office at brasa-illinois@illinois.edu
6. The Program Committee will give preference to proposals to organize complete panels with professors and researchers from different universities and that have an interdisciplinary focus.
7. Dates for submission and acceptance of proposals are the following: the deadline for submission of proposals for panels or individual papers through the BRASA website is October 15. 2011. The Program Committee will announce final decisions by February 15. 2012. For more information, please visit the BRASA website http://www.brasa.org
Chamada de Propostas
O Décimo-primeiro Congresso Internacional da Brazilian Studies Association (BRASA) será realizado em setembro de 2012 em Illinois.
O programa do Congresso incluirá mesas de trabalho, conferencistas convidados, workshops, plenárias e atividades culturais. Nosso parceiro na Universidade será o Lemann Institute for Brazilian Studies.
O Comitê Executivo da BRASA adotou as seguintes normas para a apresentação de trabalhos e organização de mesas:
1. Todas as propostas de mesas e de trabalhos deverão ser submetidas diretamente ao Comitê Acadêmico pelo portal oficial de inscrições da BRASA (começando 15 de agosto de 2011). O Comitê Acadêmico não considerará, de modo algum, propostas que não sejam submetidas e recebidas através do portal oficial de inscrições do Congresso: https://my.atlas.illinois.edu/submit/go.asp?id=293
2. Todos os expositores de mesas deverão ser sócios da BRASA. Cada participante poderá apresentar somente um trabalho no Congresso e também poderá dirigir uma sessão ou servir como debatedor.
3. A BRASA sugere que as mesas tenham quatro trabalhos, mas não mais do que cinco, e que sejam lideradas por um professor ou pesquisador que não esteja apresentando um trabalho. Cada sessão deverá deixar pelo menos 30 minutos para discussão geral ou para a análise de um debatedor logo após as apresentações.
4. O Congresso terá dez sessões com 12 mesas cada sessão, durante o período de tres dias, com um total de 144 mesas.
5. Em caso de dúvidas,os interessados na organização de mesas devem entrar em contato com o secretariado da BRASA ou o Diretor do Comitê Acadêmico. Sugestões para outros possíveis eventos deverão ser encaminhadas a Secretaria Executiva da BRASA: brasa-illinois@illinois.edu
6. O Comitê Acadêmico dará preferência às propostas daqueles que submeterem mesas completas compostas de professores e pesquisadores de diferentes universidades e que tiverem um enfoque interdisciplinar.
7. Os prazos para a submissão e aceitação de propostas de mesas são os seguintes: O prazo para a submissão da mesa completa ou de propostas individuais para o programa através do site da BRASA será 15 de outubro de 2011. A BRASA enviará as notificações finais em O Comitê Acadêmico fará as decisões finais até o dia 15 de fevereiro de 2011.
Para maiores informações, favor entrar em contato com o escritório da BRASA pelo email brasa-illinois@illinois.edu ou através do próprio site da BRASA: http://www.brasa.org
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 27 de agosto de 2011
Ministerio da Defesa: comemoracoes nao comemoradas...
Primeiro a notícia:
Oficiais da ativa foram proibidos de participar da missa encomendada pelos Clubes Militares
DISCRIÇÃO
Os Clubes Militares (dos oficiais da reserva) realizaram ontem, na Igreja Santa Cruz dos Militares, no Rio, missa "em memória dos 119 militares e civis que perderam a vida, entre 1964 e 1974, por atos de terroristas". Na terça-feira, 23, quando soube da missa, o ministro Celso Amorim (Defesa) mandou chamar os três comandantes militares e acertou com eles que nenhum oficial da ativa participaria da cerimônia.
(Coluna PANORAMA POLÍTICO, do jornal O GLOBO, 25/08/11).
Agora o comentário de um observador político:
Sai um ilusionista e entra um marqueteiro
Eu até que tinha dado um voto de confiança ao novo ministro da Defesa, o diplomata Celso Amorim. Mas o Ministério da Defesa não passa de um cabresto colocado nas ventas dos ‘gados fardados’, um bando de oficiais de quatro estrelas sem expressão militar, colocados nos comandos das Forças Armadas. O único mérito apresentado por estes senhores é a antiguidade no posto. Na realidade, traduzindo para o português popular, esses senhores depois que assumem seus cargos, medram, e passam a agir como umas putas velhas, bem ao estilo das cafetinas que se vêem gerenciando bordéis de beira de estrada.
Pobres Forças Armadas brasileiras que de repente se transformaram em guardas pretorianas a serviço de um governo corrupto, formado por uma gang de ladrões, ex terroristas e ex guerrilheiros.
Só no fato do ministro Celso Amorim afiançar que o ‘assessor especial’ (espia implantado no órgão), José Genoino, permaneceria na pasta, dava para perceber que este cidadão não é diferente do estelionatário que saiu pela porta dos fundos, o energúmeno que se fantasiava de militar, Nelson Jobim.
O Exército, a Aeronáutica e a Marinha estão carentes de lideranças militares, pois o mostruário posto na vitrine tem deixado a desejar. São uns homens fracos, subservientes, bajuladores, desprovidos do mínimo aceitável para o desempenho de tão relevantes funções. Agem como paus mandados. Omissos, incapazes de externar uma opinião própria, só cumprindo ordens, como uns autônomos. O caráter, a honra e o decoro militar costumam passar ao largo. Razão: Não se envolverem com problemas. Deixam que um ministro sem formação militar, resolva situações que por direito e dever caberiam a eles orientar.
Uns incompetentes deste tipo, antes não tê-los comandando as Forças.
Uma característica bem visível é o medo, - covardia, - a que chamam de ‘disciplina’.
Passam a nítida ideia que sofrem da Síndrome de Estocolmo. Aquele comportamento inerente à mulher de malandro, que só tem orgasmo apanhando! E como apanham estes comandantes militares! O ex presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva vivia os esculhambando, daí porque passavam a falsa impressão de que eram viris, - gozavam aos turbilhões,- mas não iam além de três tentativas e uma desistência, engolindo o sapo barbudo sem esboçar nenhuma reação!
José Geraldo Pimentel
http://www.jgpimentel.com.br
Oficiais da ativa foram proibidos de participar da missa encomendada pelos Clubes Militares
DISCRIÇÃO
Os Clubes Militares (dos oficiais da reserva) realizaram ontem, na Igreja Santa Cruz dos Militares, no Rio, missa "em memória dos 119 militares e civis que perderam a vida, entre 1964 e 1974, por atos de terroristas". Na terça-feira, 23, quando soube da missa, o ministro Celso Amorim (Defesa) mandou chamar os três comandantes militares e acertou com eles que nenhum oficial da ativa participaria da cerimônia.
(Coluna PANORAMA POLÍTICO, do jornal O GLOBO, 25/08/11).
Agora o comentário de um observador político:
Sai um ilusionista e entra um marqueteiro
Eu até que tinha dado um voto de confiança ao novo ministro da Defesa, o diplomata Celso Amorim. Mas o Ministério da Defesa não passa de um cabresto colocado nas ventas dos ‘gados fardados’, um bando de oficiais de quatro estrelas sem expressão militar, colocados nos comandos das Forças Armadas. O único mérito apresentado por estes senhores é a antiguidade no posto. Na realidade, traduzindo para o português popular, esses senhores depois que assumem seus cargos, medram, e passam a agir como umas putas velhas, bem ao estilo das cafetinas que se vêem gerenciando bordéis de beira de estrada.
Pobres Forças Armadas brasileiras que de repente se transformaram em guardas pretorianas a serviço de um governo corrupto, formado por uma gang de ladrões, ex terroristas e ex guerrilheiros.
Só no fato do ministro Celso Amorim afiançar que o ‘assessor especial’ (espia implantado no órgão), José Genoino, permaneceria na pasta, dava para perceber que este cidadão não é diferente do estelionatário que saiu pela porta dos fundos, o energúmeno que se fantasiava de militar, Nelson Jobim.
O Exército, a Aeronáutica e a Marinha estão carentes de lideranças militares, pois o mostruário posto na vitrine tem deixado a desejar. São uns homens fracos, subservientes, bajuladores, desprovidos do mínimo aceitável para o desempenho de tão relevantes funções. Agem como paus mandados. Omissos, incapazes de externar uma opinião própria, só cumprindo ordens, como uns autônomos. O caráter, a honra e o decoro militar costumam passar ao largo. Razão: Não se envolverem com problemas. Deixam que um ministro sem formação militar, resolva situações que por direito e dever caberiam a eles orientar.
Uns incompetentes deste tipo, antes não tê-los comandando as Forças.
Uma característica bem visível é o medo, - covardia, - a que chamam de ‘disciplina’.
Passam a nítida ideia que sofrem da Síndrome de Estocolmo. Aquele comportamento inerente à mulher de malandro, que só tem orgasmo apanhando! E como apanham estes comandantes militares! O ex presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva vivia os esculhambando, daí porque passavam a falsa impressão de que eram viris, - gozavam aos turbilhões,- mas não iam além de três tentativas e uma desistência, engolindo o sapo barbudo sem esboçar nenhuma reação!
José Geraldo Pimentel
http://www.jgpimentel.com.br
Contra o FMI: pelo seu fechamento imediato - Sheldon Richman
End the IMF
Sheldon Richman
The Free Man, September 2011 • Volume: 61 • Issue: 7
The sex scandal involving the recently departed International Monetary Fund chief, Dominique Strauss-Kahn—criminal or not—was never a reason to abolish the agency. But then we didn’t need another reason. The agency, centerpiece of J. M. Keynes’s inflationary Bretton Woods brainchild, should never have been created in the first place, since it was another calculated step toward global government-controlled money. Its re-creation after its original mandate—maintaining the system of dollar-based fixed exchanges rates—became obsolete 40 years ago is a textbook case of bureaucratic mission creep. Its existence is no more justified by the new mission—a 911 for profligate, debt-ridden governments—than it was by the old one.
The IMF has 187 member governments, which together this year have provided $340 billion to the agency. Each country is assigned a contribution quota and a vote count weighted roughly according to its quota. The U.S. government’s financial quota is over 17 percent of the total, almost three times that of the second-largest contributor, Japan. It controls 16.74 percent of the votes. Treasury Secretary Timothy Geithner is the U.S. member of the board of governors, with Federal Reserve Chairman Ben Bernanke as alternate governor. This should be enough to establish that the IMF’s agenda is not free markets.
All IMF money comes from the taxpayers and central bank printing presses. So there’s the first charge against it: It’s financed through compulsion. That should shape our expectations about the agency.
What does the IMF do? Here’s how it describes its mission:
• Surveillance: “oversees the international monetary system and monitors the financial and economic policies of its members”;
• Technical assistance: “assist[s] mainly low- and middle-income countries in effectively managing their economies”; and
• Lending: “provides loans to countries that have trouble meeting their international payments and cannot otherwise find sufficient financing on affordable terms.”
Regarding the first, the IMF has been notoriously bad at foreseeing crises. But that should not be surprising. Why would bureaucrats living rather well off the taxpayers, with no personal capital at risk, be expected to be competent at spotting economic trouble?
The promise of “technical assistance” is dubious and even risible because the dominant governments of the world can hardly be said to have “effectively” managed their own economies. The IMF often advises distressed countries to raise taxes and to cut government spending to reduce budget deficits, upsetting both Keynesians and supply-siders. This is regarded as market-oriented, or “neoliberal,” advice, but to the extent that externally imposed measures engender public resentment, they give real market reform a bad name and set back the cause of genuine liberalism.
For example, the IMF may advise a government to remove price controls on food, which in itself would be a pro-market measure if accompanied by other reforms. However, if corresponding government-created scarcities—through licensing, franchises, patents, and so on—remain in place, average people will suffer and blame “the free market.” Food riots occurred some years ago in Egypt under just such circumstances, and as a result market reforms are widely distrusted there.
IMF loans constitute a double bailout. First, they save kleptocratic politicians from the consequences of their exploitative schemes, sparing them the necessity of radical reform—including land reform and free banking.
Second, IMF loans rescue the failing country’s creditors—Wall Street banks, typically—from a government default. In addition U.S. agricultural interests have come out in favor of increased support for the IMF to stimulate American farm exports. In 2009 the debate over increased U.S. funding was framed in the context of pushing an export-led American economic recovery.
This is surely doing well by doing good—with the taxpayers’ money.
Who pays? Aside from the taxpayers who supply the IMF with money, the tab is eventually paid by the working people of the subject countries through the higher taxes prescribed by the IMF.
The likelihood of the IMF’s compounding problems is immense. In The White Man’s Burden, former World Bank economist William Easterly writes: The IMF’s “core function of enforcing financial discipline is flawed by an intrusive Planner’s mentality that sets arbitrary numerical targets for key indicators of government behavior. Like all Planners, the IMF fits the complex reality of economic systems into a Procrustean bed of numerical targets that have little to do with that complexity.”
The IMF emphasizes that loans always come with “conditionality,” but for reasons already alluded to, that should offer little reassurance to advocates of free markets. The agency notes that it uses the principle of “parsimony” when writing conditions: “program-related conditions should be limited to the minimum necessary to achieve the goals of the Fund-supported program . . . .” Thus the deepest violations of individual liberty and market principles—feudal land distribution, for example—will be left untouched. Real markets don’t exist when large tracts of land are controlled by a privileged elite, leaving most people little choice but to take whatever is given. Their acceptance may represent the “best available option,” but if their choice set has been artificially constricted, that’s not saying much. (Fortunately the informal economy offers some hope.)
IMF loans of course channel resources to central governments, reinforcing their power and further politicizing the “aided” countries. As P. T. Bauer wrote,
Foreign aid has thus done much to politicize life in the Third World. And when social and economic life is extensively politicized, who has the power becomes supremely important, sometimes a matter of life and death. . . . People divert their resources and attention from productive activity into other areas, such as trying to forecast political developments, placating or bribing politicians and civil servants, operating or evading controls.
In the end the IMF has fostered long-term dependency, perpetual indebtedness, moral hazard, and politicization, while discrediting market reform and forestalling revolutionary liberal change. The solution is not for the IMF to impose free markets, even if it could. That would smack of imperialism and, writes Easterly, would have “patronizing echoes of the White Man’s Burden.”
The IMF should be scrapped and the people suffering under kleptocracy left to discover the requirements for improving their own conditions. How much more “help” can they stand?
Sheldon Richman
The Free Man, September 2011 • Volume: 61 • Issue: 7
The sex scandal involving the recently departed International Monetary Fund chief, Dominique Strauss-Kahn—criminal or not—was never a reason to abolish the agency. But then we didn’t need another reason. The agency, centerpiece of J. M. Keynes’s inflationary Bretton Woods brainchild, should never have been created in the first place, since it was another calculated step toward global government-controlled money. Its re-creation after its original mandate—maintaining the system of dollar-based fixed exchanges rates—became obsolete 40 years ago is a textbook case of bureaucratic mission creep. Its existence is no more justified by the new mission—a 911 for profligate, debt-ridden governments—than it was by the old one.
The IMF has 187 member governments, which together this year have provided $340 billion to the agency. Each country is assigned a contribution quota and a vote count weighted roughly according to its quota. The U.S. government’s financial quota is over 17 percent of the total, almost three times that of the second-largest contributor, Japan. It controls 16.74 percent of the votes. Treasury Secretary Timothy Geithner is the U.S. member of the board of governors, with Federal Reserve Chairman Ben Bernanke as alternate governor. This should be enough to establish that the IMF’s agenda is not free markets.
All IMF money comes from the taxpayers and central bank printing presses. So there’s the first charge against it: It’s financed through compulsion. That should shape our expectations about the agency.
What does the IMF do? Here’s how it describes its mission:
• Surveillance: “oversees the international monetary system and monitors the financial and economic policies of its members”;
• Technical assistance: “assist[s] mainly low- and middle-income countries in effectively managing their economies”; and
• Lending: “provides loans to countries that have trouble meeting their international payments and cannot otherwise find sufficient financing on affordable terms.”
Regarding the first, the IMF has been notoriously bad at foreseeing crises. But that should not be surprising. Why would bureaucrats living rather well off the taxpayers, with no personal capital at risk, be expected to be competent at spotting economic trouble?
The promise of “technical assistance” is dubious and even risible because the dominant governments of the world can hardly be said to have “effectively” managed their own economies. The IMF often advises distressed countries to raise taxes and to cut government spending to reduce budget deficits, upsetting both Keynesians and supply-siders. This is regarded as market-oriented, or “neoliberal,” advice, but to the extent that externally imposed measures engender public resentment, they give real market reform a bad name and set back the cause of genuine liberalism.
For example, the IMF may advise a government to remove price controls on food, which in itself would be a pro-market measure if accompanied by other reforms. However, if corresponding government-created scarcities—through licensing, franchises, patents, and so on—remain in place, average people will suffer and blame “the free market.” Food riots occurred some years ago in Egypt under just such circumstances, and as a result market reforms are widely distrusted there.
IMF loans constitute a double bailout. First, they save kleptocratic politicians from the consequences of their exploitative schemes, sparing them the necessity of radical reform—including land reform and free banking.
Second, IMF loans rescue the failing country’s creditors—Wall Street banks, typically—from a government default. In addition U.S. agricultural interests have come out in favor of increased support for the IMF to stimulate American farm exports. In 2009 the debate over increased U.S. funding was framed in the context of pushing an export-led American economic recovery.
This is surely doing well by doing good—with the taxpayers’ money.
Who pays? Aside from the taxpayers who supply the IMF with money, the tab is eventually paid by the working people of the subject countries through the higher taxes prescribed by the IMF.
The likelihood of the IMF’s compounding problems is immense. In The White Man’s Burden, former World Bank economist William Easterly writes: The IMF’s “core function of enforcing financial discipline is flawed by an intrusive Planner’s mentality that sets arbitrary numerical targets for key indicators of government behavior. Like all Planners, the IMF fits the complex reality of economic systems into a Procrustean bed of numerical targets that have little to do with that complexity.”
The IMF emphasizes that loans always come with “conditionality,” but for reasons already alluded to, that should offer little reassurance to advocates of free markets. The agency notes that it uses the principle of “parsimony” when writing conditions: “program-related conditions should be limited to the minimum necessary to achieve the goals of the Fund-supported program . . . .” Thus the deepest violations of individual liberty and market principles—feudal land distribution, for example—will be left untouched. Real markets don’t exist when large tracts of land are controlled by a privileged elite, leaving most people little choice but to take whatever is given. Their acceptance may represent the “best available option,” but if their choice set has been artificially constricted, that’s not saying much. (Fortunately the informal economy offers some hope.)
IMF loans of course channel resources to central governments, reinforcing their power and further politicizing the “aided” countries. As P. T. Bauer wrote,
Foreign aid has thus done much to politicize life in the Third World. And when social and economic life is extensively politicized, who has the power becomes supremely important, sometimes a matter of life and death. . . . People divert their resources and attention from productive activity into other areas, such as trying to forecast political developments, placating or bribing politicians and civil servants, operating or evading controls.
In the end the IMF has fostered long-term dependency, perpetual indebtedness, moral hazard, and politicization, while discrediting market reform and forestalling revolutionary liberal change. The solution is not for the IMF to impose free markets, even if it could. That would smack of imperialism and, writes Easterly, would have “patronizing echoes of the White Man’s Burden.”
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Ideias inteligentes, debates importantes: it's all about this blog
Este blog, como dito em seu frontspício (que não é parente de hospício), se ocupa de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. (OK, de vez em quando aparecem aqui também algumas ideias pouco inteligentes, mas isso é para equilibrar e para contrabalançar.)
Pois bem, agora quero apresentar um site, um blog melhor dito, que também está nesse espírito. Não tenho a pretensão de fazer concorrência com ele, apenas de ser um "irmão menor".
PROJECT SYNDICATE:
WHO WE ARE
Project Syndicate: the world's pre-eminent source of original op-ed commentaries. A unique collaboration of distinguished opinion makers from every corner of the globe, Project Syndicate provides incisive perspectives on our changing world by those who are shaping its politics, economics, science, and culture. Exclusive, trenchant, unparalleled in scope and depth: Project Syndicate is truly A World of Ideas.
As of August 2011, Project Syndicate membership included 469 leading newspapers in 151 countries. Financial contributions from member papers in advanced countries support the services provided by Project Syndicate free of charge or at reduced rates to members in developing countries. Additional support comes from the Open Society Institute.
WHAT WE DO
Project Syndicate provides the world’s foremost newspapers with exclusive commentaries by prominent leaders and opinion makers. It currently offers 54 monthly series and one weekly series of columns on topics ranging from economics to international affairs to science and philosophy.
Project Syndicate is committed to maintaining the broad intellectual scope and global reach that readers need to understand the issues and choices shaping their lives. As a result, Project Syndicate's commentators reflect the world in all its variety of professions, national and cultural backgrounds, and political perspectives. Past and current contributors include:
politicians and statesmen, including Ban Ki-moon, Tony Blair, Jimmy Carter, Jorge Castañeda, Joschka Fischer, Mikhail Gorbachev, Václav Havel, Christine Lagarde, Chris Patten, Anders Fogh Rasmussen, Javier Solana, Shashi Tharoor, and Yuliya Tymoshenko;
economists, including Howard Davies, Martin Feldstein, Otmar Issing, Edmund Phelps, Dani Rodrik, Kenneth Rogoff, Nouriel Roubini, Jeffrey D. Sachs, Robert Shiller, and Dominique Strauss-Kahn, and Joseph E. Stiglitz;
political scientists and philosophers, including Pervez Hoodbhoy, John Gray, Harold James, Nina Khrushcheva, Daoud Kuttab, Pierre Nora, Joseph S. Nye, and Peter Singer;
global strategists, including Zbigniew Brzezinski, Richard Haass, Richard C. Holbrooke, Sergei Karaganov, and Kishore Mahbubani;
scientists, including Nobel Laureates Paul Berg, Sydney Brenner, Christian de Duve, and Harold Varmus;
novelists, including Umberto Eco, Nadine Gordimer, Ma Jian, Arundhati Roy, Elif Shafak, Norman Manea, and Vladimir Voinovich;
activists, including Emma Bonino, Saad Eddin Ibrahim, Bjørn Lomborg, Morgan Tsvangirai, Desmond Tutu, and Naomi Wolf.
WEEKLY SERIES
The New Global Economy NEW!
The World in Words
INTERNATIONAL ECONOMICS
Jagdish Bhagwati
J. Bradford DeLong
Barry Eichengreen
Daniel Gros
Stephen S. Roach
Kenneth Rogoff
Nouriel Roubini
Boskin and Sinn
Joseph E. Stiglitz
STRATEGIC SPOTLIGHT
Shlomo Ben-Ami
Castaneda, Haass, and Rocard
Gareth Evans NEW!
Joschka Fischer
Christopher Hill
Yuriko Koike
Dominique Moisi
Joseph S. Nye
Jaswant Singh
Shashi Tharoor
GLOBAL FINANCE
Davies and Shiller
Mohamed A. El-Erian NEW!
Martin Feldstein
Simon Johnson
ECONOMICS OF DEVELOPMENT
Yao and Yu
Dani Rodrik
Jeffrey D. Sachs
Michael Spence
Andres Velasco NEW!
ECONOMIC AND REGULATORY POLICY
Jean Pisani-Ferry
Raghuram Rajan
Roe and Zingales
ECONOMIC HISTORY
Harold James
Robert Skidelsky
ECONOMIC PERSPECTIVES
European Economies
The Frontiers of Growth
PUBLIC INTELLECTUALS
Ian Buruma
Esther Dyson
Bjorn Lomborg
Peter Singer
Naomi Wolf
GLOBAL OUTLOOK
Earth in the Balance
Health and Medicine
Science and Society
The Human Rights Revolution
Worldly Philosophers
REGIONAL EYE
A Window on Russia
China World
Europe at Home and Abroad
Into Africa
Islam and the World
Latin America
The Asian Century
SPECIAL SERIES
Old World
2009 Year End Series
2010 Year End Series
The Currency Puzzle
The Energy Challenge
PROJECT SYNDICATE
Commentaries
Contributors
About Us
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Past Surveys
www.project-syndicate.org/
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politicians and statesmen, including Ban Ki-moon, Tony Blair, Jimmy Carter, Jorge Castañeda, Joschka Fischer, Mikhail Gorbachev, Václav Havel, Christine Lagarde, Chris Patten, Anders Fogh Rasmussen, Javier Solana, Shashi Tharoor, and Yuliya Tymoshenko;
economists, including Howard Davies, Martin Feldstein, Otmar Issing, Edmund Phelps, Dani Rodrik, Kenneth Rogoff, Nouriel Roubini, Jeffrey D. Sachs, Robert Shiller, and Dominique Strauss-Kahn, and Joseph E. Stiglitz;
political scientists and philosophers, including Pervez Hoodbhoy, John Gray, Harold James, Nina Khrushcheva, Daoud Kuttab, Pierre Nora, Joseph S. Nye, and Peter Singer;
global strategists, including Zbigniew Brzezinski, Richard Haass, Richard C. Holbrooke, Sergei Karaganov, and Kishore Mahbubani;
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Commentaries
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About Us
Member Papers
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Editor's Forum
Past Surveys
www.project-syndicate.org/
A ilusao da infraestrutura - Richard W. Fulmer
The Infrastructure Delusion
Richard W. Fulmer
The FreeMan: ideas on liberty, August 15, 2011
Red tape to nowhere
Infrastructure does not an economy make. Highways and railroads, airports and seaports, communications towers and fiber optics cables are essential for the flow of commerce, but it is the people, goods, and information moving over and through this infrastructure that are the heart of an economy. Overinvestment in roads, bridges, and airports means underinvestment in the productive base that is an economy's life blood.Government spending means more than just an outlay of dollars; it means consuming scarce resources that cannot then be used for other things. Such spending does not increase production, it simply shifts resources into areas where they would not otherwise have gone.
As described in William J. Bernstein's book The Birth of Plenty: How the Prosperity of the Modern World Was Created , France's minister of finances under Louis XIV from 1665 to 1683, Jean-Baptiste Colbert , worked tirelessly to expand commerce by improving his country's roads and canals. Unfortunately, trade was hindered by more than potholes — a complex system of internal tariffs was throttling commerce. Colbert tried to dismantle the tariffs but was only partially successful. After his death, “all fiscal restraint was lost. By the end of Louis XIV's reign three decades later, the State had doubled the tolls on the roads and rivers it controlled, and the nation that had once been Europe's breadbasket … was bled white….” Bad regulations trumped good roads.
Prometheus Bound (in Red Tape)
During the Great Depression, Franklin Roosevelt initiated massive public-works programs to improve the nation's infrastructure in hopes of putting people back to work and jumpstarting the economy. The construction efforts were staggering. According to Conrad Black :
The government hired about 60 percent of the unemployed in public-works and conservation projects that planted a billion trees, saved the whooping crane, modernized rural America, and built such diverse projects as the Cathedral of Learning in Pittsburgh, the Montana state capitol, much of the Chicago lakefront, New York City's Lincoln Tunnel and Triborough Bridge, the Tennessee Valley Authority, and the heroic aircraft carriers Enterprise and Yorktown. They also built or renovated 2,500 hospitals, 45,000 schools, 13,000 parks and playgrounds, 7,800 bridges, 700,000 miles of roads, and a thousand airfields.
Yet these extraordinary accomplishments were not enough to pull the nation out of the Depression. Neither were the millions of jobs generated by this monumental work.
Not only did the work direct resources away from the private sector but, worse, Roosevelt unleashed a regulatory blizzard on the nation's private sector, significantly increasing the risk of doing business in the country. Higher personal, corporate, excise, and estate taxes; wage and price controls; production restrictions; antitrust lawsuits; and constant experimentation provided few incentives for companies to expand. As in Louis XIV's France, an improved infrastructure could not revive commerce in the face of stifling government regulations.
High-Speed Rail to Nowhere
Today, Barack Obama is touting high-speed rail and other infrastructure improvements as keys to economic renewal. But if massive infrastructure investments were not enough to turn the economy around in the 1930s, they are far less likely to do so today. Because Roosevelt was starting from a lower base, his improvements would have had a far greater impact on the economy of his day than would similar work done now. Furthermore, the lighter regulatory burden in the 1930s meant that there were projects then that truly were “shovel ready.” Today, environmental impact studies, possible archeological finds, and nuisance lawsuits may stall construction for years or halt it completely.
The real roadblock to economic growth is the burgeoning regulatory burden that President Obama, like Roosevelt before him, has placed on business. According to a study by James Gattuso and Diane Katz, “[T]he Obama Administration imposed 75 new major regulations from January 2009 to mid-FY 2011, with annual costs of $38 billion.” Hundreds of additional regulations will pour forth from Obamacare, Dodd-Frank, and proposed EPA greenhouse gas restrictions. All this is on top of an already monumental regulatory burden imposed by government. According to a Small Business Administration report (pdf), the cost of regulatory compliance was over $1.75 trillion in 2008 alone.
Goods, people, and information will not flow freely across a nation, regardless of the quality and extent of its infrastructure, if taxes and regulations block their flow. Trade perished in France as Colbert's improved roads and canals were made all but useless by high internal tariffs. Some 700,000 miles of new and rebuilt roads were not enough to move commerce past the regulatory roadblocks that Roosevelt erected. President Obama's proposed high-speed trains will not pull the country over the mountain of regulations that has been created in the decades since the Great Depression and that Obama has raised to new heights. A bridge wrapped in red tape is truly a bridge to nowhere.
Published by the Foundation for Economic Education.
Richard W. Fulmer
The FreeMan: ideas on liberty, August 15, 2011
Red tape to nowhere
Infrastructure does not an economy make. Highways and railroads, airports and seaports, communications towers and fiber optics cables are essential for the flow of commerce, but it is the people, goods, and information moving over and through this infrastructure that are the heart of an economy. Overinvestment in roads, bridges, and airports means underinvestment in the productive base that is an economy's life blood.Government spending means more than just an outlay of dollars; it means consuming scarce resources that cannot then be used for other things. Such spending does not increase production, it simply shifts resources into areas where they would not otherwise have gone.
As described in William J. Bernstein's book The Birth of Plenty: How the Prosperity of the Modern World Was Created , France's minister of finances under Louis XIV from 1665 to 1683, Jean-Baptiste Colbert , worked tirelessly to expand commerce by improving his country's roads and canals. Unfortunately, trade was hindered by more than potholes — a complex system of internal tariffs was throttling commerce. Colbert tried to dismantle the tariffs but was only partially successful. After his death, “all fiscal restraint was lost. By the end of Louis XIV's reign three decades later, the State had doubled the tolls on the roads and rivers it controlled, and the nation that had once been Europe's breadbasket … was bled white….” Bad regulations trumped good roads.
Prometheus Bound (in Red Tape)
During the Great Depression, Franklin Roosevelt initiated massive public-works programs to improve the nation's infrastructure in hopes of putting people back to work and jumpstarting the economy. The construction efforts were staggering. According to Conrad Black :
The government hired about 60 percent of the unemployed in public-works and conservation projects that planted a billion trees, saved the whooping crane, modernized rural America, and built such diverse projects as the Cathedral of Learning in Pittsburgh, the Montana state capitol, much of the Chicago lakefront, New York City's Lincoln Tunnel and Triborough Bridge, the Tennessee Valley Authority, and the heroic aircraft carriers Enterprise and Yorktown. They also built or renovated 2,500 hospitals, 45,000 schools, 13,000 parks and playgrounds, 7,800 bridges, 700,000 miles of roads, and a thousand airfields.
Yet these extraordinary accomplishments were not enough to pull the nation out of the Depression. Neither were the millions of jobs generated by this monumental work.
Not only did the work direct resources away from the private sector but, worse, Roosevelt unleashed a regulatory blizzard on the nation's private sector, significantly increasing the risk of doing business in the country. Higher personal, corporate, excise, and estate taxes; wage and price controls; production restrictions; antitrust lawsuits; and constant experimentation provided few incentives for companies to expand. As in Louis XIV's France, an improved infrastructure could not revive commerce in the face of stifling government regulations.
High-Speed Rail to Nowhere
Today, Barack Obama is touting high-speed rail and other infrastructure improvements as keys to economic renewal. But if massive infrastructure investments were not enough to turn the economy around in the 1930s, they are far less likely to do so today. Because Roosevelt was starting from a lower base, his improvements would have had a far greater impact on the economy of his day than would similar work done now. Furthermore, the lighter regulatory burden in the 1930s meant that there were projects then that truly were “shovel ready.” Today, environmental impact studies, possible archeological finds, and nuisance lawsuits may stall construction for years or halt it completely.
The real roadblock to economic growth is the burgeoning regulatory burden that President Obama, like Roosevelt before him, has placed on business. According to a study by James Gattuso and Diane Katz, “[T]he Obama Administration imposed 75 new major regulations from January 2009 to mid-FY 2011, with annual costs of $38 billion.” Hundreds of additional regulations will pour forth from Obamacare, Dodd-Frank, and proposed EPA greenhouse gas restrictions. All this is on top of an already monumental regulatory burden imposed by government. According to a Small Business Administration report (pdf), the cost of regulatory compliance was over $1.75 trillion in 2008 alone.
Goods, people, and information will not flow freely across a nation, regardless of the quality and extent of its infrastructure, if taxes and regulations block their flow. Trade perished in France as Colbert's improved roads and canals were made all but useless by high internal tariffs. Some 700,000 miles of new and rebuilt roads were not enough to move commerce past the regulatory roadblocks that Roosevelt erected. President Obama's proposed high-speed trains will not pull the country over the mountain of regulations that has been created in the decades since the Great Depression and that Obama has raised to new heights. A bridge wrapped in red tape is truly a bridge to nowhere.
Published by the Foundation for Economic Education.
A frase do ano: um pais que nao liga para a corrupcao
A frase é de julho, num artigo que provocou reações no Brasil, mas muitos dos argumentos do autor eram equivocados, pois faziam a comparação entre os indignados da Espanha (e muitos rebeldes na Grécia e em outros países), e a atitude passiva dos brasileiros em face da corrupção.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas reconheço que é uma vergonha constatar que os brasileiros não se mobilizam contra a corrupção dos políticos:
“Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”
Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, 07/07/2011
Comentário de um colega de lista:
Triste ler isto escrito por um estrangeiro, que com toda propriedade e elegância pôs o dedo em uma ferida que nós brasileiros nos negamos a ver. Uma pena, pois um dia nosso país terá seu belo nome escrito em minúsculas devido a estes pulhas.
Eu acrescentaria:
O Brasil vai ficar pior, muito pior do que vocês podem imaginar, e vai continuar decaindo durante certo tempo mais. A recuperação virá, mas vai demorar muito. Isso porque a educação, em geral, e a educação política em particular são medíocres, e continuam seu processo de deterioração. Vai demorar, vai demorar para melhorar...
Paulo Roberto de Almeida
Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas reconheço que é uma vergonha constatar que os brasileiros não se mobilizam contra a corrupção dos políticos:
“Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”
Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, 07/07/2011
Comentário de um colega de lista:
Triste ler isto escrito por um estrangeiro, que com toda propriedade e elegância pôs o dedo em uma ferida que nós brasileiros nos negamos a ver. Uma pena, pois um dia nosso país terá seu belo nome escrito em minúsculas devido a estes pulhas.
Eu acrescentaria:
O Brasil vai ficar pior, muito pior do que vocês podem imaginar, e vai continuar decaindo durante certo tempo mais. A recuperação virá, mas vai demorar muito. Isso porque a educação, em geral, e a educação política em particular são medíocres, e continuam seu processo de deterioração. Vai demorar, vai demorar para melhorar...
Paulo Roberto de Almeida
Democracia no Brasil: debate Denis Rosenfeld vs Nivaldo Cordeiro
Nada é mais importante para a democracia no Brasil do que a defesa dos princípios e valores republicanos: do bom governo, da honestidade, da boa gestão dos recursos públicos, da moralidade, da impessoalidade, enfim de todas aquelas cláusulas que permitem distinguir uma institucionalidade sadia de uma governa corrupta, podre moralmente, inepta administrativamente.
Olhando o Brasil atual, eu não tenho nenhuma dúvida sobre a ponta desses princípios em que estamos situados atualmente, na pior possível, como é visível pelas matérias da imprensa.
Por isso considero esse debate importante para o futuro da nação, pela simples dignidade nossa como cidadãos pagadores de impostos.
Abaixo duas posições sobre esses temas, e lamento ter de discordar do "filósofo" Denis Rosenfeld, que parece estar acometido de um surto de loucura ou de desvario.
Paulo Roberto de Almeida
Princípios republicanos
Denis Lerrer Rosenfield
O Estado de S.Paulo, 15 de agosto de 2011
Já está mais do que passada a hora de o Brasil se organizar segundo princípios e valores republicanos, que se situam acima das disputas partidárias. Uma sociedade democrática não pode estar constantemente submetida a disputas entre partidos que chegam a atingir esses mesmos princípios e valores.
Talvez se possa dizer que o País atravessa um momento particularmente propício à afirmação desses princípios. Dentre eles, gostaria de ressaltar a ética na política, pois a moralização da vida pública é uma condição das democracias desenvolvidas. Nelas os cidadãos percebem a coisa pública como deles, e não como a coisa privada de alguns.
Os cidadãos podem, então, constatar que os infratores serão punidos, de tal maneira que haja um espelhamento moralmente positivo de todos nos seus representantes. Se isso não ocorrer, teremos, em seu lugar, o descolamento dos representantes em relação aos representados, em que os privilégios de alguns aparecerão como uma injustiça cometida contra todos. Sem comportamentos moralmente exemplares a política se torna um mero jogo de todos contra todos, sem nenhum princípio a norteá-la.
A presidente Dilma Rousseff partiu, com decisão, para uma faxina ética em diferentes ministérios, dentre os quais se destacam, por enquanto, Transportes, Agricultura e Turismo. Os números não deixam de ser impressionantes, pois, por exemplo, no Ministério dos Transportes mais de 20 pessoas foram demitidas ou exoneradas. E no Ministério do Turismo 35 pessoas foram presas. Sem nenhuma dúvida, trata-se de uma grande novidade, sobretudo se compararmos o atual governo com o anterior, pois neste infratores eram tratados com afago.
Nesse sentido, pode-se dizer que ela está conduzindo uma política republicana, situada acima dos partidos políticos. Observe-se que a faxina está atingindo os mais diferentes partidos políticos, tendo tudo começado com o PR, porém já alcançando o PMDB, o PTB e o próprio PT. Não se pode, portanto, dizer que ela não esteja seguindo a aplicação de um princípio. Ressalte-se, igualmente, a conduta impecável do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na condução da Polícia Federal.
O "argumento" de que a presidente estaria pondo em perigo a "governabilidade" não deixa de ser um "pseudoargumento", pois ele expressa o descontentamento dos que foram atingidos ou dos que temem ser atingidos em futuro próximo. Ou seja, o dito argumento da governabilidade está sendo utilizado para a mera conservação do status quo, herdado do governo anterior.
A questão é bem outra. Trata-se de uma tentativa de instaurar uma nova forma de governabilidade, que possa seguir precisamente princípios republicanos, como o de que os recursos dos contribuintes não serão dilapidados ou desviados para os bolsos de alguns. O caminho que se está abrindo, e que será certamente espinhoso, é o de que a Nação possa trilhar o percurso do amadurecimento da democracia.
Corrupção e malversação de recursos públicos são extremamente nocivas para a democracia, pois degradam valores e corroem instituições. Se os valores morais não são seguidos pelos dirigentes, o exemplo dado à Nação é o de que ninguém a eles precisa obedecer. Se as instituições não são respeitadas, a própria organização social, institucional e política se torna precária. O recado seria, então, o seguinte: as regras nada valem.
No entanto, tal transformação política e institucional não pode ser levada a cabo por simples vontade presidencial se ela não vier acompanhada pelo apoio da opinião pública e, também, das oposições.
A opinião pública está sendo mobilizada pela ampla repercussão que a faxina vem tendo, atraindo setores que eram e são refratários ao PT e à falta de princípios e valores do governo anterior. Tampouco se deve descartar a hipótese de que boa parte dessas denúncias tenha tido origem no próprio Palácio do Planalto, com o intuito de que a ação de moralização pública fosse bem acolhida. O procedimento adotado foi o de formar a opinião pública.
Isso, porém, exige das oposições uma conduta responsável. Devem fazer frente comum com o governo, não procurando fustigá-lo partidariamente. As oposições não deveriam fazer oposição como têm feito durante os últimos nove anos, imitando o que o PT tinha de pior.
Aliás, para o PT daquele então, o que defendia a "ética na política" contra "tudo aquilo que estava aí", tal bandeira era ainda eficaz, pois ele não tinha, na esfera federal, a experiência de governar. Se hoje adotasse tal bandeira, depois dos descalabros éticos dos últimos anos, ninguém mais a tomaria a sério, nem os próprios militantes.
As oposições, por seu lado, nada aprenderam. Ao imitarem o PT, não se deram conta das limitações desse tipo de comportamento, além de se pautarem por uma forma de ação em franca contradição com o que faziam enquanto governo. O descrédito é a consequência inevitável. O resultado concreto é a sucessão de derrotas na esfera federal e a queda da representação parlamentar.
Isso significa que, no caso em questão, as oposições deveriam partir para um apoio ao governo Dilma em torno de princípios, abandonando até mesmo a ideia de CPI. Para que uma CPI, se os responsáveis foram punidos e as maiores falcatruas já apareceram? Na situação atual, trata-se apenas de uma forma partidária de fustigar o governo, fazendo o jogo dos descontentes com a faxina, o dos infratores. Apenas estes poderiam tornar viável uma CPI.
O jogo agora é outro: separar os interesses partidários dos republicanos, obrigando todos os atores, por convicção ou não, a atuar segundo uma noção suprapartidária de vida pública. O desafio é certamente enorme, mas não será enfrentado se não for tentado. A consolidação de nossas instituições democráticas disso depende.
PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR
============
DILMA FAZ GOVERNO REPUBLICANO?
Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.net, 15/08/2011
Eu me surpreendi com o tom governista e francamente irrealista do artigo de Denis Rosenfield de hoje, no Estadão (Princípios republicanos). O autor conclamou a oposição a apoiar o governo de Dilma Rousseff, supondo que ela está fazendo uma faxina ética e supondo que seu governo se pauta por princípios republicanos. Suas suposições são falsas e, para um filósofo de sua envergadura, um batalhador incansável na denúncia das mazelas do PT/MST nos últimos anos, confesso que me fez cair o queixo após a leitura. De entristecer.
[Indo trabalhar pela manhã ouvi no rádio a notícia de que o Governo Dilma chamou para dezembro conferência nacional sobre a causa gay. Ora, um governo que se pauta por princípios republicanos não pode tomar partido por uma causa religiosa, custeando um mega evento com verbas públicas. O gaysismo, como o abortismo, é bandeira do ateísmo militante de corte nitidamente religioso, que quer se impor aos demais credos abraçados pelos brasileiros, sobretudo os de vertente cristã, contrários ao ataque ateísta apoiado pelo governo.]
Toda a era do PT no poder, desde 2002, tem sido a negação da propaganda ética que o partido fez para chegar ao poder. O momento mais conspícuo foi o do mensalão. E temos visto reiteradas tentativas que estabelecer a censura à imprensa, como eu mesmo pude testemunhar por ocasião de uma outra conferência nacional, de triste memória (Confecom). No episódio da recente queda de Antonio Palocci, subitamente enriquecido por meios ignorados e suspeitos, vimos o empenho da Sra. Presidente em segurar o ministro do poder, contrariando tudo que se entende por valores republicanos.
O que temos visto é uma luta surda dentro da base de apoio de Dilma Rousseff por cargos, poder e áreas de influência. A própria presidente declarou-se surpreendida pela ação da Polícia Federal, que prendeu dezenas de pessoas no Ministério da Agricultura. Claro que a declarada ignorância não convenceu a ninguém, menos ainda aos atingidos. O ministro da Justiça também posou de marido traído e, a modo de confirmar tais falsas surpresas, membros da Polícia Federal têm se comportado como se suas atividades profissionais estivessem sendo prejudicadas pela ação do comando político. Vejo em tudo isso um grande circo. A Polícia Federal, ao empreender ações que têm por alvo agentes políticos, se comporta como polícia política. Seus alvos são preferenciais. Basta lembrar que, em todos os episódios em que partidários do PT foram denunciados, como no mensalão, a Polícia Federal ou foi ausente ou foi nula. Seu rigor tem sido usado sempre contra os desafetos do PT.
O próprio Denis Rosenfield tem escrito ótimos artigos denunciando as preferências nada republicanas do PT pelos sistemas de cotas raciais e “sociais”, inclusive pelo revisionismo da propriedade da terra para quilombolas e para índios, em prejuízo da maioria da Nação, criando quistos raciais e até mesmo extra-nacionais, inexistentes até então no Brasil. É o oposto da prática republicana de defender o bem geral. É essa militância pelo bem comum nos antigos artigos que tem tornado o filósofo gaúcho figura querida em meio aos brasileiros de bem, preocupados com os destinos do Brasil.
O filósofo chegou a ser patético ao escrever, em defesa do suposto republicanismo do Governo Dilma: “Isso, porém, exige das oposições uma conduta responsável. Devem fazer frente comum com o governo, não procurando fustigá-lo partidariamente. As oposições não deveriam fazer oposição como têm feito durante os últimos nove anos, imitando o que o PT tinha de pior.” As oposições nada têm feito de eficaz contra o governo, esta é a realidade conspícua, até porque não dispõem nem de força e nem de vontade para isso. Estão castradas. Piormente, quem está contra as ações supostamente moralizadoras da presidente não são as oposições, mas a mal afamada “base aliada”, os atingidos diretamente pela suposta faxina. Denis Rosenfield deveria fazer apelo a Michel Temer, a José Sarney, a Waldemar da Costa Neto. O filósofo gaúcho terá sido tomado de súbita cegueira? Anda desinformado?
E concluiu o artigo de modo ilógico e francamente inaceitável: “Isso significa que, no caso em questão, as oposições deveriam partir para um apoio ao governo Dilma em torno de princípios, abandonando até mesmo a ideia de CPI. Para que uma CPI, se os responsáveis foram punidos e as maiores falcatruas já apareceram? Na situação atual, trata-se apenas de uma forma partidária de fustigar o governo, fazendo o jogo dos descontentes com a faxina, o dos infratores. Apenas estes poderiam tornar viável uma CPI.” Ora, se o apego ao republicanismo e à faxina é, de fato, veraz por parte do governo – e do próprio filósofo travestido e arauto do poder – que se façam tantas CPIs quantas forem necessárias para restabelecer a moralidade. Governos empenhados na moralização não teriam, por suposto, nada a esconder.
A democracia sairia engrandecida e os ideais republicanos enobrecidos se no Congresso Nacional a questão das falcatruas, afinal todas elas oriundas das hostes governistas, do PT e da sua base aliada, fosse investigada no poder que é o emblema da democracia e da República. Cabe à oposição ser oposição e vigiar para que a coisa pública não seja vilipendiada. Confesso que fiquei muito constrangido ao ler o apelo de Denis Rosenfield. Nem Lula seria capaz – incapaz que é – de fazer apelo tão obsceno. Sua mudança de posição em relação ao governo do PT foi total.
Olhando o Brasil atual, eu não tenho nenhuma dúvida sobre a ponta desses princípios em que estamos situados atualmente, na pior possível, como é visível pelas matérias da imprensa.
Por isso considero esse debate importante para o futuro da nação, pela simples dignidade nossa como cidadãos pagadores de impostos.
Abaixo duas posições sobre esses temas, e lamento ter de discordar do "filósofo" Denis Rosenfeld, que parece estar acometido de um surto de loucura ou de desvario.
Paulo Roberto de Almeida
Princípios republicanos
Denis Lerrer Rosenfield
O Estado de S.Paulo, 15 de agosto de 2011
Já está mais do que passada a hora de o Brasil se organizar segundo princípios e valores republicanos, que se situam acima das disputas partidárias. Uma sociedade democrática não pode estar constantemente submetida a disputas entre partidos que chegam a atingir esses mesmos princípios e valores.
Talvez se possa dizer que o País atravessa um momento particularmente propício à afirmação desses princípios. Dentre eles, gostaria de ressaltar a ética na política, pois a moralização da vida pública é uma condição das democracias desenvolvidas. Nelas os cidadãos percebem a coisa pública como deles, e não como a coisa privada de alguns.
Os cidadãos podem, então, constatar que os infratores serão punidos, de tal maneira que haja um espelhamento moralmente positivo de todos nos seus representantes. Se isso não ocorrer, teremos, em seu lugar, o descolamento dos representantes em relação aos representados, em que os privilégios de alguns aparecerão como uma injustiça cometida contra todos. Sem comportamentos moralmente exemplares a política se torna um mero jogo de todos contra todos, sem nenhum princípio a norteá-la.
A presidente Dilma Rousseff partiu, com decisão, para uma faxina ética em diferentes ministérios, dentre os quais se destacam, por enquanto, Transportes, Agricultura e Turismo. Os números não deixam de ser impressionantes, pois, por exemplo, no Ministério dos Transportes mais de 20 pessoas foram demitidas ou exoneradas. E no Ministério do Turismo 35 pessoas foram presas. Sem nenhuma dúvida, trata-se de uma grande novidade, sobretudo se compararmos o atual governo com o anterior, pois neste infratores eram tratados com afago.
Nesse sentido, pode-se dizer que ela está conduzindo uma política republicana, situada acima dos partidos políticos. Observe-se que a faxina está atingindo os mais diferentes partidos políticos, tendo tudo começado com o PR, porém já alcançando o PMDB, o PTB e o próprio PT. Não se pode, portanto, dizer que ela não esteja seguindo a aplicação de um princípio. Ressalte-se, igualmente, a conduta impecável do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na condução da Polícia Federal.
O "argumento" de que a presidente estaria pondo em perigo a "governabilidade" não deixa de ser um "pseudoargumento", pois ele expressa o descontentamento dos que foram atingidos ou dos que temem ser atingidos em futuro próximo. Ou seja, o dito argumento da governabilidade está sendo utilizado para a mera conservação do status quo, herdado do governo anterior.
A questão é bem outra. Trata-se de uma tentativa de instaurar uma nova forma de governabilidade, que possa seguir precisamente princípios republicanos, como o de que os recursos dos contribuintes não serão dilapidados ou desviados para os bolsos de alguns. O caminho que se está abrindo, e que será certamente espinhoso, é o de que a Nação possa trilhar o percurso do amadurecimento da democracia.
Corrupção e malversação de recursos públicos são extremamente nocivas para a democracia, pois degradam valores e corroem instituições. Se os valores morais não são seguidos pelos dirigentes, o exemplo dado à Nação é o de que ninguém a eles precisa obedecer. Se as instituições não são respeitadas, a própria organização social, institucional e política se torna precária. O recado seria, então, o seguinte: as regras nada valem.
No entanto, tal transformação política e institucional não pode ser levada a cabo por simples vontade presidencial se ela não vier acompanhada pelo apoio da opinião pública e, também, das oposições.
A opinião pública está sendo mobilizada pela ampla repercussão que a faxina vem tendo, atraindo setores que eram e são refratários ao PT e à falta de princípios e valores do governo anterior. Tampouco se deve descartar a hipótese de que boa parte dessas denúncias tenha tido origem no próprio Palácio do Planalto, com o intuito de que a ação de moralização pública fosse bem acolhida. O procedimento adotado foi o de formar a opinião pública.
Isso, porém, exige das oposições uma conduta responsável. Devem fazer frente comum com o governo, não procurando fustigá-lo partidariamente. As oposições não deveriam fazer oposição como têm feito durante os últimos nove anos, imitando o que o PT tinha de pior.
Aliás, para o PT daquele então, o que defendia a "ética na política" contra "tudo aquilo que estava aí", tal bandeira era ainda eficaz, pois ele não tinha, na esfera federal, a experiência de governar. Se hoje adotasse tal bandeira, depois dos descalabros éticos dos últimos anos, ninguém mais a tomaria a sério, nem os próprios militantes.
As oposições, por seu lado, nada aprenderam. Ao imitarem o PT, não se deram conta das limitações desse tipo de comportamento, além de se pautarem por uma forma de ação em franca contradição com o que faziam enquanto governo. O descrédito é a consequência inevitável. O resultado concreto é a sucessão de derrotas na esfera federal e a queda da representação parlamentar.
Isso significa que, no caso em questão, as oposições deveriam partir para um apoio ao governo Dilma em torno de princípios, abandonando até mesmo a ideia de CPI. Para que uma CPI, se os responsáveis foram punidos e as maiores falcatruas já apareceram? Na situação atual, trata-se apenas de uma forma partidária de fustigar o governo, fazendo o jogo dos descontentes com a faxina, o dos infratores. Apenas estes poderiam tornar viável uma CPI.
O jogo agora é outro: separar os interesses partidários dos republicanos, obrigando todos os atores, por convicção ou não, a atuar segundo uma noção suprapartidária de vida pública. O desafio é certamente enorme, mas não será enfrentado se não for tentado. A consolidação de nossas instituições democráticas disso depende.
PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR
============
DILMA FAZ GOVERNO REPUBLICANO?
Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.net, 15/08/2011
Eu me surpreendi com o tom governista e francamente irrealista do artigo de Denis Rosenfield de hoje, no Estadão (Princípios republicanos). O autor conclamou a oposição a apoiar o governo de Dilma Rousseff, supondo que ela está fazendo uma faxina ética e supondo que seu governo se pauta por princípios republicanos. Suas suposições são falsas e, para um filósofo de sua envergadura, um batalhador incansável na denúncia das mazelas do PT/MST nos últimos anos, confesso que me fez cair o queixo após a leitura. De entristecer.
[Indo trabalhar pela manhã ouvi no rádio a notícia de que o Governo Dilma chamou para dezembro conferência nacional sobre a causa gay. Ora, um governo que se pauta por princípios republicanos não pode tomar partido por uma causa religiosa, custeando um mega evento com verbas públicas. O gaysismo, como o abortismo, é bandeira do ateísmo militante de corte nitidamente religioso, que quer se impor aos demais credos abraçados pelos brasileiros, sobretudo os de vertente cristã, contrários ao ataque ateísta apoiado pelo governo.]
Toda a era do PT no poder, desde 2002, tem sido a negação da propaganda ética que o partido fez para chegar ao poder. O momento mais conspícuo foi o do mensalão. E temos visto reiteradas tentativas que estabelecer a censura à imprensa, como eu mesmo pude testemunhar por ocasião de uma outra conferência nacional, de triste memória (Confecom). No episódio da recente queda de Antonio Palocci, subitamente enriquecido por meios ignorados e suspeitos, vimos o empenho da Sra. Presidente em segurar o ministro do poder, contrariando tudo que se entende por valores republicanos.
O que temos visto é uma luta surda dentro da base de apoio de Dilma Rousseff por cargos, poder e áreas de influência. A própria presidente declarou-se surpreendida pela ação da Polícia Federal, que prendeu dezenas de pessoas no Ministério da Agricultura. Claro que a declarada ignorância não convenceu a ninguém, menos ainda aos atingidos. O ministro da Justiça também posou de marido traído e, a modo de confirmar tais falsas surpresas, membros da Polícia Federal têm se comportado como se suas atividades profissionais estivessem sendo prejudicadas pela ação do comando político. Vejo em tudo isso um grande circo. A Polícia Federal, ao empreender ações que têm por alvo agentes políticos, se comporta como polícia política. Seus alvos são preferenciais. Basta lembrar que, em todos os episódios em que partidários do PT foram denunciados, como no mensalão, a Polícia Federal ou foi ausente ou foi nula. Seu rigor tem sido usado sempre contra os desafetos do PT.
O próprio Denis Rosenfield tem escrito ótimos artigos denunciando as preferências nada republicanas do PT pelos sistemas de cotas raciais e “sociais”, inclusive pelo revisionismo da propriedade da terra para quilombolas e para índios, em prejuízo da maioria da Nação, criando quistos raciais e até mesmo extra-nacionais, inexistentes até então no Brasil. É o oposto da prática republicana de defender o bem geral. É essa militância pelo bem comum nos antigos artigos que tem tornado o filósofo gaúcho figura querida em meio aos brasileiros de bem, preocupados com os destinos do Brasil.
O filósofo chegou a ser patético ao escrever, em defesa do suposto republicanismo do Governo Dilma: “Isso, porém, exige das oposições uma conduta responsável. Devem fazer frente comum com o governo, não procurando fustigá-lo partidariamente. As oposições não deveriam fazer oposição como têm feito durante os últimos nove anos, imitando o que o PT tinha de pior.” As oposições nada têm feito de eficaz contra o governo, esta é a realidade conspícua, até porque não dispõem nem de força e nem de vontade para isso. Estão castradas. Piormente, quem está contra as ações supostamente moralizadoras da presidente não são as oposições, mas a mal afamada “base aliada”, os atingidos diretamente pela suposta faxina. Denis Rosenfield deveria fazer apelo a Michel Temer, a José Sarney, a Waldemar da Costa Neto. O filósofo gaúcho terá sido tomado de súbita cegueira? Anda desinformado?
E concluiu o artigo de modo ilógico e francamente inaceitável: “Isso significa que, no caso em questão, as oposições deveriam partir para um apoio ao governo Dilma em torno de princípios, abandonando até mesmo a ideia de CPI. Para que uma CPI, se os responsáveis foram punidos e as maiores falcatruas já apareceram? Na situação atual, trata-se apenas de uma forma partidária de fustigar o governo, fazendo o jogo dos descontentes com a faxina, o dos infratores. Apenas estes poderiam tornar viável uma CPI.” Ora, se o apego ao republicanismo e à faxina é, de fato, veraz por parte do governo – e do próprio filósofo travestido e arauto do poder – que se façam tantas CPIs quantas forem necessárias para restabelecer a moralidade. Governos empenhados na moralização não teriam, por suposto, nada a esconder.
A democracia sairia engrandecida e os ideais republicanos enobrecidos se no Congresso Nacional a questão das falcatruas, afinal todas elas oriundas das hostes governistas, do PT e da sua base aliada, fosse investigada no poder que é o emblema da democracia e da República. Cabe à oposição ser oposição e vigiar para que a coisa pública não seja vilipendiada. Confesso que fiquei muito constrangido ao ler o apelo de Denis Rosenfield. Nem Lula seria capaz – incapaz que é – de fazer apelo tão obsceno. Sua mudança de posição em relação ao governo do PT foi total.
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