Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
As
contas públicas estão se deteriorando, a despesa cresce mais que a arrecadação,
o superávit primário é cada vez menor
Dizem que o fantasma de Deng Xiao Ping, o
líder que criou a China moderna, foi invocado pelo atual presidente, Xi
Jinping, para orientá-lo sobre como conduzir uma nova onda de reformas. De
carro, Xi conduziu Deng pelo país, para exibir os resultados das primeiras
mudanças, aquelas iniciadas em 1978. De repente, a estrada que tomara mostrou uma
perfeita bifurcação. Xi para na encruzilhada e pergunta: grande líder, viramos
à direita ou à esquerda? E Deng, sem vacilar: dê sinal à esquerda, vire à
direita.
Esta piada é um
clássico. E permanece porque, acreditem, reproduz o modo de agir da liderança
chinesa em momentos cruciais. O presidente Xi Jinping é conhecido como
reformista, cercou-se de reformistas em seu governo e colocou na cadeia o chefe
da outra ala do Partido Comunista, Bo Xilai, que comandava um movimento pela
recuperação do maoísmo.
As reformas
discutidas na ala de Xi estavam claramente na direção de mais mercado, mais
propriedade privada, em resumo, mais capitalismo. Portanto, para simplificar,
Xi representava a direita e Bo, a esquerda.
Pois não é que o
começo do governo de Xi coincide com o que se chamou de uma “onda vermelha”? O
próprio presidente falou mais de uma vez em recuperar os valores do maoísmo.
Mais ainda: nas vésperas da crucial reunião plenária do Comitê Central do
Partido Comunista, marcada para o próximo fim de semana e anunciada por Xi como
tão importante quanto a comandada por Deng em 1978, diversas companhias
estrangeiras tornaram-se alvos de órgãos de fiscalização, receberam punições e
foram atacadas como imperialistas impiedosas.
Diante da
perplexidade de observadores e mesmo de executivos de grandes multinacionais
recebidos com honras pelo presidente Xi, os mais experientes recomendavam
calma: o sinal é à esquerda...
Veremos. A
plenária do Comitê Central, claro, será fechada. E todo mundo sabe que já está
tudo decidido. Aquela regra universal da política: só se chama uma reunião
importante, com muita gente (300 e tantos membros, no caso), quando já se
resolveu pelo menos o essencial.
Ficam todos,
portanto, à espera dos sinais à direita — mudanças efetivas como, por exemplo,
a permissão para que agricultores vendam suas terras ou as entreguem como
garantia de empréstimo. Seria a consagração da propriedade privada da terra. A
registrar: uma das reformas cruciais da era Deng foi justamente permitir que os
agricultores vendessem sua produção no mercado livre, em vez de entregarem tudo
ao governo. Isso levou, então, a uma forte expansão da produção agrícola.
Resumindo: a
propaganda seria maoísta, a prática, ao modo Deng.
O governo Lula, o
do primeiro mandato, foi tipo chinês. A propaganda, inclusive a eleitoral, era
para mudar tudo e desmontar o regime neoliberal. Na prática, o governo aumentou
o superávit primário a níveis inéditos, nomeou um banqueiro para o Banco
Central que, autônomo, foi logo aumentando os juros para colocar a inflação na
meta, e aplicou reformas que favoreceram o ambiente de negócios.
Já o governo
Dilma parece adotar a mesma técnica, mas invertida. Jura fidelidade ao
superávit primário, ao regime de metas, promete liberdade e oportunidades ao
capital privado — e faz tudo ao contrário.
A questão é: faz
isso de propósito ou tudo é uma grande confusão, resultado da falta de
objetivos e capacidade?
Não é
brincadeira. A dúvida persiste inclusive entre os aliados do governo, tanto os
da esquerda quanto os da direita. Todos estes — e mais os críticos adversários
— concordam com os números: as contas públicas estão se deteriorando, a despesa
cresce mais que a arrecadação, o superávit primário é cada vez menor e a
tendência da dívida pública é de alta. Sinais claros disso: sobe a taxa de
juros, o real se desvaloriza mais que outras moedas.
Os aliados mais à
esquerda, digamos, sustentam que isso não tem nada demais e que o governo
deveria sair do armário e assumir que vai aumentar mesmo o gasto público e
derrubar os juros de qualquer jeito.
Os amigos mais à
direita, digamos, contam que há um desvio momentâneo, compreensível, que neste
momento o superávit primário pode mesmo ser menorzinho, mas daqui para a frente
— olhem lá, hein?! — é preciso dar uma segurada nos gastos e arrumar a
contabilidade.
Os críticos e
adversários sustentam que as bases macroeconômicas estão sendo destruídas, mas
não se entendem se é por vontade ou por incompetência.
Aí vêm a
presidente e o ministro Mantega e garantem: está tudo sob controle. Qual
controle? Certamente não é do tipo chinês.
Pour en finir avec dix idées reçues sur la guerre de 14-18
LE MONDE | • Mis à jour le
aAFacebookTwitterGoogle +LinkedinPinterest
Verdun, 1916. | AFP
La Grande Guerre est un événement si immense qu'il suscite sans cesse interprétations et réinterprétations. Son fort impact sur la société française alimente également la circulation d'images et de clichés qui ne correspondent pas à l'état du savoir des historiens. Le point sur dix idées reçues.
1. La guerre était souhaitée par les industriels et les financiers
Les interprétations marxistes des origines de la guerre, derrière les réflexions de Lénine sur l'impérialisme comme stade suprême du capitalisme, allouent une place centrale aux rivalités économiques accentuées par la baisse tendancielle du taux de profit, et au caractère prédateur des milieux industriels. Il y a certes des rapports de force commerciaux entre les blocs en Chine ou dans l'Empire ottoman, entre Britanniques - inquiets du « made in Germany » - et Allemands. La course aux armements dans l'immédiat avant-guerre, dans tous les pays, renforce cette interprétation.
Mais l'historiographie a montré que les interdépendances étaient en fait très fortes entre les économies et que, pour nombre de secteurs (assurances, sociétés minières...), la paix était préférable à la guerre. La City a ainsi plutôt poussé à défendre la paix. Par ailleurs, en matière de politique étrangère, les milieux industriels et financiers n'étaient pas unis.
2. Les soldats sont partis reprendre l'Alsace-Lorraine la fleur au fusil
Il n'est pas évident de saisir rétrospectivement des sentiments, des perceptions de contemporains et encore moins de les agréger pour donner une tendance d'ensemble. D'autant que les mots d'une époque (« résignation », par exemple) ne réfèrent pas forcément à l'identique à nos compréhensions d'aujourd'hui. En 1914, les attitudes face à la mobilisation semblent variées. Elles peuvent aussi évoluer selon les moments et les situations. Il y eut quelques démonstrations d'enthousiasme, mais on ne voit guère de joie dans les quartiers ouvriers de Hambourg, de Berlin, ou dans de nombreuses régions rurales. Beaucoup de témoignages évoquent même de la tristesse. S'il fallait donner une ligne générale, elle tiendrait plus de la résolution et de la résignation que de la « fleur au fusil », véritable mythe que les travaux ont démonté pour les différents pays engagés. Quant à l'Alsace-Moselle, devenue allemande en 1871, si son sort suscite de nombreuses déplorations en France, à l'école comme dans les journaux, rares sont ceux qui la considèrent comme une motivation profonde à faire la guerre en 1914.
3. Les taxis ont joué un rôle décisif dans la bataille de la Marne
La bataille de la Marne (6-12 septembre 1914), qui arrête la grande offensive allemande proche de Paris après avoir traversé la Belgique et le nord du pays, est un affrontement qui s'étend sur environ 300 kilomètres, de Meaux à Verdun. Les quelque 4 000 hommes de la 7e division d'infanterie transportés par taxi, les 6, 7 et 8 septembre, pour renforcer les troupes de la VIe armée vers Silly-le-Long et Nanteuil-le-Haudouin ne sont donc qu'un apport tout à fait limité à une armée composée d'environ 150 000 hommes. L'épisode est militairement insignifiant. La mobilisation de véhicules civils était par ailleurs prévue depuis le début de la guerre et les compagnies de taxis sont payées pour cette course particulière. Dès le moment même, l'épisode est utilisé pour valoriser l'ingéniosité du général Gallieni ou le sursaut d'une société en guerre.
4. Les combats à la baïonnette marquent la guerre des tranchées
La baïonnette est en vérité d'un usage rare dans les combats, même si elle équipe les soldats de différentes armées. Les deux tiers des pertes sont en fait causées par l'artillerie. Les combats rapprochés sont assez limités dans l'expérience de guerre des soldats qui, pour l'essentiel, ne voient pas leurs adversaires. Lorsque des assauts ou des patrouilles mettent cependant en contact, ou rapprochent, les combattants d'armées adverses, chacun préfère utiliser des armes de distance, plus protectrices, comme les grenades, les pistolets ou les lance-flammes.
Les grandes évocations du combat à la baïonnette que l'on trouve abondamment dans les publications de l'arrière reproduisent une représentation traditionnelle de la guerre d'avant 1914, et participent d'une héroïsation des soldats qui ne correspond pas à l'ordinaire de la guerre. Comme l'écrit l'ancien sous-lieutenant Raymond Jubert dans Verdun : mars-avril-mai 1916 (Presses universitaires de Nancy, 1989), le fantassin « meurt sans gloire, sans un élan du coeur, au fond d'un trou ».
Un bataillon britannique pendant la première guerre mondiale. | United Kingdom Government.
5. L'alcool a joué un rôle essentiel pour faire tenir les soldats
L'abondante consommation d'alcool est courante avant 1914. Dans les tensions et les violences de la guerre des tranchées, elle sert à l'évidence à apaiser ou à oublier. Ivresse et beuveries ne sont pas rares. Les soldats sont souvent à la recherche de rations supplémentaires : comme l'écrit en 1915 Jules Isaac, « la chasse au pinard est depuis le début de la guerre la principale occupation du poilu », dans Jules Isaac : un historien dans la Grande Guerre. Lettres et Carnets 1914-1917 (Armand Colin, 2004). Pour autant, il est d'un simplisme consternant de penser que c'est l'ivresse qui fait combattre les soldats dans les terribles circonstances de 1914-1918. Leurs motivations sont multiples et variables selon les pays et les périodes. Pour certains, notamment les intellectuels, la guerre comporte une dimension idéologique affirmée (la grandeur et la défense de la patrie) ; pour beaucoup, il s'agit surtout d'un sens du devoir assez général, sans motivation particulière. La camaraderie des tranchées, la fidélité aux morts tient aussi une large place pour comprendre les comportements des soldats. Les contraintes disciplinaires qui s'exercent sur la troupe ne sont pas négligeables.
6. En 1914-1918, on a fusillé les soldats en masse
Toutes les armées en campagne disposaient d'une justice militaire, et toutes, sauf celle d'Australie, ont prononcé des peines de mort suivies d'exécutions. La sévérité a marqué nombre de ces condamnations, car les conseils de guerre se déterminaient aussi en fonction d'enjeux disciplinaires, comme la volonté de faire des exemples pour la troupe. Mais elle frappe inégalement selon les cultures nationales et les traditions militaires. Dans l'armée française, c'est au début de la guerre que la justice militaire fait le plus fusiller, dans un contexte où le pouvoir civil est très en retrait. Cependant, les procédures deviennent mieux contrôlées au cours du conflit, et l'on ne peut donc pas dire que les armées fusillaient à tour de bras, d'autant que la troupe n'appréciait guère de voir les exécutions de camarades. Au total, on compte un peu plus de 600 fusillés dans l'armée française, 330 dans l'armée britannique (pour des crimes et délits militaires), et 750 dans l'armée italienne (chiffre important par rapport au nombre de mobilisés). Il faut aussi prendre en considération des exécutions sommaires, sur-le-champ, sans passage devant un conseil de guerre. Leur nombre est difficile à évaluer.
7. La guerre s'est jouée à Verdun en 1916
Verdun est assurément une immense bataille, qui s'étire de février à décembre 1916 et mobilise plus de 2 millions de soldats français. Elle coûte la vie à environ 300 000 hommes, Allemands comme Français. Pour autant, elle n'est pas la seule d'une ampleur si marquante, ainsi de la bataille de la Somme (1916) ou de celle du Chemin des Dames (1917, avec environ 1 million d'hommes mobilisés). Verdun n'est donc pas « incomparable », comme l'ont fait croire de nombreux récits mythiques. Surtout, l'affrontement n'était pas d'emblée envisagé comme décisif par l'état-major allemand qui l'a lancé. Plus encore, après des mois de combats dans des conditions très difficiles, les lignes se fixent presque sur leur point de départ. A l'échelle du déroulement d'ensemble de la guerre, la bataille n'a pas eu de conséquences fondamentales. Elle s'inscrit parmi toutes ces batailles que les états-majors lancent depuis 1915 pour tenter de sortir de la guerre des tranchées, peu considérée par la théorie militaire, et retrouver une guerre de mouvement. Sans succès avant 1918.
8. Les généraux français ont sacrifié les minorités régionales
C'est un raisonnement qui a été tenu par certains mouvements régionalistes et identitaires, en particulier en Bretagne et en Corse. A vrai dire, c'est mal poser le problème. Les généraux, en 1914-1918, ne sont pas préoccupés par la composition régionale de leurs troupes en priorité, d'autant que très vite, devant l'ampleur des pertes, les régiments perdent cette caractéristique. Ils disposent leurs troupes comme ils le peuvent, selon les enjeux militaires. Globalement, les travaux et les calculs montrent qu'aucune région n'a été particulièrement « sacrifiée ». Les taux de pertes varient en fait selon la composition démographique et sociale des départements : on sait par exemple que les paysans sont largement mobilisés dans les unités combattantes, donc les régions rurales risquent plus de pertes. Mais il y a aussi des variations régionales et locales plus fines. En revanche, les soldats des colonies étaient considérés selon les logiques raciales et de domination coloniales de l'époque, soit avec peu d'égards, tant par les Français que par les Allemands en Afrique. Il arrivait que, devant les conseils de guerre, des soldats jugés arriérés, parlant mal français ou bien issus des marges du Royaume-Uni (comme les Irlandais) subissent un traitement plus dur.
9. En 1918, la révolution a empêché l'armée allemande de gagner
La légende polymorphe du « coup de poignard dans le dos » a été diffusée en particulier par l'état-major allemand, relayée par des polémistes conservateurs et de la droite radicale. A l'automne 1918, la société et l'armée allemandes étaient exsangues, tandis que les alliés bénéficiaient de l'engagement américain. A l'arrière, le ravitaillement faisait défaut et les tensions sociales et politiques se multipliaient. Au front, après l'échec des grandes offensives du printemps, l'armée s'affaiblit progressivement puis se délite. C'est même l'état-major qui a demandé l'armistice avant de prôner la résistance. Il sut avec habileté faire porter la responsabilité au pouvoir civil et parlementaire, dans des circonstances délicates qui conduisent à l'abdication de Guillaume II et à la proclamation de la République. La droite antirépublicaine bâtit et diffuse avec succès un double mythe : celui d'une armée qui rentre victorieuse (et qui reçoit un accueil triomphal) et qui a été poignardée dans le dos par la subversion à l'arrière. La République de Weimar doit supporter le lourd fardeau de ces accusations fausses.
10. La guerre a émancipé les femmes
La question fait encore débattre les historiens. Assurément, pendant la guerre, les femmes ont accompli des tâches auparavant largement masculines, assurément, elles ont obtenu des droits politiques plus importants dans un certain nombre de pays (comme l'Angleterre), assurément encore, certaines modes, comme celle de la « garçonne », évoquent une émancipation des codes féminins traditionnels. Mais, en réalité, le travail féminin était déjà en croissance avant 1914 et, dès la guerre finie, de nombreuses femmes retournent à leurs tâches antérieures. La féminisation du travail est limitée et dépend des secteurs. Par ailleurs, de nombreux droits leur sont refusés (en France, le droit de vote ne date que de 1945, il y a peu d'acquis aussi en matière de droit civil) et, surtout, les formes d'émancipation des rôles traditionnels sont souvent très restreintes socialement et quantitativement. Des travaux récents mettent l'accent sur cette période comme temps de transition amorçant les évolutions à venir.
Bem, isso a gente já sabia, mas é bom que se repita. Quem criou todos, repito TODOS, os programas de assistência pública aos pobres e desvalidos do Brasil foram economistas liberais ligados a governos tucanos ou social-democratas. Os petistas atacaram esses programas, chamando-os de "esmolas".
Depois, como é seu costume, e corresponde à natureza fraudadora fundamental de mentirosos e ladrões de ideias que são, se apropriaram dos programas, ampliaram tremendamente seu escopo e abrangência, de maneira a criar um curral eleitoral, e passaram a chamar tudo isso de seu, acusando a oposição de pretender acabar com a "esmola". Ladrões de ideias, fraudadores da verdade, desonestos fundamentais, mentirosos políticos...
Creio que certas verdades precisam ser ditas, repetidas, para que a versão mentirosa não se consagre indevidamente.
Paulo Roberto de Almeida
Confesso que não entendi muito bem essa matéria em um dos blogs da Folha de São Paulo com o título: Proposta de Aécio não garante permanência do Bolsa Família (clique aqui). O post fala que o fato de estar na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) não garante que o bolsa família será mantido e nem tão pouco qual será o seu valor.
Isso é verdade. Mas o próprio post termina com a frase: " A permanência do Bolsa Família, no entanto, não depende de garantias legais. Não parece haver candidatos dispostos ao suicídio político de extinguir, ou mesmo reduzir, o programa que completou dez anos."
No final, não se sabe se o post é uma critica ou uma defesa ao candidato da oposição. Mas porque então a oposição se preocupa em sinalizar que não terminará com o bolsa família, seja Aécio ou Eduardo Campos? porque em eleições passadas essa falsa ideia foi disseminada por algumas pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Exatamente as mesmas pessoas que eram contra o bolsa família no seu início, já que viam o programa como uma esmola.
O bolsa família no Brasil e na América Latin foi invenção de economistas liberais lotados no Ministério da Fazenda. Leiam esse texto de uma professora canadense, Judith Teichman, que estudou o assunto (clique aqui) e se tivereme dúvidas passem no INSPER e conversem com o Marcos Lisboa e na SAE com o Ricardo Paes de Barros.
Centenas de venezuelanos lotaram as lojas da rede Daka em Caracas para comprar eletrodomésticos a preços reduzidos, neste sábado (09) após determinação do presidente Nicolás Maduro de que a rede havia sido alvo de intervenção e sancionada por aumentar seus preços de forma irregular - Miguel Gutiérrez/EFE
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou uma ocupação militar na cadeia de lojas de produtos eletrônicos Daka, em uma ofensiva contra o que o governo afirma ser uma manipulação de preços lesiva à economia do país. Gerentes das cinco lojas da rede foram presos, e a empresa foi forçada a fazer uma espécie de liquidação bolivariana. Uma multidão de venezuelanos lotou as lojas Daka neste sábado em busca de eletrodomésticos a preços camaradas.
A intervenção ocorreu após uma inspeção determinada na quarta-feira pelo presidente para, segundo a paranoia bolivariana, combater a guerra econômica organizada pela oposição e o setor privado. A rede Daka, segundo o governo, se aproveita do câmbio oficial – de 6,30 bolívares o dólar –, mas pratica preços com base no câmbio paralelo. O país estabelece um rígido controle cambial, que gerou um mercado negro em que o dólar supera em mais de oito vezes a taxa oficial.
"Estamos fazendo isso para o bem da nação", afirmou Maduro. "Eu ordenei a ocupação imediata desta rede de lojas para oferecer seus produtos a preços justos. Não deixe nada sobrar no estoque... Vamos vasculhar toda a nação na próxima semana. Esse roubo ao povo tem de parar", esbravejou o sucessor de Hugo Chávez.
Após ouvir o discurso de Maduro pelo rádio na tarde de sexta-feira, uma multidão de venezuelanos começou a se concentrar nos arredores das lojas da rede Daka, duas em Caracas e três no interior, para aproveitar a "liquidação bolivariana" de aparelhos de televisão, geladeiras, liquidificadores, ferros de passar, entre outros artigos domésticos, com mais de 50% de desconto.
Segundo AFP, na loja da cidade de Valencia, terceira do país, situada 170 km a oeste de Caracas, houve um início de confusão quando homens quebraram uma vidraça e quiseram levar os produtos sem pagar – e acabaram detidos pela Guarda Nacional.
The United Nations of voices we encounter on Manhattan’s streets is global but transient: Visitors from abroad come to town and they look, they shop, they leave.
By contrast, the same range of accents we hear in Queens is global but local: People land from everywhere and stay, in one of the most ethnically diverse patches of residential real estate in the nation.
Given that mix today, it makes symbolic sense, at least, that for four years, from 1946 to 1950, the United Nations General Assembly had its first headquarters in Queens, in a low, pale slab of a building designed to be New York City’s Pavilion for the 1939 World’s Fair. Set on an edge of what is now called Flushing Meadows-Corona Park, with the Grand Central Parkway streaming by, it proved itself a versatile premises, suited equally to athletics and aesthetics. For many years, half the building was a skating rink. The other half, beginning in 1972, was home to the Queens Museum of Art.
Several months ago, the museum closed fully to complete a two-year, $69 million renovation that mostly took place while the museum remained open.
On Saturday it reopens, much changed. Its interior is now twice as large. By absorbing the former skating rink, it has gained about 50,000 square feet, which translates into extra galleries, studios for resident artists, storage room for a growing collection and — the pièce-de-résistance — a high-ceiling, sky-lit atrium that has the feel, in line with this museum’s democratizing spirit, of a community commons.
Until now, the museum turned its back on the parkway with a solid wall, but no more. The new design, by the Grimshaw architectural firm, includes big sheets of glass on both sides of the building, so you can see right through. Along with transparency comes a semi-logical layout. Over many years of visiting, I never really got my bearings; the floor plan seemed to jump around. Now, even with more ground to cover, I already sort of know my way.
The cost for the whole ambitious, expanding, revivifying job may sound like a lot for a smallish museum. But to add some perspective, the Metropolitan Museum is spending almost as much just to gussy up its Fifth Avenue plaza.
Along with the additions, the Queens Museum has also let something go: The words “of Art” are no longer part of its name. The institution’s executive director, Tom Finkelpearl, explained the rebranding in a news release. In his view, so-called outer-borough museums are faced with two basic options: Either shoot for a bridge-and-tunnel-phobic Manhattan audience or use the same energy to interact more with the immediate community, which is what they were meant to do.
For the Queens Museum, the choice was clear. Given the cosmopolitan breadth of its home population, and the lively history of the building itself — it also was the New York City Pavilion for the city’s second World’s Fair, in 1964 — Queens consciousness was the way to go, and so it has.
Long-favored features from the past have been retained. The giant, infinitesimally detailed relief-map panorama of New York City, commissioned by Robert Moses for the 1964 fair, is where it has always been, embedded in the building’s center like a captive spaceship, twinkling with lights. For the reopening, the museum has added some new elements to the old by surrounding the panorama with a suite of handsome, time-lapse photographs of the recent expansion in progress, taken by Jeff Chien-Hsing Liao, a young artist born in Taiwan and based in Queens.
Elsewhere, a new open-storage display brings some 900 vintage World’s Fair souvenirs out of attics, desk drawers, shoeboxes and the museum’s archive for perusal. They vary in size from admission buttons to a full-scale plaster cast of Michelangelo’s “Pietà.” The actual Pietà was the high-art highlight of the 1964 fair, shipped from the Vatican and seen by hundreds of thousands of conveyer-belt-riding viewers.
Some people call this stuff material culture, some call it junk. Whatever you call it, it’s history: loaded evidence of a time, a place and an era-defining event that happened miles away from big-deal Manhattan.
Finally, the museum’s Neustadt Collection of Tiffany Glass, once upstairs, has main-stage visibility in one of the six new galleries that surround the atrium. With 20 stained-glass lamps aglow, the display is like an Art Nouveau version of Chartres.
And who knew that the Tiffany Studios were once located a mere stone’s throw away, in Corona? Or that some of its most interesting designs were created by a phalanx of female workers known as Tiffany Girls?
The Queens Museum has a track record for making history as well as showing it. It has always given pride of place to contemporary art, often to work that few Manhattan museums noticed before Queens led the way. In the 1990s, Cai Guo-Qiang’s first United States museum solo show was there. And there were “Out of India: Contemporary Art of the South Asian Diaspora” and “Global Conceptualism: Points of Origin, 1950-1980s.” New York might not have paid much attention to such shows, but the international art world did, and they helped shape the increasingly cosmopolitan direction that art was taking.
The museum has assembled no fewer than four contemporary exhibitions for the reopening, two of them, in different ways, Queens specific and hard to judge as of this writing.
An installation called “The People’s United Nations (pUN),” by the Mexican artist Pedro Reyes, inaugurates the new atrium. The obvious reference is to the fledgling General Assembly meetings here, which promised much and embittered many. The decisions to divide Palestine and to separate North and South Korea were made here.
Mr. Reyes clearly intends his work as wry rebuke. Beneath an outsize, doctored version of the United Nations seal, he has placed miniature drones in the shape of doves and clocks made from twisted firearms. On Nov. 23 and 24, he will convene a mock-Assembly session, during which 193 New Yorkers from the 193 states that make up the United Nations will gather for a kind of boot-camp immersion in conflict-resolution techniques. The idea is to tackle serious issues in the disarming spirit of play, an approach I’ve become suspicious of. We’ll see.
The museum’s signature biennial show, the Queens International, is back, the 2013 edition put together, for the first time, by two curators: Hitomi Iwasaki, the resident director of exhibitions, and Meiya Cheng, co-founder of the Taipei Contemporary Art Center in Taiwan. The biennial has been built around artists who live and work in the borough, but this time includes participants from Taiwan, which has a large immigrant population in Queens.
Like Mr. Reyes’s piece, the show has crucial performance components, which will unfold over time, so a one-off look gives only a partial sense of the whole. Still, there’s a lot in place to see, and some artists — Nobutaka Aozaki, Kevin Beasley, Chou Yu-Cheng, Siobhan Landry, Arthur Ou — stand out.
At the same time, it may be a sign of art’s current global-melting-pot state that clear distinctions between work made in New York and work made anywhere else can be hard to detect. This suggests that avenues of international communication are strong, which is good. It also suggests that diversity has become generic, which is a problem.
A third show, “Citizens of the World: Cuba in Queens,” is, despite its title, less about a Cuban presence in the borough than about the significance of a particular selection of Cuban art in the museum. All the work is on loan from the collection of Shelley and Donald Rubin, for whom the gallery is named. The Rubins, who founded a museum of Asian art in Chelsea, are among the very few large-dollar donors who routinely write checks for art institutions beyond the Manhattan mainstream. In a heartening quid pro quo roundelay, the Queens Museum benefits from the Rubins’ largess, the Rubins get to air their collection in a museum, and we get to see a kind of alert, passionate art that the Met, MoMA and the Whitney continue to pass right over.
Out of all the inaugural bounty, though, the largest and most moving component is the exhibition called “The Shatterer,” the solo museum debut of the artist Peter Schumann. Mr. Schumann came to New York from Germany and founded the Bread and Puppet Theater, blending populist political happening and medieval mystery play, on the streets of the Lower East Side.
That was in 1963, 50 years ago, a time when America was at war with itself and the world, and most of Manhattan was still — as it is not now — working-class immigrant turf. In the 1970s, Mr. Schumann moved to Vermont, where he has stayed, his social vision undiminished, working collaboratively in theater and producing his own art.
The Queens show, organized by Jonathan Berger and Larissa Harris, demonstrates how thoroughly Bread and Puppet is Mr. Schumann’s creation. Its down-value look and activist ethos are evident in everything, from the black house-paint mural he has brushed across one of the museum’s new white walls to the hand-printed, hand-bound books he has placed in the gallery that he designates as both chapel and library. Every inch of this room is covered with figures and words: saints and ogres, exhortations and condemnations, art for one and for all, straight from the hand, right to the moral core.
The Queens Museum is a good place for it.
Mr. Finkelpearl’s interests have long centered on participatory, activist art — art as a form of instruction. He recently published a book on the subject, “What We Made:Conversations on Art and Social Cooperation.” Much of his museum’s programming revolves around this idea. It makes sense that he has known and loved Mr. Schumann’s art for many years; that’s why it’s here.
And where else would it go? At once poetic and preachy, modest and obsessive, satirical and spiritual, it’s probably too unfashionably “alternative” for anyplace else. But given the condition of passive, formalist dullness that has stalled art in New York, alternatives of all kinds are what we need. These days, at the end of the No. 7 train to Queens, you’ll find at least one.