O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 2 de outubro de 2011

Pausa para... Ciencia: Marie Curie e o Ano Internacional da Quimica - Felipe A.P.L. Costa


INFORMAÇÃO MALTRATADA

Marie Curie e o Ano Internacional da Química

Por Felipe A. P. L. Costa 
Observatório da Imprensa, 27/09/2011, edição 661


Há exatos cem anos, uma obstinada cientista, mãe de duas filhas e já então viúva, era agraciada com o Nobel de Química. Um feito e tanto, sem dúvida, mas que, por incrível que pareça, não era um feito inédito: oito anos antes, a mesma cientista havia sido agraciada com o Nobel de Física. O nome dela? Marie Sklodowska-Curie (1867-1934) – nascida Maria Salomea Sklodowska, em Varsóvia (Polônia) –, mais conhecida mundo afora como Marie Curie.
Aproveitando o centenário do Nobel de Química dado a Marie Curie, e como parte de uma programação comemorativa mais extensa, envolvendo outras disciplinas científicas, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2011 o Ano Internacional da Química (ver AIQ 2011ou IYC 2011). O lema da campanha, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês) em parceria com a União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês), é “Química: a nossa vida, o nosso futuro”.
Até o momento, porém, a mídia brasileira não parece muito preocupada com o assunto. Afinal, já estamos praticamente no último trimestre do ano e, com raríssimas exceções, até agora nada... Entre as exceções, cabe aqui registrar a cobertura que a revista Ciência Hoje vem fazendo, publicando desde o início do ano artigos especiais em alusão ao AIQ 2011 (ver aqui), a exemplo do que fez em 2009, quando publicou vários artigos em alusão ao Ano Internacional da Astronomia.
“O aterrorizante grau de ignorância científica”
Quando a química aparece na mídia, quase sempre é retratada como se fosse uma cartola de mágico, cheia de truques e curiosidades, ou, na melhor das hipóteses, como uma ciência exclusivamente aplicada – ver, por exemplo, a matéria “Evolução da química levou à criação de aromas sofisticados”, de Sabine Righetti, publicada naFolha de S.Paulo (22/8/2011). Uma explicação para isso é que a química, com perdão do trocadilho, é relativamente impalatável para o grande público, “vendendo” relativamente pouco. Para contornar o problema, editores e repórteres costumam então abusar na maquiagem – o que, em geral, produz matérias distorcidas ou mesmo aberrações.
Além de maltratada pelos meios de comunicação, a química talvez seja, em termos curriculares, a mais marginalizada das ciências naturais. Assim, ao final do ensino médio, o assunto torna-se para a grande maioria dos estudantes cada vez mais distante. Sem uma familiaridade mínima, não é de estranhar que a opinião pública (nacional e internacional) reproduza tantos erros e mal-entendidos grosseiros envolvendo a disciplina. Eis um comentário a respeito desse estado de coisas:
“Havia dois jovens no elevador da estação de rádio quando entrei, depois de terminar uma gravação ao vivo. ‘Você é alguém?’, deixou escapar um deles. Enquanto eu ponderava uma resposta apropriada para essa questão profundamente filosófica, seu amigo disparou: ‘Sim, ele é o cara que fala de química no rádio.’ Essa era a munição de que o filósofo precisava. ‘Ó, não, estamos presos no elevador com um cientista’, brincou, antes de oferecer voluntariamente a informação de que na escola havia tirado dois em química, e ‘mesmo assim colando’.
“Eu já ouvira isso antes. Depois de dar muitas conferências, tenho sido abordado por pessoas que, de alguma maneira, sentem necessidade de desafogar suas mágoas e dizer-me, com alguma espécie de orgulho perverso, que dormiram durante as aulas de ciências do ensino médio, ou que química fora o único curso em que fracassaram. Tais comentários são emocionalmente dolorosos para qualquer um que ensine ciências. Mas, pior que isso, eles deixam implícito que o ensino de ciências pobre e sem imaginação pode ser parcialmente responsável pelo aterrorizante grau de ignorância científica que permeia nossa sociedade.
“O analfabetismo científico não é assunto para brincadeiras. Certamente nos divertimos com respostas bobas de provas, sugerindo que Benjamin Franklin produziu eletricidade esfregando dois gatos um contra o outro, ou que podemos identificar o monóxido de carbono porque ele tem um “cheiro inodoro”. Mas a falta de familiaridade com os princípios científicos básicos pode causar medos infundados e abrir a porta para charlatães.
“Recentemente, ouvi de um cavalheiro que estava preocupado porque, se dormisse com um cobertor elétrico, ficaria ‘cheio de radioatividade’; de pessoas que haviam investido em uma empresa costa-riquenha que descobriu um processo para transformar a areia vulcânica da praia em ouro; e de uma senhora que se preocupava porque o dióxido de silício do seu adoçante artificial lhe causaria câncer de mama […].
“O absurdo químico chegou até a sala dos tribunais. No julgamento de uma briga de gangues na Califórnia [EUA], o promotor descreveu ‘uma situação muito parecida a quando o nitrogênio se encontra com a glicerina: era certo que ia haver uma explosão de violência’. Ele provavelmente baseava a afirmativa em alguma vaga noção de que a nitroglicerina é um potente explosivo, mas essa substância não é feita combinando nitrogênio com glicerina. [...]
“Mais terrível ainda é a história do jovem Nathan Zohner, que ganhou o prêmio da Grande Feira de Ciências de Idaho [EUA]: ele fez com que 43 entre 50 visitantes assinassem uma petição para banir o monóxido de di-hidrogênio ‘porque pode ser fatal se inalado, é um componente principal da chuva ácida e pode ser encontrado em tumores de pacientes terminais de câncer’. [Para detalhes (em inglês) sobre esse caso, ver ‘Dihydrogen monoxide hoax’, na Wikipedia.] Qual é essa horrível substância química? Água, claro (H2O).” [Joe Schwarcz, Barbies, bambolês e bolas de bilhar, p. 18-20 (Jorge Zahar, 2009)]
Átomos radioativos e isótopos
No que segue, vamos nos debruçar um pouco sobre a vida e obra de Marie Curie, a cientista que cunhou o termo “radioatividade” e que foi, ao mesmo tempo, pioneira nessa área de pesquisa e vítima involuntária de sua própria rotina de trabalho.
A radioatividade é a emissão espontânea de partículas e/ou radiação por parte de núcleos atômicos instáveis, dando origem a outros núcleos, que podem ser eles próprios instáveis ou estáveis. Ao contrário do que alguns imaginam, nem todos os elementos químicos são radioativos.
De onde vem a radiação? A fonte última da energia emitida pelos átomos radioativos é o núcleo. Átomos de um mesmo elemento químico têm, por definição, o mesmo número atômico (que é igual ao número de prótons presentes no núcleo). Átomos de um mesmo elemento têm, portanto, o mesmo número atômico, mas podem ter ou não a mesma massa atômica (que é soma de prótons e nêutrons presentes no núcleo), quando são então referidos como isótopos.
A abundância relativa dos isótopos de um mesmo elemento é bastante desigual. Por exemplo, o carbono-12 (cujo núcleo possui seis prótons e seis nêutrons) é o isótopo de carbono mais comum encontrado na Terra, correspondendo a mais de 98% de todos os isótopos desse elemento – existem ainda o carbono-13 (seis prótons e sete nêutrons) e o carbono-14 (seis prótons e oito nêutrons), entre outros. Algo semelhante ocorre com o urânio, cujo isótopo mais abundante é o urânio-238 (92 prótons e 146 nêutrons), que corresponde a mais de 99% dos isótopos desse elemento – há ainda o urânio-235 (92 prótons e 143 nêutrons) e alguns outros, bem mais raros.
Os raios Becquerel e os Curie
Muitos isótopos são instáveis e, por isso mesmo, mudam espontaneamente para uma configuração energeticamente mais baixa e estável. Nesse processo, chamado de desintegração nuclear (ou decaimento radioativo), isótopos instáveis liberam energia (radioatividade) e partículas fundamentais (nêutrons, prótons ou elétrons), sendo então referidos como radioisótopos. Isótopos estáveis não são radioativos – isto é, não sofrem decaimento adicional e, portanto, não emitem radiação.
Em 1896, o físico francês Antoine-Henri Becquerel (1852-1908) relatou em artigo que uma amostra de material contendo urânio (um minério de óxido de urânio chamado pechblenda) era capaz de liberar energia (radiação) espontaneamente. Os raios Becquerel, como chegaram a ser chamados, atravessam sem dificuldade uma série de objetos opacos à luz. A descoberta chamou a atenção da física Marie Curie, que na época já vivia em Paris, onde havia conhecido e se casado com o físico francês Pierre Curie (1859-1906).
Marie e Pierre Curie passaram a se dedicar ao estudo de materiais radioativos. Após um minucioso e demorado trabalho de análise química, o casal – que, ao lado de Becquerel, foi laureado com o Nobel de Física, em 1903 – conseguiu isolar e identificar dois novos elementos: o polônio (nome dado em homenagem à Polônia, terra natal dela) e o rádio (cujo comportamento inspirou a expressão “radioatividade”), ambos altamente radioativos e com os quais eles passariam a lidar quase diariamente. Anos depois, em uma decisão que hoje seria vista como “escabrosa”, Marie Curie deliberadamente abriu mão do direito de patentear o processo de isolamento do rádio. A razão para isso? Simples: facilitar o acesso e as pesquisas com o novo elemento.
Filha e genro agraciados com o Nobel de Química
Pierre Curie morreu precoce e repentinamente, em 1906, após ter sido atropelado por uma carroça em uma rua de Paris. Um congresso internacional de radiologia, realizado na Bélgica, em 1910, homenageou sua memória, dando o nome de curie à unidade de medida da radioatividade. Marie Curie continuou suas pesquisas com materiais radioativos, tendo recebido, em 1911, como foi dito antes, um segundo Nobel, este de Química, tornando-se assim a primeira pessoa a ser duplamente laureada. Tal distinção ocorreu até hoje com outros três cientistas: o químico estadunidense Linus Pauling (1901-1994), laureado com o Nobel de Química (1954) e o da Paz (1962); o engenheiro eletricista estadunidense John Bardeen (1908-1991), laureado duas vezes (1956 e 1972) com o Nobel de Física; e o bioquímico inglês Frederick Sanger (1918-), laureado duas vezes (1958 e 1980) com o Nobel de Química.
Após tantos anos manipulando material radioativo sem as devidas precauções – além da manipulação direta, ela carregava amostras nos bolsos do jaleco, em uma época na qual os efeitos biológicos da radiação ainda eram desconhecidos –, Marie Curie passou a conviver com sérios problemas de saúde, vindo a desenvolver um tipo de câncer (leucemia). Quando faleceu, no entanto, em 1934, as implicações e as aplicações biológicas dos átomos radioativos já estavam sendo avidamente estudadas. Ela própria esteve profundamente envolvida com o assunto desde antes da I Guerra Mundial (1914-1919). Em 1935, sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie (1897-1956), e o esposo, o físico francês Frédéric Joliot-Curie (1900-1958), seriam agraciados com o Nobel de Química, mais uma vez em razão de estudos envolvendo a radioatividade.
***
[Felipe A. P. L. Costa é biólogo e autor de Ecologia, evolução & o valor das pequenas coisas (2003)]

Republicanos ortodoxos, democratas gastadores: as sauvas dos EUA

Este economista sensato explica como, sob quais condições, chegar a um consenso sobre a divisão que paralisa atualmente o governo americano: republicanos que não aceitam nenhum aumento de impostos, democratas que querem aumentar impostos e continuar gastando...
Paulo Roberto de Almeida

Opinion

The Problem With ‘No New Taxes’

The New York Times, October 1 2011
IN a debate in August, Republican presidential candidates were asked whether they would support a budget deal that bundled $10 of spending cuts for every $1 of tax increases. All said no. They rejected any deal that involved raising taxes.
Curiously, though, if this approach actually were to become government policy, it would have a surprising effect: it would surely lead to higher rather than lower taxes.
Consider the example more closely. Cutting $10 in spending for every $1 in tax increases would result in $9 in net tax reduction. That’s because lower spending today means lower taxes tomorrow, and limiting the future path of government spending does limit future taxes, as Milton Friedman, the late Nobel laureate and conservative icon, so clearly explained. Promising never to raise taxes, without reaching a deal on spending, really means a high and rising commitment to future taxes.
Furthermore, this refusal to contemplate a tax increase — which I’d characterize as an extreme Republican stance — has brought what seems to be an extreme Democratic response: President Obama’s latest budget plan is moving away from entitlement reform and embracing multiple tax increases on the wealthy. We may be left with no good fiscal options.
The problems with a no-new-taxes stance run deeper. Because it’s unlikely that spending cuts alone can balance the budget, politicians who espouse extreme antitax views often end up denying the scope of our long-run fiscal problems.
The reality is that a mix of our aging population and rising health care costs will create acute budgetary pressures in about 10 years. If Medicare costs rise, say, 5 percent a year, such costs will roughly double in 14 years. Imagine that Congress freezes spending generally. Doing that for Medicare would, in essence, cut the size of the program in half over that period. Since the number of older Americans is rising, the per capita Medicare benefit would fall even more, with increasingly drastic results as the years pass.
That’s politically unlikely, and insisting upon it, or refusing to acknowledge that this is what a spending freeze means, ends up as another way of running away from fiscal reform. Focusing on cutting discretionary spending, a common political tactic, isn’t enough to balance the books.
Another conservative economist and Nobel laureate, James M. Buchanan, emeritus professor of economics at George Mason University, argues that deficit spending leads to yet more spending, and higher future taxes, compared with a pay-as-you-go approach. A move toward balancing the budget may mean some tax increases up front, he says, but future taxes as well as government spending will be lower than they would be otherwise.
In other words, the current antitax strategies advocated by the Republican candidates are unlikely to lead to fiscally conservative ends.
Conservatives may distrust the idea of making a grand fiscal bargain with President Obama. Some may believe that the balance of political influence is shifting in their favor anyhow. Yet from a 10-to-1 starting point, or even from 6-to-1 (one of the deals rumored to be on the table a few months ago) the bargain cannot improve all that much more in favor of spending cuts over taxes. Refusing such a bargain also requires an extreme estimate of how much American public opinion will swing in the conservatives’ direction. Keep in mind, too, that once Republican politicians are in power, they are often less keen to cut spending.
Of course, it may be rational to worry that a grand fiscal bargain isn’t much of a bargain at all. A prudent deal may postpone much of the spending reductions until the economy picks up. Perhaps we’ll end up getting the tax increases up front, and the promised spending reductions will never materialize. Congress may break its word and not make those cuts in future years, or maybe a national emergency — real or fabricated — will bring a completely new fiscal plan. Even so, it’s hard to see the harm in having tried to reach a deal, and taxes will eventually go up in any case, because they must.
What’s more, a vote for a grand fiscal bargain, in which both Republicans and Democrats have at least once endorsed a common vision of reducing entitlement spending, would increase the chance that reform would stick.
The more cynical interpretation of the Republican candidates’ stance on taxes is that they are signaling loyalty to a cause, or simply marketing themselves to voters, rather than acting in good faith. It could be that candidates are more worried about having to publicly endorse tax increases than they are about the tax increases themselves. If that’s true, it is all the more reason to watch out for our pocketbooks; it means that the candidates are protecting themselves rather than the taxpayers.
The final lesson is this: Many professed fiscal conservatives still find it necessary to pander to voter illusions that only a modicum of fiscal adjustment is needed. That’s an indication of how far we are from true fiscal conservatism, but also a sign of how much it is needed.
Tyler Cowen is a professor of economics at George Mason University.

A miragem do Mercosul - Editorial ABC Color (Paraguai)

Do final de junho, mas com argumentos ainda válidos...
Paulo Roberto de Almeida 



La mentira de la integración
Editorial: ABC Color (Asunción), 30/06/2011

Dos décadas después de haberse firmado en nuestra capital el tratado que dio origen al proceso de integración regional, Asunción volvió a ser el escenario de una Cumbre presidencial del Mercosur. Desafortunadamente, esta no revistió la trascendencia de aquel destacado evento fundacional, celebrado el 26 de marzo de 1991. No solamente porque la máxima representante de uno de los Estados Miembros no acudió a la cita, la presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner, sino porque ninguno de los relevantes principios que fueron invocados hace dos décadas para promover nuestro común desarrollo económico y social ha sido puesto en práctica hasta la fecha.

Dos décadas después de haberse firmado en nuestra capital el tratado que dio origen al proceso de integración regional, Asunción volvió a ser el escenario de una Cumbre presidencial del Mercosur. Desafortunadamente, esta no revistió la trascendencia de aquel destacado evento fundacional, celebrado en la sede del Banco Central del Paraguay el 26 de marzo de 1991. No solamente porque la máxima representante de uno de los Estados Miembros no se dio cita al encuentro, la presidenta de la República Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, sino porque ninguno de los relevantes principios que fueron invocados hace dos décadas para promover nuestro común desarrollo económico y social ha sido puesto en práctica hasta la fecha. Hasta el propio Fernando Lugo se vio forzado a reconocer los “retrocesos” registrados en el proceso.

Es así como ayer los presidentes se encontraron en la misma ciudad y en el mismo punto del que partimos hace veinte años. A él retornaron sus actuales protagonistas con las manos vacías y las palabras huecas. Se dijo que el Mercosur sería, a partir del 31 de diciembre de 1994, un Mercado Común. Pues no lo es. Se estableció que en él habría libre circulación de bienes, servicios y factores productivos. Pues no la hay. Se dispuso la creación de un arancel externo común. Pero él es constantemente perforado por los cuatro miembros. Se ordenó la coordinación de políticas macroeconómicas. Pero no existe. Se pidió armonizar las legislaciones en las áreas pertinentes. Pero ello solo se cumplió en una parte mínima.

¿Cómo se llegó a esta situación actual? Porque mientras en cada cumbre iba aumentando la escalada retórica de la integración, simultáneamente la realidad de los hechos se encargaba siempre de desmentir las promesas formuladas profusamente por nuestros mandatarios. Además, por egoísmo y espíritu imperialista, los socios mayoritarios del bloque, Argentina y Brasil, que tenían que haber sido los motores que impulsaran todo el proceso integrador, prefirieron anteponer sus intereses nacionales al bien comunitario.

Basta mirar lo que permanentemente le sucede a nuestro país en el Mercosur para sacar una conclusión al respecto. La liberalización del comercio dentro del bloque continúa siendo una utopía para el Paraguay, que periódicamente sufre trabas a su comercio exterior a causa de las recurrentes trabas paraarancelarias que le aplican argentinos y brasileños, hasta por medios intimidatorios como el oprobioso bloqueo portuario contra buques de bandera paraguaya impuesto a fines del año pasado por un grupúsculo de sindicalistas argentinos, envalentonados por un mal disimulado apoyo de su propio gobierno en manos de la señora presidenta de ese país, que no vino tal vez por evitar que se le pregunte sobre ese y otros tema urticantes de la relación bilateral.

Un proteccionismo salvaje por parte del Brasil prácticamente ha hecho colapsar la incipiente industria de neumáticos reprocesados en nuestro país, forzando a los empresarios del sector a sepultar sus ilusiones, acabar con sus perspectivas y despedir a cientos de paraguayas y paraguayos que trabajaban en sus fábricas.

Una voracidad sin límites de nuestros vecinos nos impide el uso legítimo de nuestros recursos energéticos, porque la remanida retórica integradora –reiterada ayer hasta el hartazgo– ni siquiera ha logrado mitigar el perjuicio que nos produce la sistemática explotación neocolonialista aplicada por Brasil y Argentina en la administración de las usinas hidroeléctricas de Itaipú y Yacyretá, al amparo de leoninos tratados concertados a espaldas del pueblo por los dictadores militares de turno.

Basta citar que, a causa de ello, hasta ahora el Paraguay no puede exportar su energía eléctrica excedente al Uruguay ni a Chile, por las insalvables dificultades que pone el Gobierno argentino para facilitar el usufructo de sus redes de interconexión eléctrica. Bien que ellos y los brasileños intercambian campantemente a precio de mercado nuestra energía eléctrica producida en Itaipú y Yacyretá a través de la central transformadora de Garaví, en abierta violación de los sendos tratados que tienen con nuestro país.

También avasallando disposiciones del propio Tratado de Asunción, funcionarios argentinos de cuarta categoría, argumentando impedimentos de carácter fitosanitario o de cualquier otra índole artificial, se permiten la osadía de frenar en las fronteras el paso de centenares de camiones con hortalizas paraguayas, haciendo de esta manera que el fruto del trabajo de humildes campesinos de nuestro país acabe pudriéndose y tirado a un basurero a causa de la altanería de burócratas despiadados.

Estos son claros ejemplos de cómo el Mercosur, en vez de facilitar una repartición equitativa de los beneficios de las usinas hidroeléctricas mediante una asociación energética estratégica regional, tiende más bien a consolidar una entente entre los socios más grandes, en directo perjuicio del Paraguay e, indirectamente, también del Uruguay.

Por esta razón, en esta ocasión de la Cumbre del Mercosur, el pueblo paraguayo reclamó, por intermedio de sus legítimas autoridades, la eliminación de esta sistemática política de mala vecindad para con el Paraguay. Nuestros vecinos debieran comprender que ha llegado el momento de dar un giro geopolítico en sus relaciones con nuestro país, de modo que ayuden a cicatrizar las dolorosas heridas del pasado histórico, constantemente reabiertas a raíz de la aplicación de medidas inamistosas y abiertamente violatorias del Tratado de Asunción, fundamentalmente en los puntos fronterizos.

Mientras tanto, hacemos cuestión de valorar y agradecer la fraterna y constante política de amistad y cooperación tradicionalmente brindada a nuestro país por el gobierno de la República Oriental del Uruguay, en la figura de don José “Pepe” Mujica, el ex líder guerrillero que supo demostrar a su pueblo y a la comunidad internacional que, en vez de reprimir las ansias populares, hay que luchar por liberarlas y hacer que suban hasta la superficie, a fin de construir una verdadera democracia.

El día que Argentina y Brasil renuncien a su afán de sometimiento de los más débiles; el día que expresen una verdadera intención de promover una integración realmente basada en criterios de equidad y justicia para todos los que formamos parte del proceso; el día que antepongan el bien colectivo a sus políticas hegemónicas, ese día los paraguayos creeremos en las palabras que sus mandatarios pronuncian en este tipo de cumbres. Mientras tanto, mientras la verdadera integración no se sustancie en la realidad de los hechos, seguiremos considerándolas mentiras vulgares pronunciadas en discursos baratos con los que ya a ningún paraguayo es posible seguir engañando.

Hora dos paises emergentes? Depende; se cairem no estatismo, vao para tras... -


Entrevista com o cientista político Ian Bremmer
Chegou a hora dos emergentes

Luís Guilherme Barrucho
Revista VEJA, ed. 2237, ano 44, n. 40, 5/10/2011, p. 17 e 20-21

Para Ian Bremmer, não há dúvida: os países emergentes vivem o seu momento. Poderão obter ganhos definitivos nesse ambiente de crise que afeta os ricos, mas há o risco de que cometam um grande erro: o do excesso de estatismo.
*
Especialista em países emergentes, o americano lan Bremmer, de 42 anos, cientista político e presidente da consultoria Eurasia Group, de Nova York, vem apontando com ênfase as contradições crescentes do capitalismo de estado, que, em graus variados, é o sistema dominante na China, índia, Rússia - e, infelizmente, agora também no Brasil. Bremmer demonstra que regimes nos quais o governo atribui a si um papel preponderante na economia acabam reféns de interesses políticos menores que, cedo ou tarde, vão se sobrepor aos princípios consagrados que levam prosperidade à maioria. Diz ele: “Se usarem a crise dos ricos como pretexto para aumentar a intervenção estatal na economia, os países emergentes vão perder uma chance de ouro”.

Como a crise nos países mais ricos afeta os emergentes?
Passado o pior período da tormenta, tenho certeza de que o cenário acabará sendo favorável aos países emergentes. Eles ganham com a crise uma excepcional oportunidade para avançar. Enquanto não há nenhuma perspectiva para as nações mais ricas, que estarão por um bom tempo de mãos atadas para injetar dinheiro em suas economias, os emergentes se encontram em situação financeira mais confortável, com seus gigantescos mercados internos ainda por desbravar. Isso não se traduz automaticamente na conclusão de que os emergentes estão imunes à desaceleração das economias do mundo desenvolvido. Mas países como Brasil, China e índia têm as condições essenciais e necessárias para tirar proveito das circunstâncias e, como resultado, expandir sua participação relativa na riqueza mundial. Trinta ou quarenta anos antes, olharia o cenário com muito mais desconfiança. Naquele tempo, o dinheiro poderia até tomar o rumo dos emergentes, como parte de um movimento natural de fuga do marasmo das economias mais ricas em direção às que crescem. Mas seria certamente um fenômeno passageiro. O quadro que enxergo hoje é diverso. O grosso dos investimentos está indo para os países emergentes para ficar. As economias mudaram muito e para melhor. Elas contam com arcabouço institucional mais sólido, proporcionam ambientes de negócios razoavelmente confiáveis e isso se soma às vantagens tradicionais que sempre cintilaram diante dos olhos dos investidores estrangeiros.
(…)

O que pode dar errado?
O grande risco que as economias emergentes correm é cair na tentação estatizante. Existe sempre o perigo de, a pretexto da crise global, os emergentes se deixarem levar pelo ímpeto de intervir mais fortemente na economia. Como se sabe, a qualidade dessas ingerências cedo ou tarde se deteriora, e elas passam a ser motivadas por interesses políticos e empresariais localizados ou, pior, por bandeiras ideológicas. É na interferência excessiva do estado que reside o maior de todos os perigos para os países emergentes. Nos momentos de crise, isso pode parecer justificável, pois se tem a impressão de que há alguém no comando enfrentando a turbulência econômica. Nessas horas, a idéia estatizante fica ainda mais perigosa.

Por quê?
Todos os emergentes já seguem, em diferentes graus, um modelo intervencionista. São países que praticam versões próprias do capitalismo de estado. Esse sistema é muito forte na China e na Rússia, onde os setores estratégicos são controlados pelo governo. Ele é mais brando em países como o Brasil, a índia e o México. Nesses regimes, o livre mercado é aceito e praticado, mas neles o governo age sempre como ator econômico privilegiado e forte. Nesse ambiente, as doses excessivas de intervenção são quase inevitáveis. Elas sempre prejudicam a eficiência da economia. Espero que as autoridades dos países emergentes resistam à tentação de ampliar seus tentáculos pretextando a necessidade de ter mais poderes para enfrentar a crise externa. Espero que segurem o ímpeto desastroso de instrumentalizar as estatais, os bancos públicos ou os fundos soberanos - e, o que seria ainda mais ruinoso. bulir com o destino das empresas privadas que recebem alguma forma de ajuda financeira do estado. Na crise, sob a justificativa de estimular o crescimento e criar mais empregos, esses movimentos podem parecer naturais e necessários. Mas são fatais. O capitalismo de estado desencoraja a competição e, por isso, é insustentável a longo prazo.

Leiam a íntegra da entrevista na revista Veja.

Rio Grande do Sul de hoje = Brasil de amanha; ou vice-versa...


Não nos enganemos: o Rio Grande do Sul não está pior do que o Brasil. Como outrora estado mais desenvolvido da federação, o de maior IDH, ele simplesmente chegou na frente de outros estados porque sua população imigrante, seu espírito empreendedor, suas virtudes de trabalho habilitaram o estado a dar um salto à frente dos demais, durante muito tempo.
Não nos esqueçamos que os grandes surtos de modernização nacional, na era Vargas e durante o regime militar, foram impulsionados sobretudo por gaúchos, militares ou civis, em todo caso comprometidos com a causa do progresso social, o desenvolvimento material, a boa gestão da coisa pública via políticas racionais, de corte positivista.
Tudo isso acabou, na redemocratização e na "nordestinização" do Brasil que se seguiu (não tenho nenhum preconceito contra o Nordeste, apenas constato fatos, de cultura e de organização social e política, por isso não me venham com bobagens politicamente corretas; eu sou politicamente incorreto, e digo as coisas como as coisas são).
O Brasil virou um antro de espertezas políticas, de prebendalismo, de patrimonialismo, de fisiologismo, de corrupção, de cultura de bondades estatais e de assistencialismo vagabundo, com políticos medíocres a alimentar tudo isso.
Não se trata apenas de que o RS foi "contaminado" por essa mentalidade; ela já existia, apenas se pode desenvolver mais livremente pós-1985. Não só o RS, mas SP também sofreu com a mesma mentalidade.
Portanto, não se trata de que o RS ficou atrás do Brasil, ao contrário: ele parece cada vez mais com o Brasil. Ele apenas antecipa o que vai ocorrer, já está ocorrendo, aliás, com todo o Brasil. A mediocridade política leva o país para a decadência econômica.
Só ficou visível no RS agora, porque o estado estava muito ¡a frente do Brasil. Agora já está mais "normal", mais parecido com o Brasil.
Bem-vindo à decadência...
Paulo Roberto de Almeida 

Economia
PIB desacelerado não tira a majestade do Rio Grande

Ana Clara Costa, de Porto Alegre
Veja online, 1/10/2011

Rio Grande do Sul sofre as mazelas de um estado que não investe
Economia gaúcha cresceu abaixo da média nacional nos últimos anos, prejudicado pela concorrência asiática, por problemas climáticos e, sobretudo, pelo baixo investimento do estado

É ponto pacífico entre os próprios gaúchos que a economia do Rio Grande do Sul poderia estar melhor. Pouco a pouco, o forte orgulho das raízes, que sempre foi característico da população, dá lugar a uma visão cada vez mais crítica que tem tudo para estimular a melhora do estado. Prejudicado por um cenário externo desfavorável e pela falta de investimento público, o Rio Grande do Sul tenta mudar. A missão exigirá uma atuação forte da sociedade junto aos políticos locais e ao governo federal, cobrando investimentos e boa gestão. Para os gaúchos que desbravaram muitas fronteiras brasileiras, vencer mais um obstáculo não deverá ser impossível.

Duas palavras resumem hoje o sentimento da população gaúcha ao olhar o passado, constatar o presente e vislumbrar o futuro: indignação e impotência. O estado que por décadas figurou como exemplo de desenvolvimento econômico, educação e saúde perde cada vez mais espaço para outras regiões. E não se trata apenas de bravata de números e minúcias de institutos de pesquisa. A questão é profunda. A economia do Rio Grande do Sul, de fato, expande-se menos que a média nacional. Entre 2002 e 2010, enquanto o avanço estadual foi de 25,1%, o Brasil cresceu 36,5%. O estado migrou, na última década, da 1ª para a 4ª posição no ranking de educação no país, além de perder duas posições no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Na prática, isso significa que o Rio Grande do Sul, um dos estados com maior potencial para surfar a onda de crescimento que vive a economia brasileira, não consegue fazê-lo.

Para entender o fenômeno da estagnação – e, em alguns casos, retrocesso – que o Rio Grande do Sul vive, o site de VEJA percorreu cidades gaúchas, conversou com lideranças econômicas e políticas e traçou um cenário dos principais desafios que impedem o estado de prosperar como deveria, compondo um especial de quatro matérias que serão publicadas a partir deste domingo.

Os problemas detectados são tanto de origem doméstica como  de origem externa. Os primeiros são velhos conhecidos de todos os brasileiros: os efeitos das mudanças climáticas na agricultura, a apreciação do real ante o dólar e o forte aumento das importações. O setor do agronegócio, por exemplo, responde por mais de 10% da economia do estado e 12% da produção agrícola nacional. Cerca de 13% do que é produzido é exportado. Com o dólar mais barato nos últimos anos, o valor recolhido em reais com as vendas externas ficou menor, prejudicando os investimentos. O mesmo ocorre com os embarques ao exterior de produtos industriais, como calçados, móveis e máquinas agrícolas, que amargam progressiva perda de competitividade. No mercado doméstico, o espaço perdido pelos produtos gaúchos é preenchido pelas importações.  “O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do país e exporta acima da média nacional. Com o real valorizado, ele acaba perdendo mais”, afirma Heitor José Müller, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

Desvantagens – Todos os estados brasileiros compartilham dessa problemática da baixa competitividade – que o câmbio só faz ficar mais evidente – em relação, sobretudo, aos produtos asiáticos. Há fatores próprios do Rio Grande do Sul, no entanto, que ampliam essa desvantagem. Após a pujança industrial dos anos 1990, o governo gaúcho fechou os olhos para investimentos em todo tipo de infraestrutura: de estradas a hidrovias, de ferrovias a portos, e também nos aeroportos. Enquanto São Paulo, por exemplo, concedeu à iniciativa privada a maior parte de suas estradas e hoje possui a maior rede de rodovias duplicadas do país, o Rio Grande do Sul tem menos de 20% de sua malha duplicada. Os rios que desaguam na Lagoa dos Patos formam um complexo de hidrovias que funciona muito abaixo de seu potencial. Já o porto de Rio Grande, no extremo sul do estado, passou por reformas, mas ainda assim é incapaz de suprir toda a necessidade de escoamento de mercadorias. Em Porto Alegre, o trânsito em horários de pico nada fica a dever ao da capital paulista.

Não que o resto do Brasil tenha feito sua “lição de casa” de maneira exemplar. As deficiências na infraestrutura são um mal que afeta a maior parte dos municípios brasileiros, ainda que em escalas diferentes. O que chama a atenção, no entanto, é que o Rio Grande do Sul, ao longo de décadas, muniu-se de armas econômicas e sociais suficientes para voar alto. Sem investimentos mínimos do governo, entretanto, o que poderia ser uma viagem às alturas está prestes a virar um voo de galinha. “O setor empresarial gaúcho sempre procurou fazer as coisas por si só, sem esperar a iniciativa do governo. Mas chega um momento em que não se pode avançar se não houver um mínimo de estrutura”, afirma o empresário Glademir Ferrari, que atua no setor moveleiro e preside o Sindicato das Indústrias do Mobiliário (Sindmóveis) de Bento Gonçalves, o principal polo moveleiro do estado.

Política difícil – Os problemas políticos que levaram o Rio Grande do Sul a esse ponto inserem-se num amplo contexto. Em primeiro lugar, diferentemente de alguns estados do Nordeste beneficiados pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), a economia gaúcha ficou para trás nos últimos anos. Em parte, por não precisar de obras consideradas urgentes, como as de saneamento básico, mas também por não abrigar um governo aliado ao Partido dos Trabalhadores. Durante as duas gestões do ex-presidente Lula, Germano Rigotto (PMDB) e Ieda Crusius (PSDB) compuseram um governo estadual pouco articulado com seus opositores e falharam em brigar por benefícios ao estado em Brasília. “O governo passado saneou as contas, embora tenha sido pilotado por uma governadora politicamente truculenta”, afirma o presidente da Fecomércio gaúcha, Luiz Carlos Bohn, ressaltando que o estado pode, agora, voltar a tomar empréstimos internacionais.

Atualmente, com o petista Tarso Genro à frente do governo estadual, a expectativa de alguns é que as coisas mudem de figura. Genro tem, inclusive, flertado com a oposição – em um movimento poucas vezes visto no Rio Grande. No entanto, nada de concreto aconteceu até o momento, a não ser promessas de um metrô para Porto Alegre – um projeto pilotado, sobretudo, pelo prefeito da cidade, José Fortunati (PDT). Apesar de nove meses de mandato sem nenhuma grande realização, o sentimento geral é positivo em relação à gestão de Genro.

Por fim, parte da culpa pela situação atual pode estar numa característica própria do gaúcho, transferida para a política, que é o gosto por uma boa briga. Essa preferência pode ser, em tese, pródiga. De uma boa discussão surgem, às vezes, ótimas ideias, que traduzidas em ação, podem se transformar em políticas bem-sucedidas. Infelizmente, dizem os especialistas, não que é tem sido visto. O poder público local tem dedicado muito tempo às “peleias” sem que as realizações venham a contento com as necessidades do estado. O chamado grenalismo – termo criado para denominar a rivalidade entre gremistas e colorados e que ganhou um sentido maior, de uma dicotomia muito acentuada – faz com que a própria população tenha dificuldade em adotar posições neutras sobre quaisquer temas, prejudicando a convergência de ideias e a criação de consensos. Sem isso, nenhum alinhamento político será suficiente para fazer o Rio Grande do Sul voltar a engrenar.

Leia amanhã: Gosto pela “peleia” nem sempre traz resultado

Primeiro de Abril cientifico? Premio IgNobil? Onde estamos, exatamente, com o tal de aquecimento global?


Crearán volcán artificial para combatir calentamiento

El Universal, 01/10/11.
Las pruebas se realizarán a partir de octubre y se centraran en el empleo de un globo aerostático, una manguera y una bomba mediante la cual inyectaran agua hasta un kilómetro de altura.
Investigadores del Reino Unido bombearán agua hasta casi un kilómetro de altura en la atmósfera, a través de una manguera suspendida, para intentar mitigar los efectos del calentamiento global, de acuerdo a la revista Scientific American.
El experimento es la primera gran prueba de un sistema hidráulico que algún día podría arrojar partículas de sulfato en la estratosfera a una altitud de 20 kilómetros, con el apoyo de un globo de hidrógeno del tamaño de estadio deportivo.
El objetivo es aplicar la geoingeniería, o la “deliberada manipulación en gran escala del medio ambiente a nivel planetario”, en palabras de la Royal Society de Londres, que presta asesoramiento científico a los responsables del experimento. En este caso, los investigadores están tratando de recrear los efectos de enfriamiento de las erupciones volcánicas en la Tierra de forma artificial.
La prueba con un costo de 30 mil dólares, forma parte de un proyecto llamado “inyección de partículas estratosféricas por Ingeniería Climática (SPICE en ingles) y se inspira en la erupción en 1991 del Monte Pinatubo en Filipinas, en la que eL volcán arrojó 20 millones de toneladas de partículas de sulfato en la atmósfera, enfriando a nuestro planeta 0.5 grados centígrados durante 18 meses.
Si las pruebas tienen éxito, el artefacto que consiste de un globo y una manguera, se podría utilizar para inyectar partículas adicionales a la estratosfera, lo que reflejaría una poco más de la energía del sol al espacio, esperando poner freno a algunos de los efectos del calentamiento global.
“Esta es una de las primeras veces que los científicos han aplicado la geoingeniería fuera del laboratorio. Todavía estamos a décadas de distancia, a décadas de que la geoingeniería se haga realidad”, señaló Matthew Watson uno de los científicos participantes del proyecto.
Watson dijo que su equipo todavía tiene que determinar las sustancias que funcionan mejor para reflejar la luz solar, deben determinar cuánto se necesita para tener el efecto adecuado y las posibles consecuencias no deseadas de la inyección de partículas en la atmósfera, como la lluvia ácida, el agotamiento de la capa de ozono o la interrupción patrón climático.
Las pruebas se realizarán a partir de octubre y se centraran en el empleo de un globo aerostático, una manguera y una bomba mediante la cual inyectaran agua hasta un kilómetro de altura, para probar la viabilidad de esta tecnología.
Oposición ecológica
Aunque las pruebas del próximo mes con agua se espera que sean inofensivas, varios grupos ecologistas han criticado el plan y la geoingeniería en general. El año pasado, la Convención de las Naciones Unidas sobre la Diversidad Biológica emitió una declaración que prohíbe la investigación de geoingeniería que pueda afectar la biodiversidad.
Inglaterra aceptó esa declaración, pero el experimento SPICE no viola ningún acuerdo internacional debido a que se realiza a pequeña escala, señaló Jason Blackstock, físico del Centre for International Governance Innovation.

Austeridade e "indignados": quando as pessoas vao crescer?

Recebo de um correspondente de internet a seguinte mensagem:

Pessoal
De uma mensagem que recebi ontem de terras lusas, extraí o seguinte:

A situação econômica aqui em Portugal está muito muito má. Não há emprego, empresas a fechar todos os dias, tudo muito caro,  e  o governo a tomar medidas de austeridade, atrás de medidas de austeridade. Continuam a aparecer buracos nas contas do estado, não sei aonde isto vai parar, choca-me o povo Português até agora estar a suportar isto tudo com passividade.
Na minha opinião o governo está a ir pelo caminho errado e mais facil que é aumentar imposto. Deveria reduzir a despesa do estado, têm reduzido mas muito pouco.
Depois as injustiças e a corrupção. É muito facil gerir a crise dos outros. No caso dos politicos portugueses que são bem pagos e cheios de mordomias.
Enfim, não tenho muita esperança, penso que vamos no caminho da Grecia é uma questão de tempo, a divida de Portugal é muito grande e o Pais produz muito pouco.

Seria impressão minha, ou vocês não acham que já viram algo assim, meio familiar?
Lá como cá, más fadas há.

Respondi o que segue: 

Meu caro [Fulano],
Compreendo as agruras dos nossos amigos lusitanos, mas esse tipo de reclamação subjetiva, impressionista, não tem nenhuma razão de ser.
Explico rapidamente as razões.
Em qualquer país, em quaisquer governos, de centro, de direita ou supostamente de esquerda e progressistas, "amigos do povo", os políticos fazem aquilo que sempre fizeram: gastar o dinheiro dos outros.
Político é assim: seu único objetivo é se reeleger, continuamente, e para isso prometem mundos e fundos, bondades para gregos e goianos.
Não existe nenhuma hipótese, sublinho NENHUMA, de que isso não redunde em déficit fiscal e buracos no orçamento e dívidas públicas crescentes. NAO EXISTE.
Pois bem, o que pede o colega lusitano? Fim da austeridade?
Mas ele não pensou em que antes os governos gastaram mais do que podiam, ou deviam?
E ele pede, não aumento de impostos, mas redução das despesas estatais?
Mas ele não concluiu que se trata exatamente da mesma coisa?
Não existe NADA, sublinho NADA, que o governo possa fazer de bondade, para pessoas como ele, que não tenha sido TIRADO ANTES da mesma população, pois a ÚNICA FONTE DE RENDA de um governo são os impostos, taxas e contribuições que o governo tira de empresários e trabalhadores, pessoas como ele.
Ou seja, quando ele pede políticas para isso e para aquilo, habitação, emprego, seguro desemprego, ele está convidando políticos a retirar seu dinheiro para fazer essas bondades.
Politicos e burocratas de governo, ao manipular todos esses recursos para bondades, fazem as suas bondades primeiro consigo próprios e o que sobrar vai para os ingênuos como ele que acreditam em Papai Noel.
Não adianta reclamar depois: pediu bondades estatais, tome déficit público e buraco fiscal. Depois tem de vir a austeridade, a menos de calote sobre gregos e goianos, justamente.
Quando é que as pessoas vão ficar grandes?
---------------------------
Paulo R. de Almeida

Jeffrey Sachs contestado por Paul Ryan: um livro que poderia ser melhor...

Jeffrey Sachs é um exemplo raro de como bons economistas podem degringolar para o populismo barato. Em sua companhia eu não hesitaria em colocar Paul Krugman e Joseph Stiglitz, dois prêmios Nobel que podem até ter merecido a distinção pela obra teórica feita anteriormente ao prêmio, mas certamente não pelos artigos demagógicos feitos na imprensa desde alguns anos. Eles são aqueles que Napoleão designava por ideologos, e que Saint-Simon estimava serem os engenheiros sociais.
Paul Ryan demonstra como ele pode estar enganado em seu novo livro. Com certeza, pessoas assim fazem mais mal do que bem à sociedade.
Paulo Roberto de Almeida 



Bookshelf
America's Enduring Ideal

Jeffrey Sachs is only the latest in a long line of thinkers to reject the values of our commercial republic

By Paul Ryan
The Wall Street Journal, October 1, 2011


The Price of Civilization

By Jeffrey Sachs
Random House, 324 pages, $27


Free enterprise has never lacked for moral critics. In the mid-18th century, for instance, the French philosopher Jean-Jacques Rousseau rejected the proposition that the free exchange of goods and services, and the competitive pursuit of self-interest by economic actors, result in general prosperity—ideas then emanating from Great Britain. In a commercial society, according to Rousseau, the people are "scheming, violent, greedy, ambitious, servile, and knavish . . . and all of it at one extreme or the other of misery and opulence." Only a people with "simple customs [and] wholesome tastes" can be virtuous.
In "The Price of Civilization," Jeffrey Sachs carries Rousseau's argument into the 21st century. Mr. Sachs, a development economist at Columbia University, believes that "at the root of America's economic crisis lies a moral crisis: the decline of civic virtue among America's political and economic elite." The book's veneer of economic analysis cannot conceal what is essentially a crusade against the free enterprise ethic of our republic.
Only through a reshaping of our principles and a reordering of the American economy, Mr. Sachs believes, can we become "a mindful society." We must abandon a culture that is defined by hard work and the striving for upward mobility and an economy that has unleashed unparalleled prosperity. Hard work impedes leisure. Ambition is a vice. Economic growth hurts the planet.
The corporation is the antagonist in this morality play. Mr. Sachs refers early and often to widespread "suffering from the decline in corporate tax rates" and properly identifies a pernicious trend that both political parties have fallen victim to over the years: crony capitalism. But it is not just the rapaciousness of corporate interests that disturbs the author. He sees a deeper conspiracy at play. The marketing industry is referred to as the "dark arts of manipulation," and television has been dangerously left "almost entirely to the private sector." Our commitment to limited government and free enterprise has allowed "market values [to] trump social values." We are scolded time and again for letting business interests encourage our faults and fallibilities.
"Through clearer thinking," Mr. Sachs writes, "we can become more effective both as individuals, and as citizens, reclaiming power from corporations." This reclamation will come primarily from punitive tax and regulatory measures. Mr. Sachs is undaunted by any thought that such a regime might worsen unemployment. The trained economist assures us: "Economic theory indeed supports the view that high tax rates can actually spur, rather than hinder, work effort." He argues that financial incentives ought not to matter in a mindful society and is confident that well-intentioned social engineers can suspend the laws of economics.
Corbis
Text of the Declaration of Independence

The Price of Civilization

By Jeffrey Sachs
Random House, 324 pages, $27
One need not look far to find the inspiration for the America that Mr. Sachs seeks. He is explicit about his ideal, and it is Europe. America should match the high tax and "active labor market policies" found in the German and Scandinavian economies. The Constitution imposes too many restrictions on government interference for Mr. Sachs, and we'd be better served if we moved toward a "French-style" constitution that consolidated the executive and legislative branches and empowered experts to help us manage the "complexity of our economy." On the most effective means of petitioning one's government, Mr. Sachs sounds eerily Greek (A.D. 2011, not 500 B.C.): "A new political party can be combined with other forms of political agitation—consumer boycotts, protests, media campaigns, and social networking efforts—to put the most egregious leaders of the corporatocracy on notice."
Advocating for the European model seems particularly ill-advised at the moment, given the current state of affairs across the Atlantic. Yet Mr. Sachs is untroubled by the contradictions between the Europe of his imagination and the crisis-ridden continent as it exists today. He writes: "The countries that failed to raise taxes adequately—such as Greece—are now paying the price in a massive fiscal crisis, as in the United States." Too many industrialized countries, in his view, have fallen victim to the "race to the bottom" mentality of lowering corporate tax rates and depriving their governments' coffers of the money needed to pay their mounting bills.
The "price" of civilization, we find out, is quite steep.
A "civilized" society will cost Americans roughly $12 trillion in higher taxes over the next decade. Mr. Sachs concedes that he could lower the bill if the economy were to grow fast enough to stabilize the debt, at which point a roughly $8 trillion tax hike would suffice. The proposed means by which the federal government can expand as the economy shrinks: raise corporate tax rates (and plead with our global competitors to stop reducing their business taxes); raise the top individual income tax rate; raise taxes on investment, energy, bank balance sheets and financial transactions; and impose a national sales tax.
Mr. Sachs is honest enough to acknowledge that the "rich" are not nearly rich enough to pay for his ever-expansive vision of government. We're told that "each of us with an above-average income" (i.e., $50,000 per household) must "understand that if we are prudent, we can make do with a little less take-home pay."
Such appeals to the citizenry to make sacrifices might be more compelling if Mr. Sachs coupled them with calls for spending restraint in Washington. Instead, his budget proposal insists on the need to "augment" government spending by trillions of dollars in the years ahead. Thus the sacrifices of citizens are to be made to increase the size and scope of a federal government that Mr. Sachs admits has demonstrated little aptitude for allocating resources efficiently or even fairly. This conundrum leads him to a conclusion that would be comical if he were not deadly serious: "Yes, the federal government is incompetent and corrupt—but we need more, not less, of it."
Yet at its core "The Price of Civilization" is not about taxes or economics. It is about the "pursuit of happiness" as one academic understands it.
Enshrined in the country's founding documents, "the pursuit of happiness" has long been recognized in America as a natural right to be secured by good government. As the Founders understood it, "happiness" referred to human fulfillment, to a well-lived life of virtue in this world and ultimate fulfillment in the next. In ensuring that its citizens are free to seek their happiness, government was to promote neither hedonism nor materialism. It was to secure the right to pursue happiness by not interfering with either normal commercial transactions or freedom of worship.
In "The Price of Civilization," Mr. Sachs is asking the right questions. What is a life well lived? What should our government's role be in building a more virtuous society? What policies should it pursue to promote fulfilling lives for its citizens? If such questions direct us to the moral wisdom of our cultural traditions, they can indeed help to balance the excesses of capitalism and so help us to extend its benefits to all.
Yet Mr. Sachs's gospel of happiness draws not on the inspired tradition of the Founders but rather on the Utilitarian philosophy of Jeremy Bentham. In the 1780s, Bentham proposed that "happiness," which he equated with "pleasure," could be mathematically measured. It was not sufficient, he thought, for government to protect our rights if it was to vouchsafe our pursuit of happiness. Government must instead quantify "the greatest happiness of the greatest number" and set policies and goals accordingly. There was a science to satisfaction, Bentham claimed, and it was a puzzle that trained experts could solve.
Channeling Bentham, Mr. Sachs calls for the establishment of a national metrics for life satisfaction and sets a 10-year goal to "raise America's happiness." Although the specific measures are hazy, the steps are clear: For people to be happy, their government must increasingly shield them from the challenges of life. The good life is thus defined as one of ever-more pleasure at the expense of work.
But happiness in this world results not from avoiding challenges but from meeting them. Happiness is the recompense of real effort, whether intellectual or physical, and of earned success. It comes from achievement—from doing something of economic, artistic or emotional value. The satisfaction to be taken in producing valuable things brings with it a lasting sense of personal fulfillment. Mr. Sachs's design for paternalistic government will only impede the pursuit of happiness.
Mr. Sachs is more accurate when he argues that economics is not merely about making money. It must serve the higher cause of human well-being and moral development. He is right to dislike the greed and vulgarity that can accompany bourgeois life. But he is wrong to attribute these phenomena to capitalism uniquely. Discord and imperfection arise from human nature. The question is how they can be contained and redirected. Capitalism, together with our moral traditions, has long offered a solution consistent with individual freedom. Mr. Sachs's approach does not.
Mr. Sachs likely overstates Americans' enthusiasm for restrictions on work, for the denial of constitutionally protected freedoms or for government controls over media and technology. His conception of the good life could perhaps be mutually agreed to in a small, isolated and homogeneous society. But here in the United States it would have to be imposed on a diverse and globally integrated nation of more than 300 million people. That is neither possible nor desirable.
The freedom and independence of the American population can best be guaranteed by allowing the people to govern themselves through their elected representatives; by keeping limits on the size of government; and by encouraging each of us to take responsibility for our own well-being. We can best be aided by our families, communities, churches and local institutions—and by the government only as a last resort.
For, ultimately, Mr. Sachs's quarrel is with our founding principles of equality and liberty. Underlying the arguments in "The Price of Civilization" is a contention that the Constitution is too conducive to freedom, that it endorses an economic system too friendly to growth and the satisfaction of appetite, that it creates political institutions too inattentive to our national character.
In his first inaugural address, Thomas Jefferson defined "a wise and frugal Government, which shall restrain men from injuring one another, shall leave them otherwise free to regulate their own pursuits of industry and improvement, and shall not take from the mouth of labor the bread it has earned." The contrast with Mr. Sachs's idea of "good government" could not be more stark.
The Founders thought of America as exceptional, but Mr. Sachs thinks that this claim is a myth and that the country's present greatness a historical aberration. Our decline is, thankfully, inevitable, he says: "America will not again dominate the world economy or geopolitics as it did in the immediate aftermath of World War II. That was a special historical moment; we can be glad that economic progress throughout the world is rapidly creating a more balanced global economy and society."
It is through this prism of decline that we may better understand Mr. Sachs's calls for an overbearing government to take more earnings from you and make more decisions for you, as well as his instructions for hard-working Americans to restrain their ambitions and accept their current place in life. He seeks nothing less than to replace the vision of the Founders—the ideals of individual liberty that have enabled America to achieve the unrivaled social, material and spiritual flourishing of the past two and a quarter centuries—with one that relies almost solely on the wisdom and beneficence of an intrusive, unlimited government.
The dialogue between capitalism and its critics is an old one, and it will continue. But as citizens of a self-governing nation, Americans must choose from time to time between alternative visions for our future. This book's budget proposals and economic policies are profoundly revealing. They lay bare the real agenda of those who wish us to abandon the American idea and consign our nation to the irrevocable path of decline. If only in that sense, "The Price of Civilization" is a useful contribution to the conversation we must have in order to make informed political choices in the years ahead.
—Mr. Ryan represents Wisconsin's First Congressional District and is chairman of the House Budget Committee.

Global Economic History: a very short introduction - Robert C. Allen


Global Economic History: A Very Short Introduction

Global Economic History: A Very Short IntroductionBy: Allen, Robert C.
Published By: OUP Oxford
Published Date: 1 September 2011
ePub for Digital Editions :US$ 8.95
iPhone / iPad:US$ 8.95
PDF for Digital Editions :US$ 8.95
  
 
Add to wishlistWhy are some countries rich and others poor? In 1500, the income differences were small, but they have grown dramatically since Columbus reached America. Since then, the interplay between geography, globalization, technological change, and economic policy has determined the wealth and poverty of nations. The industrial revolution was Britain's path breaking response to the challenge of globalization. Western Europe and North America joined Britain to form a club of rich nations bypursuing four polices-creating a national market by abolishing internal tariffs and investing in transportation, erecting an external tariff to protect their fledgling industries from British competition, banks to stabilize the currency and mobilize domestic savings for investment, and mass educationto prepare people for industrial work. Together these countries pioneered new technologies that have made them ever richer. Before the Industrial Revolution, most of the world's manufacturing was done in Asia, but industries from Casablanca to Canton were destroyed by western competition in the nineteenth century, and Asia was transformed into 'underdeveloped countries' specializing in agriculture. The spread of economic development has been slow since modern technology was invented to fit the needs of rich countries and is illadapted to the economic and geographical conditions of poor countries. A few countries - Japan, Soviet Russia, South Korea, Taiwan, and perhaps China - have, nonetheless, caught up with the West through creative responses to the technological challenge and with Big Push industrialization that hasachieved rapid growth through investment coordination. Whether other countries can emulate the success of East Asia is a challenge for the future.