É caro, mas a gente paga
Carlos Brickmann, 21.05.2010
A divisão do Pará em três Estados continua sendo articulada, apesar dos custos (mais Assembleias, mais tribunais, mais funcionalismo), apesar da falta de perspectivas, já que o Pará responde por 1,8% da produção nacional. Os Estados viverão de verbas federais, tiradas dos seus, dos meus, dos nossos impostos.
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E não esqueçamos que ainda tem todo o Amazonas, que poderia dar facilmente três ou quatro estados novíssimos em folha (com perdão pela redundância botânica), e talvez até um dos Mato Grossos (você escolhe), sem mencionar o Piorão, ou mais exatamente, o Maranhão, que pode ter um lado ruim e outro pior ainda (você escolhe), graças à dinastia dos Ribamar...
O Brasil, como diria Pero Vaz, é um país que em se plantando, tudo dá, sobretudo palácios governamentais, sedes luxuosas para os legislativos, luxuosíssimas para os judiciários, milhares de cabides de emprego (literalmente) e muitas outras coisas mais...
Se antes só existiam pouco mais da metade dos 5.500 municípios que viviam de transferências federais, agora vamos ter muito mais estados (talvez um terço do total) que só podem sobreviver com transferências federais.
Dito assim, parece que o dinheiro vem do céu, de Brasília, quando ele sai do seu bolso, dos trabalhadores e empresários dos estados que são contribuintes líquidos para a União, e que recebem menos do que pagam em termos de serviços.
Viva o Brasil (dos espertos e dos ignorantes...).
Paulo Roberto de Almeida
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