Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Reflexao do dia (ou da noite): uma questao de carater
Sei que é simplista, simplório, ilógico, irracional, injusto, maniqueista e até idiota, dividir o mundo entre essas duas categorias de pessoas, quando a realidade das atitudes humanas é muito mais diversificada, complexa e até imprevisivel, mas é o que penso, agora, ao refletir um pouco sobre como reagem certas pessoas, em face dessas complexidades e matizes, justamente.
Existem, por exemplo, aqueles que raciocinam apenas em termos de seus interesses imediatos, materiais, financeiros ou de carreira.
Existem também os que veem o mundo em função de lentes classistas, ideológicas ou partidárias.
Existem mesmo os que, ainda que equivocados, acreditam sinceramente em fazer o bem a partir de suas posições errôneas.
Mas também existem aqueles que cumprem funções, sem qualquer dignidade, assim, de puro mau-caratismo. Pois esses são o objeto de minha reflexão do dia, neste caso da noite, e tento compreender suas motivações e intenções; nem sempre consigo, pois considero o sectarismo algo estranho.
Em todo caso, sempre penso comigo mesmo que é bem melhor ficar em paz com sua consciência, lutar com dignidade em prol da defesa da verdade, das liberdades, em toda honestidade intelectual, do que se dobrar às injunções do momento, em troca de vantagens imediatas que acabam se revelando ilusórias.
Quanta gente eu encontro que, ao abordarmos determinados assuntos, vejo que essas pessoas se poem ruborizadas, mesmo por dentro, ficam desconfortáveis, pois que, no fundo, sabem que estão calando, sendo omissas, ou concordando com coisas que, no fundo, violentam suas consciências, ofendem sua maneira de pensar e diminuem o seu amor próprio e auto-estima.
Assim sao as pessoas, assim é o mundo!
Paulo Roberto de Almeida
28/09/2012
Um comentário:
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Cena do filme Dr. Jivago, o personagem mau-caráter (Komarovski) diz:
ResponderExcluir"There are two kinds of men and only two."
Grande filme, grande Arte, coisa de gente que sabia o que estava fazendo.
Um abraço,
RAA