sexta-feira, 12 de julho de 2013

A eterna luta entre o homem e a natureza...

Os ecologistas ingênuos, que são os novos malthusianos, acreditam que a natureza sempre está certa, e o homem errado. Não é bem assim.
A natureza é neutra, em relação a valores e sentimentos, sendo no mais das vezes "cruel", no sentido darwiniano da palavra.
Pois bem: este sabonete antimalária, criada por estudantes africanos é uma grande notícia.
Depois de seu lançamento comercial, em 2015, o homem vai vencer o mosquito por alguns anos mais.
Como previa Darwin, em algum momento, uma nova espécie de mosquito vai superar a barreira.
A luta continua, camaradas...
Paulo Roberto de Almeida

O Globo, 11/07/2013

Produto repele o mosquito pelo cheiro e já ganhou prêmio

Uma dupla de estudantes africanos criou um sabonete capaz de repelir o mosquito causador da malária. O produto, feito a base de ervas e ingredientes naturais, já rendeu a Moctar Dembele e Gerard Niyondiko um prêmio de U$ 25.000, em abril deste ano, pela "Global Social Venture Competition", uma competição mundial promovida pela Universidade de Berkeley, na Califórnia.

Os dois são alunos do Instituto Internacional de Água e Engenharia Ambiental, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, na África. Como informou Niyondiko ao site da CNN, o sabão, apelidado de "Fasoap", deixa um perfume na pele que repele os mosquitos.

Outro detalhe importante é que a água residual de quem toma banho com o sabonete contem substâncias que impedem o desenvolvimento das larvas de mosquitos. E esse aspecto pode trazer resultados significativos, já que o problema do saneamento na África é uma das causas da proliferação de vetores de malária.

De acordo com Niyondiko, o objetivo é que o produto possa atender a uma parcela significativa da população da África, que não tem acesso aos produtos convencionais industrializados, como cremes e spray, devido aos custos. "Pensamos em um sabonete repelente e larvicida que estará acessível para a maioria da população, uma vez que o sabão é um produto a base de ingredientes regionais", disse Niyondiko ao site.

Por ora, os estudantes ainda estão trabalhando na otimização do produto. A expectativa é que ele chegue ao mercado em 2015.


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