Por isso vou postar aqui um grande texto que fiz sobre ele e suas relações sempre tempestuosas com Juca Paranhos, mais exatamente com o Barão do Rio Branco, preparado para um livro sobre os 100 anos da posse do Barão como chanceler brasileiro.
Transcrevo apenas o início desse meu texto, e depois remeto ao link onde ele pode ser descarregado em formato pdf.
Paulo Roberto de Almeida
O Barão do Rio Branco e Oliveira Lima
Vidas paralelas, itinerários divergentes
Paulo Roberto de
Almeida
Doutor em Ciências
Sociais, mestre em Planejamento Econômico
Publicado in:
Carlos Henrique
Cardim e João Almino (orgs.).
Rio Branco, a América do
Sul e a Modernização do Brasil
(Brasília: Comissão Organizadora das Comemorações do
Primeiro Centenário da Posse do Barão do Rio Branco no Ministério das Relações
Exteriores, IPRI-Funag, 2002, ISBN: 85-87933-06-X, pp. 233-278).
“Rio Branco was the greatest
combination
of scholar and statesman I ever
knew.”
Carta de John Basset Moore (julho
de 1944) a
Aluizio Napoleão in Rio-Branco e as relações entre o Brasil e os
Estados
Unidos (Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1947), p. 8
Les délégués [syndicaux] abordent
la question du programme économique et social:
“Mon général, comme nous l’avons
déjà dit à l’un de vos prédécesseurs...”
Le secrétaire général des
syndicats chrétiens ne va pas plus loin.
De Gaulle: “Le général de Gaulle n’a pas de prédécesseur.”
Temps d’arrêt dans la
conversation.
De Gaulle: “Mais continuez,
messieurs, je vous en prie...”
Jean-Raymond Tournoux: Secrets d’État (Paris: Plon, 1960), p.
351
Bem, deixemos esse terreno comparativo com alguns dos “mitos fundadores” de nossa identidade nacional e vejamos um outro personagem, em carne e osso, que, toutes proportions gardées, poderia ter sido um êmulo intelectual e diplomático do Barão, não fosse pelo seu espírito provocador, suas imprudências e precipitações, sua “incontinência da pena”, justamente acusada por contemporâneos, sua vaidade (de certa forma legítima, em vista da importante obra realizada, desde muito jovem), seus repentes de sinceridade déroutante, quando não chocante, seu caráter, por fim, de “diplomata dissidente”, dentre algumas das características multifacéticas desse Dom Quixote Gordo que foi Manuel de Oliveira Lima, no dizer de Gilberto Freyre.
Este ensaio – inclusive pelo fato de ter sido preparado à distância dos arquivos do Barão, no Rio de Janeiro, e, inversamente, nas proximidades dos livros e papéis de Oliveira Lima, depositados na biblioteca que leva o seu nome, junto à Universidade Católica de Washington – deveria em verdade ter o título invertido, “Oliveira Lima e o Barão do Rio Branco”, e de certa forma é disso que se trata quando queremos, não comparar, mas “confrontar”, no bom sentido, um gigante como Rio Branco e qualquer outro personagem de nossa história política e diplomática do final do Império e do início do século XX. Vamos portanto descrever e analisar como essas duas vidas – essas duas inteligências – se cruzam e interagem, e como, do ponto de vista de Oliveira Lima, os resultados traduzem o mais notório sentimento de frustração, de fato uma sensação de trajetória interrompida, que perpassa e transcende as mais diferentes avaliações da vida e da obra do historiador pernambucano, de tão fugidia memória até um período ainda bem recente de nossa République des lettres.
Acesse o texto completo neste link: http://cl.ly/VpqC
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