O texto anterior tinha um trecho meio atrapalhado. Já corrigi, mas destaco aqui. Do ponto de vista da cor da pele, o maior grupo no Brasil, segundo dados do IBGE de 2010, é o de brancos: 47,7%, seguido de perto pelos pardos (mestiços, no mais das vezes, de brancos com negros), com 43,1%. Os negros propriamente são 7,6%. O IBGE segue o critério da autodeclaração.
A realidade brasileira, observei no post anterior, é diferente da americana, onde há apenas 13% de “negros”, já considerados aí os mestiços. Como certa elite branca brasileira — os socialistas da Zona Sul do Rio — pensa pertencer à riqueza cool dos democratas nova-iorquinos, acaba misturando as estações. Antes que Gilberto Braga descobrisse os negros, como quer Fernanda Montenegro, os brasileiros já se haviam descoberto uns aos outros e decidido se misturar.
A guerra final de classes — ou de categorias raciais — no Brasil não será aquela travada no Projac. Nem vai terminar num quadro patético do “Fantástico” chamado “Vai Fazer o quê?”, que confunde exercício de cidadania com bate-boca entre caricaturas em praça de alimentação de shopping.
Quem não perceber que este país está em transe e em trânsito vai dançar. Aliás, tomara mesmo que alguns não percebam. Já atrapalharam demais o debate com a sua boa má consciência.
Volto à foto do Brazilian Day, em que uma frase minha aparece no cartaz. O rapaz que o exibe se identificou: trata-se do brasileiro Wellington Batista Santos, que mora em Hartford, capital do estado de Connecticut.
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