terça-feira, 17 de março de 2020

J.R. Guzzo: "quanto mais bate no capitão, mais ele cresce" - Vamos lá, bolsonetes, cacerolaço no capitão...

Pela análise de J. R. Guzzo, na Gazeta do Povo desta terça-feira 17/03/2020, Bolsonaro, à vista (e aos ouvidos) das manifestações sob a forma de panelaço em diversas capitais do Brasil, nesta mesma noite, deve amanhecer nesta quarta-feira, 18/03, FORTÍSSIMO.
Bolsonetes, olavetes, ajudem nas manifestações contrárias ao presidente: batam panelas vocês também, pois assim, pela lógica do Guzzo, estarão fortalecendo enormemente o presidente.
Vamos lá pessoal: panelas, bumbos, apitos, ajudem o capitão...
Paulo Roberto de Almeida
Quanto mais apanha, mais Bolsonaro encorpa
J. R. Guzzo
Gazeta do Povo, 17/03/2020
Às vezes, francamente, a gente fica com a impressão de que os inimigos do presidente Jair Bolsonaro estão cada vez mais empenhados em garantir a sua reeleição nas eleições presidenciais de 2022. Não é o que querem, é claro, mas é o que acabam fazendo na prática em seus atos do dia a dia. Bolsonaro, como sabem até as crianças de 10 anos de idade, cresce e prospera, acima de tudo, em situações em que o colocam sob o fogo de artilharia pesada. É aí que ele realmente brilha.
É óbvio: de um lado está um bando de políticos de quinta categoria, uma mídia na qual o público acredita cada vez menos e detesta cada vez mais, e os grandes interessados em manter o Brasil aprisionado no atraso. Do outro lado está o cavaleiro solitário que tem o peito de enfrentar todos eles. Tanto faz se isso corresponde ou não à realidade dos fatos. É isso, e só isso, que a maioria da população, como ficou contabilizado nas eleições de 2018, tem a certeza de que está acontecendo. Resultado: quanto mais batem, mais ele encorpa.
Não seria o caso, então, de pensar em alguma outra estratégia? Em vez de se entregar, praticamente todo dia, a acessos de cólera cada vez menos equilibrados contra o presidente, não seria talvez o caso de fazer alguma coisa séria para tirar dele o palco permanente que estão lhe dando de graça? É pouco provável, obviamente, que Bolsonaro colabore com o inimigo e aceite, como um bom moço, ir para a geladeira – ele, que precisa do calor de 40 graus para ser politicamente viável. Estará, de um jeito ou de outro, fazendo coisas para manter-se no centro das atenções. Mas aí, pelo menos, o trabalho será dele. Do jeito que está, a oposição se encarrega de fazer esse esforço em seu lugar.

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