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quinta-feira, 19 de março de 2020

Rodrigo Constantino também aproveita o Coronavirus para continuar a batalha ideológica

A ditadura chinesa do Partido Comunista é apenas a forma moderna do velho "despotismo oriental", a tirania longeva que se estendeu ao longo de séculos, com poucos períodos de abertura política ou tolerância com a dissidência (que no entanto existia e existe, mesmo nos momentos mais despóticos).
O despotismo não impediu o desempenho brilhante da China nos séculos passados, graças tanto à energia de seu povo, quanto à organização "weberiana" dos mandarins do Estado, e também fases tenebrosas de sua história – guerras civis, rebeliões, invasões estrangeiras com humilhações e genocídios, como no caso do militarismo do Japão –, o que se agravou ainda sob o maoísmo demencial dos anos 1950 aos 70, com milhões de mortos em cada um desses episódios e provações. 
Epidemias existem em diferentes países e situações, que são ou não controláveis pelas autoridades sanitárias.
A ditadura chinesa errou, sim ao início do novo coronavirus, mas depois se recompôs e organizou um sistema eficaz de controle e combate, o que fez com a epidemia revertesse em dois ou três meses. A RPC oferece agora know-how, equipamentos e pessoal como colaboração a países afetados, entre eles Itália e Brasil.
Acredito que se deve separar as querelas ideológicas das questões técnicas vinculadas ao combate à pandemia, que sendo uma enfermidade global, deve ser combatida globalmente, na cooperação entre os estados nacionais, sob a coordenação da OMS e organismos regionais dessa esfera.
O exclusivismo nacionalista, assim como o dedo acusatório de natureza política não vão resolver os problemas dos países afetados.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19/03/2020

Onde os valores fazem parte da notícia

 

    A ditadura comunista deveria indenizar o mundo pelo vírus chinês


Por Rodrigo Constantino
Gazeta do Povo, 19/03/2020

O presidente Donald Trump passou a só se referir ao Covid-19 como "vírus chinês", e tem sido atacado por jornalistas por isso. Mas como ele nunca abaixa a cabeça para essa turma, chega a ser constrangedor ver a humilhação que sofrem quando tentam emparedar o presidente como "racista", e ele simplesmente explica que o vírus veio da China mesmo, e que o regime, ao esconder informações, ajudou a criar a pandemia."

Como explica Ben Shapiro, não há nada de controverso em chamar de vírus chinês, como chamamos, aliás, a gripe que dizimou milhares no passado de gripe espanhola. Diz Shapiro:

 
"O fato de a imprensa de alguma forma ter encontrado tempo para tratar de um assunto menor — a descrição de um vírus chinês como tal — em meio a um pânico mundial sem precedentes demonstra o profundo descompromisso daqueles que reclamam.

É inacreditável que o termo seja controverso. O vírus realmente teve origem na China. Mais do que isso, a ideia de que o governo chinês deveria ser protegido das consequências de suas medidas tirânicas e seu governo patológico é de uma perversidade sem igual."

 
O debate foi aquecido no Brasil pelo episódio envolvendo Eduardo Bolsonaro, que publicou mensagem na linha do que disse Trump. Eduardo pode falar dez vezes antes de pensar, pode ser pouco diplomata, irresponsável até, tudo isso de que tem sido acusado, mas ele é o deputado federal mais votado da nossa democracia e não mentiu; já a China é uma ditadura que prende jornalistas e calou médicos que alertavam para o risco da gripe.

Eduardo, em que pese ser filho do presidente e por isso gerar tensão diplomática maior, não foi o único deputado federal a se manifestar nesse sentido. Marcel van Hattem, do Partido Novo, também comentou, ao compartilhar a ótima sequência feita por Rodrigo da Silva sobre o caso.
 

Kim Kataguiri, do DEM de Rodrigo Maia e ligado ao MBL, também publicou responsabilizando o regime chinês.

Já Rodrigo Maia, supostamente tentando apagar incêndio diplomático, pediu desculpas à ditadura.

Nosso “primeiro-ministro”, nos desejos de boa parte da mídia, prefere tomar o partido do regime que prende jornalistas, que cala médicos que alertam sobre o coronavírus, que permitiu com que o troço virasse uma pandemia. Eles amam a democracia... ou nem tanto!

É lamentável - e revelador -, portanto, ver nossos "jornalistas" e "democratas humanistas" tomando o partido da ditadura, vibrando com a "enquadrada" do PCC, o maior responsável pela pandemia. É pragmatismo, simpatia ideológica ou se venderam para os comunistas mesmo?



Artigo completo aqui.
 

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