Diplomatizzando

Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O Brasil sem política externa-Dawisson Lopes (O Globo)

Que o Brasil não tenha política externa, isso eu já sabia, e denunciei, desde AGOSTO DE 2018, quando foi divulgado o MEDÍOCRE programa do candidato Bolsonaro. Tornou-se EVIDENTE desde 1 e 2 de JANEIRO DE 2019, na posse de JB e fo chanceler acidental; denunciei isso em meu livro “Miséria da diplomacia” (livremente disponivel no Diplomatizzando) e novamente neste novo livro, “O Itamaraty num labirinto de sombras” (Kindle), e em dezenas de postagens nesse ano e meio. Dawisson Lopes confirma que o chanceler acidental (na verdade catastrófico para o Itamaraty) só aderiu ao olavismo mais delirante e que se submeteu aos interesses eleitoreiros do presidente e de sua família. Triste, patético, lamentável.
Paulo Roberto de Almeida

Artigo: Política externa ou campanha eleitoral por outros meios?

Inserção internacional do Brasil é, hoje, subproduto da conveniência eleitoral de Jair Bolsonaro
Dawisson Belém Lopes e Thales Carvalho*
26/06/2020 - 09:00 / Atualizado em 26/06/2020 - 09:25

Presidente Jair Bolsonaro e chanceler Ernesto Araujo no Fórum de Investimentos no WTC Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo / 10-10-2019
Presidente Jair Bolsonaro e chanceler Ernesto Araujo no Fórum de Investimentos no WTC Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo / 10-10-2019



O Brasil, pela primeira vez em quase 200 anos, não tem uma política externa. Não é força de expressão: como a jangada de pedra de Saramago, estamos à deriva, deslocando-nos sabe-se lá para onde, sem nenhuma orientação estratégica. A inserção internacional do país é, hoje em dia, um mero subproduto da conveniência eleitoral de Jair Bolsonaro.
Explica-se: uma política exterior racionalmente concebida precisa avaliar os meios disponíveis e adequá-los aos fins nacionais pretendidos, com base em princípios predeterminados. Essa coesão entre princípios, meios e fins é a coluna que sustenta um plano coerente de ação. O atual chanceler , contudo, joga fora a cartilha universal e arroga-se o inventor da roda. Alega refundar a nação e o Itamaraty quando, na verdade, apenas encampa o cálculo político do presidente da República.
Duas citações a Bolsonaro : Em livro de Bolton, Brasil é coadjuvante em aventuras hemisféricas dos EUA
A adoração a Donald Trump e a sinofobia , traços exibidos desde a campanha de Bolsonaro ao Planalto, são importantes para entender o fenômeno em voga, mas não revelam tudo. Se cavamos mais fundamente, deparamo-nos com verdade factual surpreendente: ao contrário do que se poderia imaginar, não houve incorporação evidente do liberalismo à la Paulo Guedes ou do realismo militarista de Hamilton Mourão na vertente institucional da política externa brasileira. O discurso odioso sobre o meio ambiente ainda não se converteu em denúncia de pactos internacionais. Os alvos preferenciais da investida bolsonarista nos fóruns globais têm sido os direitos humanos e, destacadamente, o Oriente Médio.
Outrora um empreendedor de normas como igualdade civil em uniões homoafetivas e defesa da multiculturalidade, o Brasil uniu-se a líderes de Hungria e Polônia, além do próprio Trump, para formar a “Parceria pelas Famílias”. O país mudou seus votos sobre temas de gênero no Conselho de Direitos Humanos da ONU e acompanhou o governo dos Estados Unidos em resoluções ligadas ao conflito israelo-palestino . Depois de aproximar-se do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e ameaçar transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, Bolsonaro rompeu com o tradicional apoio à Palestina. O alinhamento entre Brasil e Israel-EUA nas Nações Unidas aumentou aproximadamente em 40% no ano de 2019. Para se ter uma ideia, o voto brasileiro foi revisado em nove tópicos da agenda a respeito da questão israelo-palestina – sempre em favor de Israel. Umaguinada incomum , considerado nosso histórico diplomático.
Na ONU : Governo Bolsonaro vota contra condenar Israel por violações da lei internacional em territórios ocupados
O que estaria por trás dessa reversão dramática de posicionamento em direitos humanos e, particularmente, nos assuntos que envolvem árabes e judeus? Dado que Brasília não passou, da noite para o dia, a influenciar nem a ser parte diretamente interessada na configuração geopolítica do Oriente Médio, a resposta só pode ser uma: a “guerra cultural” e sua potencial rentabilidade eleitoral. Dá-se a instrumentalização, como nunca antes se viu, da política externa para atender às demandas domésticas de grupos de interesse e lobby religioso, permitindo a Bolsonaro acenos ecumênicos a financiadores e lideranças conservadoras e cristãs da sua base.
Diplomatas, cumpridores de seus deveres, continuam a operar inercialmente a máquina, especialmente se a matéria não for captada pelo radar populista de Bolsonaro. Mas não há, na percepção dos burocratas do Itamaraty, uma leitura de interesse nacional que esteja inoculada e faça sentido operacional. Este “novo Brasil”, com retórica moralista, ineditamente fomentador de clivagens étnicas e religiosas, amigável a Trump e contrário ao establishment global, navega sem rumo pelas relações internacionais. Não faz política externa na verdadeira acepção do termo; apenas militância personalista e sectária.
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*Dawisson Belém Lopes é professor de política internacional na UFMG e autor de “Política Externa e Democracia no Brasil” (Unesp, 2013) e “Política Externa na Nova República” (UFMG, 2017).
Thales Carvalho é doutorando em ciência política na UFMG.
às junho 26, 2020
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Uma reflexão...

Recomendações aos cientistas, Karl Popper:
Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):
"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.
Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.
Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.
Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência -- isto é, as idéias científicas -- ser melhor e mais amplamente compreendida."

Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.

Uma recomendação...

Hayek recomenda aos mais jovens:
“Por favor, não se tornem hayekianos, pois cheguei à conclusão que os keynesianos são muito piores que Keynes e os marxistas bem piores que Marx”.
(Recomendação feita a jovens estudantes de economia, admiradores de sua obra, num jantar em Londres, em 1985)

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