Biden e Putin alertam para rompimento de relações
Folha de S.Paulo | Mundo
31 de dezembro de 2021
Presidente dos EUA, Joe Biden, fala ao telefone com mandatário da Rússia, Vladimir Putin Adam Schuw/Casa Branca/Reuters
Por telefone, líderes mantiveram tom incisivo em meio a tensões na Ucrânia
WILMINGTON (DELAWARE) E MOSCOU | Reuters
Em meio ao aumento das tensões em torno da Ucrânia, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone nesta quinta-feira (30) e alertaram para um possível rompimento na relação entre os dois países em decorrência da da escalada de ânimos no leste europeu.
EUA e Rússia passam por um dos momentos de maior tensão da história recente depois que Kiev e Washington acusaram Moscou de planejar um ataque contra a Ucrânia após posicionar dezenas de milhares de soldados próximos à fronteira da ex-república soviética. Na ligação, que durou 50 minutos, Biden "deixou claro que os EUAe seusaliadose parceiros responderão de forma decisiva se a Rússia avançar na invasão da Ucrânia", informou a Casa Branca, por meio de um comunicado.
A Rússia anexou em 2014 a península da Crimeia, em resposta a uma revolução pró-Ocidente, que derrubou um presidente alinhado ao Kremlin. Os russos também são acusados de apoiar separatistas ucranianos que lutam contra o governo de Kiev no leste do país. Biden voltou a ameaçar a Rússia com sanções econômicas em caso de ataque, o que Putin chamou de "um erro colossal".
"Nosso presidente respondeu imediatamente [à ameaça] que se o Ocidente decidir, nesta ou em outras circunstâncias, impor estas sanções sem precedentes que foram mencionadas então, isso poderia levar a um rompimento total dos laços entre nossos países e causar o dano mais sério para relações entre a Rússia e o Ocidente ", disse assessor do Kremlin, Iuri Ushakov.
Apesar das tensões de ambos os lados, Ushakov disse a repórteres que o Kremlin estava satisfeito com a conversa e que os os dois líderes pareciam prontos para avançar diplomaticamente.
Moscou nega que esteja preparando uma invasão à Ucrânia, apesar da movimentação militar na fronteira. "Esta não é a nossa escolha [preferida], não queremos isso", disse Putin na semana passada. A Rússia alega que tem direito de mover suas tropas como quiser em seu território.
O Kremlin, porém, não descarta uma resposta militar se a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), à qual a Ucrânia deseja se integrar, persistir com sua expansão para o leste. O presidente russo ameaçou adotar medidas "militares e técnicas" caso suas reivindicações não sejam atendidas.
Putin quer garantias de segurança no leste europeu por parte do Ocidente, o que foi mencionado no telefonema nesta quinta. Segundo o Kremlin, Biden concordou que Moscou precisa de tais garantias para avançar nas negociações, mesmo que ainda haja diferenças entre os dois países.
As tensões com Kiev levaram as relações Leste-Oeste ao seu pior momento nas três décadas desde o colapso da União Soviética.
EUA e Rússia passam por um dos momentos de maior tensão da história recente depois que Kiev e Washington acusaram Moscou de planejar um ataque contra a Ucrânia após posicionar dezenas de milhares de soldados próximos à fronteira da ex-república soviética. Na ligação, que durou 50 minutos, Biden "deixou claro que os EUAe seusaliadose parceiros responderão de forma decisiva se a Rússia avançar na invasão da Ucrânia", informou a Casa Branca, por meio de um comunicado.
A Rússia anexou em 2014 a península da Crimeia, em resposta a uma revolução pró-Ocidente, que derrubou um presidente alinhado ao Kremlin. Os russos também são acusados de apoiar separatistas ucranianos que lutam contra o governo de Kiev no leste do país. Biden voltou a ameaçar a Rússia com sanções econômicas em caso de ataque, o que Putin chamou de "um erro colossal".
"Nosso presidente respondeu imediatamente [à ameaça] que se o Ocidente decidir, nesta ou em outras circunstâncias, impor estas sanções sem precedentes que foram mencionadas então, isso poderia levar a um rompimento total dos laços entre nossos países e causar o dano mais sério para relações entre a Rússia e o Ocidente ", disse assessor do Kremlin, Iuri Ushakov.
Apesar das tensões de ambos os lados, Ushakov disse a repórteres que o Kremlin estava satisfeito com a conversa e que os os dois líderes pareciam prontos para avançar diplomaticamente.
Moscou nega que esteja preparando uma invasão à Ucrânia, apesar da movimentação militar na fronteira. "Esta não é a nossa escolha [preferida], não queremos isso", disse Putin na semana passada. A Rússia alega que tem direito de mover suas tropas como quiser em seu território.
O Kremlin, porém, não descarta uma resposta militar se a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), à qual a Ucrânia deseja se integrar, persistir com sua expansão para o leste. O presidente russo ameaçou adotar medidas "militares e técnicas" caso suas reivindicações não sejam atendidas.
Putin quer garantias de segurança no leste europeu por parte do Ocidente, o que foi mencionado no telefonema nesta quinta. Segundo o Kremlin, Biden concordou que Moscou precisa de tais garantias para avançar nas negociações, mesmo que ainda haja diferenças entre os dois países.
As tensões com Kiev levaram as relações Leste-Oeste ao seu pior momento nas três décadas desde o colapso da União Soviética.
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