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sábado, 1 de janeiro de 2022

A última notícia do ano de 2021 é também a primeira de 2022: ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia

 Biden e Putin alertam para rompimento de relações

Folha de S.Paulo | Mundo
31 de dezembro de 2021


Presidente dos EUA, Joe Biden, fala ao telefone com mandatário da Rússia, Vladimir Putin Adam Schuw/Casa Branca/Reuters
Por telefone, líderes mantiveram tom incisivo em meio a tensões na Ucrânia
WILMINGTON (DELAWARE) E MOSCOU | Reuters 

Em meio ao aumento das tensões em torno da Ucrânia, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone nesta quinta-feira (30) e alertaram para um possível rompimento na relação entre os dois países em decorrência da da escalada de ânimos no leste europeu.

EUA e Rússia passam por um dos momentos de maior tensão da história recente depois que Kiev e Washington acusaram Moscou de planejar um ataque contra a Ucrânia após posicionar dezenas de milhares de soldados próximos à fronteira da ex-república soviética. Na ligação, que durou 50 minutos, Biden "deixou claro que os EUAe seusaliadose parceiros responderão de forma decisiva se a Rússia avançar na invasão da Ucrânia", informou a Casa Branca, por meio de um comunicado.

A Rússia anexou em 2014 a península da Crimeia, em resposta a uma revolução pró-Ocidente, que derrubou um presidente alinhado ao Kremlin. Os russos também são acusados de apoiar separatistas ucranianos que lutam contra o governo de Kiev no leste do país. Biden voltou a ameaçar a Rússia com sanções econômicas em caso de ataque, o que Putin chamou de "um erro colossal".

"Nosso presidente respondeu imediatamente [à ameaça] que se o Ocidente decidir, nesta ou em outras circunstâncias, impor estas sanções sem precedentes que foram mencionadas então, isso poderia levar a um rompimento total dos laços entre nossos países e causar o dano mais sério para relações entre a Rússia e o Ocidente ", disse assessor do Kremlin, Iuri Ushakov.

Apesar das tensões de ambos os lados, Ushakov disse a repórteres que o Kremlin estava satisfeito com a conversa e que os os dois líderes pareciam prontos para avançar diplomaticamente.

Moscou nega que esteja preparando uma invasão à Ucrânia, apesar da movimentação militar na fronteira. "Esta não é a nossa escolha [preferida], não queremos isso", disse Putin na semana passada. A Rússia alega que tem direito de mover suas tropas como quiser em seu território.

O Kremlin, porém, não descarta uma resposta militar se a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), à qual a Ucrânia deseja se integrar, persistir com sua expansão para o leste. O presidente russo ameaçou adotar medidas "militares e técnicas" caso suas reivindicações não sejam atendidas.

Putin quer garantias de segurança no leste europeu por parte do Ocidente, o que foi mencionado no telefonema nesta quinta. Segundo o Kremlin, Biden concordou que Moscou precisa de tais garantias para avançar nas negociações, mesmo que ainda haja diferenças entre os dois países.

As tensões com Kiev levaram as relações Leste-Oeste ao seu pior momento nas três décadas desde o colapso da União Soviética. 

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Rasputin de Suburbio (Olavo de Carvalho) volta para o seu subúrbio de Richmond - Daniela Abade

Recebido via Twitter

 A ROCAMBOLESCA FUGA DO ASTRÓLOGO CAGÃO!

A Daniela Abade publicou, no twitter, um fio sensacional com tudo o que ela descobriu sobre a fuga do Olavo, o ideólogo dos toscos®, que ao ser intimado pela PF picou a mula, desapareceu e reapareceu nos Estados Unidos. Tudo indica que a FAB se prestou ao papelão de ajudar no enredo dessa comédia (se não fosse, claro, uma tragédia).

Eu juntei os posts do twitter dela num texto só e trouxe pra cá. Quem quiser ver os mapas e ilustrações, é só ir ao twitter.

TAÍ A TRETA MONSTRA DA SEMANA

Do twitter de Daniela Abade (@_danielaabade, onde  estão as fotos e mapas).

“Vou soltar aqui a thread com tudo o que descobri do Olavo e como foi essa história, ok? Então segura, porque tem coisa demais.

Tudo começou com uma dica de uma pessoa com boas ligações em Brasília: “Olavo de Carvalho foi para os Estados Unidos no avião do ministro Fábio Faria”.

Por mais confiável que seja a fonte, eu fiz o que toda pessoa responsável deve fazer quando ouve uma história nesse nível de gravidade, fui conferir onde estava o ministro antes de ir para os Estados Unidos. A resposta era pública e estava lá no Instagram de Fabio Faria: o ministro estava em Glasgow, na Escócia, na Conferência do Clima. E foi de lá para Nova York, nos Estados Unidos. A conclusão mais rápida seria: “Não, não é possível que Olavo de Carvalho tenha usado o mesmo avião de Fabio Faria, porque ele estava em São Paulo.”

Mas uma pessoa responsável tbm ñ tira conclusões rápidas. Fui em busca dos registros de voo da FAB em novembro e uma informação interessante apareceu: o ministro Fabio Faria ñ tinha se deslocado de Glasgow p/ NY pela FAB. Ele só começou a usar um avião da FAB em NY no dia 14.

Que avião era esse? Como e quando saiu do Brasil? 

Era a hora de combinar os dados: segundo a coluna do Lauro Jardim, Olavo de Carvalho foi visto saindo da Clínica Saint Marie no dia 11 de novembro. Com isso fui buscar todos os voos da FAB no dia 11.

Houve 1 só voo, q foi do Ministro Paulo Guedes que viria para SP para dois compromissos, o último, às 5:30 da tarde. Na planilha ele voltou p/ Brasília no mesmo dia 11, embarcando quase às 10 da noite. O avião foi com 5 pessoas e voltou c/ as mesmas 5, segundo o registro da FAB.

Mas o avião do Guedes era o mesmo de Faria? Foi a hora de fazer uma busca por eliminação, entre todos os modelos de transporte q a FAB dispõe e suas rotas, pelo menos as rastreadas. Depois de algumas horas e vários sites, encontrei o avião de Faria, pelo site flightaware.

Era um Legacy, prefixo VC99B, número de cauda: FAB2582 e o número do voo BRS46. Existe o registro dele voltando ao Brasil, via Martinica, que é uma parada de abastecimento desse tipo de avião, por não ter autonomia para um voo tão longo.

Com a confirmação do avião, o trabalho agora era rastrear os voos que essa aeronave fez desde o dia 11. Acessando o site de rastreamento mais famoso, o Flight Radar, não é possível encontrar qualquer resultado porque a FAB pediu sigilo nesses voos. Mas, isso só acontece no site.

No aplicativo, existe o registro, mesmo que pareça q ñ exista. Clicando na flecha do lado direito, vc tem a imagem do itinerário, mesmo que ñ tenha sido registrado os locais, q são gravados pelos equipamentos de radar. E lá a 1ª confirmação: o voo de Faria trouxe Guedes a SP.

A decolagem aparece às 14:59, mas é o horário UTC, o horário universal coordenado. Três horas a mais do que o horário de Brasília. Embarque 11:30, a decolagem foi meio dia e 59.

E o voo de volta? Dia 11 também, mas às 9:52 da noite, meia noite e cinquenta e dois no horário UTC. Dessa vez, seguindo a planilha da FAB, só com dois minutos de atraso para voltar a Brasília.

Mas foi esse avião mesmo avião que foi para os Estados Unidos? Foi. Apesar de não ter  registro desse voo no site da FAB, o avião saiu às 12:38 do dia 13. O curioso é que o ADS-B, o equipamento que registra esses deslocamentos, só foi ligado na altura de São Gabriel de Goiás.

De lá temos o trecho inteiro do voo, separado em quatro vídeos. Um segue aqui.

Outro aqui.

O avião pousou no aeroporto Mac Arthur, de Long Island. Aí outra estranheza. Esse é um aeroporto doméstico, desconhecido. Os 3 principais aeroportos de NY são JFK, Newark e La Guardia. Esse avião no dia seguinte estava no aeroporto JFK p/ servir ao Ministro das Comunicações.

Não faz sentido algum esse pouso em Long Island. Por que pousar num aeroporto pouquíssimo movimentado? Por que esse voo não foi registrado?

Essas perguntas a FAB agora tem que responder. Porque imagina o escândalo se a Força Aérea Brasileira, junto com dois ministros de estado, facilitou a fuga de Olavo de Carvalho a uma intimação da Polícia Federal?”

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Este dia na Historia: Acordo de ajuda EUA a URSS em 1942

De fato, a ajuda que os Estados Unidos deram à Grã-Bretanha, pelos land-lease agreements de agosto de 1941, junto com a declaração das "nações unidas", seguidas, pouco depois, pela ajuda que ambos os países começaram a dar à União Soviética, invadida pela Alemanha hitlerista em junho de 1941, foram essenciais, eu diria mesmo absolutamente indispensáveis para retornar o curso da guerra na Europa entre 1941 e 1942. Sem essa ajuda, a Grã-Bretanha talvez tivesse sucumbido ao poder nazista e a URSS também talvez tivesse deixado de existir, em face da mais formidável máquina de guerra criada pelo homem até aquele instante.
A URSS deve sua sobrevivência, ou seja, o regime comunista, unicamente à ajuda ocidental, sem a qual ela teria sucumbido e desaparecido nas dobras da história. Teria sido um mundo diferente, mas talvez um mundo dominado durante muito mais tempo pelo III Reich, que se teria tornado assim mestre absoluto da Eurásia, o continente duplo que domina o mundo. Mesmo os EUA teriam dificuldade em vencer alemães e japoneses sozinhos, ou levariam muito mais tempo, e a um custo humano inimaginável.
Falando em custos humanos, a única coisa, repito, a única coisa de que Stalin poderia dispor, à sua livre disposição, eram homens, que ele não hesitou em sacrificar terrivelmente. Basta ver, por exemplo, o diferencial de mortos DE GUERRA, entre a Alemanha e a URSS: 5,2 milhões, para a primeira, e 27 milhões para a segunda, de um total geral da guerra que chega a 62 milhões de mortos (dos quais "apenas" 273 mil para os EUA).
Em todo caso, esses acordos de ajuda, abaixo comentados, significaram a derrota do nazismo, em 3 anos, e a sobrevivência do comunismo soviético por mais 50 anos, ou duas gerações que tiveram de suportar um regime de escravidão humana quase tão desumana quanto o nazismo...
Paulo Roberto de Almeida 

Soviet And Britain Sign War And Peace Pact; Molotoff And Roosevelt Plan For 2D Front; Army Fliers Blasted Two Fleets Off Midway



U.S., Soviet Agree

Russian, Here Secretly, Maps War Action in 1942 With President

Lease Pact Signed

Provides Reciprocal Aid and Plans for a 'Better World'

U.S., Russia Agree On Actions In War

By W.H. LAWRENCE
Special to The New York Times, June 12, 1942

RELATED HEADLINEA 20-Year Treaty:Mutual Aid Agreement Bars Separate Peace and Annexations: Japan Not Covered: Pact Based on Atlantic Charter Is Hailed by King and Kalinin
Molotoff's London-U.S. Trip Was Best-Kept War Secret
No Secret In Pact, British Are Told:Commons Cheers the News of Open Treaty--Agreement Is Hailed as Peace Safeguard
Big Bombers Won:Routing Japanese Task Force June 4 Vital in Pacific Victory: Carriers Targets: Enemy's Invasion Ships Met and Pounded First Far West of Island
OTHER HEADLINESStrong Nazi Drive Fought In Ukraine:Russians Report Fierce Battle at Kharkov--Sevastopol Siege Gains Little
'Gas' Ration Unit Is Doubled To Tide Over 2 Weeks More:Emergency Period Is Extended From June 30 to July 15--OPA Says Time Is Needed to Train for Permanent Plan: Jones Beach Buses Not Curbed by ODT
House Committee Raises Travel Tax:Doubles Transport Impost, Adds to Cigarette and Cigar Levies--125 Million Gained
Young Deck Crew Destroys U-Boat:Freighter Gets 3d, Perhaps 5th, Raider Sunk in Caribbean--2 Allied Vessels Lost
Bir Hacheim Falls to Axis in Libya; Free French Retire After 16 Days
If in Doubt, Put It Out
War News Summarized
Washington, Friday, June 12--The United States and Russia have reached a full understanding on the "urgent tasks of creating a second front in Europe in 1942," and have signed a master lease-lend agreement providing reciprocal defense aid and designed to create "a new and better world" after victory is won, it was announced officially yesterday.
A White House announcement at midday was the first public revelation that Vyacheslaff M. Molotoff, Soviet Foreign Commissar, had flown secretly to the United States and in several conferences with President Roosevelt and other political and military leaders of the United States Government between May 29 and June 4 had achieved unity on these three main propositions:
1. The urgent tasks of creating a second front in Europe in 1942.
2. Measures for increasing and speeding up the supplies of planes, tanks and other kinds of war materials from the United States to the Soviet Union.
3. Fundamental problems of cooperation of the Soviet Union and the United States in safeguarding peace and security to the freedom-loving peoples after the war.
"Link in Solidarity Chain"
At midnight the State Department announced that Secretary of State Cordell Hull and Maxim Litvinoff, the Soviet Ambassador, had signed a master lease-lend pact, which was described as "an additional link in the chain of solidarity being forged by the United Nations in their twofold task of prosecuting the war against aggression to a successful conclusion and of creating a new and better world."
"The agreement reaffirms this country's determination to continue to supply in ever- increasing amounts aid to the Soviet Union in the war against the common enemy," the State Department announcement said. "The agreement also provides for such reciprocal aid as the Soviet Union may be in a position to supply. But no matter how great this aid may prove to be, it will be small in comparison with the magnificent contribution of the Soviet Union's armed forces to the defeat of the common enemy."
Washington's two agreements with the Soviet Union were disclosed shortly after similar pacts between the Russians and the British had been announced to the House of Commons by Anthony Eden, British Foreign Secretary, with whom Mr. Molotoff had negotiated secretly before visiting the United States. The Anglo-Soviet agreements included an identical reference to the establishment of a second front and a twenty-year mutual assistance pact against "Hitlerite Germany."
Japan Not Mentioned
Neither announcement in Washington mentioned discussions of Russian cooperation in the war of the United States and Great Britain against Japan, with whom Soviet Russia remains at peace, but it was pointed out that no announcement would have been likely under the circumstances even if discussions had taken place. But the master lease-lend agreement, making no mention of the fact that Russia was warring against the Germans and not the Japanese, provided that "the government of the Union of Soviet Socialist Republics will continue to contribute to the defense of the United States of America and the strengthening thereof and will provide such articles, services, facilities or information as it may be in a position to supply."
Neither Washington nor London indicated just how soon an American-British expeditionary force could be expected to make a landing on the Nazi-held Continent of Europe to recapture lost territory from the Germans and provide a "diversion front" to which German troops, now pressing against Russia, would have to be sent.
The White House also said that the President and Mr. Molotoff had agreed on measures "for increasing and speeding up the supplies of planes, tanks and other kinds of war materials from the United States to Soviet Russia." It was learned on good authority that Mr. Molotoff carried back to Moscow a new schedule of American lease-lend shipments, replacing the Moscow protocol, which expires June 30.
It was understood that the new aid schedule placed greater emphasis on finished military mat & eacute;riel, especially tanks and bombers, than the agreement negotiated in October by the Harriman-Beaverbrook mission, which provided primarily for supplies of raw materials.
Looking toward victory over the Axis, the President and Mr. Molotoff also found unity on "the fundamental problems of cooperation of the Soviet Union and the United States in safeguarding peace and security to the freedom-loving peoples after the war."
An important feature of the master lease-lend pact was its acceptance of Secretary Hull's battle for the principle of free world trade as an important means of preventing future wars.
Article VII of the Russian-American agreement, substantially like that signed earlier by Great Britain and China, was as follows:
"In the final determination of the benefits to be provided to the United States of America by the Government of the Union of Soviet Socialist Republics in return for aid furnished under the Act of Congress of March 11, 1941, the terms and conditions thereof shall be such as not to burden commerce between the two countries, but to promote mutually advantageous economic relations between them and the betterment of world-wide economic relations.
"To that end they shall include provision for agreed action by the United States of America and the Union of Soviet Socialist Republics, open to participation by all other countries of like mind, directed to the expansion, by appropriate international and domestic measures of production, employment and the exchange and consumption of goods, which are the material foundations of the liberty and welfare of all peoples; to the elimination of all forms of discriminatory treatment in international commerce and to the reduction of tariffs and other trade barriers; and, in general, to the attainment of all the economic objectives set forth in the Joint Declaration made on Aug. 14, 1941, by the President of the United States of America and the Prime Minister of the United Kingdom, the basic principles of which were adhered to by the government of the Union of Soviet Socialist Republics on Sept. 24, 1941.
"At an early convenient date conversations shall be begun between the two governments with a view to determining, in the light of governing economic conditions, the best means of attaining the above-stated objectives by their own agreed action and of seeking the agreed action of other like-minded governments."
Other Provisions of Pact
Other provisions of the lease-lend pact were:
1. The United States will continue to supply the Soviet Union with war articles, war services and war information authorized by the President.
2. The Soviet Government will reciprocate with as much aid "as it may be in a position to supply."
3. The Soviet Government will not transfer lease-lend aid to another country or permit its use by non-Soviet officials or employes without the permission of the President.
4. The Soviet Government will pay American patent holders when asked to do so by the President.
5. The Soviet Government will return to the United States lease-lend military equipment desired by this government after the war.
6. The Soviet Government will receive credit for the war aid it has given this government in determining after the war the benefits it is to provide the United States for lease-lend held.
7. The agreement supersedes all previous lease-lend agreements between the two countries.
Nye Cool to Second Front
Congressional reaction to the agreement between the United States Government and Russia generally was good, although the pre-war leaders in opposition to the President's foreign policy urged caution in opening a second front in Europe, and one of them, Senator Gerald P. Nye of North Dakota, chided "others of our allies" for not opening "a second front before this time." Senator Nye added that "we've got a front or two of our own that we are needing to devote ourselves to most energetically."
Senator Burton K. Wheeler of Montana, another opponent of the President, said he hoped that "we don't attempt an invasion until we're prepared," but he was in favor of doing "everything we can to get war tools and tanks to Russia now that she's our ally in this war."
Senator Tom Connally of Texas, chairman of the Senate Foreign Relations Committee, who was among the few officials invited to meet with Mr. Molotoff while he was here, spoke approvingly of the agreement, declaring that the United States must give Russia "every possible aid and assistance in defeating the enemy." He said that Mr. Molotoff's visit here "was very helpful in creating unity between our countries in the prosecution of the war." He said the closest contact and understanding in regard to military operations, "including the ultimate establishment of a western front," was of vast importance to both countries.
Tydings for Project
Other comment included:
Senator Millard E. Tydings of Maryland: "If the military people deem it wise, it certainly looks sensible to me."
Senator William H. Smathers of New Jersey: "I think a second front ought to be opened immediately--the quicker the better. I don't see any sense in having our troops and the British sitting on the British Isles. I'm in favor of opening a second front as soon as the military experts think it advisable."
Representative Carl Vinson of Georgia, chairman of the House Naval Affairs Committee: "This is good news; it is to be earnestly hoped that the United Nations can at the earliest possible date open a second front in Europe. I have been of the opinion for some time that the combined resources of England and the United States should be hurled against the Axis by opening up a second front. It is imperative that this be done immediately, for I am of the opinion it will insure victory to the Allied nations."
Senator Lister Hill of Alabama: "The most momentous and critical place in the whole world battle line is the war on the Russian front. The Molotoff agreement is extremely gratifying."
Senator Carl A. Hatch of New Mexico: "I am in hearty agreement with supplying all the equipment we can to our Allies. I want a second front opened just as quickly as possible, consonant with military preparedness."
Wheeler Asks About Peace
Senator Wheeler: "I feel we should do everything we can to get war tools and tanks to Russia now that she's our ally in this war. I am glad to note that the President and Mr. Molotoff have come to an understanding in helping to maintain peace after the war. What the people would be interested to know is what steps, if any, have been taken to bring about peace. I hope the President and Mr. Molotoff come to an agreement similar to the one that Russia and England entered into--that Russia was not asking territorial aggrandizement and would not in the future interfere with the internal affairs of other nations, as Eden says. I hope that the United States will not attempt an unsound invasion of Europe. I hope we don't attempt an invasion until we're fully prepared. The people of the United States want no Dunkerques."
Senator Richard B. Russell of Georgia: "A second front is going to have to come to win the war. We should open it as soon as it is possible from a military point of view--without the possibility of a second Dunkerque."