DefesaNet critica a postura do Brasil de apoio a Putin e à agressão russa e alerta sobre as consequências para o país.
Alerta: a mentira dos fertilizantes, a dependência ideológica e o Kompromat
O explosivo mix de ideologia, oportunismo, adubos e kompromat
Fiel Observador
Os presidentes Jair Bolsonaro e Luís Inácio Lula da Silva possuem uma coisa em comum. Ambos defendem uma posição de neutralidade ativa, que pende ao lado de Moscou, sempre usando a equivocada justificativa de que o agronegócio brasileiro depende dos fertilizantes da Rússia, como se ela fosse a única fonte dos insumos.
O Ministério de Relações Exteriores (MRE) tergiversa quando defende isso, já que é sabido que a aproximação do Governo Lula da Rússia de Vladimir Putin é ideológica, e de Bolsonaro foi oportunismo, e ambos os governantes brasileiros se identificam com regimes, que não são democráticos e buscam desculpas para se distanciar dos Estados Unidos e da União Europeia, dos quais só mantém laços quando a conveniência econômica e política o justificam, ou quando se quer doações para um tal de Fundo Amazônia.
O maior produtor de cloreto de potássio do mundo é o Canadá, que produz mais que o dobro da Rússia, além de diversos outros países. Se o Brasil condenar a invasão russa e apoiar abertamente a Ucrânia como uma nação ocidental de política exterior séria e responsável, a Rússia não irá deixar de vender fertilizantes para Brasil, como não deixou de vender gás e outros hidrocarbonetos para os países europeus.
No último inverno ninguém morreu congelado na Europa como os analistas YouTubers patrocinados pelo Kremlin previam, já que a Rússia depende da venda do seu gás, petróleo e fertilizantes. Repensar a posição brasileira no conflito não nos traria problemas, mas continuar com a postura abertamente pró-russa pode trazer consequências desastrosas e inimagináveis para o Brasil.
Importantes fontes europeias disseram que é apenas questão de tempo para o Brasil começar a ser retaliado ou até embargado pela Europa. Em que sentido? Os produtos brasileiros vão começar a desaparecer das gôndolas dos mercados. A população europeia não vai mais querer comprar alimentos e produtos manufaturados e importados do Brasil. Na atualidade, a questão ucraniana é imensamente mais importante que a pauta ambiental era nos últimos anos pois essa é uma guerra travada em solo europeu, injustificada e não provocada, com invasão territorial, terrorismo l, bombardeios aéreos indiscriminados e massacres de civis.
Segundo uma fonte do Itamaraty, a exportação do agronegócio brasileiro para a União Europeia foi de US$25,57, bilhões, 16,1% de participação no total de exportações agrícolas do Brasil. Crescimento de 42,2% em 2022 em relação a 2021.
O agronegócio e a indústria brasileira poderão perder em pouco tempo o mercado europeu. O alerta tem sido dado em mensagens diplomáticas em diversos postos no exterior e também nas visitas oficiais de autoridades estrangeiras.
A indústria de material de defesa e projetos estratégicos será afetada em breve. O motor do caça Gripen, de origem americana, poderá ser embargado e a Suécia se perder a confiança no Brasil poderá desistir do programa Gripen E, inclusive estuda enviar aviões à Ucrânia tão logo os suecos entrem na OTAN nos próximos meses. Em visita à Kiev, na quinta-feira (25MAI2023), o ministro da Defesa da Suécia, anunciou que pilotos ucranianos iriam treinar nos caças Gripen junto com a Força Aérea da Suécia.
O futuro do KC-390 na Europa está ameaçado já que Holanda e outros países podem interromper as atuais negociações em curso. Ficaremos só com Portugal, no Ocidente.
O governo Luís Inácio Lula da Silva e o Palácio do Itamaraty precisam assumir os riscos da sua postura frente a crise ucraniana, ou ter que vir assumir a responsabilidade pela imensa crise que vai acertar em cheio o setor do agronegócio, da indústria e da tecnologia com as retaliações que estão por vir nos próximos meses. O embargo do Itamaraty à exportação dos blindados Guarani, na versão ambulância, quando se tornar oficial será a gota da água, segundo um diplomata.
No campo político, o Governo Lula 3 sem o apoio dos Estados Unidos e dos líderes do Reino Unido, França e Alemanha, será um político menor que um anão diplomático. A política exterior brasileira colocará o Brasil no isolamento e será responsável por uma crise econômica sem precedentes. Com certeza, esses não são os interesses nacionais do Brasil. Dar as costas para Ucrânia e passar a imagem ao mundo que o agressor é vítima, como se fosse um agente de propaganda de Moscou pode criar uma crise interna e quebrar o Brasil.
A para isso contribui Moscou, onde a agência TASS e as demais redes de propaganda russa, divulgam um texto incorreto da conversa telefônica de Lula com Vladimir Putin. Uma Fake News na terminologia do Planalto? Não, é uma clássica ação russa estilo “Kompromat” para tornar o rompimento do Ocidente com o Brasil irreversível.
Dependência ideológica: de onde vem os Adubos e Fertilizantes importados pelo Brasil
A seguir confira quais os principais países de onde o Brasil importou Adubos e Fertilizantes em 2021
Países de Origem | % | Valor FOB US$ |
1º Rússia | 23 | 3,5 bilhões |
2º China | 14 | 2,1 bilhões |
3º Marrocos | 11 | 1,59 bilhão |
4º Canadá | 9,8 | 1,48 bilhão |
5º Estados Unidos | 5,6 | 835 milhões |
6º Catar | 4,6 | 692 milhões |
7º Bielorrússia | 3,4 | 508 milhões |
8º Arábia Saudita | 3,1 | 465 milhões |
9º Argélia | 2,9 | 433 milhões |
10º Alemanha | 2,8 | 428 milhões |
Segundo fontes do DefesaNet, Canadá, países Bálticos, Israel e países Africanos estão prontos para ampliar o fornecimento de fertilizantes ao Brasil.
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