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quinta-feira, 25 de maio de 2023

"Racismo estrutural", no Brasil e nos EUA - José Antonio de Macedo Soares, Paulo Roberto de Almeida

 Para quem acha que o Brasil sofre de "racismo estrutural": 

No dia 8 de junho de 1953, há setenta anos, a Suprema Corte dos EUA decidiu que restaurantes, bares e cafés em Washington D.C. não poderiam recusar a servir clientes negros (District of Columbia v. John R. Thompson Co.Inc.). 
Pescado na "Folhinha do Futuro", para o mês de Junho, preparada todo mês pelo meu bom amigo José Antonio de Macedo Soares.

PRA: Mas essa decisão só afetava Washington, pois no Deep South, o Apartheid durou até meados dos anos 1960, senão mais.
Permito-me aliás, lembrar quefoi essa mesma corte, mas na década final do século XIX que decidiu que os estados podiam, sim, manter a discriminação nas escolas, ou seja, as melhores para brancos, o que tiver para os negros. Foi o famoso "ruling" Qual But Separated, ou seja, os negros eram iguais aos brancos, mas estes tinham o direito de mantê-los bem apartados de escolas públicas.
Lembro ainda que o super racista presidente Woodrow Wilson, saudado como famoso progressista, pelos seus "14 pontos" para as negociações de paz de Paris, após o armistício da Grande Guerra, foi o sulista que federalizou o racismo no serviço público federal, separando brancos e negros em todas as repartições públicas. Os estados do Sul aproveitaram para recrudescer no Apartheid e a Ku-Klux-Klan para linchar milhares de negros em árvores de vários estados do Sul. 
Aquilo sim era racismo estrutural...

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