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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 22 de outubro de 2022

Biblioteca Nacional: A França no Brasil: Ferdinand Denis

http://bndigital.bn.br/francebr/ferdinand_denis_port.htm

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    Ferdinand Denis

    Entre os franceses que seguiram para o Brasil no início do século XIX, Ferdinand Denis (1798-1890) ocupa um lugar excepcional. Após o período de uma estadia que o levou do Rio a Salvador, com uma incursão até Jequitinhonha, e durante o qual teve alguns contatos com os Taunay (1816-1819), ele consagrou uma dezena de obras à apresentação do Brasil aos franceses. A primeira é fruto justamente de uma colaboração com um dos filhos do pintor Nicolas Taunay, Hippolyte, e é publicada no ano da proclamação da independência. Os seis volumes de Le Brésil, ou Histoire, mœurs, usages et coutumes des habitants de ce royaume (Paris: Nepveu, 1822) serão rapidamente condensados em um Résumé de l’Histoire du Brésil, suivi du Résumé de l’Histoire de la Guyane (Paris: Lecointe & Durey, 1825), dessa vez tendo ele como único autor. E depois, após o sucesso dos dois primeiros volumes de Voyage pittoresque, o de Jean-Baptiste Debret e o de Rugendas (1835), virá o seu Brésil, associado à Colombie et Guyanes, de César Famin (Paris: Firmin Didot Frères, col. “L’Univers. Histoire et Description de Tous les Peuples”, 1837).

    Por seu desejo de reunir os “documentos que constituem a história”, Ferdinand Denis surge como o pai dos estudos brasileiros na França, o primeiro, por exemplo, a assinar um artigo sobre o Brasil na então recente Revue des Deux Mondes (1831, tomo 2, sobre Saint-Hilaire). Como muitos dos seus livros foram escritos nos anos 20, dentro do contexto perturbado do processo de independência de um país em busca de equilíbrios políticos e identitários, F. Denis se mostra particularmente atento aos diferenciais brasileiros. Ele vai buscar a partir da era colonial as sementes do sentimento nacional que progressivamente vão afastar o território da metrópole portuguesa. Numa época em que a Inglaterra se beneficia de acordos comerciais privilegiados, ele se esforça para brigar pela causa das trocas franco-brasileiras, destacando, sempre que pode, os laços que unem os dois “povos” desde o “descobrimento”: “[…] no Brasil, os franceses são amados, e os ingleses poderosos.” (Résumé…, p. 224). Daí o seu cuidado em realçar os momentos fortes desta relação, como, a partir de fontes do século XVI, em Une Fête Brésilienne, célébrée à Rouen en 1550, suivie d’un fragment du XVIe siècle roulant sur la théogonie des anciens peuples du Brésil, et des poésies en langue tupique de Christovam Valente (Paris: J. Techener, 1850).

    O chamado para reequilibrar as relações internacionais em proveito dos franceses não tem apenas um alvo econômico; ele encontra um terreno de expressão simbólica através do indianismo: a especificidade da “nação brasileira” se inscreve em origens ameríndias que havia pouco tempo Chateaubriand se empenhara a enaltecer. Reavivando a chama do primeiro romantismo francês, Ferdinand Denis oscila entre a preservação de culturas ameaçadas de extinção (“[…] possam ser conservadas essas respeitáveis ruínas de nações poderosas!” (Résumé…, p. 124)) e a “pacificação”: “Esperemos que novas tentativas façam a maioria das tribos tomar parte da população ativa e útil.” (Résumé…, p. 242). Atrás desta atividade útil se esboça uma crítica da colonização predatória e um encorajamento ao desenvolvimento através da agricultura e o comércio.

    No plano literário, ele vê, na paisagem grandiosa e na generosidade do clima, material para inspirar uma poesia sublime, uma mensagem que em um primeiro momento se destina aos seus compatriotas, mas que chegará também aos brasileiros. Este é o sentido de suas Scènes de la nature sous les tropiques et de leur influence sur la poésie. Suivies de Camoens et Jozé Indio (Paris: Louis Janet, 1824), ilustração do poder poético daquelas terras e populações exóticas. Na sequência, o Résumé de l’histoire littéraire du Portugal [suivi du] Résumé de l’histoire littéraire du Brésil (Paris: Lecointe & Durey, 1826) consagra o reconhecimento de uma “jovem” literatura e cristaliza a consciência nacional dos escritores brasileiros. “O pequeno livro de Denis parece hoje insignificante, mas foi sem dúvida o que teve maiores consequências em toda a nossa crítica, porque foi o primeiro a conceber a literatura brasileira como algo diferenciado e a indicar quais deveriam ser os rumos do futuro.”, constata Antônio Cândido (O Romantismo no Brasil, São Paulo: Humanitas-FFLCH/USP, 2002, p. 22.). O pensamento de F. Denis vai de fato nutrir e orientar o programa da geração romântica que, num primeiro momento, se reuniu em torno da revista Nitheroy (1836). Traduzido no Brasil em 1835, este livro entrará para o programa do Imperial Colégio de Pedro II, inaugurado em 1837. Hoje, sem se aperceberem que o que está em jogo é quase sempre a sina de uma construção identitária, certos críticos assinalam o paradoxo de ter exaltado sua singularidade nacional à partir de uma matriz exógena.

    Com gosto pelos livros e arquivos, F. Denis trabalhou de 1841 a 1883 na biblioteca Sainte-Geneviève, em Paris, primeiro como funcionário da biblioteca, depois como administrador. Recebendo os visitantes, mantendo uma abundante correspondência, durante estas décadas ele foi um ponto de passagem incontornável de inúmeros franceses, escritores, historiadores ou viajantes, e de brasileiros, entre os quais o próprio Imperador D. Pedro II. Acumulando e exumando vários documentos, ele deixou à biblioteca um acervo importante, somente um pouco disperso, do qual o pintor Cícero Dias estabeleceu um primeiro levantamento: Catalogue du Fonds Ferdinand Denis, Paris: Bibliothèque Sainte-Geneviève & Institut Français des Hautes Études Brésiliennes, 1972.

    DOCUMENTOS ANEXOS

    As considerações programáticas, e os desdobramentos narrativos de Scènes de la nature…, de F. Denis, sobre os “machakalis” — e em uma medida menor “Palmarès” —, deixam suas marcas na adaptação francesa de Caramuru, de Santa Rita Durão (1871), por Eugène Garay de Monglave, Caramuru ou la découverte de Bahia (Paris: Eugène Renuel, 1829) e no romance de Daniel Gavet e Philippe Boucher, Jakaré-Ouassou ou Les Tupinambas. Chronique brésilienne (Paris: Timothée Dehay, 1830).

    O polígrafo Eugène Garay de Monglave (cujo nome verdadeiro era Eugène Moncla, de origem basca), que chegou a pensar em se naturalizar brasileiro, foi próximo de D. Pedro I, de quem traduziu a correspondência com o pai, D. João VI. Frequentou vários círculos institucionais, em particular sendo o secretário perpétuo do Institut Historique de Paris, fundado em dezembro de 1833. Dos cerca de vinte livros que disse querer traduzir, ele conseguiu realizar apenas Marilia (a partir dos poemas de Marilia de Dirceu, do poeta arcadista Tomás Antônio Gonzaga — Paris: C. L. F. Panckoucke, 1825), e o já citado Caramuru, cuja tradução é dedicada à filha do imperador, D. Maria da Glória, futura rainha de Portugal.

    Daniel Gavet também passou alguns anos no Brasil, sete precisamente. O prefácio do romance a quatro mãos no qual apareciam em segundo plano o português “Alvarez”-“Caramourou” e sua esposa índia “Paragouaçou”-“Catherine”, proclama o desejo contrariado de ter desejado fazer “apenas uma sequência de quadros de costumes, sob uma forma dramática”, sem “diminuir tudo o que os selvagens e a natureza do Novo Mundo inspiram tão profundamente.” Mas foi preciso criar uma intriga…


    sexta-feira, 29 de novembro de 2019

    A DESTRUIÇÃO da cultura e da inteligência pelo Olavo-Bolsonarismo

    Depois de destruir a diplomacia, a educação, o meio ambiente e os direitos humanos, o Olavo-Bolsonarismo está DESTRUINDO sistematicamente a cultura nacional, colocando gente medíocre em todos os postos visados pela tribo de bárbaros que tomou de assalto todas as instituições públicas (e até constrangendo e discriminando as empresas privadas, como vemos no campo da mídia).
    NUNCA ANTES, nem mesmo sob a quadrilha do PT, gente tão medíocre foi colocada em postos chaves da inteligência, da cultura e de outras instituições públicas.
    O Brasil já recuou, vai continuar recuando, vai retroceder em praticamente todos os campos, pois o empenho dos novos bárbaros tem um único objetivo: destruir tudo o que existe de inteligente.
    Paulo Roberto de Almeida

    Substituída por seguidor de Olavo de Carvalho, presidente da Biblioteca Nacional coloca cargo à disposição: "desrespeito"

    A presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Helena Severo, colocou o cargo à disposição e manifestou a sua "perplexidade" diante da postura do governo."Não posso concordar com a forma desrespeitosa com que esse processo de mudança vem sendo conduzido", disse.

    Em carta ao secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, a presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Helena Severo, coloca seu cargo à disposição e manifestou a sua "perplexidade" diante da postura de "desrespeito" do governo que trocou o comando da fundação, sem o prévio aviso.
    "Foi para mim motivo de perplexidade, ter tomado conhecimento de minha substituição através da imprensa, sem qualquer comunicação dos órgãos competentes, como manda o protocolo", enfatiza Helena em um trecho da carta.
    O secretário Roberto Alvim substituiu Helena por Rafael Alves da Silva, que se apresenta como Rafael Nogueira, um seguidor de Olavo de Carvalho, o guru do clã Bolsoanro.
    Servidora de carreira da União há 30 anos, Helena foi secretária Municipal de Cultura do Rio e ex-presidente da Fundação Theatro Municipal. Em agosto de 2016, no governo de Michel Temer, assumiu a Biblioteca Nacional.
    "Esclareço que entendo perfeitamente que todos os governos têm direito de formar suas equipes de acordo com suas orientações políticas e programáticas. Entretanto, não posso concordar com a forma desrespeitosa com que esse processo de mudança vem sendo conduzido", acrescentou Helena.
    Além dela, a historiadora Maria Eduarda Marques, Diretora Executiva da Biblioteca Nacional, também colocou o cargo à disposição.


    terça-feira, 17 de abril de 2018

    A cartografia do Brasil nas coleções da Biblioteca Nacional (1700-1822)


    A Cartografia do Brasil nas Colecções da Biblioteca Nacional (1700-1822)


    A cartografia Cartografia do Brasil nas colecções da Biblioteca Nacional foi um projecto de levantamento e descrição da cartografia manuscrita e impressa relativa ao Brasil, existente nas colecções das Áreas de Cartografia, Iconografia e Divisão de Reservados da Biblioteca Nacional. O projecto, da responsabilidade da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses e da Biblioteca Nacional, foi desenvolvido ao longo de dois anos (1998-2000) no âmbito das comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil.
    O objectivo principal do projecto foi conhecer e divulgar a documentação cartográfica existente nas colecções da Biblioteca Nacional. Foram objecto de levantamento sistemático os documentos cartográficos, manuscritos e impressos, das colecções de Reservados, de Cartografia e de Iconografia. O período cronológico abrangido situou-se entre 1700 e 1822. A partir de 1700, pelo facto do século XVIII ser, por excelência, o tempo do Brasil na História da Cartografia Portuguesa; até 1822 porque a data da independência do território constitui, por si só, um marco cronológico com repercussões na responsabilidade e origem da cartografia oficial posterior . 
    Do levantamento realizado foram identificados e seleccionados trezentos e setenta e nove mapas, que deram origem a trezentas e trinta e três descrições bibliográficas, uma vez que alguns mapas se encontram subordinados a um título comum e, por essa razão, foram descritos em segundo nível. São mapas de autores portugueses e estrangeiros, incluindo reedições e variantes do mesmo mapa. Trata-se de um conjunto de mapas avulsos e de mapas oriundos de diferentes tipos de publicações, tais como livros de viagens, histórias gerais, atlas ou, ainda, mapas soltos ou conjuntos de mapas, que foram retirados das obras em que foram originalmente publicados. Foram contemplados os mapas desde a escala da planta de edifício até à escala da inserção do Brasil na América do Sul. 
    Este Projecto contou com a coordenação científica do Professor João Carlos Garcia, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e com a colaboração de especialistas de diferentes áreas do saber, designadamente com uma equipa de investigadores e bolseiros da Comissão Nacional para os Descobrimentos Portugueses das áreas de História da Cartografia, História do Brasil e Geografia Histórica; na Biblioteca Nacional, contou com a coordenação biblioteconómica da responsável da Área de Cartografia e envolveu uma equipa de funcionários, de diferentes áreas, entre os quais, os Bibliotecários que têm a seu cargo as colecções estudadas [Ficha técnica]. 
    Procurou-se, assim, que a comunidade científica pudesse contar com uma obra de referência que disponibilizasse toda a informação resultante do estudo das colecções analisadas, informação essa que foi disponiblizada, de uma forma organizada e sistemática, de acordo com as normas internacionais em vigor, ISBD-CM (International Standard Bibliographic Description for Cartographic Materials).
    Os resultados deste projecto consubstanciaram-se nas seguintes publicações e eventos: 
    History of the Project
    The project The Cartography of Brazil in the Collections of the National Library consisted in a systematic inventory and description of all the manuscript and printed maps related to eighteenth-century Brazil that existed in the Special Collections of the National Library (Map Department, Manuscript and Rare Book Department, Prints and Drawings Department). This project was developed for two years (1998-2000) and was the outcome of a joint initiative of the National Library and the former National Commission for the Commemoration of the Portuguese Discoveries (CNCDP), in the context of the celebration of the five hundred years of the “discovery” of Brazil by Pedro Álvares Cabral in 1500.
    The main goal of this project was to make an inventory of the eighteenth-century maps of Brazil existing in the collections of the National Library in order to make them available to the public. The printed and manuscript maps were selected from the collections kept in the Map Department, the Prints and Drawings Department, and the Rare Books and Manuscript Department. The maps are dated from 1700 to 1822. This time span can be easily explained, as the eighteenth-century corresponds to the most important period of Portuguese cartographic production concerning Brazil. The choice of the independence year of Brazil as the end of the period covered is due to the fact that it represented an important landmark, which also led to relevant changes concerning both the responsible agents and the production of official cartography. [Credits
    The project was scientifically coordinated by Professor João Carlos Garcia from the Geography Department of the University of Oporto, and had the collaboration of a research group that included researchers specialised in different areas, namely in History of Cartography, History of Brazil and Historical Geography, and scholars funded by the CNCDP. In the National Library, the project was coordinated by the curator of the Map Division, especially in what concerned all the matters related to librarianship, and also involved the librarians in charge of the different collections as well as other specialised staff with different technical responsibilities. 
    Another aim of this project was to make available to all the scientific community a work of reference that would comprise all the information that resulted from the study of the collections in an organised and systematic form, according to the established international norms or ISBD (International Standard Bibliographic Description). 
    The results of the project correspond to the following publications and events:

    Este catálogo tem por base um levantamento sistemático realizado nas colecções especiais da Biblioteca Nacional (Reservados, Iconografia e Cartografia). Foram identificados e seleccionados 379 mapas, que deram origem a 333 descrições bibliográficas, uma vez que alguns mapas se encontram subordinados a um título comum e, por essa razão, foram descritos em segundo nível. São mapas de autores portugueses e estrangeiros, incluindo reedições e variantes do mesmo mapa. Trata-se de um conjunto de mapas avulsos e de mapas oriundos de diferentes tipos de publicações, tais como livros de viagens, histórias gerais, atlas ou, ainda, mapas soltos ou conjuntos de mapas, que foram retirados das obras em que foram originalmente publicados. Foram contemplados os mapas desde a escala da planta de edifício até à escala da inserção do Brasil na América do Sul. 
    Digital Catalogue
    The research was carried out in the holdings of the National Library’s Special Collections (Manuscript and Rare Book Department, Prints and Drawings Department and Map Department), resulted in 333 records corresponding to a total of 379 maps, as some of them belong to the same work and were jointly catalogued. This group of maps are from Portuguese and foreign mapmakers and include different versions and editions of the same map. The catalogue comprises single maps and maps that were included in different kinds of publications like travel books, general histories, atlases, as well as loose maps, or factitious compilations of maps, that is to say, volumes of sets of maps bound together which were found out of the context of their original publications. It includes a great diversity of cartographic objects depicted in different scales, from the scale of a building plan to the scale of a general map of Brazil as part of South America.

    Títulos
    Titles
    AutoresAuthors
    CronologiaChronology
    ToponímiaToponymy
    TipologiaTypology
    BibliografiaBibliography
    CotasCall numbers

    A Cartografia do Brasil nas Colecções da Biblioteca Nacional (1700-1822) | Exposição


    No caso do Brasil, o processo ideológico de identificacão do território de colonização portuguesa com a "Nova Lusitania" está indissociavelmente ligado à sua crescente importancia política e económica, que se verificou ao longo dos séculos XVII e XVIII, processo esse que ocorreu paralelo às sucessivas tentativas de atribuição de identidade e a construção do sentimento de unidade espacial, manifestando-se no pensamento político, na produção historiográfica, geográfica e cartográfica. 
    A exposição A Nova Lusitânia, que esteve patente na Biblioteca Nacional entre 23 de Novembro de 2000 e 21 Fevereiro de 2001, foi um dos resultados mais relevantes do projecto de inventariação da cartografia setecentista do Brasil, tendo permitido divulgar a qualidade e a diversidade dos mapas que se guardam na Biblioteca Nacional a um público mais vasto. 
    De um universo de mais de trezentos mapas foram seleccionados cerca de oitenta de entre os mais representativos, na sua maioria mapas impressos, mas também alguns manuscritos. Foram, assim, expostos quer mapas avulsos, quer mapas insertos em atlas ou outras obras, como descrições geográficas, livros de viagens, relatos de embaixadores, de militares ou de viajantes, de grande e de pequena escala, e de dimensões diferentes, que incluem desde pequenos mapas, que servem de ilustrações de livros, aos grandes mapas parietais da América do Sul. 
    Os mapas seleccionados foram organizados em cinco núcleos, em que procurámos reconstituir dentro da Biblioteca Nacional outras tantas bibliotecas setecentistas, onde cada um dos mapas, ou dos volumes que os contêm, poderiam ter estado antes de chegar até nós. 
    Guião: http://livrariaonline.bnportugal.pt/Issue.aspx?i=22194
    Gravuras (D. 118 R e C.C. 1690 A): adquirir fac-símiles das duas gravuras em http://livrariaonline.bnportugal.pt/Issue.aspx?i=22195; consultar cópia digital dos dois documentos originais em: http://purl.pt/881 e http://purl.pt/898.

    Livraria do Embaixador
    Ambassador’s Library
    Biblioteca Científica e de DivulgaçãoScientific and Travel Library
    Gabinete de ProjectosProjects' Office
    Sala do AlmirantadoAdmiralty Hall
    Oficina de Impressão CartográficaPrint Shop

    Ficha Técnica
    Credits
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    Coordenação, selecção e organização de conteúdos: 
    João Carlos Garcia, André Ferrand de Almeida, Maria Joaquina Feijão

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    quarta-feira, 14 de março de 2018

    O mercado obscuro das obras de arte: Itau Cultural tem obras da Biblioteca Nacional

    Ladrão diz que obras hoje no Itaú Cultural são da Biblioteca Nacional

    Laéssio de Oliveira afirmou em carta à Folha que gravuras que furtou há 14 anos estão em SP

    Laéssio Rodrigues de Oliveira, ladrão confesso de obras raras, afirma que oito gravuras da coleção Brasiliana do Itaú Cultural são as mesmas que ele furtou há 14 anos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
    Há cerca de 15 dias, a Folha recebeu de Laéssio, atualmente preso em Japeri, no estado do Rio, uma carta manuscrita, de 16 páginas, na qual detalha esse e outros furtos de centenas e centenas de obras, fotos e gravuras de diversas instituições brasileiras.
    Das oito obras que Laéssio menciona, seis estão em exposição permanente no espaço Olavo Setubal, no quinto andar do prédio da instituição na av. Paulista, 149. A Brasiliana é uma coleção de documentos e obras de arte sobre a história do Brasil.
    As obras roubadas pertencem ao álbum "Souvenirs de Pernambuco", composto de 12 gravuras de autoria do alemão Emil Bauch, impressas na Europa em 1852.
    Apesar de gravuras não serem obras únicas —e sim cópias de uma tiragem, como livros—, até 2004 havia apenas duas coleções completas dos "Souvenirs de Pernambuco" no Brasil: uma na Biblioteca Nacional e outra no Instituto Ricardo Brennand, em Recife.
    Logo após o furto na Biblioteca Nacional, em 2004, Laéssio foi preso (por outro roubo, do Museu Nacional do Rio) e apareceu nos jornais estampado como o maior ladrão de obras raras do país. Funcionárias da biblioteca o reconheceram, foram checar o que ele pesquisou e notaram a falta de quatro obras de Bauch no álbum "Souvenirs".
    O álbum foi colocado em um cofre por 13 anos. Foi aberto no ano passado, quando uma nova vista detectou que outras quatro gravuras eram cópias, elevando assim o furto para oito.
    A reportagem soube disso pela carta de Laéssio e confirmou a informação com a Biblioteca Nacional. As oito gravuras que faltam são idênticas às oito que o Itaú possui.
    "Sei que o Itaú Cultural tem obras de Bauch", diz a presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo. "Mas não nos compete fazer a afirmação de que são nossas. Isso compete à Polícia Federal, a quem passamos todas as informações. Uma perícia, que analisaria papel, desgaste, dobramento, marcas etc, poderia dar a certeza. Está entregue à Delemaph [órgão federal que investiga crimes contra o Patrimônio Histórico]."
    Em sua nota de esclarecimento, o Itaú Cultural afirma não ter sido contatado "por qualquer instituição pública ou privada para questionar a origem de suas obras". Isso apesar de a Polícia Federal ter essas informações desde o ano passado.
    O delegado Márcio Manoel da Cunha, encarregado do caso, afirmou à reportagem que preferia não dar informações para não atrapalhar as investigações. A PF, em seguida, informou que "não comenta e não concede entrevistas sobre investigações em andamento".
    O diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, disse que entrou em contato com a presidente da Biblioteca Nacional assim que terminou sua entrevista com a Folha, na semana passada. "Estamos absolutamente à disposição para levar as obras a eles para análise técnica. Sabemos que são múltiplos [obras impressas], mas não queremos oferecer nenhuma dificuldade de acesso à Biblioteca."

    O mediador

    Na carta que enviou ao jornal, Laéssio Rodrigues de Oliveira afirma que vendeu as oito gravuras da Biblioteca Nacional a Ruy Souza e Silva, colecionador e ex-marido de Neca Setubal, filha de Olavo Setubal. Efetivamente, Souza e Silva arregimentou diversas obras para a coleção Brasiliana, inclusive na Europa, e as revendeu ao Itaú, que montava sua coleção.
    Mas nega categoricamente ter comprado as obras roubadas. "Isso não ocorreu. Não comprei essas gravuras de Laéssio. As gravuras foram adquiridas em Londres na centenária loja Maggs Bros.", respondeu ele à Folha (leia aqui entrevista completa).
    O Itaú Cultural forneceu dois documentos de procedência. O primeiro deles é um recibo da compra de Ruy Souza e Silva na loja Maggs Bros em 9 de novembro de 2004.
    Nele, lê-se a transação de um "album of engravings of Brazil" (álbum de gravuras do Brasil), sem especificar o autor ou o número dessas gravuras. O único detalhe que traz é que certifica que os bens têm mais do que cem anos.
    O segundo documento é a venda de Souza e Silva para o Itaú em 17 de janeiro de 2005, ali, sim, especificando serem oito gravuras de Bauch feitas em Pernambuco.
    Em 2007, devido a um inquérito ao qual Laéssio respondia na Justiça do Rio, Ruy Souza e Silva espontaneamente devolveu uma série de obras que havia adquirido.
    "Pela boa-fé, ele não foi denunciado no inquérito", disse o procurador Carlos Aguiar, do Ministério Público do Rio de Janeiro.

    CRONOLOGIA DO CASO
    2004 - Laéssio de Oliveira subtrai oito gravuras de Emil Bauch da Biblioteca Nacional, mas só o furto de quatro é notado 
    nov.2004 - Ruy Souza e Silva compra um álbum de gravuras brasileiras na Maggs Bros., em Londres 
    jan.2005 - Souza e Silva vende oito gravuras de Emil Bauch para o Itaú Cultural
    2014 - O Itaú Cultural inaugura sua mostra permanente, exibindo seis das oito gravuras
    2017 - A Biblioteca Nacional nota que outras quatro obras de Bauch haviam sido furtadas em 2004
    2018 - Laéssio escreve à Folha

    Trecho da carta do ladrão
    “Desta feita, uma das obras que eu consegui subtrair foi parte do conjunto das lâminas do raríssimo álbum litografado ‘Souvenirs de Pernambuco’, de autoria do alemão Emil Bauch, que foi editado na Alemanha em 1852. Das 12 lâminas iconográficas do referido livro, eu apenas tive tempo de trocar 8 delas, através de uma cópia mui grosseira.”

    terça-feira, 16 de maio de 2017

    Revolucao pernambucana de 1817: exposicao na Biblioteca Nacional

    Biblioteca Nacional exibe mostra sobre a Revolução Pernambucana de 1817
    Data: 11/5/2017 a 15/8/2017
    Período e horários: segunda a sexta, das 10h às 17h; sábado, das 10h30 às 15h

    Há exatos 200 anos, o Brasil vivia seus primeiros dias de república, muito antes de Deodoro da Fonseca ter destituído D. Pedro II e assumido o governo. Era 1817 e um grupo de intelectuais, incluindo alguns religiosos, instituíram o primeiro governo republicano no Brasil, em Pernambuco. Mas D. João VI, então Rei do Brasil, Portugal e Algarve, reprimiu com força o movimento, que durou apenas 75 dias. No mês de maio daquele ano, os líderes da “Revolução Pernambucana”, a primeira com caráter separatista, considerada o berço da democracia brasileira, foram derrotados e executados pelo crime de lesa-majestade; o governo provisório revolucionário foi dissolvido e Recife, evacuada.

    Imagem da exposição Pernambuco 1817, a Revolução.

    É uma história pouco conhecida, mas muito estudada pelos grandes historiadores. A Biblioteca Nacional, depositária da mais completa coleção de livros, mapas, manuscritos e documentos icnográficos referentes a esta revolução, mostra ao público pela primeira vez parte desse acervo, na exposição “Pernambuco 1817, a revolução”, a partir de 10 de maio. O ministro da Cultura, Roberto Freire, estará presente à abertura, a partir das 18h30.
    Para ele, a revolução pernambucana de 1817 traz à nossa memória a ideia de que a República deve vicejar em prol de todos. “Duzentos anos depois, rememoramos esse evento porque, como republicanos que somos, sabemos das nossas responsabilidades com o estado atual da nossa República. Como eles e tantos outros, desejamos que os recursos públicos sejam aplicados para o bem-estar geral de todos e não apropriados por apenas alguns privilegiados, por qualquer razão que seja”, afirma Roberto Freire.
    Segundo Helena Severo, presidente da Biblioteca Nacional, expor estas preciosidades da história do Brasil faz parte do compromisso irrevogável da instituição de democratizar o acesso à produção e difusão da memória histórica brasileira.
    “O precioso conjunto de manuscritos referentes à devassa do movimento foi transcrito e estudado por José Honório Rodrigues. O material foi publicado na série “Documentos Históricos”, em 1954, quando o historiador dirigiu a Divisão de Obras Raras, prestando um serviço de grande valor à divulgação de grandes corpos de fontes documentais e de reinterpretação do significado dessa insurreição inspirada no ideário liberal.”

    A exposição
    A historiadora Maria Eduarda Marques, diretora do Centro de Cooperação e Difusão da Biblioteca Nacional e curadora da exposição, explica que ela será dividida em dois setores básicos: o que que ficará exposto nas galerias externas do terceiro andar será composto por imagens relativas aos principais personagens e à paisagem sócio cultural de Pernambuco daquele momento. “São reproduções de flores de algodão, que alude aos plantadores de algodão que apoiaram o movimento, e de engenhos de açúcar, porque parte da açucarocracia também apoiou o movimento, entre outras imagens”, explica.
    O segundo setor acontece dentro do gabinete de Obras Raras, porque ali estarão expostos os documentos, manuscritos e impressos originais e também as publicações de época e atuais relativas ao tema da revolução.
    “A BN guarda a mais importante coleção existente sobre este movimento que instalou a república por mais de 70 dias durante o reinado de D. João VI. A revolução de 1817 é considerada uma precursora da independência conquistada em 1822.  Guardamos aqui, portanto, o documento da chama Lei Orgânica, considerada a primeira carta constitucional do Brasil feita por brasileiros. O documento instala o regime republicano, preconiza os direitos humanos e a liberdade de imprensa. Também será exposto o chamado “Preciso”, importante manifesto expedido pelo governo provisório que explicava à população sobre o movimento. Este foi o primeiro documento impresso pela tipografia pernambucana, considerado um passo importante para a afirmação do movimento. É importante notar que a Biblioteca Nacional tem todos os autos da devassa que vitimou pelo menos seis líderes revoltosos. Foram enforcados e depois esquartejados em praça pública”, explica Maria Eduarda, complementando que, além dos manuscritos, estarão expostos mapas e um conjunto de imagens iconográficas originais de Recife e de Pernambuco do início do século XIX, inclusive a bandeira dos revoltosos, adotada posteriormente como a bandeira oficial do estado.

    A revolução
    A revolução de 1817 foi um dos mais sérios movimentos enfrentados pela Coroa portuguesa sediada no Rio de Janeiro, pois ameaçou a consolidação do projeto de construção do grande império unitário luso-brasileiro. D. João VI reprimiu-a com rigor e violência, enviando para Pernambuco tropas terrestres e navais para combater os insurretos que instalaram na província um governo provisório separatista.
    Durante os 75 dias de vigência daquele novo poder, o sistema tributário foi reformulado, a primeira polícia brasileira foi criada e o monopólio dos mascates portugueses no comércio de alimentos foi extinto. Foi também decretada a alforria dos escravos alistados no exército, considerado o primeiro ato abolicionista do brasil.
    No início do século XIX, Pernambuco era a capitania mais rica do Brasil colônia - Recife e Olinda tinham juntas cerca de 40 mil habitantes. Do porto do Recife escoava a produção de açúcar e de algodão. A sociedade recifense participava, desde o século XVIII de sociedades secretas, como as lojas maçônicas.  As ideias liberais que ali chegavam através de estrangeiros e de livros, e as iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas foram insuflando a ideia de se formar uma república. Aliado a tudo isso, os enormes gastos da família Real e seu séquito instalados no Rio de Janeiro revoltavam os pernambucanos, obrigados a enviar para lá grandes somas de dinheiro para bancar as festas, os salários e todos os outros gastos da Corte.
    Dentre as principais causas da revolução, pode-se destacar:
    • A presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública;
    • A criação de novos impostos por Dom João VI provocando a insatisfação da população pernambucana.
    • A grande seca que havia atingido a região em 1816 acentuando a fome e a miséria e ocasionando uma queda na produção do açúcar e do algodão, e que começaram a sofrer concorrência do algodão nos Estados Unidos e do açúcar na Jamaica;
    • As influências externas com a divulgação das ideias liberais e iluministas, que estimularam as camadas populares de Pernambuco na organização do movimento de 1817;
    • A crescente pressão dos abolicionistas da Europa que vinha criando restrições gradativas ao tráfico de escravos, mão de obra que se tornava cada vez mais cara e que era o motor de toda a economia agrária pernambucana;
    • O movimento queria a Independência de Pernambuco sob um regime republicano.

    O início
    A revolução começou com a ocupação do Recife, em 6 de março de 1817. No regimento de artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como "Leão Coroado", reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Depois, na companhia de outros militares rebelados, tomou o quartel e ergueu trincheiras nas ruas vizinhas para impedir o avanço das tropas monarquistas. O governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro refugiou-se no Forte do Brum, mas, cercado, acabou se rendendo.
    Tendo conseguido dominar o Governo pernambucano, os rebeldes se apossaram do tesouro, instalaram um governo provisório e proclamaram a República.
    Em 29 de março foi convocada uma assembleia constituinte, com representantes eleitos em todas as comarcas. Nela, foi estabelecida a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; o catolicismo foi mantido como religião oficial — porém com liberdade de culto —; foi proclamada a liberdade de imprensa (uma grande novidade no Brasil); e foram abolidos alguns impostos. A escravidão, entretanto, foi mantida.
    À medida que o calor das discussões e a revolta contra a opressão portuguesa aumentavam, crescia, também, o sentimento de patriotismo dos pernambucanos, a ponto de passarem a usar nas missas a aguardente (em lugar do vinho) e a hóstia feita de mandioca (em lugar do trigo), como forma de marcar a sua identidade.

    A derrota
    As tentativas de obter apoio das capitanias vizinhas fracassaram. Na Bahia, o emissário da revolução, José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, o Padre Roma, foi preso ao desembarcar e imediatamente fuzilado por ordem do governador, o conde dos Arcos. No Rio Grande do Norte, o movimento conseguiu a adesão do proprietário de um grande engenho que, depois de prender o governador, José Inácio Borges, ocupou Natal e formou uma junta governativa, porém não despertou o interesse da população e foi tirado do poder em poucos dias.
    No Ceará, Bárbara de Alencar – considerada então a primeira prisioneira política no Brasil - e seu filho Tristão Araripe aderiram ao movimento e fundaram a República do Crato, que durou apenas oito dias. Há quem a considere também a primeira presidente do Brasil.
    Tropas portuguesas enviadas pelo território baiano avançaram pelo sertão de Pernambuco, enquanto uma força naval, despachada do Rio de Janeiro, bloqueou o porto do Recife. Em poucos dias, oito mil homens cercavam a capitania. Derrotados, os revolucionários tiveram de recuar em direção ao Recife. Em 19 de maio, as tropas entraram na cidade e a encontraram abandonada e sem defesa. O governo provisório, isolado, se rendeu no dia seguinte.

    Pernambuco 1817, a revolução
    • Abertura: 10 de maio
    • Visitação: de 11 de maio a 15 de agosto
    • De segunda a sexta, das 10h às 17h
    • Sábado das 10.30h às 15h
    • Curadoria: Maria Eduarda Marques
    • Produção: Jocelino Pessoa
    • Fundação Biblioteca Nacional
      Avenida Rio Branco, 297
      Centro, Rio de Janeiro, RJ
    Local
    Espaço para mostras do 3º andar 

    A BN inaugurou no dia 10 de maio, às 18h30, a exposição ‘Pernambuco 1817: a Revolução’, com curadoria de Maria Eduarda Marques.
    Evento
    Exposição homenageia o bicentenário do levante que desafiou a Coroa a partir da cidade de Recife.

    sábado, 16 de julho de 2016

    Programa de Residencia em Pesquisa na Biblioteca Nacional: inscricao: 1 a 22 de agosto de 2016

    Assunto:    Edital - Biblioteca Nacional
    Data:    Mon, 11 Jul 2016 18:54:54 +0000

    Prezados Professores,

    O Programa de Residência em Pesquisa na Biblioteca Nacional seleciona projetos de pesquisa para a concessão de bolsas, com a finalidade de incentivar a produção de estudos originais, na forma de livros e desenvolvidos a partir de pesquisas no acervo da Biblioteca Nacional.

    Podem participar: pesquisadores doutores brasileiros ou estrangeiros, com título obtido há no mínimo 8 (oito) anos  e significativa experiência de pesquisa e produção intelectual.

    Prazo de inscrição: 1 a 22 de agosto de 2016

    Valor da bolsa:
    78.000,00 (setenta e oito mil reais), desembolsados em 13 (treze) parcelas mensais de R$ 6.000,00 (seis mil reais), para pesquisadores brasileiros;

    R$ 92.300,00 (noventa e dois mil e trezentos reais), desembolsados em 13 (treze) parcelas mensais de R$ 7.100,00 (cinco mil e duzentos reais), para pesquisadores estrangeiros.

    Acesso ao Edital:
    https://www.bn.br/sites/default/files/documentos/editais/2016/0801-programa-residentes-pesquisa-biblioteca-nacional-2016/edital_pnap_r_2016_definitivo_0.pdf

    Angela Di Stasio
    Núcleo de Pesquisa
    Fundação Biblioteca Nacional
    Av. Rio Branco, 219 – 4º. Andar
    Rio de Janeiro – RJ – 20040008
    Tel. 21 30953849/30953897

    terça-feira, 15 de setembro de 2015

    Brazil's National Library promotes the translation and publication of Brazilian Authors by Foreign Publishers

    The National Library of Brazil has instituted a Support Program for the Translation and Publication of Brazilian Authors 2015-2017 that intends to help foreign publishers who wish to translate and publish Brazilian authors into any language – for previously published works in Brazilian Portuguese.
    The first evaluation meeting for the assessment of applications has taken place on August 12th, 2015; Results have been already announced.
    Look at the following links and information: 

    Biblioteca Nacional – Translation, Publication
    Tradução Publicação


    On June 15th, 2015 Fundação Biblioteca Nacional (The Brazilian National Library) released the Support Program for the Translation and Publication of Brazilian Authors 2015-2017. The Support Program will be open from June 12th, 2015 through June 12th, 2016.

    Número do edital:  003
    Período: 12/6/2015 a 11/6/2016
    Edital

    Anexo:

    Resultado:
    Adicionado em 21 de agosto de 2015: Resultado da I Reunião de Avaliação ** Added on August 21st, 2015: Results – I Evaluation Meeting

    Resultado:
    Resultado final da Fase de Habilitação (I Reunião de Avaliação 2015-2017) ** Final results - Eligibility Phase (I Evaluation Meeting 2015-2017).

    Anexo:
    Adicionado em 3 de agosto de 2015 - Resultado da Fase de Habilitação do Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior nº 1/2015, conforme Edital publicado no D.O.U de 12/06/15, seção 1, página 7. Inscrições habilitadas para a I Reunião de Avaliação (reunião do dia 12/08/2015). ** File added on August 3rd 2015 - Results - Eligibillty Phase for the Support Program for the Translation and Publication of Brazilian Authors Abroad nº1/2015. List of eligible applications in reference to the I Evaluation Round (12/08/2015).

    Arquivos adicionais: