Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sábado, 14 de março de 2020
Simon Schwartzman resenha Mussolini, de Antonio Scurati (OESP)
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
USA: o declínio de uma grande democracia - Ishaan Tharoor (WP)
Trump’s authoritarian style is remaking America
terça-feira, 16 de abril de 2019
Novas recomendacoes bibliografias a quem precisa ler mais um pouco: Timothy Snyder
Alguns beócios até se congratulam com essa virada autoritária para a direita, passando a escolher como aliados os inimigos da democracia, dos direitos humanos e das liberdades em geral que pululam em diversas partes do continente europeu, mas que também podem estar se espalhando pelo hemisfério americano.
Continuando meu trabalho de assessoramento bibliográfico a quem precisa ler mais um pouco para não ficar repetindo bobagens – como o nazismo de esquerda, por exemplo, ou essa coisa que só a adesão beata ao Deus cristão define as identidades nacionais dos povos modernos –, coloco abaixo mais uma recomendação de leitura.
Se eu fosse um professor exigente, iria pedir resenha dos livros que recomendo como dever de casa, mas vou apenas fazer a recomendação bibliográfica.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 16 de abril de 2019
Synopsis
quinta-feira, 11 de abril de 2019
Defenestrados do IPRI planejam um clube dos defenestrados do Itamaraty
No caso do Samuel, havia a famigerada Lei da Mordaça, introduzida pelo então SG do Itamaraty, no meu caso, apenas a insegurança, o temor de ser desmascarado, de um chanceler acidental que sabe que está desempenhando um papel que não era o seu tradicionalmente, ou seja, pura figuração, a serviço dos que o colocaram nessa posição que representa, a meu ver, o terceiro escalão do processo decisório em matéria de política externa.
Samuel e eu vamos tomar umas cervejas para comemorar a inauguração desse novo clube, e provavelmente convidar outros eventuais defenestrados de arbítrios similares.
Para mim, tudo é motivo de divertimento. Eu estaria na verdade deprimido se tivesse de servir à política externa esquizofrênica do atual chantecler...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 11 de abril de 2019
São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2001 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Embaixador contra a Alca cai no ItamaratyDA REPORTAGEM LOCAL O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães foi demitido do Ipri (Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais), do qual era diretor, por manter uma posição diferente da do Itamaraty em relação à Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Para exonerá-lo da função, o Ministério das Relações Exteriores baseou-se na circular baixada pelo ministro Celso Lafer, em fevereiro deste ano, que proíbe qualquer manifestação pública sobre política externa, por parte dos diplomatas, sem autorização superior. Foi a primeira exoneração de um embaixador de seu cargo com base na "lei da mordaça", como ficou conhecida a norma do ministério. A posição de Pinheiro Guimarães contra a criação da Alca era pública, o que incomodava o Itamaraty. A gota d'água teria sido a divulgação do texto "A Alca É o Fim do Mercosul", de autoria do embaixador. De acordo com ele, a indústria nacional não está pronta para competir com a norte-americana, o que poderia causar forte abalo no setor. A posição do Itamaraty criou polêmica também no meio jurídico, por poder ferir o artigo 5º da Constituição, que garante a todos os brasileiros a inviolabilidade do direito à livre manifestação do pensamento, independentemente de censura ou licença (incisos IV e IX). O conselheiro Carlos Henrique Cardim assumirá as funções de Pinheiro Guimarães no Ipri. Não está definido ainda para que área do Itamaraty o embaixador será transferido. Texto Anterior: Comércio livre: Acordo com UE traz mais ganhos ao país, diz pesquisa Próximo Texto: Sem Kyoto, EUA perdem moral, afirma governo Índice |
segunda-feira, 26 de março de 2018
Hungary: from ‘semi-authoritarian order to fully authoritarian’?
Hungary slipping from ‘semi-authoritarian order to fully authoritarian’?
In Budapest 1, a parliamentary district at the heart of the Hungarian capital, most voters will not support the party of Viktor Orban, the country’s far-right prime minister, in a general election on April 8. Yet as things stand, Mr. Orban’s party, Fidesz, will hold on to the seat — and its huge majority in Parliament. That speaks as much to the relative strength of Mr. Orban’s base as it does to his gerrymandering and his allies’ takeover of most private news outlets, the New York Times reports:
domingo, 4 de fevereiro de 2018
L'Etat Bresilien (1973), meu primeiro trabalho publicado - Paulo Roberto de Almeida
O primeiro trabalho publicado, em francês, tem esta ficha:
Reproduzo o início e remeto à integra na plataforma Academia.edu, no link indicado acima:
(...)
3. Le Pouvoir Militaire
(...)
Ler a íntegra neste link:
http://www.academia.edu/35833013/13EtatBresilienRevueNouvellePubl.pdf
terça-feira, 12 de março de 2013
Chavismo platino, patagonico, porteno, argentino... - Ediitorial OESP
Depois de "democratizar a mídia" -- não vão conseguir, mas não deixarão de tentar -- vão querer também "democratizar a Justiça", o que aliás já tentaram, e tentam sempre, colocando seus servos, seus bonequinhos amestrados no STF, mas nunca dá certo inteiramente. Em todo caso, não somos imunes a esse virus totalitário...
Paulo Roberto de Almeida
A Justiça de Cristina
Seguindo o figurino de democracia plebiscitária tão ao gosto do chavismo, no qual o voto popular é transformado em chancela das decisões arbitrárias do governo, Cristina abriu o ano legislativo num discurso de três horas e meia defendendo que os integrantes do Conselho da Magistratura passassem a ser escolhidos diretamente pelos eleitores. Atualmente, o organismo é composto por três juízes, dois advogados, um acadêmico, seis parlamentares apontados pelo Congresso e um representante do governo. Os magistrados, o acadêmico e os advogados são escolhidos em votação interna. "Nem juízes nem advogados têm coroa para serem eleitos entre si!", escreveu Cristina no Twitter, com sua conhecida verve autoritária. O menosprezo pelas instituições republicanas é assumido sem-cerimônia, como se as urnas bastassem para regular as relações entre os Poderes e destes com a sociedade. No caso da proposta de "democratizar a Justiça", há ainda a agravante de que o atual sistema de escolha dos integrantes do Conselho da Magistratura está inscrito na Constituição, mas a oposição acredita que a presidente encontrará um jeito de distorcer a letra da lei para atender às suas necessidades - e embutir uma reforma que lhe permita, ademais, concorrer a um novo mandato.
A confusão entre soberania popular e funcionamento do Estado não é involuntária. Ao contrário: Cristina não se esforça para fazer segredo de que quer subordinar o Judiciário ao Executivo, sob o argumento de que só quem foi eleito - isto é, ela mesma - tem legitimidade. Não é por outra razão que a presidente argentina agora fala em constituir uma "Justiça legítima", pois a que está aí não lhe serve.
Não são poucos os exemplos de intervenção do kirchnerismo no Judiciário. Um caso representativo ocorreu em 2009, quando o juiz Norberto Oyarbide, em decisão sumária, inocentou os Kirchners da acusação de enriquecimento ilícito, apesar do escandaloso crescimento do patrimônio do casal. Processado no Conselho da Magistratura sob acusação de favorecer o casal presidencial, Oyarbide acabou absolvido graças à mobilização da maioria governista no órgão. Outro magistrado que atuou abertamente em favor dos Kirchners e envolveu-se em seguidos escândalos de corrupção, Federico Faggionato Márquez, só foi destituído em 2010 pelo Conselho da Magistratura porque o bloco kirchnerista estava ausente.
A hegemonia de Cristina no conselho, no entanto, não lhe parece suficiente. Tampouco lhe parece suficiente que ela e o falecido marido, Néstor, tenham nomeado a maioria dos atuais juízes da Suprema Corte e influenciado a nomeação da maioria dos magistrados do país nos últimos dez anos. Ela se queixa de que o Judiciário tem sido permeável às "grandes corporações" que, segundo diz, estão interessadas em desestabilizar seu governo. Ademais, e esta é uma questão central aqui, os governistas consideram que a Suprema Corte não é independente porque impõe obstáculos à plena execução do projeto que visa a limitar a propriedade de meios de comunicação, numa referência à disputa do governo contra o Grupo Clarín.
Em nome de sua guerra contra a imprensa que não lhe é subserviente e sempre tendo em perspectiva sua ânsia de permanecer no poder por mais tempo do que a Constituição permite, Cristina tudo fará para intimidar o Judiciário. É assim que o kirchnerismo vê a Justiça na Argentina: ela só será considerada "independente" caso se ajoelhe diante de Cristina.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Autoritarios querem controlar a internet (e o Brasil?)
Editorial
Global Internet Diplomacy
The New York Times, December 12, 2012
A version of this editorial appeared in print on December 13, 2012, on page A34 of the New York edition with the headline: Global Internet Diplomacy.
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Op-Ed Contributor: Hands Off the Internet! (December 7, 2012)
For Op-Ed, follow @nytopinion and to hear from the editorial page editor, Andrew Rosenthal, follow @andyrNYT.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Os autoritarios da Internet: sempre com uma agenda de Big Brother
Os companheiros, obviamente, aprovam inteiramente o modelo Big Brother de controle da internet. Se forem bem sucedidos será um desastre para a liberdade e para a continuidade da expansão atual dos serviços online.
Paulo Roberto de Almeida