O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador crescimento econômico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador crescimento econômico. Mostrar todas as postagens

sábado, 20 de abril de 2013

Pode o Brasil crescer a 5pc ao ano? Evidentemente nao - editoriais

Já escrevi, há muito tempo, um artigo perguntando se o Brasil poderia crescer de forma sustentável em torno de 5% ao ano (vejam neste link). A resposta que dei era obviamente negativa, tendo em conta a ausência de reformas, as tendências extrativas do Estado, a falta de investimentos.
Parece que vamos continuar numa linha de mediocridade pelo futuro previsível.
Paulo Roberto de Almeida

Um país fora do ritmo

20 de abril de 2013 | 2h 05
Rolf Kuntz *
O Brasil manterá o passo errado nos próximos cinco anos e avançará bem menos que outros emergentes até 2018, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sua inflação continuará mais alta e suas contas externas deverão piorar nesse período, com o déficit em transações correntes passando de 2,4% para 3,4% do produto interno bruto (PIB). Projeções de prazo longo aparecem no fim do Panorama Econômico Mundial publicado em abril e setembro pelo Fundo, num apêndice pouco visitado e pouco citado pela maior parte da imprensa. Estimativas desse tipo são sujeitas a erros importantes. Não são, no entanto, arbitrárias, nem inúteis. Ajudam a ver como poderá ser o futuro, se as tendências dos últimos anos persistirem, se as políticas forem mantidas e se as reformas necessárias forem levadas adiante ou negligenciadas. No caso do Brasil, os autores do estudo obviamente esperam poucas mudanças com potencial para tornar a economia mais dinâmica e mais sólida em seus fundamentos.

Segundo as projeções, a economia mundial crescerá 3,3% neste ano, 4% no próximo e 4,5% em 2018, puxada, como tem sido há alguns anos, pelos países emergentes e em desenvolvimento. A convalescença europeia será lenta e penosa. Os Estados Unidos continuarão avançando com firmeza. Seu PIB crescerá apenas 1,2% em 2013, por causa do arrocho fiscal, mas aumentará 2,2% em 2014 e em 2018 terá atingido um ritmo de expansão 2,5%. A média dos emergentes e em desenvolvimento ficará em 5,3%, 5,7% e 6,2% em cada um desses três pontos de referência. Para a Ásia em desenvolvimento, incluída a China, os números estimados são 7,1%, 7,3% e 7,7%. Há uma aposta, portanto, no êxito dos programas de ajuste e de renovação dos modelos já iniciados em algumas dessas economias.

Nesse quadro, o avanço brasileiro continuará mais lento que o de vários países latino-americanos. Segundo o Panorama, o PIB do Brasil aumentará 3% em 2013, 4% no próximo ano e 4,2% em 2018. Se a projeção para este ano for confirmada, o resultado será bem melhor que o de 2012, quando o crescimento ficou em apenas 0,9%, apesar dos estímulos criados pelo governo. Alguns incentivos ao investimento privado poderão finalmente produzir algum efeito neste ano, de acordo com a análise apresentada no capitulo 2 do relatório.

Mas "restrições de oferta podem limitar o ritmo de crescimento a curto prazo", advertem os autores do trabalho. Em outras palavras: os entraves observados nos últimos anos poderão ainda atrapalhar a economia brasileira em 2013. Sem examinar em detalhes a política seguida no Brasil depois da crise de 2008 e especialmente a partir de 2011, os economistas do FMI apontaram, no entanto, o grande problema negligenciado por muito tempo pelo governo brasileiro. Durante dois anos a equipe da presidente Dilma Rousseff insistiu em estimular a demanda, principalmente de consumo, sem dar a atenção necessária ao lado da produção e, portanto, da oferta.

O crescimento de 3% estimado para 2013 ficará muito abaixo do necessário para compensar o baixo desempenho dos dois anos anteriores. É preciso levar também isso em conta ao confrontar os números do Brasil com os de outros países do Hemisfério. Chile, Colômbia, Equador, Peru e México também foram afetados pela crise internacional, mas em pouco tempo voltaram a crescer em ritmo parecido com o dos anos anteriores à recessão no mundo rico. Todos bateram o Brasil com muita folga desde 2010.

Para 2013, 2014 e 2018 as projeções do Fundo indicam as seguintes taxas de expansão para esses países: Chile, 4,9%, 4,6% e 4,6%; Colômbia, 4,1%, 4,5% e 4,5%; Equador, 4,4%, 3,9% e 3,5%; Peru, 6,3%, 6,1% e 6%; México, 3,4%, 3,4% e 3,3%. Entre 2010 e 2012 a economia equatoriana acumulou expansão de 17,14%; a mexicana, de 13,67%; a brasileira, de apenas 11,40%. Em todos esses países a inflação foi menor que a brasileira e assim deverá continuar neste e no próximo ano.

Os economistas do FMI estimam para o Brasil inflação de 5,5% em 2013 e 4,5% em 2014. Para o Chile, a projeção é de 3% em cada um dos dois anos. Para a Colômbia, de 2,4% e 3%. Para o Peru, de 2,1% e 2%. Para o México, de 3,6% e 3,3%. A presidente Dilma Rousseff deveria desconhecer esses números quando falou sobre crescimento e inflação em Durban, na África do Sul. Naquele pronunciamento, ela rejeitou uma ação mais forte contra a alta de preços como se fosse incompatível com a expansão do PIB. Parece ter esquecido, ou talvez ignorasse, a experiência internacional. Inflação alta e resistente, como a brasileira, dificulta o planejamento empresarial e corrói o poder de compra dos consumidores. Tende a tornar-se, portanto, um obstáculo ao crescimento da economia.

Além disso, inflação mais elevada que a dos outros países desajusta o câmbio e afeta o poder de competição dos produtores nacionais. No entanto, empresários e ilustres economistas brasileiros muito raramente reclamam da inflação, embora esbravejem continuamente contra a valorização cambial. Devem ter esquecido tanto a experiência internacional quanto a nacional.

Durante muito tempo o Brasil se deu mal com o câmbio fixo. O câmbio flexível e ajustado periodicamente pela inflação, adotado em 1968, foi um avanço, mas muito imperfeito. Sem estabilidade monetária, o regime cambial tornou-se uma corrida permanente em busca de ajustes de curta duração. A inflação desarranjava o câmbio e em seguida a correção cambial desarrumava os preços. O sistema passou a funcionar como um cão correndo atrás do próprio rabo. Parece estranho, mas alguns economistas e industriais falam como se tivessem saudade desse tempo.

Os países com melhor desempenho têm combinado controle da inflação, contas públicas em condições razoáveis e integração nos mercados globais. O resto é teimosia, mera insistência em pajelanças bem conhecidas, testadas e desacreditadas.

* Rolf Kuntz é jornalista.

==========

Crescendo menos

20 de abril de 2013 | 2h 08

Editorial O Estado de S.Paulo
Mais do que confirmar o que o governo Dilma tenta negar - que o desempenho da economia brasileira continuará sendo pior do que o dos demais países emergentes e também do resto do mundo -, o Panorama da Economia Mundial com as novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2013 adverte para a persistência de gargalos que reduzem o potencial de crescimento do Brasil.
O FMI reviu para baixo suas projeções para o desempenho da economia mundial neste ano, mas a revisão dos dados referentes à economia brasileira foi mais significativa do que as revisões dos dados do resto dos países, inclusive os emergentes. Inicialmente previsto em 3,5%, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2013 agora é estimado em 3%. Ainda é, reconheça-se, um número bem melhor do que o registrado em 2012, quando o PIB brasileiro cresceu apenas 0,9%, mas ruim se comparado com o do resto do mundo. Em média, a economia mundial deverá crescer 3,3%, de acordo com as novas projeções do Fundo Monetário Internacional.
Países aos quais o Brasil tem sido comparado por analistas e investidores internacionais terão desempenho melhor. O FMI espera que, em 2013, a China cresça 8%; a Índia; 5,7%; e a Rússia e o México, 3,4%.
A recente aceleração dos preços no Brasil não parece preocupar o Fundo. Apesar de, em março, a inflação brasileira ter rompido o limite superior da margem de tolerância da meta deste ano, o FMI acredita que a alta média dos preços ao consumidor fique em cerca de 5,5% em 2013 e, no próximo ano, alcance 4,5%, centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.
O que preocupa o Fundo, entre outras dificuldades, são os gargalos da infraestrutura, que podem comprometer o crescimento futuro. Esse problema foi apontado pela diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. "O fornecimento e o escoamento de mercadorias é limitado por gargalos em quase todo o território", disse ela, referindo-se à situação dos portos, aeroportos, rodovias e ferrovias no Brasil. "Aprimorar a infraestrutura poderia melhorar muito a situação do País, e é isso que sugerimos que seja priorizado."
Além da infraestrutura, o chefe da divisão de pesquisa do Fundo, Thomas Helbing, citou outro gargalo que pode tolher o crescimento brasileiro. É o que se localiza no mercado de trabalho. Há um lado positivo da evolução do mercado de trabalho no Brasil nos últimos anos, com o aumento do número de trabalhadores contratados. Isso contribuiu para o aumento da renda real média da população, estimulou o consumo e evitou que o desempenho da economia fosse pior do que o registrado nos dois últimos anos.
Mas um número crescente de empresas começa a enfrentar escassez de mão de obra preparada e treinada para o desempenho de funções mais complexas, que exigem maior domínio de técnicas e maior conhecimento. As políticas públicas na área da educação anunciadas até agora não tiveram o efeito de suprir a demanda desses profissionais na velocidade exigida pelo mercado.
Além do impacto de fatores externos, as economias sul-americanas foram afetadas também por fatores internos, em geral de responsabilidade dos governos - e isso foi particularmente visível no Brasil. "Grandes estímulos falharam em impulsionar o investimento privado", observou o FMI, referindo-se aos generosos incentivos concedidos pelo governo Dilma e que até agora não resultaram em investimentos nem em crescimento. A relativa estagnação brasileira afetou o desempenho da Argentina e do Uruguai.
Quanto à estabilidade da economia brasileira, o vice-diretor de assuntos fiscais do FMI, Philip Gerson, observou que, como a dívida pública bruta ainda é superior a dois terços do PIB, o governo deveria cumprir a meta cheia do superávit primário - necessário para honrar os compromissos decorrentes da dívida -, que está fixada em 3,1% do Produto Interno Bruto. O governo Dilma, no entanto, vem reduzindo essa meta na prática, por meio de artifícios orçamentários e contábeis, e com isso gera desconfianças sobre sua política fiscal.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Pra' Frente Brasil! Ops: apenas uma exortacao, para nao cair no pessimismo...

O pessimismo não é de deste blogueiro, e sim dos dados em geral, da imprensa em particular.
Ah, essa mídia maldosa, do PIG, e do grande capital, sempre querendo diminuir nosso glorioso Brasil.
Paulo Roberto de Almeida

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1246141-idh-brasileiro-sobe-mas-em-ritmo-menor-do-que-paises-em-desenvolvimento.shtml

 http://www1.folha.uol.com.br/poder/1246173-avaliacao-e-injusta-com-brasil-afirmam-ministros-sobre-idh.shtml

 http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/14/idh-do-brasil-avanca-mas-fica-abaixo-da-media-da-america-latina.htm

 http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/14/desigualdade-mundial-diminui-mas-157-bilhao-ainda-vivem-na-pobreza.htm

 http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/14/brasil-tem-3-maior-taxa-de-evasao-escolar-entre-100-paises-diz-pnud.htm

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/14/noruega-e-a-primeira-colocada-no-idh-pelo-quarto-ano-consecutivo.htm

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/03/14/governo-contesta-dados-do-idh-e-questiona-pesquisa.htm

http://noticias.uol.com.br/album/2013/03/14/o-grupo-dos-dez-menos-no-idh.htm

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/14/mesmo-em-guerra-civil-libia-avanca-e-passa-brasil.htm

domingo, 3 de março de 2013

Taxa Média de Crescimento Econômico, 1964-2012

Taxa Média/Ano de Crescimento Econômico Real de 1964 a 2012 % PIB
Ricardo Bergamini

Períodos - Média/Ano
1964/84 - 6,29
1985/89 - 4,39
1990/94 - 1,24
1995/02 - 2,31
2003/10 - 4,06
2011/2012 - 1,80
 Fonte de Consulta IBGE

1 – Nos 21 anos dos governos militares, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 6,29% ao ano.
2 – Nos 5 anos do governo Sarney, com moratória internacional e hiperinflação, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,39% ao ano.
3 – Nos 5 anos dos governos Collor e Itamar, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,24% ao ano.
4 – Nos 8 anos do governo FHC, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 2,31% ao ano.
5 – Nos 8 anos do governo Lula, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,06% ao ano.
6 – No governo Dilma (2011/2012) o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,80% ao ano.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Ah, essa rivalidade diplomatica com o Mexico... - Thomas Friedman

Não, não é da tradicional rivalidade diplomática brasileira com o México por uma ilusória liderança na América Latina de que trata este artigo do conhecido colunista americano do NYTimes.
É apenas da nova ascensão do México.
Apenas duas informações que por acaso lhes tenham passado despercebidas.
Com 44 acordos de livre comércio, o México é a nação mais livre-cambista do mundo, pelo menos em quantidade (e quatro vezes mais do que o Brasil, que pela qualidade, aliás, fica ainda mais abaixo).
E, sozinho, o México exporta mais manufaturados do que todo o resto da América Latina junta, o Brasil inclusive.
Como isso foi possível?
Bem, quem sabe trabalhando?
Outra informação, talvez interessante para o Brasil, diretamente:
"Mexico’s three major political parties have just signed “a grand bargain,” a k a “Pact for Mexico,” under the new president, Enrique Peña Nieto, to work together to fight the big energy, telecom and teacher monopolies that have held Mexico back."
 Quem sabe a gente consegue combater os sindicatos mafiosos de professores, o estatismo ineficiente na energia e os carteis pornográficos das telefônicas, para também crescer e se desenvolver?
Apenas uma sugestão...
Paulo Roberto de Almeida
Op-Ed Columnist

How Mexico Got Back in the Game

Adriana Zehbrauskas for The New York Times
Mexico is attracting more global investment in autos, aerospace and household goods. General Electric has an office in Querétaro.
MONTERREY, Mexico
Josh Haner/The New York Times
Thomas L. Friedman

IN India, people ask you about China, and, in China, people ask you about India: Which country will become the more dominant economic power in the 21st century? I now have the answer: Mexico.
Impossible, you say? Well, yes, Mexico with only about 110 million people could never rival China or India in total economic clout. But here’s what I’ve learned from this visit to Mexico’s industrial/innovation center in Monterrey. Everything you’ve read about Mexico is true: drug cartels, crime syndicates, government corruption and weak rule of law hobble the nation. But that’s half the story. The reality is that Mexico today is more like a crazy blend of the movies “No Country for Old Men” and “The Social Network.”
Something happened here. It’s as if Mexicans subconsciously decided that their drug-related violence is a condition to be lived with and combated but not something to define them any longer. Mexico has signed 44 free trade agreements — more than any country in the world — which, according to The Financial Times, is more than twice as many as China and four times more than Brazil. Mexico has also greatly increased the number of engineers and skilled laborers graduating from its schools. Put all that together with massive cheap natural gas finds, and rising wage and transportation costs in China, and it is no surprise that Mexico now is taking manufacturing market share back from Asia and attracting more global investment than ever in autos, aerospace and household goods.
“Today, Mexico exports more manufactured products than the rest of Latin America put together,” The Financial Times reported on Sept. 19, 2012. “Chrysler, for example, is using Mexico as a base to supply some of its Fiat 500s to the Chinese market.” What struck me most here in Monterrey, though, is the number of tech start-ups that are emerging from Mexico’s young population — 50 percent of the country is under 29 — thanks to cheap, open source innovation tools and cloud computing.
“Mexico did not waste its crisis,” remarked Patrick Kane Zambrano, director of the Center for Citizen Integration, referring to the fact that when Mexican companies lost out to China in the 1990s, they had no choice but to get more productive. Zambrano’s Web site embodies the youthful zest here for using technology to both innovate and stimulate social activism. The center aggregates Twitter messages from citizens about everything from broken streetlights to “situations of risk” and plots them in real-time on a phone app map of Monterrey that warns residents what streets to avoid, alerts the police to shootings and counts in days or hours how quickly public officials fix the problems.
“It sets pressure points to force change,” the center’s president, Bernardo Bichara, told me. “Once a citizen feels he is not powerless, he can aspire for more change. ... First, the Web democratized commerce, and then it democratized media, and now it is democratizing democracy.”
If Secretary of State John Kerry is looking for a new agenda, he might want to focus on forging closer integration with Mexico rather than beating his head against the rocks of Israel, Palestine, Afghanistan or Syria. Better integration of Mexico’s manufacturing and innovation prowess into America’s is a win-win. It makes U.S. companies more profitable and competitive, so they can expand at home and abroad, and it gives Mexicans a reason to stay home and reduces violence. We do $1.5 billion a day in trade with Mexico, and we spend $1 billion a day in Afghanistan. Not smart.
We need a more nuanced view of Mexico. While touring the Center for Agrobiotechnology at Monterrey Tech, Mexico’s M.I.T., its director, Guy Cardineau, an American scientist from Arizona, remarked to me that, in 2011, “my son-in-law returned from a tour of duty in Afghanistan and we talked about having him come down and visit for Christmas. But he told me the U.S. military said he couldn’t come because of the [State Department] travel advisory here. I thought that was very ironic.”
Especially when U.S. companies are expanding here, which is one reason Mexico grew last year at 3.9 percent, and foreign direct investment in Monterrey hit record highs.
“Twenty years ago, most Mexican companies were not global,” explained Blanca Treviño, the president and founder of Softtek, one of Mexico’s leading I.T. service providers. They focused on the domestic market and cheap labor for the U.S. “Today, we understand that we have to compete globally” and that means “becoming efficient. We have a [software] development center in Wuxi, China. But we are more efficient now in doing the same business from our center in Aguascalientes, [Mexico], than we are from our center in Wuxi.”
Mexico still has huge governance problems to fix, but what’s interesting is that, after 15 years of political paralysis, Mexico’s three major political parties have just signed “a grand bargain,” a k a “Pact for Mexico,” under the new president, Enrique Peña Nieto, to work together to fight the big energy, telecom and teacher monopolies that have held Mexico back. If they succeed, maybe Mexico will teach us something about democracy. Mexicans have started to wonder about America lately, said Bichara from the Center for Citizen Integration. “We always thought we should have our parties behave like the United States’ — no longer. We always thought we should have the government work like the United States’ — no longer.”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O ufanismo dos números revisitado: algumas observacoes - PRAlmeida

Retiro, do post abaixo,

O pouco ufanismo dos numeros de crescimento - Samuel Pessoa

Folha de S.Paulo, 21/10/2012 - 03h00

Baixo crescimento do Brasil

 que transcreve artigo de Samuel Pessoa sobre o crescimento brasileiro e de países latino-americanos, algumas frases e com elas faço minhas observações. A tabela pode ajudar a ver a realidade, para os que acham que números podem ser distorcidos à vontade:


 "Três fatos se depreendem da tabela. Primeiro, tanto no governo FHC quanto no governo Lula, o crescimento do Brasil foi muito próximo do crescimento da América Latina: 0,1 ponto percentual a mais para o governo FHC e 0,1 ponto percentual a menos para o governo Lula.
Ou seja, toda a aceleração de crescimento que houve do governo FHC para o governo Lula foi compartilhada pela América Latina.
Segundo, se compararmos o crescimento da economia brasileira com os demais dez países da tabela, houve piora significativa do governo FHC para o governo Lula.
No governo FHC, o crescimento da economia brasileira foi maior do que o crescimento de 6 dos 10 países da tabela. No governo Lula, somente ficamos à frente do México. Todos os demais nove países apresentaram um desempenho de crescimento superior ao nosso.
Terceiro, nosso desempenho no biênio 2011-2012 está bastante aquém do desempenho da América Latina: 2,1% para nós em comparação a 3,8% para a América Latina. Novamente, dos dez outros países da tabela, nosso desempenho só não é pior do que o do Paraguai.
Assim, parece que algo ocorreu nos últimos anos que aparentemente reduziu a capacidade de crescimento da economia brasileira a valores significativamente inferiores aos da América Latina.
"

 Ou seja, nem o governo Lula foi muito melhor do que o governo FHC em matéria de crescimento econômico, como gostam de se vangloriar os companheiros, nem o Brasil foi muito melhor do que a América Latina em geral, e os grandes países em particular, nesse terreno. Ou seja, fomos medíocres, ou não muito brilhantes, como se pode depreender dos números.
Mas o problema principal não está aí, e sim no padrão geral de crescimento. O Brasil parece ter estacionado num "modelo" -- se modelo existe, o que não acredito -- de baixo crescimento e nada parece sugerir que vai mudar muito nos próximos anos. O oba-oba todo com os Brics é uma cortina de fumaça que esconde a mediocridade do crescimento brasileiro.
Os brasileiros privilegiam o consumo e a distribuição, em lugar de crescimento e produtividade, e é isso que os governos Lula e Dilma lhes tem servido. Parece que eles estão contentes, pois o primeiro é ainda muito popular -- a despeito de seu governo ter sido dominado por uma quadrilha de meliantes criminosos, e de haver um grande mentiroso nessa história toda -- e a segunda continua ainda mais popular, com todo esse consumo estimulado artificialmente.
O problema é que esse medíocre crescimento traz acoplado inflação e perda de competitividade, ou seja, os brasileiros vão pagar um preço por esse "modelo" que está ai.
A escolha não foi feita por eles, mas pelo governo.
E nós todos vamos pagar um preço por isso. 
Paulo Roberto de Almeida 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Indecisoes e generalidades do G20 financeiro -Le Monde

Le G20 Finances ne parvient pas à trancher entre rigueur et croissance
Le Monde, 16.02.2013
Par Alain Faujas

On savait que les débats des ministres des finances et des gouverneurs de banques centrales du G20 réunis à Moscou le 15 et le 16 février porteraient sur les moyens de faire repartir une croissance pour l'heure anémique et qu'ils opposeraient les tenants d'un assouplissement des politiques de rigueur aux partisans d'un assainissement rapide des déficits et des dettes. Les déclarations rituelles contenues dans le communiqué publié samedi 16 février montrent que les deux camps ne sont pas parvenus à se départager.
Les Etats-Unis ont rejoint l'Union européenne qui veut désormais ralentir les restrictions budgétaires et la réduction de la dette pour éviter d'étouffer la croissance. Ils demandent la modification des objectifs fixés au G20 de Toronto en 2010 qui prévoyaient la réduction de moitié des déficits publics d'ici 2013 et le début du dégonflement de la dette à partir de 2016. Mais l'Allemagne persiste malgré son isolement à refuser ces assouplissements qu'elle considère comme du laxisme. Conséquence : le communiqué a enfoncé une porte ouverte en appelant les économies avancées à mettre en œuvre "des stratégies budgétaires de moyen terme crédibles".

La plus grande partie des pays du G20 sont-ils exaspérés par les excédents commerciaux de l'Allemagne et de la Chine qui déséquilibrent les économies de leurs partenaires ? Le communiqué propose seulement de chercher à "minimiser les conséquences négatives sur les autres pays de politiques menées à des fins domestiques". Certes, la "guerre des monnaies" est un terme "très exagéré" comme l'a souligné Christine Lagarde, la directrice générale du Fonds monétaire international (FMI). Mais le Japon et les Etats-Unis ne font-ils pas tourner leur planche à billets pour abaisser le cours du dollar et du yen, augmenter leurs exportations et créer de l'emploi au grand dam de la zone euro par exemple ?

CONSENSUS OBLIGE

Conformément au vœu exprimé le 12 février par le G7, les vingt ministres des finances ont proclamé la bouche en cœur qu'ils "s'abstiendront de pratiquer la dévaluation compétitive", qu'ils ne manipuleront pas leur taux de change "pour améliorer leur compétitivité" et qu'ils "résisteront à toutes formes de protectionnisme". Le G20 fonctionnant par consensus, tout blocage politique débouche sur de tels rappels de grands principes macro-économiques qui ne fâchent personne.

La nouveauté du G20 Finances de Moscou a été que la zone euro n'a plus été sur la sellette comme à Los Cabos (Mexique) en juin 2012, alors que le monde entier redoutait son effondrement. Certes, le G20 l'a exhorté "à bâtir une union économique et monétaire plus solide", mais il a aussi demandé aux Etats-Unis et au Japon, les deux champions du monde des déficits et de la dette, "de résoudre les incertitudes en ce qui concerne leur situation budgétaire".

Autre nouveauté, le G20 Finances a entériné le rapport de l'Organisation de coopération et de développement économiques (OCDE), publié le 12 février et qui appelait combattre l'évasion fiscale des multinationales. Les ministres se sont dit "déterminés à mettre sur pied des mesures destinées à lutter contre l'érosion de la base d'imposition et le transfert des profits et à prendre les mesures nécessaires" sur la base du rapport que l'OCDE leur présentera au mois de juillet.

Ce G20 de Moscou n'aura donc pas été totalement vain. Il constitue la première étape du travail de mise en forme des politiques en faveur de la croissance "forte, durable et équilibrée" qui seront adoptées à Saint-Pétersbourg par les chefs d'Etat et de gouvernement, le 5 et le 6 septembre.

Alain Faujas

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Brasil e Mexico: qual o futuro dos dois? - The Economist


Free exchange - 

Growth

Economics, The Economist

Will Brazil remain the country of the future?

Oct 8th 2012, 20:09 by D.W. | LONDON
THE question of whether the Mexican economy might one day regain the top spot in the Latin American league tables has once again become an interesting one. In 2010, many thought it had been settled. The Brazilian economy, more than double the size of Mexico’s, grew at a 7.5% annual rate while Mexico puttered forward at close to 2%. What a difference two years makes. While the Brazilian economy is shambling along at an annualised rate of 1.9% so far in 2012, the Mexican economy is set to grow at 3.9%. If this trend continues, some reckon the Mexican economy will overtake Brazil’s as soon as 2022.
One believer is Benito Berber, Nomura’s Latin America strategist. In a recent report Mr Berber applies Solow growth accounting to a series of forecasts on Mexico and Brazil, with striking results:
Solow splits the contributing factors to economic growth into three categories: human capital (or worker skill levels), physical capital, and total factor productivy, which is essentially a residual that accounts for remaining, unexplained growth. Between 2000 and 2010 Mexico fell behind Brazil in human-capital terms thanks to competition from Chinese labour, lagging education, and incomplete labour-market reforms. This was amplified by steady emigration to America. By contrast, Brazil benefited from a “formalisation” of the labour market as 40m Brazilians entered the middle classes over the decade. A commodities boom led to big investments in Brazil, bringing up its investment-to-GDP figure from 15% to 19%. Mexico’s dependence on America's economy and a manufacturing sector heavily exposed to China led to disappointing gains from physical capital accumulation and total factor productivity.
Yet despite a slow start to the millennia, things are looking up for Mexico across all three of Robert Solow’s measures. Firstly, high manufacturing costs in China are improving the competitiveness and demand-environment for Mexican factories. Secondly, Brazil may have become too dependent on commodity-led growth. While moving resources to the commodity sector allowed Brazil to exploit a comparative advantage, many now see limited opportunity to improve total factor productivity, something which is usually limited to manufacturing. And although Brazil enjoyed a strong reforming government led by Hernando Cardozo in the 1990s, the last decade has been one of increasing welfare costs rather than additional reform. In Mexico by contrast, a newly reinstated PRI, a centre-right party, has promised to continue along the path of supply-side reform pursued by the previous government.
Mr Berber concludes that under a low growth estimate for Brazil and a high growth estimate for Mexico, the countries cross economic paths in 2022 (see chart). This is of course highly speculative; forecasting a decade ahead is notoriously difficult. Yet that such outcomes seem reasonable is remarkable given the conventional wisdom just a few years ago.
If the Mexican economy is to one day take over the Brazilian, it would be a boon for liberal economics in the face of Brazil’s more statist approach. Yet do not expect Brazil to give up the top spot easily. Indeed, a friendly rivalry may benefit both countries’ reform agendas.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Produtividade, uma aula - Marcos Mendes (01/10)


O que é produtividade e como conseguir seu incremento?

(O presente texto constitui adaptação de capítulo do livro “Infraestrutura: os caminhos para sair do buraco” de autoria de Raul Velloso, César Mattos, Marcos Mendes e Paulo Springer de Freitas).
A teoria econômica mensura a produtividade de uma economia por meio do conceito de “Produtividade Total dos Fatores” (PTF). Parte-se da ideia de que o produto anual de uma economia (PIB) é criado pela interação entre os estoques de capital físico e de capital humano existentes. O capital físico é constituído por máquinas, equipamentos, edifícios e demais instrumentos utilizados na produção. O capital humano é dado pela capacidade produtiva da força de trabalho e normalmente é representado pela quantidade de pessoas em idade laboral ponderada pelo nível de escolaridade médio dessa força de trabalho (na suposição de que trabalhadores que passaram mais tempo na escola são mais produtivos).
Suponha duas economias hipotéticas que tenham igual dotação de capital físico e de capital humano. Se uma dessas economias tem um PIB maior que o da outra, conclui-se que ela foi mais eficiente no uso de seu estoque de capital. Logo, ela tem maior produtividade. Ser mais produtivo, portanto, significa fazer mais produtos a partir de uma dada disponibilidade de capital humano e físico disponível na economia.aixo]
(...) [ver ab

Download:
  • veja este artigo também em versão pdf (clique aqui).
  • Marcos Mendes
    Doutor em economia – USP. Editor do site "Brasil, economia e governo".

domingo, 23 de setembro de 2012

PIB do Brasil: uma piada (Mantega e Financial Times)


Financial Times: PIB do Brasil entra no território da ‘piada’

Em junho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a previsão de crescimento do PIB (produto interno bruto) brasileiro de apenas 1,5% feita pelo banco Credit Suisse era uma “piada“.

Agora que metade das projeções das instituições financeiras aponta uma expansão de 1,57% ou menos da economia neste ano, o jornalista Jonathan Wheatley, do Financial Times, aproveitou a oportunidade para fazer a sua própria graça.

Ele publicou artigo publicado no blog BeyondBrics com o título: “PIB do Brasil entra no território da piada”.

Wheatley lembra que o ministro chegou a projetar uma expansão de 4% para a economia brasileira neste ano, mas recentemente baixou a estimativa para 2,5%.

“Com as atuais condições da economia global, é difícil para qualquer país conseguir uma melhora na produção industrial. Mas outras economias da América Latina – Chile, Peru e México – estão crescendo mais rápido do que o Brasil, em parte por causa de políticas mais abertas e menos protecionistas. A relutância do Brasil em seguir esse caminho está começando a mostrar que tem um custo”, opina o jornalista.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Corte de impostos e crescimento economico: not so simple - David Leonhardt

Claro, nada é simples em economia, mas durante muito tempo alguns mitos tentaram propagar a ideia de que os cortes de impostos de Reagan e de Bush II contribuíram para o crescimento econômico dos EUA, quando na verdade eles foram, no máximo neutros, como escreve este comentarista...
Paulo Roberto de Almeida 

CAPITAL IDEAS
Do Tax Cuts Lead to Economic Growth?
The New York Times, September 15, 2012
FOR one of my occasional conversations with Representative Paul D. Ryan over the last few years, I brought a chart. The chart showed economic growth in the United States in the last several decades, and I handed Mr. Ryan a copy as we sat down in his Capitol Hill office. A self-professed economics wonk, he immediately laughed, in what seemed an appropriate mix of appreciation and teasing.
One of the first things you notice in the chart is that the American economy was not especially healthy even before the financial crisis began in late 2007. By 2007, remarkably, the economy was already on pace for its slowest decade of growth since World War II. The mediocre economic growth, in turn, brought mediocre job and income growth — and the crisis more than erased those gains.
The defining economic policy of the last decade, of course, was the Bush tax cuts. President George W. Bush and Congress, including Mr. Ryan, passed a large tax cut in 2001, sped up its implementation in 2003 and predicted that prosperity would follow.
The economic growth that actually followed — indeed, the whole history of the last 20 years — offers one of the most serious challenges to modern conservatism. Bill Clinton and the elder George Bush both raised taxes in the early 1990s, and conservatives predicted disaster. Instead, the economy boomed, and incomes grew at their fastest pace since the 1960s. Then came the younger Mr. Bush, the tax cuts, the disappointing expansion and the worst downturn since the Depression.
Today, Mitt Romney and Mr. Ryan are promising another cut in tax rates and again predicting that good times will follow. But it’s not the easiest case to make. Much as President Obama should be asked to grapple with the economy’s disappointing recent performance (a subject for a planned column), Mr. Romney and Mr. Ryan would do voters a service by explaining why a cut in tax rates would work better this time than last time.
That was precisely the question I was asking Mr. Ryan when I brought him the chart last year. He wasn’t the vice presidential nominee then, but his budget plan has a lot in common with Mr. Romney’s.
“I wouldn’t say that correlation is causation,” Mr. Ryan replied. “I would say Clinton had the tech-productivity boom, which was enormous. Trade barriers were going down in the Clinton years. He had the peace dividend he was enjoying.”
The economy in the Bush years, by contrast, had to cope with the popping of the technology bubble, 9/11, a couple of wars and the financial meltdown, Mr. Ryan continued. “Some of this is just the timing, not the person,” he said.
He then made an analogy. “Just as the Keynesians say the economy would have been worsewithout the stimulus” that Mr. Obama signed, Mr. Ryan said, “the flip side is true from our perspective.” Without the Bush tax cuts, that is, the worst economic decade since World War II would have been even worse.
Since that conversation, I have asked the same question of conservative economists and received similar answers. “To me, the Bush tax cuts get too much attention,” said R. Glenn Hubbard, who helped design them as the chairman of Mr. Bush’s Council of Economic Advisers and is now a Romney adviser. “The pro-growth elements of the tax cuts were fairly modest in size,” he added, because they also included politically minded cuts like the child tax credit. Phillip L. Swagel, another former Bush aide, said that even a tax cut as large as Mr. Bush’s “doesn’t translate quickly into higher growth.”
Why not? The main economic argument for tax cuts is simple enough. In the short term, they put money in people’s pockets. Longer term, people will presumably work harder if they keep more of the next dollar they earn. They will work more hours or expand their small business. This argument dominates the political debate.
But tax cuts have other effects that receive less attention — and that can slow economic growth. Somebody who cares about hitting a specific income target, like $1 million, might work less hard after receiving a tax cut. And all else equal, tax cuts increase the deficit, as Mr. Bush’s did, which creates other economic problems.
When the top marginal rate was 70 percent or higher, as it was from 1940 to 1980, tax cuts really could make a big difference, notes Donald Marron, director of the highly regarded Tax Policy Center and another former Bush administration official. When the top rate is 35 percent, as it is today, a tax cut packs much less economic punch.
“At the level of taxes we’ve been at the last couple decades and the magnitude of the changes we’ve had, it’s hard to make the argument that tax rates have a big effect on economic growth,” Mr. Marron said. Similarly, a new report from the nonpartisan Congressional Research Service found that, over the past 65 years, changes in the top tax rate “do not appear correlated with economic growth.”
Mr. Romney and Mr. Ryan, to be sure, are not calling for a simple repeat of the Bush tax cuts. They say they favor a complete overhaul of the tax code, reducing tax rates by one-fifth (taking the top rate down to 28 percent) and shrinking various tax breaks. Many economists think such an overhaul could do more good than the Bush tax cuts, by simplifying the tax code.
The problem for anyone trying to evaluate the Romney plan, however, is that there isn’t a full plan yet. He will not say which tax breaks he would reduce, and the large ones, like the mortgage-interest deduction, are all popular. In a painstaking analysis, the Tax Policy Center showed that achieving all of Mr. Romney’s top-line goals — a revenue-neutral overhaul that does not increase the tax burden of the middle class — is not arithmetically possible. History is littered with vague calls for tax reform that went nowhere.
Beyond taxes, Mr. Romney has declined to detail what spending cuts he would make, although he has promised to make big ones. And some of the programs that would be at risk — medical research, education, technology, roads, mass transportation — probably have a better historical claim on lifting economic growth than tax cuts do.
The policies that new presidents pass tend to be ones on which they laid out specifics, be they the Bush and Reagan tax cuts or the Obama health overhaul. Based on the specifics, Mr. Romney puts a higher priority on tax cuts than anything else. Yet the reality of the last two decades has caused conservative economists, and Mr. Ryan himself, to acknowledge the limits of tax cuts.
In one of our conversations, Mr. Ryan told me that the single most important objective of any economic plan had to be raising growth. “We have to figure out how best to grow the pie so it helps everyone,” he said.
It is certainly true that strong economic growth helps solve almost every challenge the country faces: the deficit, unemployment, the income slump, even the rise of China. It is also true that some liberals put too much emphasis on the distribution of the pie and not enough on the size.
But when you dig into Mr. Romney’s and Mr. Ryan’s proposals and you consider recent history, the fairest thing to say is that, so far at least, they have laid out a plan to cut taxes. They have not yet explained why and how it is also an economic-growth plan.
David Leonhardt is the Washington bureau chief of The New York Times.

sábado, 26 de maio de 2012

Bear in a China shop - Arthur Kroeber (Foreign Policy)

Recomendo ler este artigo em sua integra, no link abaixo:

SATURDAY, MAY 26, 2012

Bear in a China shop - Arthur Kroeber (Foreign Policy)


Bear in a China Shop

IT'S NOT THE BOOMING ECONOMY THAT'S ABOUT TO BURST -- IT'S BIGGER THAN THAT. SOCIAL DISCONTENT AND, YES, INCOME INEQUALITY COULD RIP CHINA APART AT THE SEAMS.

BY ARTHUR KROEBER | MAY 22, 2012


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Debate debiloide: voce quer austeridade ou crescimento?

Ou o jornalista é um completo idiota, ou outras figuras, cujos nomes me escuso não mencionar, pensam que somos todos idiotas, ao defenderem o crescimento, a distribuição, os empregos, no lugar da austeridade, da recessão, do desemprego.
Será que eles regulam bem?
Qual é o político são de espírito que vai proclamar sangue, suor e lágrimas para seus cidadãos eleitores?
Qual é o jornalista idiota que acha que recessão é uma escolha política, podendo ser trocada por algo mais palatável?
Ou seja, a pergunta, ou as supostas opções, são completamente idiotas e sem sentido.
Só vai postado aqui para que se constate, mais uma vez, o nível (lamentável) do debate político e econômico neste nosso continente.
Mas, nos outros também: ou os indignados acham que os governos podem escolher entre bondades e maldades como num passe de mágica?
Acho que vou ter de revisar meu artigo sobre o número crescente de idiotas no mundo: ele é muito maior do que alguém pode imaginar...
Paulo Roberto de Almeida 

França, François Hollande, América Latina

América Latina prefere a reativação (François Hollande) à austeridade (Angela Merkel)

Infolatam
Madri, 13 de maio de 2012
Las claves
  • Dilma Rousseff: “estou segura de que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais-entre eles o G20- que permitam investir nas políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado fizeram o Brasil infeliz e à maioria dos países da América Latina”.
(Especial para Infolatam por Rogelio Núñez)-. François Hollande assume na terça-feira, como novo presidente da República francesa. A chegada ao Elísios do líder socialista pode supor um giro às políticas econômicas ortodoxas europeias sustentadas por Angela Merkel. A América Latina parece se inclinar mais pelas teses do novo chefe de Estado francês que pelas sustentadas pela chanceler alemã, pois uma rápida reativação europeia melhoraria o panorama econômico mundial do qual depende a atual prosperidade latino-americana.

As presidentas Merkel e Fernández em um encontro oficial em 2010
Até agora a UE seguiu a receita da chanceler alemã, Angela Merkel, quem advertiu  ao novo presidente francês, o socialista François Hollande, que não pensa romper o pacto de austeridade fiscal que acordou com o presidente que sai do poder, Nicolas Sarkozy: “o pacto fiscal não é renegociável, como não é nenhum outro tratado europeu depois de umas eleições em um país, porque se fosse assim não se poderia trabalhar na UE”.
De todas as formas, muitos analistas, como o ex-presidente do governo espanhol Felipe González, acreditam que “talvez haja um presidente da República francesa que se atreva a lhe dizer que não à senhora Merkel quando não tenha razão”.
Cabe recordar que, durante a campanha, Hollande assegurou que “Merkel estará contra algumas coisas (de suas propostas), mas haverá uma negociação. A Alemanha não vai decidir por toda a Europa”, e depois de seu triunfo ratificou que “a mudança começa agora. A austeridade não pode ser uma condenação”.
Como sustenta Moisés Naim no jornal El País “crescimento ou austeridade? Este é o grande debate destes tempos. Surpreendentemente, propõe-se como um menu no qual os países têm a liberdade de escolher o prato que mais lhes parece. A quem lhe apetece a austeridade? Pagar mais impostos, ter menos e piores serviços públicos, perder subsídios e reduzir a proteção social? Aos alemães. Mas desde que sirva aos seus vizinhos europeus”.
México, Brasil e Argentina apoiam as teses de Hollande
A vitória de Hollande e a possível mudança de política econômica na UE foram bem recebidas na América Latina, pois o bom momento econômico latino-americano depende de que exista uma boa conjuntura econômica internacional, algo que, com tão sérias nuvens negras na Europa, parece difícil.
Os três países latino-americanos no G-20, Brasil, México e Argentina, respaldam a ideia de Hollande de apostar pela reativação antes que pela austeridade estrita de Angela Merkel.

A ideia de Calderón é de que a crise na UE "não só significará a potencial implosão do euro, senão uma crise econômica com consequências devastadoras para o resto do mundo"
Já em sua época o presidente mexicano Felipe Calderón alertou sobre a existência de “uma bomba de tempo. A bomba está na Europa e estamos trabalhando juntos para desativá-la, antes que exploda todos”. Calderón recomendou a Europa que tire “a bazuca imediatamente antes que a pólvora se umidifique… criar um corta-fogos para evitar a queda da terceira e quarta economias europeias (em referência a Itália e Espanha)”.
A ideia de Calderón é que a crise na UE “não só significará a potencial implosão do euro, senão uma crise econômica com consequências devastadoras para o resto do mundo” e a saída da crise está em injetar mais dinheiro pois “quanto mais dinheiro pões no corta-fogos, mais confiança crias, e menos dinheiro precisas, o contrário também ocorre … aqui é onde o apoio internacional é crucial … na Europa, economias solventes precisam urgentemente renegociar suas dívidas e uma  enorme ajuda externa”.
A postura mexicana coincide com a que o Brasil vem sustentando. Dilma Rousseff enviou uma felicitação a François Hollande na qual claramente se inclinava para que ambos governos sejam aliados nos foros internacionais contra as “políticas recessivas”: “estou segura de que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais-entre eles o G20- que permitam investir nas políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado fizeram o Brasil infeliz e à maioria dos países da América Latina”.
A aposta de Hollande e Rousseff seria concordante a favor de “políticas que favoreçam o crescimento, o emprego, a inclusão e a justiça social”.
Do mesmo modo, o antecessor de Rousseff, Lula da Silva, crítico com os planos de auteridade (“castigam às vítimas da crise e distribuem prêmios aos responsáveis. Há algo de equivocado nesse caminho”), deu as boas-vindas à mudança que encarna Hollande (“tenho a segurança de que a liderança terá um importante impacto em toda a Europa, em um momento onde são fundamentais a coragem e a ousadia para que a população do continente recupere a esperança e para que a economia volte a gerar empregos”).
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que tradicionalmente apoiou políticas econômicas nada ortodoxas, também felicitou Francois Hollande e alabou as posturas do dirigente socialista com a qual disse estar em sintonia: “parece-nos muito interessante a postura do novo presidente da França a respeito do crescimento e da necessidade da geração de emprego como um dos instrumentos para enfrentar a crise e não o ajuste … Bem-vindo seja (o novo governo) e tomara que possa atuar e articular com outros membros do G20 para poder fazer coisas que nós viemos dizendo há bastante tempo”.
O socialismo do século XXI e Hollande

Hugo Chávez acha que a vitória de Hollande ratifica que "o povo francês tem reafirmado sua profunda vocação republicana".
Os representantes do socialismo do século XXI veem no triunfo de Hollande uma ratificação das suas teses de maior intervenção estatal e políticas de incremento da despesa pública, sobretudo em temas sociais.
Nessa linha, Hugo Chávez acha que a vitória deHollande ratifica que “o povo francês tem reafirmado sua profunda vocação republicana, que antepõe a vontade política à fatalidade dos mercados, a sensibilidade social à receita financeira, a justiça e a solidariedade à exclusão”.
Evo Morales saudou o triunfo do socialistaFrançois Hollande como a mostra do início de importantes mudanças nas políticas econômicas que até agora a UE impulsionou:  “o complexo contexto mundial que atualmente enfrentamos, caracterizado por uma crise de ordem estrutural que preocupa o âmbito financeiro, energético, ambiental e alimentício, nos propõem a necessidade de seguir impulsionando novos paradigmas que respondam à vontade libertadora e transformadora dos nossos povos”.
Rafael Correa também confirmou que a vitória de Hollande evidencia o fato de que “novos ventos sopram pela França. Eu acho que por toda a Europa”, acrescentou o mandatário, quem recordou que na “Bélgica também chegou um governo socialista”.
A própria chancelaria equatoriana felicitou “por sua vitória ao presidente eleito da França, François Hollande, como expressão do triunfo da democracia no país irmão e seu povo que ‘elegeu a mudança”.
Na Nicarágua, Daniel Ortega foi igualmente claro em seu respaldo a Hollande frente às propostas deMerkel: “valorizamos grandemente essa vitória sua, que reviveu a esperança de justiça social na França, reinstalando os valores republicanos e realçando a sensibilidade e a solidariedade, frente ao império dos mercados”.
A agenda latino-americana de Hollande
O mesmo Hollande se declarou próximo às teses dos dirigentes latino-americanos de esquerda que louvaram suas teses de reativação já que a América Latina “hoje é dirigida por muitos governos progressistas e presidentes que querem também a mudança da situação em seus próprios países”.

O novo presidente francês deverá encontrar um espaço para ter uma agenda latino-americana.
O novo presidente francês deverá encontrar um espaço para ter uma agenda latino-americana já que além da aliança militar com o Brasil, a França deve atender outros frentes como as diferenças com México pelo casoCassez e o problema surgido na Colômbia pelo sequestro de Roméo Langlois pelasFarc.
A viagem de Nicolas Sarkozy em 2009 ao Brasil significou o passo definitivo na aliança franco-brasileira. O mais importante dos convênios assinados referia-se à construção conjunta de um submarino de propulsão nuclear e outros quatro convencionais do modelo francês Scorpene, bem como do estaleiro onde se fabricarão os navios e de uma base naval de apoio.
Quanto ao “caso Cassez”, as relações entre México e França viram-se danificadas nos últimos seis anos por causa da disputa que mantêm por Florence Cassez, uma francesa condenada no México a 60 anos de prisão por sequestro e outros delitos.
Para as autoridades mexicanas, Cassez é um exemplo do sucesso do Governo encabeçado pelo presidente Felipe Calderón na luta contra o crime organizado, enquanto o mandatário francês,Nicolas Sarkozy, converteu-a em uma mostra do seu compromisso com seus compatriotas encarcerados no exterior.
Hollande, no momento, tem assegurado que ”com a América Latina quero ter uma relação coerente e duradoura”.