Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
Reuniao do IPRI com ex-diretores e coordenadores de pos em RI - nota Paulo Roberto de Almeida
IPRI, 30 anos; reuniao com coordenadores de pos em RI, na VI CORE, 10/11/2017 - Paulo Roberto de Almeida
Não foi pronunciado, mas nada impede que se faça o registro de minhas intenções ao escrever estas palavras, um dia antes. Em postagem subsequente, vou trancrever a pequena nota de registro sobre essa reunião.
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 20 de agosto de 2017
Paraninfo da turma de RI do Uniceub em 2006 - Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Convite: Audiencia Publica sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para graduacao em RI
-------- Mensagem original --------
Assunto: Convite para Audiência Pública sobre as
Diretrizes Curriculares Nacionais para curso de graduação
em Relações Internacionais
Data: 24.02.2017 15:03
De: CNE EVENTOS <cneeventos@mec.gov.br>
Para: "ipri@funag.gov.br" <ipri@funag.gov.br>
Cópia: Henrique Sartori De Almeida Prado <henrique.sartori@mec.gov.br>
A Sua Senhoria o Senhor
PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
Instituto de Pesquisa em Relações Internacionais
Temos a honra de convidar Vossa Senhoria para participar da Audiência Pública sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para curso de graduação em Relações Internacionais que será realizada no dia 13 de março de 2017, segunda-feira, das 16h às 19h, no Plenário Anísio Teixeira, Edifício Sede do CNE, em Brasília-DF.
Na expectativa de contar com sua participação, solicitamos confirmação de presença por meio do endereço eletrônico cneeventos@mec.gov.br.
Ressaltamos que, para manifestação expressa na Audiência Pública, faz-se necessário o envio de solicitação de intervenção para o endereço eletrônico cneeventos@mec.gov.br, até o dia 9 de março de 2017. Os inscritos dessa forma terão prioridade, pela ordem, à manifestação na Audiência.
Esclarecemos que manifestações de não inscritos serão admitidas, pela ordem, na medida do tempo disponível restante da audiência.
Encaminhamos, em anexo, o texto referência e o formulário de contribuições.
Se possível, solicitamos e agradecemos a divulgação do evento em referência.
Por fim, comunicamos que não será possível a disponibilização de passagens e diárias para participação nesse evento.
Evento: Audiência Pública sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para curso de graduação em Relações Internacionais
Data: 13/3/2017
Horário: das 16h às 19h
Local: Conselho Nacional de Educação. Plenário Anísio Teixeira. SGAS L2 Sul, Quadra 607, Lote 50, Brasília-DF
Atenciosamente,
Henrique Sartori de Almeida Prado
Secretário Executivo do Conselho Nacional de Educação
Endereço: Av. L2 Sul Quadra 607, sala 120
CEP 70.200.670 - Brasília/DF
<Convite Audência Pública DCN Relações Internacionais.pdf>
<Formulário de contribuições - Audiência Pública DCN Relações Internacionais.docx
<Texto referência_audiência pública.pdf>
===============
Respondi o que segue:
Confirmo minha presença e participação nessa Audiência Pública.
Como esta é também a via para o envio de solicitações de manifestações, gostaria igualmente de informação sobre minha intenção de manifestar-me na ocasião sobre o relatório proposto pelos dois experts, e procurarei, no momento oportuno, encaminhar meus argumentos por escrito, no formulário apropriado.
Agradeço o convite e informo que disseminarei a divulgação sobre o evento.
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Paulo Roberto de Almeida
Diretor do IPRI-Funag-MRE
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais
www.funag.gov.br/ipri
Meus comentários preliminares:
Como a intenção é divulgar essa audiência pública, está cumprida uma parte da missão, e convido outros interessados a também participarem, sobretudo aqueles dotados de uma visão mais pragmática, menos academicista, dos cursos de RI. Em geral, o mundo essencialmente acadêmico tende a esquecer que nem todo mundo vai, ou maioria não vai, trabalhar no governo, ser diplomata, funcionário internacional ou ficar na própria academia. A dimensão do mercado é absolutamente essencial nessa "profissão", e por isso mesmo minha tendência é dar a maior liberdade e flexibilidade possível às faculdades e cursos, para que componham o núcleo mínimo de créditos com as opções que julgarem mais pertinentes às orientações específicas de seu "nicho de mercado". Alguns cursos se orientarão mais para comércio exterior, outros para integração regional, outros para global business, outros ainda para as relações políticas no seu sentido propriamente onusiano, outros com vocação teórica, etc.
Sou contra a profissionalização dos formandos -- sou contra todas as corporações --, sou contra qualquer reserva de mercado, sou contra regulamentações muito estritas, de maneira geral.
O Brasil é um país corporativo, para não dizer fascista, ao impor obrigações, medidas compulsórias, determinações estritas e detalhadas, enfim, essa parafernália de normas que toma todos os cidadãos por idiotas, ingênuos e incapazes.
Resumo: sou pelas mais AMPLAS LIBERDADES.
Ponto.
(O resto eu direi na Audiência)
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Instituto de Pesquisas de Relacoes Internacionais (Funag-MRE): convenio com a Capes, Banco de Teses e Dissertacoes
Caros coordenadores,
Escrevo-lhes para transmitir algumas novidades do IPRI:
1) Foi assinado hoje o protocolo de cooperação entre a FUNAG e a CAPES, que prevê modalidades de fortalecimento da pós-graduação em RRII (o acordo sobre o que havíamos conversado na CORE e posteriormente). Convido-os a fazer o melhor uso possível desse instrumento:
http://capes.gov.br/component/content/article/36-salaimprensa/noticias/7973-capes-e-funag-assinam-protocolo-para-acoes-de-fortalecimento-da-pos-graduacao
2) O IPRI continua postando entrevistas que podem ser de interesse de seus alunos e pesquisadores:
http://www.funag.gov.br/ipri/riempauta/
3) O IPRI lançou, em seu site, o banco de teses e dissertações, por meio do qual podem ser levantados todos os trabalhos acadêmicos defendidos nos programas de mestrado e doutorado no Brasil em RRII. Convido-os a fazer levantamentos e divulgá-los entre seus alunos e pesquisadores:
http://www.funag.gov.br/ipri/btd/
4) Outros produtos do IPRI podem ser consultados na nossa página:
http://funag.gov.br/ipri/
5) Por fim, anuncio que (...) estou-me transferindo para o gabinete do Ministério da Defesa, onde continuo às ordens de vocês. Despeço-me com uma palavra de agradecimento por toda a colaboração, e com votos renovados de muito sucesso.
[Minha sucessão será brevemente anunciada.]
Forte abraço a todos.
Alessandro Candeas
Brasília, 14 de julho de 2016
domingo, 17 de março de 2013
Economia das relacoes internacionais em falta na Unesp: alunos reclamam
Aí está o protesto.
Paulo Roberto de Almeida
Alunos da Unesp reclamam de falta de professor e temem não se formar
Estudantes de Relações Internacionais de Franca fizeram uma petição.
Coordenação do curso diz que fará concurso e nega prejuízo a alunos.
De acordo com os estudantes, a contratação do professor é requerida pelo campus de Franca desde que entrou em vigor, por meio da resolução nº 20, o novo projeto pedagógico do curso – que prevê a inclusão das disciplinas como obrigatórias - e que têm carga total de 120 horas. Como a solicitação não foi atendida, os alunos ingressantes na universidade em 2010 – para os quais a nova resolução já era válida - não tiveram as aulas de economia política programadas para serem dadas no terceiro ano e correm o risco de não ter as de relações comerciais, que segundo a grade curricular estão previstas para o segundo semestre deste ano.
“É frustrante. Muitos tentarão arrumar emprego e não conseguirão. Quero tentar o mestrado, mas não poderei prestar”, disse Kaique Rodrigues Dantas de Carvalho, de 21 anos, estudante do quarto ano de Relações Internacionais da Unesp, um dos autores da petição que foi elaborada no final de fevereiro e disponibilizada pela internet para recolhimento de assinaturas.
A falta do professor afetará também os estudantes do terceiro ano, disse Carvalho. “O tempo de contratação de um professor demora de um ano a um ano e meio. Se esse concurso não for aberto agora, as pessoas do terceiro ano terão o mesmo problema.”
De acordo com estudante, o documento foi entregue à direção da Unesp em Franca e à reitoria, em São Paulo, como última tentativa de resolver a questão e de ter direito às aulas . Caso isso não aconteça, os universitários pretendem entrar na Justiça.
Unesp
Em nota, a reitoria da Unesp em São Paulo comunicou que o assunto tem sido encaminhado com a Unesp de Franca desde 2012 e a expectativa é de que o problema seja solucionado neste semestre. A universidade nega que a falta do professor resulte na não conclusão do curso pelos alunos. “Não há nenhuma possibilidade de que os alunos do curso de Relações Internacionais sejam prejudicados, inclusive em relação a não concluírem a sua graduação”, informou.
O coordenador do curso de Relações Internacionais em Franca, professor Marcelo Passini Mariano, disse que recebeu ainda na quarta-feira (13) a confirmação de que a universidade abrirá concurso público para um professor efetivo e um substituto para lecionar as disciplinas e que estas serão facilmente encaixadas na grade de aulas dos alunos do quarto ano ainda em 2013. “Já está tudo correto, tem concurso aprovado. (...) O projeto pedagógico tem flexibilidade, são disciplinas que poderiam ser dadas tanto no quarto quanto no terceiro ano”, disse.
Contatada pelo G1, a assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, à qual a Unesp é ligada, disse que a universidade tem autonomia para esclarecer dúvidas sobre sua grade curricular. A reportagem também procurou a direção da Unesp em Franca, que não retornou nossa solicitação até a publicação desta reportagem.
sábado, 2 de julho de 2011
Uma materia da FSP sobre cursos de RI: incompetente, superficial, desonesta...
E por favor, esqueçam tudo o que está transcrito em meu nome: NUNCA dei entrevista para a FSP, que colou frases desconectadas de algum trabalho meu, como seu eu tivesse declarado aquilo para a matéria do jornal.
Desonestidade, incompetência, mau jornalismo!
Paulo Roberto de Almeida
Curso de RI se expande e enfrenta objeções
Folha de S. Paulo, 11/12/2005
Até meados dos anos 90, havia somente dois cursos de RI (relações internacionais) no país, um em Brasília e outro em São Paulo.* Atualmente, são 84, segundo o Ministério da Educação, sendo 17 apenas na capital paulista. A expansão da oferta coincide com a procura cada vez maior dos estudantes: o curso teve mais de 28 candidatos por vaga no último exame da USP, foram 1.408 vestibulandos para só 50 vagas e, na PUC-SP, é o campeão na relação entre inscritos e aprovados. Se poucas dúvidas restam de que a graduação em RI é a estrela da vez, um agravante tem suscitado discussões sobre sua recente proliferação: a falta de portas abertas no mercado de trabalho.
"Assim como sociologia era o curso da moda nos anos 60, e psicologia, nos anos 70, hoje é charmoso estudar RI, que é uma assemblage de aulas não voltadas ao mercado de trabalho", critica o ministro da carreira diplomática Paulo Roberto de Almeida.
Na avaliação do diplomata, o empregador não consegue avaliar a qualidade do curso. "Não se busca quem saiba como funciona o Conselho de Segurança da ONU, mas sim quem entenda realmente de direito para fechar contratos ou de economia para fazer prospecção de mercado."
Outro problema é a baixa qualidade da grade curricular de algumas instituições: "[A habilitação] está se desfigurando. Disciplinas que deveriam ser optativas, como contabilidade, já entram no primeiro semestre", aponta o coordenador da graduação em RI da PUC-SP, Reginaldo Nasser.
"Muitas das faculdades que criaram o curso oferecem um currículo ralo", acrescenta a coordenadora do bacharelado em RI da USP, Maria Hermínia Tavares de Almeida, que atribui a expansão à crescente percepção da importância dos temas internacionais.
O ex-secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) Rubens Ricúpero compartilha da mesma opinião: "A globalização foi o maior impulsionador do curso. Mas, após a rápida expansão, haverá ajustes".
Até que a graduação em RI esteja consolidada, cabe aos novos profissionais agarrar as oportunidades de carreira. Esse foi o caso do bacharel em RI Fabio Rua, 27. "Há um grande desconhecimento do curso no setor privado. Mas, com uma forte rede de contatos, é possível vencer os obstáculos", ensina Rua, que é gerente de RI da Amcham e acaba de ser contratado para comandar, a partir de janeiro, o mesmo setor em uma multinacional brasileira.
A discussão mais acirrada, no entanto, é a relevância do curso para a carreira diplomática, um dos principais destinos dos universitários matriculados em RI. Segundo Paulo Roberto de Almeida, "o ideal para seguir a diplomacia é fazer uma graduação clássica para então especializar-se em relações internacionais". O diplomata Sérgio Couri faz coro: "É melhor estudar direito, economia, ciências políticas ou, ainda, administração de empresas".
Já para Nasser, da PUC-SP, essa visão é fruto de "desinformação". "O êxito do curso se dá justamente porque as disciplinas clássicas estão ruins. Por exemplo, quase não se estuda economia internacional em economia", rebate. "As graduações tradicionais têm temas muito voltados para o passado", completa Ricúpero, que também é diretor da Faculdade de Economia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).
Já o diplomata e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Sérgio Amaral relativiza a polêmica: "O bom da graduação é abranger direito, economia e ciências políticas. Mas, ainda que a função diplomática baseie-se nesse tripé, não se deve valorizar em excesso o curso [de RI em detrimento de outros]".
Na dúvida entre a carreira que melhor se molde à diplomacia, alguns estudantes visualizam uma dupla graduação. "Em RI, você sabe de tudo e, ao mesmo tempo, não sabe de nada. Para seguir a diplomacia tradicional, logo que graduar-me [nesse curso], complementarei o que aprendi estudando direito", diz a universitária Ludmilla Fogli Scarlato, 20.
A estratégia é a mesma de Francisco Sérgio Bonelli, 20, que trancou a faculdade de direito após freqüentá-la por dois anos. "Concluirei o curso após o de RI. Também pretendo fazer um MBA na área internacional", planeja.
*: O curso de RI da UNESA (Universidade Estácio de Sá), no Rio de Janeiro, existe desde 1988, sendo, portanto, o segundo mais tradicional curso de RI do Brasil.
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Comento:
Pescaram duas ou três frases de trabalhos meus, descontextualizadas, desconectadas dos problemas que eu estava discutindo em textos mais amplos, bastante tempo atrás, e colaram numa matéria simplista, mal escrita e superficial.
Se tivessem me consultado ou pedido autorização para transcrever essas frases minhas, eu nunca teria dado, pois é evidente que eu não falei com a FSP, nem autorizei que retirassem essas frases do seu contexto original.
Considero isso mau jornalismo, desonesto, incompetente.
Paulo Roberto de Almeida