Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 30 de dezembro de 2018
As forças politicas e sociais que sustentam o governo Bolsonaro - Angela Alonso (FSP)
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Rubens Barbosa: Rumo a um Brasil moderno (OESP, 13/12/2016)
Rubens Barbosa
O Estado de São Paulo, 13 de dezembro de 2016
A Sociedade Civil, desde 2013, tem-se manifestado por mudanças profundas no modo de operar da classe politica.
Nos últimos meses, em consequência da sobreposição das crises econômica, politica e ética, a situação se agravou. A crise política desaguou no impeachment da Presidente e na substituição do governo anterior e do partido que tantas expectativas havia criado. A crise na economia colocou o Brasil na recessão mais grave de sua história. A crise ética revelou uma corrupção sistêmica em nível jamais visto com a cumplicidade (exposta mais uma vez pela Odebrecht) entre uma classe politica alheia aos anseios da população e um setor empresarial, onde grandes empresas, acomodadas às benesses do Estado, se dispuseram juntos a sugar os recursos públicos por meio de uma assombrosa e despudorada ação ilícita.
A paciência de homens e mulheres em todo o país está chegando perigosamente ao seu limite. A qualidade do serviço público, sobretudo em saúde, educação e segurança, agravada com a crise econômica e com a má gestão de muitos governantes, aumenta a frustração e a indignação da população. A voz da maioria silenciosa começa a manifestar-se de forma quase anárquica, como ocorreu na ocupação recente do plenário da Câmara dos Deputados e na violência das recentes manifestações em Brasília.
O clamor pela reconstrução do Brasil cresce, mas ainda não se vê o aparecimento de lideranças com sensibilidade para assumir uma agenda clara e contundente que de fato proponha passar o Brasil a limpo. As discussões em Brasília mostram o descolamento dos interesses corporativos e dos congressistas da verdadeira realidade da sociedade brasileira.
A incompetência e os privilégios, em muito setores, estão por demais arraigados e certamente haverá forte reação a qualquer mudança que afete seus interesses. Os movimentos ideológicos, que se recusam a aceitar os custos das políticas equivocadas dos últimos anos, procurarão incendiar o pais na pretensa defesa dos mais pobres, que hoje estão pagando pelo abismo em que se encontra o pais.
Se nada for feito, o Brasil em poucos anos, será uma imensa Grécia, sem recursos para pagar o salario dos funcionários (como já ocorre no Rio) e a pensão dos aposentados, sem falar na impossibilidade de o governo fazer os investimentos necessários para melhorar os serviços públicos, manter os programas sociais e mesmo defender o território nacional das novas ameaças que o crime transnacional (armas e drogas) representa, como já estamos vendo em alguns estados.
A sociedade brasileira vai ter de enfrentar, mais cedo ou mais tarde, o debate democrático para a transformação de toda uma cultura: hábitos e costumes, práticas e políticas questionadas no mundo de hoje. Estamos vendo a reação em diversos países pela ação politica de parcela da população frustrada e desiludida com a classe politica e pelo esquecimento de seus anseios e frustrações pelas elites dirigentes.
Além da melhoria dos serviços públicos já referida, torna-se urgente uma ampla reforma politica que corrija a proliferação de partidos, trate do financiamento das campanhas reduzindo os interesses especiais e a corrupção. Mudanças que simplifiquem a vida dos cidadãos, restrinjam os interesses corporativos, inclusive no funcionalismo público, melhorem a gestão governamental e as boas praticas éticas, reduzam significativamente o custo para o setor produtivo dos impostos, da legislação trabalhista, da deficiente e precária infraestrutura e da burocracia excessiva. E que melhorem a gestão dos programas sociais para permitir a mobilidade ascendente dos menos favorecidos por meio de estímulos para sua entrada no mercado de trabalho. O ambiente de negócios tem de ser mais estável e transparente, inclusive pela redução do protecionismo e de práticas que beneficiem interesses particulares. Nesse sentido, temos de começar discutir temas tabus, como o grau de abertura da economia para incluir o Brasil nas cadeias produtivas de valor agregado e nos fluxos dinâmicos de comércio para estimular a re-industrialização o país.
O debate sobre as reformas estruturais (teto para os gastos públicos, previdência social e trabalhista), apresentadas pelo atual governo ao Congresso, é apenas o começo de um processo que deverá ser aprofundado em 2017 e discutido na eleição de 2018.
O IRICE (Instituto de Relações Internacionais e de Comércio Exterior) teve a iniciativa de buscar apoio para organizar um amplo debate público a ser realizado ao longo dos próximos doze meses com uma série de cinco encontros sobre as reformas necessárias para que o Brasil volte a crescer e se modernize. É preciso que o Congresso Nacional ouça a voz da sociedade civil de modo a que essas reformas sejam aprovadas. Para debater a agenda de reformas, estão sendo convidados representantes de diferentes think thanks e movimentos de mobilização social que surgiram no país nos últimos tempos, entre eles, o Movimento Brasil Eficiente, o Movimento Brasil Competitivo, o Humanitas 360, o Centro de Liderança Pública, o Movimento Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre.
O primeiro encontro aconteceu no dia 25 de novembro e teve como temas a reforma política, as reformas estruturais, em especial a fixação do teto dos gastos públicos, e a legislação sobre corrupção.
A partir de março de 2017, a cada três meses o debate, com visão de futuro, vai continuar a focalizar o aprofundamento dessas reformas. A importância dessa agenda vai além das considerações macroeconômicas. O debate, sempre colocando o Brasil em primeiro lugar, pretende evidenciar como essas reformas podem afetar a vida das pessoas, das empresas e qual o prejuízo para o país caso elas não sejam aprovadas e implementadas.
Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE)
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Aumento da delinquencia comum: grupos politicos estariam na origem? - General Fernando Sardenberg
Não duvido nada, tendo em vista que, nos últimos treze anos e meio, o Brasil foi dirigido, comandado, senão dominado, por uma verdadeira organização criminosa, travestida de partido político, e que se dedicou, durante todo o período, a um assalto sistemático, metódico, completo, integral ao Estado e à extorsão de capitalistas e outros agentes econômicos.
Os chamados "movimentos sociais" são correias de transmissão dessa organização criminosa, e alguns deles estão muito próximos, senão totalmente imersos, na delinquência comum, como o MST por exemplo.
Paulo Roberto de Almeida
GENERAL DE BRIGADA AFIRMA:
COM O FIM DAS REGALIAS E DO DINHEIRO DO GOVERNO, GRUPOS DA ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA PODEM ESTAR POR TRÁS DE VÁRIOS CRIMES COMETIDOS NO SUL E NO SUDESTE DO BRASIL.
Gen de Brigada Fernando Sardenberg
Movimentos Sociais, sindicatos e grupos de esquerda que perderam o financiamento ilegal que era repassado pelo PT, podem estar por trás de vários crimes bem orquestrados que segundo um General, usam técnicas, armamentos e táticas que levam à crer que não são amadores. A análise é do General de Brigada Fernando Sardenberg.
Em 2003, início do Governo Lula, trabalhei como analista no Órgão máximo da inteligência militar, o Departamento de Inteligência do Ministério da Defesa, responsável pelo assessoramento direto ao Ministro, em Assessoria Específica, sendo o responsável por tudo relativo ao Brasil.
De forma resumida, dentre dezenas de campos acompanhados, tínhamos: crime Organizações, Movimentos Sociais, fronteiras...
Projetos comuns dos Movimentos Sociais e do Partido no poder e decorrentes financiamentos públicos velados para essas ações; Foro de São Paulo; Pátria Grande... As conclusões, sob minha gestão, desagradavam o Ministro na época, José Viegas Filho e mais tarde José Alencar. Nós éramos exagerados, xenófobos e por aí vai. Ele não gostava de nós (lógico!).
Feita esta introdução vou ao ponto que me preocupa.
Todos têm acompanhado o incremento das ações criminosas e violentas, notadamente nas Regiões Sul e Sudeste. São roubos a carros fortes e invasões a pequenas cidades com ousadias notáveis. Para os leigos, certamente, ações do crime organizado, algo que não traria risco à ordem institucional.
Entretanto, com visão mais acurada, vejo armamento e equipamento especializado, técnicas e táticas de equipes não amadoras. Até a terminologia empregada e difundida em interceptação feita: "missão dada, missão cumprida" denota que é serviço de profissionais. Poderia me estender muito mais neste viés, porém, o objetivo é tão somente alertar o que está por trás deste acirramento da violência, bem como os riscos decorrentes.
Bem...
A época das vacas gordas, do dinheiro fácil, das propinas, dos financiamentos não ostensivos, pelo menos por enquanto, parece ter estancado.
Grupos radicais que antes eram beneficiados estão sentindo o risco próximo. Precisam de dinheiro, senão serão extintos. Alguns Movimentos Sociais chegaram a um estágio planejado das suas utopias que não podem se enfraquecer por falta de suporte financeiro. Se uma fonte secou, vamos retirar da burguesia. Existe ainda a Carta Capital onde no Foro de São Paulo foi comemorado os 50 anos da MIR (Movimento da Izquierda Revolucionária), e redigida o apoio a ELN (Exército da Libertação Nacional) pelo Partido Comunista Colombiano.
Se por ventura ocorrer o impeachment da Dilma e a possível prisão de Lula, pode ter certeza de que pontos vulneráveis e estratégicos de nossas fronteiras serão ocupados por esses Movimentos Sociais, como se pode ver no noticiário em CUBA, por sua atuação junto ao Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos (ICAP). Quem tem mais de quarenta e poucos anos já viu este filme antes, até com nossa mandatária como artista-protagonista. Até o incêndio na estação de energia em Brasília, que suspendeu trabalhos no Senado, podem ter vínculo com este grupos terroristas.
Eles estão desesperados e a situação tende se agravar. Se não houver atuação firme dos Órgãos competentes, o que me reservo direito de duvidar, vamos ter de combater novamente brasileiros...Portanto pessoal, estejam atentos e quando virem ou lerem notícias do que foi comentado interpretem-nas com outra visão. Uma visão mais preocupada...
Gen de Brigada Fernando Sardenberg....
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Velhos e novos movimentos na crise brasileira recente: palestra no IDP - Paulo Roberto de Almeida
Consolidação do texto e das perguntas e respostas num único documento para postagem em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/303345830_Velhos_e_novos_movimentos_politicos_na_crise_brasileira_recente).
2980. “Velhos e novos movimentos políticos na crise brasileira recente”, Brasília, 18 maio 2016, 15 p. (6 p + 9 p). Notas para participação de debate sobre “Manifestações políticas, a partir de 2013, e a crise brasileira recente”, a convite e sob a coordenação de Danilo Porfírio, professor da graduação e pós-graduação da Escola de Direito de Brasília do Instituto de Direito Público, com a participação de Raul Sturari (Instituto Sagres). Palestra disponibilizada no blog Diplomatizzando, em 19/05/2016, sob o link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/movimentos-politicos-e-crise-politica.html; respostas a perguntas efetuadas na ocasião respondidas posteriormente, disponibilizadas numa sucessão de quatro novas postagens sob os links: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/debate-no-idp-18052016-respostas.html; http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/debate-no-idp-18052016-respostas_19.html; http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/debate-no-idp-18052016-resposta.html e http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/debate-no-idp-4-resposta-pergunta.html.
Movimentos politicos e crise politica no Brasil: um debate no IDP (Brasilia), 18/05/2016 - Paulo Roberto de Almeida
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/05/manifestacoes-politicas-partir-de-2013.html
participei ontem, 18/05/2016, de uma palestra-debate, no Instituto de Direito Público, em Brasília, sobre os chamados "movimentos de rua", e suas manifestações políticas, como "causa ou sintoma" da crise brasileira recente, ainda em curso, aliás, embora já numa fase de governo transitório.
Creio que o que eu escrevi abaixo revela claramente o que penso sobre uns e outros movimentos, mas permito-me agregar, nesta curta introdução que, por falta de tempo (e eu não sabia dessas limitações), não pudemos responder a todas as demandas da audiência. Como eu sempre me comprometo com respostas a perguntas efetuadas pelos presentes, vou postar, sequencialmente, minhas respostas a algumas dessas perguntas que me foram dirigidas.
Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 17 de maio de 2016
Manifestacoes politicas a partir de 2013, movimentos "sociais" - Raul Sturari e Paulo Roberto de Almeida (IDP, 18/05, 19:30hs)
Atendendo a um gentil convite do Professor Danilo Porfirio, meu grande amigo (que eu chamo de "Pancho Villa do Direito", mas apenas por grande semelhança física, não por usar armas, ou apenas as do Direito), não pude dizer não para fazer uma palestra-debate sobre velhos e novos movimentos ditos sociais, juntamente com Raul Sturari, outro grande amigo, companheiro dos tempos de planejamento estratégico até dez anos atrás.
Não me considero especialista nesses velhos e novos animais da planície dos protestos nas ruas e praças, especialmente nos anos recentes (inclusive por ter estado fora do Brasil até poucos meses antes).
Mas, como já fui um ativista de passeatas, nos velhos tempos do regime militar, quando a gente protestava contra a ditadura, o imperialismo, o Rockefeller e outros "inimigos de classe", espero poder trazer alguns argumentos sensatos a um debate que geralmente costuma ser pautado pelo maniqueismo dos protagonistas.
Na verdade, eu teria gostado de ter um desses defensores dos ditos "movimentos sociais" para saber como é que eles conseguem ignorar o mar de corrupção, o oceano de patifarias, o desastre econômico, e se concentrar naquela história do "golpe".
Enfim, não haverá, portanto, o contraditório, mas seremos objetivos ainda assim.
Amanhã de noite, 18/05/2016, em Brasilia, no IDP (Instituto de Direito Público, na 607 Sul, L2), as às 19:30hs
Não paga nada, só a gasolina ou a passagem do transporte público...
sábado, 14 de maio de 2016
Alianca Nacional dos Movimentos Democraticos: requerimentos ao Presidente Temer
8. Brasil Melhor/Nós Somos Oposição (Heduan Pinheiro)
30. Movimento Renova Brasil (Flávia Figueiredo)