O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador pobreza. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pobreza. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Angola: Growing Wealth, Shrinking Democracy (NYTimes)


Growing Wealth, Shrinking Democracy


Luanda, Angola
The New York Times, August 29, 2012 (Opinion Pages)
PRESIDENT José Eduardo dos Santos, whose party will no doubt win Friday’s election, has ruled Angola for 33 years. He once declared that democracy and human rights “do not fill up bellies.” But he has not even given ordinary Angolans bread as a substitute for freedom.
In 2002, after emerging from nearly three decades of civil war, Angola’s government began an ambitious national reconstruction program carried out and financed by China. As the state’s coffers filled with oil wealth, there was general optimism that millions of impoverished Angolans would share in the peace dividends. But hope was short-lived.
Mr. dos Santos hasn’t relied on Angolan workers for national reconstruction, which would create jobs and spur the economy. Instead, his regime has admitted more than 250,000 Chinese laborers on work visas. Angolans who initially complained about not getting jobs were led to believe that the Chinese would produce a miracle by building new infrastructure in record time.
But the Chinese-built roads, hospitals and schools began to crack as fast as they were being built. Luanda’s General Hospital had to be shut down in June 2010, when bricks started to fall from the walls, threatening it with imminent collapse. Newly tarred roads were washed away after one rainy season.
After Mr. dos Santos’s People’s Movement for the Liberation of Angola claimed a highly suspect victory with over 80 percent of the vote in 2008, he promised to build one million houses in four years. But, as he recently acknowledged, over 60 percent of Angolan families remain mired in extreme poverty, living on less than $1.70 per day and without proper shelter — a problem that Beijing hasn’t helped him solve. Instead China helped the government build blocks of apartments selling for between $125,000 and $250,000.
The Chinese are not investing to develop the country. They have brought more corruption and, consequently, more poverty. African leaders have a duty to serve and guide their people, and not depend on foreign intervention. Unfortunately, in Angola, the presidential family, government officials and top generals have monopolized the country’s resources for their illicit enrichment while paying Chinese to do shoddy labor.
In this year’s budget, Mr. dos Santos earmarked over $40 million to promote Angola’s image abroad, through a private company owned and managed by two of his children. The two also received two state-owned television channels, and the government now pays them millions to dabble as TV executives.
Elections are unlikely to change things. Preparations for Friday’s vote have failed to meet the most basic standards of organizing a democratic poll.
Voter registration was carried out by the government. The database of registered voters was handed over to the National Electoral Commission only three months before the elections. A partial audit carried out by Deloitte found that the identities of two-thirds of the country’s 9.7 million registered voters could not be verified and that the government still holds the voter registration cards of over 1.5 million citizens whose whereabouts are unknown. Two million voters still need to be assigned to polling stations.
The commission, under the thumb of Mr. dos Santos, also refuses to allow opposition parties access to certified copies of electoral results from each polling station, which is required by law. To prevent exit polling, the commission has ordered that results cannot be tallied at individual polling stations. And no member of the opposition or independent observer will be allowed to enter the “national scrutiny center” where results will be tabulated and announced, as was the case in 2008.
The outcome on Friday will therefore not remotely reflect the will of the people.
Mr. dos Santos has missed an opportunity to implement democratic reforms both as a safeguard for his peaceful retirement and as a legacy for the country. All he needed to do was let the peace dividends and the economic boom trickle down to ordinary Angolans. Instead, he used victory on the battlefield, after 27 years of war, to consolidate his power even though his family and his cronies were already rich.
The government, unnerved by the Arab Spring, has become increasingly repressive in the past year. It has been particularly frustrated by regular youth protests demanding the end of Mr. dos Santos’s rule. The largest of these demonstrations, which were started by rap musicians in 2011, drew 3,000 people. The movement is gaining traction among Angola’s more than 200,000 war veterans, some of whom have also been demonstrating to demand their pensions, many of which have been in arrears for 20 years. Even former presidential guards, who were laid off without compensation, tried to protest, on May 27. Two of the protest’s organizers, Alves Kamulingue and Isaías Cassule, were swiftly kidnapped and are now feared dead.
If elections cannot produce the changes that Angolans are seeking, then there will be increased pressure for the president to step down as a precondition for change. Indeed, the risk of violent revolt is increasing, and Mr. dos Santos will go down in history as just another dictator who was blinded by power and greed.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Brasil: campeao de desigualdade no G20 (BBC)

Algumas coisas merecem muita atenção: do governo, da imprensa, dos comentaristas e colunistas habituais, etc. 
Como por exemplo, a questão da Sexta Potência Econômica Mundial.
Parece que nossas vidas foram inteiramente transformadas por essa informação transcendente...
Eu até me senti mais rico, vejam vocês.
E tudo graças ao governo, claro, que produziu as riquezas que fizeram o Brasil se situar na sexta posição do campeonato mundial de PIBs.
Se não fosse o governo, nós ainda estaríamos lá atrás, amargando pobreza, miséria, desigualdades, etc.
Por exemplo: ninguém fala de nosso último lugar, ou quase, em matéria de educação. Ninguém parece se preocupar com essa vergonha (só eu, claro, e mais meia dúzia de fieis leitores).
E quanto à desigualdade, objeto da matéria abaixo?
Aposto que não vão falar nada, vão ficar quietinhos, esperando a notícia passar...
Mas, se falarem em PIB, preparem as trombetas da glória: nada a ver com câmbio, efeito-China, etc. Não, tudo por obra e graça do governo, sem o qual nossas vidas seriam um inferno de atraso...
Mas, voltando à história da desigualdade, que tal esta matéria abaixo?
Nada que eu lamente muito, pois desigualdade sempre houve, e não é por causa dela que os brasileiros em geral são pobres. Eles são pobres porque nossa produtividade é reduzida, não por causa da desigualdade.
Mas, claro, a desigualdade reflete ou é o resultado, justamente, da baixa qualidade da educação e dos baixíssimos níveis de produtividade humana do trabalho. Padrões baixos, em educação e produtividade representam pobreza e miséria, e desigualdade associada.
Por isso o Brasil não é um país de pessoas ricas, a despeito de ter muita riqueza acumulado pelo grande número de pessoas. A China também. A diferença é que a China cresce rápido, e possui padrões satisfatórios de educação, e está produzindo ciência e tecnologia. Ela vai ficar rica mais rapidamente do que nós, e nos ultrapassar em renda per capita dentro de alguns anos. Sorte dos chineses. Azar nosso.
Mas, a China também tem um dos maiores crescimentos do mundo em termos de desigualdade.
Isso é um grande problema?
Depende. Se todos estiverem ficando mais ricos, isso pode ser atenuado. Mas se a desigualdade se dá em meio à estagnação ou baixo crescimento, aí a coisa pode ficar complicada.
Os chineses precisam crescer. Nós também. Eles vêm conseguindo, rapidamente. Nós muito lentamente.
Paulo Roberto de Almeida 

Brasil é segundo país mais desigual do G20, aponta estudo

BBC – 19/01/2012

De acordo com pesquisa, país está à frente apenas da África do Sul

O Brasil é o segundo país com maior desigualdade do G20, de acordo com um estudo realizado nos países que compõem o grupo.
De acordo com a pesquisa Deixados para trás pelo G20?, realizada pela Oxfam – entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países -, apenas a África do Sul fica atrás do Brasil em termos de desigualdade.
Como base de comparação, a pesquisa também examina a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo acima.
A pesquisa afirma que os países mais desiguais do G20 são economias emergentes. Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados.
Já as nações com maior igualdade, segundo a Oxfam, são economias desenvolvidas com uma renda maior, como França (país com melhor resultado geral), Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.
Avanços
Mesmo estando nas últimas colocações, o Brasil é mencionado pela pesquisa como um dos países onde o combate à pobreza foi mais eficaz nos últimos anos.
O estudo cita dados que apontam a saída de 12 milhões de brasileiros da pobreza absoluta entre 1999 e 2009, além da queda da desigualdade medida pelo coeficiente de Gini, baixando de 0,52 para 0,47 no mesmo período (o coeficiente vai de zero, que significa o mínimo de desigualdade, a um, que é o máximo).
A pesquisa prevê que, se o Brasil crescer de acordo com as previsões do FMI (3,6% em 2012 e acima de 4% nos anos subsequentes) e mantiver a tendência de redução da desigualdade e de crescimento populacional, o número de pessoas pobres cairá em quase dois terços até 2020, com 5 milhões de pessoas a menos na linha da pobreza.
No entanto, a Oxfam diz que, se houver um aumento da desigualdade nos próximos anos, nem mesmo um forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) poderá retirar um número significativo de brasileiros da pobreza.
“Mesmo que o Brasil tenha avanços no combate da pobreza, ele é ainda um dos países mais desiguais do mundo, com uma agenda bem forte pendente nesta área”, disse à BBC Brasil o chefe do escritório da Oxfam no Brasil, Simon Ticehurst.
Para ele, é importante que o governo dê continuidade às políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e que o Estado intervenha para melhorar o sistema de distribuição.
“Os mercados podem criar empregos, mas não vão fazer uma redistribuição (de renda)”, afirma.
Outras questões
Ticehurst diz que, para reduzir a desigualdade, o Brasil também precisa atacar as questões da sustentabilidade e da resistência a choques externos.
“As pessoas mais pobres são as mais impactadas pela volatilidade do preço dos alimentos, do preço da energia, dos impactos da mudança climática. O modelo de desenvolvimento do Brasil precisa levar isso mais em conta.”
Para o representante da Oxfam, a reforma agrária e o estímulo à agricultura familiar também é importante para reduzir a desigualdade.
“Da parcela mais pobre da população brasileira, cerca de 47% vive no campo. Além disso, 75% dos alimentos que os brasileiros consomem são produzidos por pequenos produtores, que moram na pobreza“, afirma TiceHurst.
“É preciso fechar esse circuito para que os produtores que alimentam o país tenham condições menos vulneráveis e precárias.”
Segundo o estudo da Oxfam, a maioria dos países do G20 apresenta uma tendência “preocupante” no sentido do aumento na desigualdade.
A entidade afirma que algumas dessas nações foram “constrangidas” pelas reduções significativas da desigualdade registradas nos países de baixa renda nos últimos 15 anos.
“A experiência do Brasil, da Coreia do Sul e de vários países de renda baixa e média-baixa mostra que reduzir a desigualdade está ao alcance dos dirigentes do G20″, afirma o texto.
“Não existe escassez de potenciais alavancas para políticas (de redução da desigualdade). Em vez disso, talvez exista uma escassez de vontade política”, diz o estudo.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Pobreza na América Latina: Cepal, Economist

Interessante que são os países mais intensamente voltados ao combate à pobreza, com "governos populares" e políticas econômicas "distributivistas", como os bolivarianos, por exemplo, que concentram o maior número de pobres, o que é realmente estranho e que nos induz a pensar se uma coisa não tem a ver com a outra, mas no sentido inverso. É a existência de uma pobreza endêmica que induz a governos populistas e distributivistas, que por sua vez prometem distribuir melhor a riqueza, mas acabam não fazendo nada certo, provocando inflação, por exemplo, o que deixa os pobres ainda mais pobres.
Agora, não teria por que ter tantos pobres na Venezuela (ainda 30%), um país com uma renda per capita superior à da média regional, e com imensas riquezas, entre elas o petróleo, o que explica, justamente, a renda elevada. Por que existem tantos pobres ainda, na Venezuela, mais de dez anos depois de inaugurado um governo supostamente dedicado à erradicação da pobreza, pelo igualitarismo mais radical que constitui o "socialismo do século XXI"? Bizarro? Curioso? Incompetência? Roubalheira? Expliquem-se, socialistas do século XXI...
Paulo Roberto de Almeida 

Daily chart
Poverty and progress
Dec 20th 2011, 15:45 by The Economist online

Poverty continues to fall in Latin America
THE United Nations Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC) reckons that 31.4% of the region’s population was living below national poverty lines in 2010. This maintains a steady fall from a peak of 48.4% in 1990. Since 1999, most countries have made strides toward reducing poverty. Two things lie behind this progress. The biggest factor is the region’s strong economic performance: Latin America’s GDP expanded by 5.9% in 2010. This strong recovery meant that the 2008 recession in the region caused only a slight blip. Better-targeted social policies also help, especially cash-transfer schemes for the poor. But sustaining this progress will be hard. Extreme poverty, where income does not cover the need for basic food, is stuck at around 13%. (Several governments, including the Brazilian and Colombian, have unveiled initiatives aimed at the poorest.) Further falls in poverty and inequality will require greater efforts to raise productivity, to improve education and to shrink the informal economy.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Erradicando a pobreza": uma pequena correcao...

A presidenta eleita -- ela prefere, parece, ser chamada de presidenta -- prometeu, em seus itens programáticos, "erradicar a pobreza".
Escrevi isto aqui, num trabalho de análise tópica de suas promessas de campanha:

Uau! Excusez du peu, como diriam os franceses. Não se trata nem de diminuir a miséria ou eliminar a pobreza extrema, mas simplesmente “erradicar a pobreza”. E isso em 4 anos! Bem, quem sou para contestar a presidente? Acho que os EUA, uma das nações mais avançadas do planeta, mas que ainda tem muitos pobres, vão pedir a receita da solução milagre...
(In: As promessas da candidata eleita: breve avaliação)

Agora sabemos como ela pretende "erradicar a pobreza": aumentando o Bolsa-Família.
Ora, que me perdõe a presidenta, mas isso não significa, nem de longe, "erradicar a pobreza". Isso é apenas transferência de renda, da classe média para os pobres, para que eles possam consumir o que desejarem. Se e quando retirarem os benefícios, eles voltam a ser pobres, igualzinho a antes, talvez até pior, pois assim como não acredito que havia 45 ou 50 milhões de pessoas morrendo de fome antes da generalização do BF, acredito que eles descuraram de estratégias de inserção produtiva para se municiarem por seus próprios meios.
Erradicar a pobreza significa eliminar as fontes da pobreza, o que só se consegue com educação, capacitação profissional e emprego, capaz de garantir renda por meios póprios.
Sinto muito leitores, mas repassar o meu, o seu, o nosso dinheiro para que outros possam consumir não é erradicar a pobreza. Se trata apenas de fazer caridade com o bolso alheio.
Paulo Roberto de Almeida

Dilma planeja reajustar valor do Bolsa-Família
Agência Estado, 3/11/2010

BRASÍLIA - A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) afirmou, em entrevista à TV Brasil, que uma de suas primeiras preocupações, assim que assumir o governo, em janeiro, será aumentar o valor do Bolsa-Família.

Na entrevista, Dilma disse, porém, que não dispõe ainda das contas para saber se o reajuste do benefício tornará necessário revisar o Orçamento da União para 2011, já enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso.

'Eu pretendo ver isso com mais detalhe', disse a futura presidente, segundo a Agência Brasil, enfatizando que quer reajustar os benefícios. 'O Orçamento é uma peça que está sempre num quadro no qual você opera. É possível conseguir que haja mais recursos para aquilo, dependendo de suas prioridades. Eu tenho o objetivo de reajustar e garantir os recursos (do Bolsa-Família) para que eles não tenham perdas inflacionárias e tenham ganho real.'

Entre 2003, quando o programa foi iniciado, e 2010, o governo desembolsou R$ 60,2 bilhões no atendimento a populações mais pobres, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. O benefício médio, nestes quase sete anos, foi de R$ 96,00 - valor que representou um acréscimo de 47% na renda de aproximadamente 50 milhões de pessoas. Praticamente metade delas vive no Nordeste.

A presidente eleita disse ainda, na entrevista, que pretende fazer da erradicação da pobreza uma meta central de seu governo. ' É uma questão de concepção. Na concepção do projeto que eu represento, e do qual obviamente o presidente Lula é um dos grandes líderes, o crescimento econômico não pode ser desvinculado da melhoria das condições de vida da população.'

Prosseguiu afirmando, segundo a Agência Brasil, que a questão social não é um adereço na mão, não é um anexo de seu programa nem de seu governo. 'Eu vou tornar essa meta de erradicação como uma meta central.'

Mulheres. A conversa incluiu ainda temas como reformas política e tributária, às quais promete dar 'uma prioridade grande', mas adequando os prazos ao Congresso, e que poderá ampliar a presença de mulheres em sua equipe. Mas isso não significa, advertiu, que pretenda criar cotas nessa questão. 'Tenho todo interesse em ocupar os quadros ministeriais com muito mais mulheres, mas também não vou fazer regime de cotas. Se as mulheres forem maioria, é porque foram competentes.'

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Multiplicando a pobreza (o esporte favorito de politicos e alguns economistas...)

Opinião
O (sub)desenvolvimento não se improvisa
João Luiz Mauad
Diário do Comércio, 12/9/2010

No campo da liberdade econômica, somos reféns de uma mentalidade avessa ao lucro e temos alta admiração pelo intervencionismo.

Adam Smith, considerado o pai da moderna economia, deu à sua mais famosa obra, ainda em pleno século 18, o nome de Uma investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações. Dono de uma mente brilhante, não perdeu seu precioso tempo investigando as causas da pobreza das nações. Sabia que esta não tem causas, pois é o estado natural do ser humano e, consequentemente, das nações.

Durante a maior parte da história, a pobreza foi a regra, a condição existencial de nossos antepassados. Extraordinária mesmo sempre foi a riqueza. Infelizmente, entretanto, muita gente, ainda hoje, não compreendeu esta singela verdade, e continua perguntando, equivocadamente, o que causa a pobreza. Vários livros já foram escritos a respeito.

As respostas mais frequentes para esta falsa questão costumam ser completas falácias: Fulano é pobre porque Beltrano é rico ou a nação X é rica porque explora a nação Y. O raciocínio – se é que há algum – por trás destas enormidades, é que existe uma quantidade fixa de riqueza na natureza, da qual os ricos ficam com a maior parte.

Partidário dessa teoria, o senador Aloizio Mercadante lançou o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para o Prêmio Nobel da Paz de 2011. O principal argumento do parlamentar é o suposto sucesso do programa de transferência de renda, o Fome Zero, no combate à pobreza.

Nada poderia ser mais equivocado. Se tivesse lido Adam Smith e outros bons economistas, Mercadante saberia que o combate à pobreza se dá através da geração de riqueza, a qual é criada e multiplicada pelo homem através do empreendedorismo, da especialização, da divisão do trabalho e, acima de tudo, do mecanismo de trocas voluntárias.

Isso quer dizer que aqueles mais bem preparados para construir casas serão construtores; aqueles mais bem equipados para tratar os doentes serão médicos; uns fabricarão roupas, outros alimentos; uns darão aulas, outros serão policiais. E por meio do comércio voluntário todos acabarão se beneficiando.

Por isso, quem realmente desejar melhorar a condição de vida dos mais pobres deveria, em lugar de tentar tomar a riqueza dos ricos e distribuí-la aos pobres, pensar em estabelecer as condições necessárias para que o maior número possível de indivíduos possa juntar-se ao mundo dos criadores de riqueza.

A única forma de vencer a pobreza é criar o ambiente propício para o enriquecimento das sociedades, de forma que os ricos se tornem mais ricos e os pobres se tornem mais ricos. Tal ambiente requer um cenário com poucas restrições à atividade econômica privada e um sistema institucional que proteja, de maneira firme e intransigente, o direito de propriedade e o respeito aos contratos, gerando na sociedade um clima de confiança recíproco.

Nesse ambiente, a fortuna é privilégio daqueles que melhor e mais rapidamente identificam os desejos dos consumidores, produzem bens e serviços para atendê-los e administram com maior eficiência e zelo os seus negócios.

Por que a confiança interpessoal é fundamental? Ora, toda transação econômica é feita por meio de acordos de vontade que visam a adquirir, resguardar, transferir ou conservar direitos de propriedade. Os contratos podem ser expressos ou tácitos, porém a expectativa subjacente é o cumprimento do pactuado, já que, caso contrário, a contratação não teria nenhum sentido.

Com efeito, em sociedades onde o imperativo ético não é regra, as relações pessoais tendem à desconfiança, e as transações econômicas tornam-se complicadas e caras.

É claro que uma sociedade de confiança não nasce do nada. Os indivíduos precisam ser incentivados a confiar uns nos outros. É aí que entra o fundamental papel do governo, pois nós só estaremos propensos a confiar nos demais se tivermos certeza de que, em caso de necessidade, basta chamar a polícia ou apelar à Justiça e elas agirão com presteza em nossa defesa e na defesa das nossas propriedades. Eis por que, no sistema capitalista, a segurança pública, a segurança jurídica e o Estado de Direito são tão importantes para a prosperidade de qualquer nação.

No Brasil, infelizmente, estamos ainda muito longe desse ambiente ideal. No campo da liberdade econômica, somos reféns de uma mentalidade francamente avessa ao lucro e nutrimos grande admiração pelo intervencionismo.

Paralelamente, a economia informal avança sem barreiras. A falsificação e a pirataria correm soltas, sem que as autoridades, os prejudicados e a população em geral tomem qualquer atitude. Basta percorrer as ruas das principais capitais do País para verificar a total impunidade com que camelôs vendem mercadorias pirateadas, quando não contrabandeadas ou roubadas.

Como o respeito aos contratos e o próprio Estado de Direito não estão plenamente assentados, nem em termos das instituições formais (leis e Justiça) nem das informais (ética), a insegurança jurídica grassa, fazendo com que os custos de transação no Brasil estejam entre os maiores do mundo. A consequência mais nítida disso tudo é a nossa baixíssima competitividade no mercado global.

Como dizia Nelson Rodrigues, de quem "roubei" o título acima, "o subdesenvolvimento não se improvisa; é obra de séculos".

Malgrado a jactância dos atuais governantes em torno dos supostos resultados econômicos e sociais do País, o fato é que ainda temos um longo caminho a percorrer, até que consigamos deixar a pobreza e o subdesenvolvimento definitivamente para trás.

João Luiz Mauad é empresário e colunista do site www.midiaamais.com.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Venezuela: Hugo Chavez fora de controle

Venezuela: Hugo Chávez fuera de control
John R. Thomson & Norman Pino de Lion
Hacer, August 3, 2010

El siguiente artículo es el primero de una serie de cuatro sobre la Venezuela bajo el régimen del presidente Hugo Chávez. Investigado y escrito durante las últimas semanas por el veterano periodista y ex diplomático John R. Thomson y el diplomático de carrera venezolano retirado Norman Pino De Lión, cada artículo explora un tema distinto:

1. la profundamente atribulada economía de la nación;
2. los derechos humanos bajo una creciente amenaza;
3. la participación e influencia de Cuba en sectores clave del país;
4. las actividades de Irán, Rusia y los narcoterroristas de las FARC.

Los editores están de acuerdo con la premisa básica de los autores, en el sentido de que el régimen de Chávez y sus relaciones con los principales infractores tanto del hemisferio como de otras áreas representan una amenaza real y considerable para los pueblos amantes de la libertad de todo el mundo. Esta serie expone el alcance de esa amenaza.

Se hace difícil exagerar al hablar de la magnitud del declive y el derrumbe de Venezuela. El país más rico per cápita en América Latina se está hundiendo más y más en lo que puede conducir inevitablemente a la quiebra, ya que todos los indicadores fiscales van mal. El resultado será igualmente nocivo para Hugo Chávez, elegido como presidente en 1999 y convertido ya en autócrata de pleno derecho en 2010.

Es imposible encontrar un sólo sector que esté prosperando. Por el contrario, la agricultura, el comercio y la industria -todos- se encuentran en una situación desesperada. La industria dominante del país, el petróleo, sufre en todos sus niveles de una mala gestión, el ordeño financiero del gobierno y la corrupción. El gasto caprichoso y derrochador del Sr. Chávez, en el país y en el extranjero, ha dejado las finanzas del país en grave estado crítico y paralizado el financiamiento real del sector privado.

Los signos del deterioro están en todas partes:

• El Producto Interno Bruto cayó, según cifras del gobierno, en un 3,3 por ciento en 2009 y se contrajo en 5,8 por ciento durante los tres primeros meses de 2010, mientras que todas las otras economías regionales estaban creciendo. El Fondo Monetario Internacional proyecta un declive de 2,6 por ciento para todo el año 2010, poniendo al país con las mayores reservas petroleras fuera del Medio Oriente en una situación económica peor que la de Grecia.

• La inflación en abril ascendió a 5,2 por ciento, según ha informado el gobierno, y se dirige hacia un 50 por ciento o más sobre una base anualizada. [Algunos economistas sospechan que tanto las cifras de inflación como las del PIB están siendo subestimadas y el chiste del momento entre ellos es que hay tres tipos de información estadística en Venezuela: blanca, gris y gubernamental.]

• El tipo de cambio flotante, uno de los tres tipos de cambio [al cual pronto se ha unido un cuarto], cayó más del 20 por ciento durante abril y mayo. En vez de reconocer su masiva mala gestión, el gobierno culpó a las empresas financieras de llevar a cabo una especulación salvaje, proporcionando así una excusa para intervenir a más de 30 de ellas en las últimas semanas.

• La inversión, nacional y extranjera, es prácticamente inexistente, mientras que la desinversión es generalizada. En la última década, más de cuatro mil empresas han cerrado sus puertas, mientras que varias fábricas se han mudado a localidades más amistosas, como la costera ciudad colombiana de Barranquilla entre otras.

• La confiscación gubernamental de empresas privadas sobrepasa ya las 120 compañías establecidas en cada sector de la economía, con más de 75 en el alicaído sector petrolero. Ello, a pesar de que las encuestas muestran que el 61 por ciento de los venezolanos prefiere el sector privado la gestión de activos de petróleo, el 71 por ciento prefiere a los productores privados de alimentos y medicinas, el 74 por ciento se opone a la eliminación del sector privado, de acuerdo a Keller & Asociados, una de las principales empresas encuestadoras. En la actualidad, el Sr. Chávez parece decidido a absorber Polar, el mayor productor de alimentos y bebidas del país, habiendo hasta ahora confiscado un gran almacén de alimentos procesados y amenazado públicamente a sus dueños, la familia Mendoza.

• El desempleo se sitúa oficialmente en un 8,2 por ciento. Sin embargo, las encuestas del gobierno cuentan a cualquiera que trabaje unas horas al mes o más, así como a los vendedores ocasionales de la calle como “empleados”. Además, el despido está prohibido. Sólo un economista se arriesgó a hacer una estimación de lo que es seguramente una cifra considerable, al fijar su estimación de desempleo en al menos un 30 por ciento.

• El crimen violento es incontrolable, tanto que los caraqueños se resignan a describir su ciudad como la capital mundial del asesinato.

• El suministro de alimentos es cada vez más escaso, debido al incesante desaliento a la agricultura y la generalizada expropiación y confiscación gubernamental de procesadores, distribuidores y minoristas. Una reciente visita al supermercado Luvebras de la selecta Urbanización Altamira de Caracas reveló un estimado de un 25 por ciento del espacio de sus estanterías vacías, con muchos productos de primera necesidad -café, arroz, frijoles-, en muy limitada o casi nula oferta. Cuando la cadena franco-colombiana Éxito fue confiscada en enero, algunos vándalos saquearon varias tiendas, dejándolas temporalmente inservibles.

• La fuga de cerebros en todas las profesiones es elevada. Numerosos médicos venezolanos estudian y practican ahora en Colombia, a pesar de estar mejor remunerados en Venezuela. Los estimados aproximados señalan que alrededor de cinco mil médicos y enfermeras han huido del país y viven y trabajan ahora en Colombia, Panamá, España y Estados Unidos. Esto no incluye los profesionales cubanos de la salud que trabajan en Venezuela a cambio del salvavidas de 100 mil barriles diarios de petróleo que La Habana recibe de Hugo Chávez. Se calcula que más de 1.500 profesionales de la medicina cubana han huido también a Colombia, la mayoría de los cuales ha pasado a otros países.

• El desarrollo de la infraestructura, potencialmente una excelente fuente de empleo, es prácticamente casi inexistente. Las carreteras están en mal estado y casi ninguna nueva construcción está en marcha, mientras que se ve una modesta actividad en la construcción de edificios residenciales y comerciales. Las caídas de tensión de la electricidad son frecuentes en ciudades y pueblos, y el agua escasea.

Además de todo esto tenemos la resistencia que genera la corrupción en todos los segmentos de la economía. Basta con observar el Fondo Nacional de Desarrollo del gobierno: creado en 2005, el FONDEN ha recibido más de $ 57 mil millones en sus primeros cuatro años y medio y ha financiado supuestamente más de 600 proyectos, de acuerdo con el ministro de Finanzas, Alí Rodríguez. Sin embargo, no se han especificado los proyectos y el Fondo no ha publicado ningún informe financiero. Hugo Chávez podría muy bien haber influido en gran parte de ese gasto despilfarrador, prodigando recursos a países y líderes que trata de incorporar a su red socialista bolivariana [un ejemplo basta: la decisión del señor Chávez de invertir $ 5.000 millones de dólares en bonos argentinos de dudoso valor].

Por otra parte, el extravagante estilo de vida personal de Chávez va desde el fetiche por los relojes costosos hasta viajes al extranjero con comitivas de gran tamaño. Los viajes al extranjero han ocupado más de 10 por ciento de sus 11 años como Presidente, y han dado cuenta de una cantidad sustancial de recursos no contabilizados del FONDEN. De hecho, un chiste usual en Caracas mantiene que los únicos indicadores crecientes que se observan son el peso y la cintura cada vez mayores de Hugo Chávez [algunos observadores estiman su aumento de peso durante los últimos ocho años en unos 15-20 kilos.]

Resulta evidente que lo que un comentarista señala como la caja negra de FONDEN, no es más que la fuente de financiamiento de una incalculable corrupción personal e institucional, cuyo monto exacto es imposible estimar de forma confiable.

En un antiguo depósito privado, ahora confiscado y controlado por el grupo estatal PDVAL se descubrieron recientemente 32 mil toneladas de productos alimenticios obsoletos, o podridos. El director de PDVAL, subsidiaria del monopolio petrolero estatal, PDVSA, ha sido irónicamente arrestado por cargos de corrupción.

En las últimas semanas, las inspecciones realizadas a instalaciones gubernamentales de PDVAL, Mercal y CEALCO han confirmado la existencia de más de 100 mil toneladas [200 millones libras] de alimentos básicos descompuestos, de acuerdo con VenEconomía, uno de los principales centros de análisis económico y financiero y de asesoramiento de servicios de Venezuela. Que tal situación pudiese producirse, dada la escasez crítica de alimentos básicos, pone de relieve la profundidad del problema.

Todo esto ha traído a la economía y la sociedad de Venezuela al borde del colapso. El resultado neto para Chávez es que sus índices de aprobación han caído a un rango de 35-42 por ciento, de acuerdo con encuestas reconocidas. El presidente de Hinterlaces, Oscar Schemel, sitúa actualmente la base de Chávez en un 39 por ciento, y la confianza en su liderazgo aún más baja, en sólo un 35 por ciento.

Keller & Asociados informa que el 70 por ciento desea un cambio de liderazgo y señala que un 51 por ciento de los que tienen intención de votar están resueltos a hacerlo por alguien que no sea Hugo Chávez.

Las consecuencias sociales y políticas han sido enormes. La última encuesta de Keller encontró que un abrumador 83 por ciento de los venezolanos no quiere que el país se convierta en un país comunista similar a Cuba, mientras que un 58 por ciento se opone a una Venezuela socialista. De hecho, el 80 por ciento rechaza la conseja de que ”ser rico es malo”, lema que repite con frecuencia Hugo Chávez, quien no lleva una vida de indigente.

Hinterlaces ha encontrado que sólo un 35 por ciento de los venezolanos considera que el país lleva un rumbo positivo, mientras que un 65 por ciento cree que Hugo Chávez debe hacerse a un lado en favor de otro líder.

Las cifras anteriores muestran claramente que los prodigiosos esfuerzos de propaganda del Presidente no han tenido éxito. También muestran un importante giro respecto del liderazgo y las políticas de Hugo Chávez.

Carlos Ocariz, uno de los tres alcaldes de oposición de las siete municipalidades de Caracas, cree que la marea ha cambiado fuertemente en contra del Presidente. ”Mi municipio, Sucre, incluye Petare, el primer o segundo barrio más grande de América Latina. Hemos ganado las elecciones en 2008 compitiendo contra Hugo Chávez y sus candidatos escogidos a dedo”, nos dijo, ”y podemos ganar a nivel nacional porque el pueblo está con nosotros”.

Ocariz sabe de lo qué habla. Ha logrado un grado de aprobación del 82 por ciento después de sólo 18 meses en el cargo, mediante el mejoramiento de las facilidades educativas y de salud, caminando por las calles con regularidad y -sobre todo- ejecutando una administración transparente y honesta.

”La oposición puede ganar”, afirma. ”Tenemos que centrarnos en aquellos que están realmente sufriendo, la gente que vive en los barrios y en las zonas rurales. Si lo hacemos, podemos ganar porque saben que Hugo Chávez ha fracasado. El pueblo quiere un cambio. No podemos ganar centrándose en el pequeño porcentaje de clase media alta y los ricos que viven en los mejores barrios de Caracas y Maracaibo”.

A primera vista, el Alcalde Ocariz debería estar en la lista corta de cualquiera como posible líder de la oposición. Varios meses de esfuerzo han dado lugar a la confección de una lista única de candidatos de la oposición para las elecciones de septiembre para la Asamblea Nacional por parte de la Mesa de la Unidad Democrática, que debería dar a la oposición de 40 a 55 de los 163 escaños de la cámara legislativa de Venezuela.

Sin embargo, la oposición sigue estando alarmantemente desorganizada y fraccionada, en particular debido a la existencia de demasiados políticos de vieja guardia luchando por sus restos individuales de poder y reconocimiento. Cuando los líderes de la oposición trataron de establecer una plataforma unificada, tardaron más de dos meses y un inmanejable documento de 100 puntos que todos los candidatos pudiesen acompañar, al menos nominalmente.

La insatisfacción con el presidente Chávez y su régimen es tan grande que algunos observadores creen que la oposición podría lograr la mayoría. Aunque es un tiro muy largo y dadas las probabilidades de fraude electoral, dos obstáculos más permanecen: quién será el líder de la oposición y si el resto de los opositores estaría dispuesto a seguirlo.

Hasta ahora, nadie se ha puesto a la cabeza de la oposición anti-Chávez, e incluso si surgiese un líder en las próximas semanas, resulta debatible que un grupo formado por la más amplia gama de ideologías imaginables y no más bien unos pocos reciclados pero corruptos miembros de los viejos partidos sea quien logre concretar algo que se acerque a la unidad.

Por último, no es exagerado pensar en los extremos hasta los que Hugo Chávez puede llegar para verse como ganador. Un escenario completamente plausible es que se cancelen las elecciones del 26 de septiembre por “supuestas” razones de seguridad nacional. Alternativamente, podría simplemente anular los resultados electorales, en caso de que se lleven a cabo y al señor Chávez no le gusten los resultados.

En cualquier caso, el autócrata en jefe de Venezuela podría llevar a cabo lo que ha amenazado: decretar que el país se guíe por los Consejos Comunales, nombrados y tutelados por…. Hugo Chávez.

Esto, por supuesto, no quiere decir que los venezolanos deben dejar de competir en las elecciones de septiembre. Nada dañaría más a Hugo Chávez, internamente y en el extranjero, que una estrepitosa derrota, una derrota que lo empujaría más cerca de la puerta de salida.

En definitiva, la situación de la nación venezolana es muy triste y las perspectivas son menos prometedoras. Por supuesto, esto no es una buena noticia para sus 27 millones de ciudadanos y para una región que sigue luchando por construir instituciones democráticas confiables. La razón principal: un autócrata fuera de control que ha sido calificado como demente por uno de sus ministros más antiguos.

En el caso de que Washington tomase un interés sensible en la amenaza que Hugo Chávez presenta para su propio pueblo y para la seguridad regional, mucho podría hacerse para aislarlo y finalmente poner fin a su influencia negativa y su alocada carrera. Un frente común anti-Chávez, de apoyo mutuo y con la participación de una sólida mayoría de los gobiernos del hemisferio occidental es concebible y alcanzable.

Eso no se puede realizar haciendo a un lado el problema o simplemente deseando que el caudillo de Caracas desaparezca. Al menos se debería intentar por el bien de todos los interesados.
=================
* John R. Thomson es un veterano periodista y ex diplomático de la administración Reagan, que se centra en la política y geopolítica de los mercados emergentes. Visitante frecuente de Venezuela, permaneció recientemente en el país durante dos semanas. Norman Pino De Lion es un ex diplomático de carrera del Servicio Exterior de Venezuela, quien se desempeñó como embajador en Arabia Saudita y los Países Bajos. Sus comentarios aparecen en el diario El Universal, así como en el sitio Web Analitica.com.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Economia, competicao, riqueza e pobreza - artigos Paulo R Almeida

Meus mais recentes artigos publicados no Ordem Livre (de vez em quando eu me lembro de consultar o site e, pimba, lá está mais um, geralmente feito algum tempo atrás):

Países ou pessoas ricas o são devido a que os pobres são pobres?
02 de Agosto de 2010 - por Paulo Roberto de Almeida

Este é, provavelmente, um dos mais equivocados, mas persistentes, “axiomas” da teoria social dita de esquerda sobre as origens das desigualdades entre as pessoas e os países. Embora não especificamente marxista em sua origem, foi com o marxismo que essa “tese” se difundiu e adquiriu ares de “evidência histórica” como nunca tinha sido o caso no pensamento utópico das correntes socialistas anteriores. De fato, desde Babeuf (e sua “conjuração dos iguais”), passando por Proudhon – “A propriedade é um roubo” – e pelos anarquistas de todas as tendências (menos os anarco-capitalistas, claro, que são mais exatamente libertários), “progressistas” de todas as cores vêm repetindo (em todas as variantes possíveis, e com sucesso) esse credo aparentemente plausível, mas redondamente falso e, no limite, intelectualmente desonesto.
ler o texto completo

Orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados?
18 de Julho de 2010 - por Paulo Roberto de Almeida

Respondo rapidamente: sim e não. Com desculpas pela ambiguidade, explico imediatamente. Sim, orçamentos públicos devem ser sempre equilibrados, mas isso numa perspectiva de médio ou até de longo prazo, consoante o planejamento econômico que todo estado moderno faz em torno de suas receitas e despesas. Não, o orçamento público não precisa ser equilibrado, no sentido de ser superavitário ou de apresentar equivalência perfeita entre receitas e despesas (déficit zero). Vejamos.
ler o texto completo

Competição e monopólios (naturais ou não): como definir e decidir?
05 de Julho de 2010 - por Paulo Roberto de Almeida

Competição é um velho princípio da excelência em qualquer área imaginável: quando maior número de pessoas estiverem disputando determinada compensação em função do resultado final do esforço empenhado em uma dada atividade, melhor será esse resultado, tanto para o próprio produtor, quanto para seus eventuais usuários.
ler o texto completo