Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sexta-feira, 19 de julho de 2013
A heranca maldita das potencias coloniais no Oriente Medio - The Economist
Desventuras de bilionarios: bolhas assassinas das fortunas dos muito ricos...
Muitos outros capitalistas, até os mais honestos, já perderam bilhões com o reverso da fortuna. Lembro aqui o caso do homem mais rico do mundo, no início dos anos 1990: um japonês do mercado imobiliário, que tinha uma fortuna várias vezes superior ao do segundo da lista, Bill Gates, da Microsoft, com apenas 5 ou 6 bilhões de dólares. Bastou a bolha imobiliária e bancária do Japão estourar, em 1992, para ele ter evaporada parte de sua fortuna, ficando atrás de Bill Gates. Este, era o homem mais rico do mundo pouco antes do estouro da bolha das dot.com, em 2000, quando sua fortuna pode ter sido reduzida à metade, mas já na casa de algumas dezenas de bilhões de dólares.
São apenas dois casos, entre muitos, e entendo que eles não foram tão promíscuos quanto os personagens referidos na matéria abaixo, ou seja, eles não saíram comprando políticos e burocratas para fazer a sua fortuna, como certos bilionários de países emergentes. Melhor assim. E melhor que os muito ricos percam sua fortuna (que na verdade é fumaça, ou seja, capitalização exagerada, na maior parte das vezes), para torná-los mais humildes (o que eles nunca serão).
Paulo Roberto de Almeida
Colapso da fortuna de Eike atinge patrimônio de André Esteves
Politica Externa e Democracia no Brasil: livro de Dawisson Lopes (Unesp)
Dawisson Lopes (Unesp)
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Páginas: 336
Já se disse que, nas sociedades pós-industriais, o conflito social teria como eixo a tensão crescente provocada pela coexistência de duas tendências contraditórias: a de busca por igualdade e a de crescente burocratização – esta última caracterizada pela importância cada vez mais central assumida pelo componente técnico do conhecimento.
No Brasil atual, ameaçado de desindustrialização, mais do que passível de ser classificado como uma sociedade pós-industrial, talvez em nenhum outro campo das políticas públicas a cargo do governo federal tal tensão tenha tanta visibilidade, pelo menos nos meios acadêmicos, como na política externa. Nessa seara, os dois principais partidos políticos advogam projetos distintos de inserção internacional para o país. A corporação diplomática, diante da crescente politização da política exterior, por vezes trai a sua aparência monolítica, revelando profundas clivagens intracorporativas. As decisões tomadas no plano internacional produzem impactos redistributivos domésticos de intensidade inaudita e o tema ganha as manchetes da grande mídia.
Inúmeros e diversificados fatores convergiram, no último quarto de século, para reforçar a necessidade de tratamento da política externa brasileira como uma política pública, e não mais como seara exclusiva e monopólio de nossos diplomatas. No plano analítico, tal processo de desencapsulamento da nossa política exterior ganha, neste livro de Dawisson Lopes, o seu tratamento mais sistemático. Esta obra é dedicada ao questionamento da possibilidade de compatibilização entre política externa e democracia e à interpretação deste encontro conflitivo no Brasil da Nova República. Tais objetivos inevitavelmente implicam colocar em discussão a trajetória e as tendências ao insulamento por parte do Itamaraty. Nessa empreitada, o leitor é brindado com uma mescla de erudição e ousadia analítica, em uma tessitura argumentativa original e provocativa, que alia o método histórico ao comparativo, questionando o cânone e ao mesmo tempo retirando dele novas e promissoras chaves interpretativas, como a hipótese do “republicanismo aristocrático mitigado”.
Se a tensão entre expertise e democracia (ou entre eficiência e representatividade) talvez possa ser pensada como constitutiva da produção da política externa em regimes poliárquicos como o brasileiro, esta importante contribuição de Dawisson Lopes está fadada a se tornar referência inescapável no debate acerca das gramáticas políticas das relações exteriores do país.
Carlos Aurélio Pimenta de Faria
Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da PUC Minas.
“Com lastro empírico e solidez analítica, este livro traça um amplo panorama histórico e teórico do sistema de formulação da política externa brasileira. O autor procura construir uma solução dialética entre os conceitos de democracia e de república em nossa história diplomática. Trata-se de uma contribuição valiosa para um debate ainda incipiente no país.”
Celso Amorim
“Quais os limites e as possibilidades da democratização da política externa brasileira? Para respondê-lo, o autor percorre narrativas próprias da história, da teoria social, da análise institucional, da cultura política e do desenvolvimento da política externa. O viés aristocrático é apontado como um dos principais empecilhos à maior porosidade da diplomacia brasileira aos insumos da sociedade civil.”
Maria Regina Soares de Lima
O futuro incerto dos biocombustíveis no país - Adriano Pires
COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
O futuro incerto dos biocombustíveis no país
A falta de políticas públicas capazes de garantir a previsibilidade inibe os investimentos e o crescimento da produtividade
Universal English: a maldicao da lingua franca (para os native speakers) - The Globalist
Mas, sendo anglo-parlantes, unicamente, os native speakers estão perdendo a oportunidade de penetrar na cultura de outros povos, e para os acadêmicos, a consulta a documentos originais (embora todos os cursos universitários sérios nos EUA insistam na proficiência linguística, mesmo de línguas totalmente exóticas).
Este artigo chama a atenção para as delícias do multilinguismo.
Paulo Roberto de Almeida
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he lingua franca of globalization is English. Being indispensable, it is eagerly embraced by anyone with aspirations to participate in the global economy and society.
The same number speaks it as a second language, more or less frequently and an additional 750 million have enough knowledge to use it in a limited way. These are impressive numbers, accounting for only a bit less than one fifth of the world's population. But they are not so big when you consider that those seven billion people speak 6,000 other languages, with Mandarin — not English — accounting for the largest number. And all those languages constitute the living tissue of as many cultures, with all their own practices, relationships, institutions and historical memory. On the face of things, native English speakers should revel in the universality of their language. The world is speaking with us in our own idiom, giving us the comparative advantage of not having to learn any others. But common sense and experience show otherwise. English is simply a transactional tool for elites from many different cultures.
Speaking only English is not a privilege, but a handicap, a hobbling of our senses. It is also dangerous. Without speaking their languages, we cannot understand other people's historical experience, their values, including religious values, and their relationships. This is bound to be a great handicap in our dealings with them. North American business suffers from this handicap. With few exceptions, its leaders (unlike their typical European counterparts) do not routinely speak a language other than their own. This might not have been an enormous handicap when the world economy was largely concentrated in the North Atlantic region. But those days are over. The weight of the world economy is shifting. The new heavyweights speak non-European languages and share in cultures far removed from our own experience. These cultures are linguistically inaccessible to North American business leaders (and, despite their multiple European languages, most European ones).
They remain at a permanent disadvantage vis-à-vis their counterparts from these new powers, including in commercial negotiations with them. The latter not only have a solid command of English, and hence a direct insight into our world, but their own world is hidden for "unilinguals" behind an inaccessible language. It's hard to make multilingualism a criterion for CEO selection. But it is not hard, over time, to develop a cadre of senior managers and future CEOs who do speak languages and have intensive understanding of foreign, especially non-North Atlantic environments. Business elites aside, North American higher education suffers more than it should from linguistic myopia. Most university students rely for their research on books, articles and data that originate in or have been translated into English. The world view of our populations in the US, Canada and UK — and hence our politics — are also distorted by the unilingualism of our media. We rely on interpreters, translators or on English-language versions of other countries' media to shape our view of the outside world. Perhaps most serious of all, our political decision makers are also linguistic prisoners, handicapped in managing a complex global environment by being obliged to see it through the filter of one language.
Multilingualism is treated as indispensible in small, linguistically remote European societies, including the Netherlands and Scandinavia. The same is true as well among elites in large, linguistically diverse countries like India. Millions of Chinese are also busy learning English and other languages. Why should this not be the case in our societies? Why should we be trapped in English? Spanish is already the second language of the United States. Yet it has no official status and it is not a compulsory part of the curriculum on a national level. In Canada, the situation is even more ironic. French is one of our two official languages, yet FSL (French as a Second Language) is a privilege rather than an obligation or even a right in most of the English speaking parts of the country. The case of officially French-language Quebec presents a paradox. Given the limited reach of French in the global environment, virtually all senior business people, academics and others active beyond the province's borders are at least bilingual. Other languages, including Chinese, are even less available in U.S. and Canadian school systems, leaving it to the enlightened and the affluent to provide it to their children.
Universities could play a critical role by insisting on functional competence in at least one foreign language as a condition of graduation. Or they could oblige those seeking advanced degrees to have lived, worked or studied in a linguistically distinct environment for at least a year. As with all large social challenges, the only adequate answer to our linguistic handicap will be cultural change — in our case, the acceptance of cultural humility. Not everyone who speaks English really "speaks our language." It's a big messy world and it's not all ours. We have to make an effort to meet it, in its many manifestations, on its own terms. |
Gas, uma energia revolucionaria, mas nao exatamente para o Brasil - Adriano Pires, Marcio Balthazar
O preço do gás natural no Brasil
O alerta geral no Brasil veio na forma do questionamento do nível de preços do gás natural. E imediatamente se assumiu, convenientemente, um cenário de abundância do produto. Mas será de fato abundante? Talvez. Aos preços nos níveis do mercado americano atuais, muito improvável.
Há de observar que, apesar de reunir condições únicas no mundo em termos de recursos de produção e regulatórios para realização do fracking, mesmo nos EUA os produtores de gás natural não associado a partir de shale lidam com baixas remunerações aos investimentos. Assim, se, no início, a questão ambiental dominava as discussões sobre o uso do fracking na produção, atualmente está mais centrada nas possibilidades de viabilização econômica desse tipo de empreendimento, nos EUA e em outras partes do mundo.
No Brasil, o preço do gás se mantém elevado e se tornou um ingrediente a mais a limitar a competitividade da indústria. Segmentos industriais que dependem do gás natural lidam com dificuldade para manter suas atividades e reclamam políticas específicas e preços diferenciados. Outros segmentos, que poderiam usar o gás natural, fazem a opção por fontes alternativas com relação de preços mais favorável.
Duas questões são colocadas: o preço do gás natural no Brasil está caro? Ou seria a instabilidade na relação de preços de combustíveis a causa prima de quebra de expectativas entre consumidores industriais?
É notável constatar que, ao longo do tempo, preços de derivados e gás natural deixaram de guardar uma referência estável de substituição e eficiência energética para flutuar à conveniência da política econômica de ocasião e ceder às pressões de lobbies de categorias industriais em defesa de seu segmento.
Já no que toca à política de preços para o gás natural, a Petrobrás manteve para o gás boliviano a metodologia de reajuste atrelada a uma cesta de óleos e ao câmbio, uma postura que amplia a distorção no mercado brasileiro de gás no que se refere à política de preços em relação aos demais combustíveis.
Adicionalmente, ainda há que considerar a distorção estabelecida pela coexistência de formas distintas de precificação: uma para o gás de origem nacional e outra para o gás boliviano. Quase 15 anos depois do início de operações do gasoduto Bolívia-Brasil e com a capacidade plenamente ocupada, não haveria atualmente uma razão objetiva para uma distinção de preços entre o gás natural de origem doméstica e o importado. Seria o equivalente a definir duas classes de consumidor para o mesmo produto. Os consumidores da Região Sul e os de São Paulo são penalizados duplamente pela imprevisibilidade cambial aplicada ao gás boliviano e pela diferença absoluta em relação aos preços do produto nacional. E São Paulo é o maior Estado consumidor, representando 29% do mercado.
Atualmente, o mercado de gás natural no Brasil, não bastassem as questões apontadas referentes à competição e o desarranjo de preços relativos citados acima, se encontra imerso em suas próprias idiossincrasias, marcado pela imaturidade regulatória que impõe barreiras de acesso e inibe a expansão da infraestrutura e do mercado. É hora de parar e repensar, em especial, uma nova política de preços para o gás natural.
Frank D. McCann: Soldados da Patria: o papel politico do Exercito na historia do Brasil
Volume 69, Number 1, January 2005
pp. 257-258 | 10.1353/jmh.2005.0016
Richard Downes
Miami, Florida
China: the Great Crash - Paul Krugman
quinta-feira, 18 de julho de 2013
As vantagens do voto distrital - Roberto Macedo
Juro que eu so queria entender..., continuo querendo...
Esses paisecos desimportantes do Pacifico nao estao com nada - MAGarcia
O Mercosul vai ensinar com quantos paus se faz uma jangada...
PRA
Aliança do Pacífico não tem relevância econômica, diz Marco Aurélio Garcia
“A Aliança do Pacífico não deve tirar o nosso sono de maneira nenhuma. O PIB regional que ela envolve é muito menor que o do Mercosul [US$ 2 trilhões contra US$ 3,3 trilhões]. O bloco não me parece ser formado por países com dinamismo econômico e surgiu de um sistema de reduções tarifárias existente há muito tempo. A Aliança do Pacífico teve efeito publicitário muito forte, mas contribui muito pouco, a não ser para aqueles que já se sentem convencidos por ela antes mesmo da criação”, argumentou.
Na segunda mesa de debates de hoje da conferência “2003-2013: uma nova política externa”, no campus São Bernardo da Universidade Federal do ABC, Garcia disse que a América do Sul vive “o fim de um primeiro ciclo de integração”. “Há vários itens inconclusos nesta etapa, mas os objetivos gerais foram atingidos por conjunção de governos progressistas, com a adesão de lideranças de outros matizes em órgãos como a Unasul [União das Nações Sul-Americanas].”
“Sem a Unasul poderíamos ter tido guerra civil na Bolívia e um grave conflito entre Equador, Colômbia e Venezuela [em 2008]. Também não teríamos respondido a altura à violação constitucional no Paraguai e ao escandaloso processo de interdição do avião de Evo Morales. E, dessa forma, sem a Unasul, renunciaríamos a algo que não é suficiente, mas é fundamental, que é o sentido de soberania nacional dos países que integram região.”
Soares de Lima também elogiou o tratamento dado pelo governo brasileiro aos seus vizinhos desde 2003. “O Brasil sempre reivindicou tratamento diferente nos fóruns norte-sul, mas nunca reconhecia assimetria na região. Com Lula, passou-se a construir a ideia de poder sul-americano, vinculando a prosperidade brasileira e a da região.”
Midia leva a culpa por falta de autonomia da politica externa (acredite se quiser...)
Paulo Roberto de Almeida
Concentração de mídia dificulta diplomacia autônoma, diz assessor de Dilma
Vitor Sion/Opera Mundi
“A imprensa é um ator importante na formulação da nossa política externa, pois a opinião pública é formada basicamente por grandes jornais e canais de televisão. E aqui ainda é permitida a propriedade cruzada dos meios. Então é muito difícil executar uma diplomacia contra a grande imprensa, pois eles vão criticar o governo de maneira muito contundente, não vão economizar recursos para isso”, afirmou o embaixador.
Leia mais: Diplomacia brasileira antes de Lula era excessivamente domesticada, afirma Celso Amorim
Patriota, que é irmão do chanceler Antonio Patriota, classificou o posicionamento da mídia nacional como defensor de um aprofundamento da relação bilateral com os Estados Unidos, crítico do Mercosul e nostálgico da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), iniciativa dos EUA rechaçada pelos países latino-americanos. “Esse cenário poderá ser quebrado com a internet. Espero que o meio digital não tenha concentração como a grande mídia. O governo deve ficar atento para que isso não ocorra”, argumentou.
O tema da democratização dos meios de comunicação já havia aparecido no seminário da UFABC nesta terça-feira. Na ocasião, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos principais formuladores da política externa do governo Lula (2002-2010), considerou que uma mudança nessa área é “essencial”.
“O primeiro passo seria dividir melhor a verba de propaganda do governo, que hoje é distribuída pelo critério de audiência, dando prioridade aos grandes oligopólios. Uma ideia seria tentar analisar a qualidade da informação e criar uma cota máxima para cada veículo, como nos EUA, mas é muito difícil que um projeto desse passe pelo Congresso”, lamentou.
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Pinheiro Guimarães também lembrou que os Estados que tentaram democratizar a imprensa na América Latina, como Argentina e Venezuela, têm sofrido “intensa campanha contrária na mídia brasileira”. A conferência “2003-2010: Uma nova política externa” termina hoje, em São Bernardo do Campo, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Brasil muda estratégia por vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU
“A vaga permanente segue sendo um de nossos pleitos prioritários, mas o assunto não é tratado no dia a dia, mas sim de forma subterrânea. Se você deixa como prioridade publicamente, vira objeto de chantagem e tem que fazer concessões constantes”, argumentou Guilherme de Aguiar Patriota, assessor de Dilma para assuntos internacionais.
Como parte da nova estratégia, a professora Monica Hirst, que também participou da conferência “2003-2010: Uma nova política externa”, da Universidade Federal do ABC, avalia que o governo Dilma tem aproveitado os últimos três anos “para avançar em outras áreas, como as operações de paz no Haiti e no Congo, o que vai dando força e angariando votos para a candidatura brasileira”.
“É um processo de aprendizado, mas, inegavelmente, a aspiração na época de Lula elevou o status do Brasil de maneira importante, deu maior visibilidade à nossa agenda global”, analisa a titular do Departamento de Economia e Administração da Universidade Nacional de Quilmes (Argentina).
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O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, por sua vez, chegou a dizer que o Brasil tinha deixado a busca por uma vaga permanente no CS da ONU “à margem, devido a posições contraditórias”. O ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (2009-2010) e secretário-geral do Itamaraty (2003-2009) também comentou com Opera Mundi o tema da espionagem dos EUA, o que não considerou “uma novidade, pois é realizada em alguma medida por satélite desde 1948”.