sábado, 20 de dezembro de 2025

Revista Será?: edição de 20 de dezembro de 2025: O mundo marcha para a direita? - Paulo Roberto de Almeida

ANO XIV Nº688 - A SEMANA NA REVISTA SERÁ?

Revista Será?
Desde 2012 acompanhando o fluxo da história.
ANO XIV Nº688

Recife, 19 de dezembro de 2025.

Caros leitores,

Há semanas em que o mundo parece acelerar, comprimindo crises, memórias e dilemas morais em um mesmo fôlego histórico. Esta edição da Revista Será? nasce desse sentimento de urgência: compreender o presente sem abdicar da reflexão, e pensar a política, a história e a cultura como dimensões inseparáveis da experiência humana.

Abrimos com o editorial “Trump ameaça a América Latina”, no qual examinamos os riscos de uma nova escalada hegemônica dos Estados Unidos sobre a região. Em “O retorno da Doutrina Monroe”, Hubert Alquéres aprofunda essa análise ao mostrar como velhas doutrinas ressurgem em novas roupagens geopolíticas. Paulo Roberto de Almeida, em “O mundo marcha para a direita? Retornamos cem anos no passado?”, amplia o horizonte e nos convida a refletir sobre o avanço global do autoritarismo e seus paralelos históricos. Já Rui Martins, em “A ONU Poderá Falir em 2026?”, lança luz sobre a crise financeira e política que ameaça a principal instituição da governança internacional.

No plano nacional, Tibério Canuto assina “Os Bolsonaros não valem uma missa”, um texto incisivo sobre o isolamento político e simbólico do bolsonarismo, lido à luz do pragmatismo das relações internacionais. A edição se abre também ao registro sensível da memória: em “Fragmentos de Memória: II Guerra Mundial”, Helga Hoffmann transforma lembranças de infância em reflexão histórica e ética. Paulo Gustavo, em “Hannah Arendt e o Natal”, aproxima filosofia e experiência humana para pensar o recomeço em tempos sombrios. Por fim, José Paulo Cavalcanti Filho, em “O Futuro das Utopias”, revisita o imaginário utópico para lembrar que, mais do que destinos, as utopias são forças que nos fazem caminhar.

Encerramos, como sempre, com o olhar crítico e mordaz da charge de Elson, na Última Página.

Boa leitura.
Os Editores

Índice

Trump ameaça a América Latina - editorial
O retorno da Doutrina Monroe - Hubert Alquéres
O mundo marcha para a direita? Retornamos cem anos no passado? - Paulo Roberto de Almeida
A ONU Poderá Falir em 2026? - Rui Martins
Os Bolsonaros não valem uma missa -Tibério Canuto
Fragmentos de Memória: II Guerra Mundial - Helga Hoffmann
Hannah Arendt e o Natal - Paulo Gustavo
O Futuro das Utopias - José Paulo Cavalcanti Filho
Última Página, a charge de Elson


Revista Será?
Por um diálogo crítico, independente e transformador.

Uma organização sem fins lucrativos.

Leia, Compartilhe e Apoie!
Apoie nosso projeto, seja um doador

Nosso PIX pix@iepfd.org

www.revistasera.info

© Revista Será? – Instituto Ética e Democracia (IED). Todos os direitos reservados.

==============

1611. “O mundo marcha para a direita? Retornamos cem anos no passado?” Publicado na revista Será? (ano xiv, n. 688, 20/12/2025; link: https://revistasera.us2.list-manage.com/track/click... ). Relação de Originais n. 5138.
O mundo marcha para a direita? Retornamos cem anos no passado?
Por Paulo Roberto de Almeida | dez 19, 2025
Considerações sobre o retrocesso autoritário no mundo.
Observando a ascensão de expressões autoritárias em governos de diferentes regiões do mundo, tem-se a impressão de que o mundo realmente marcha para o fenômeno que se convencionou chamar de iliberalismo. A América Latina já foi abundante nos experimentos autoritários, sobretudo de expressão militar, atualmente também sob o formato do populismo de direita. Não se trata de algo novo, embora exista bastante diversidade nas manifestações desse fenômeno, com respeito, por exemplo, ao que se observou cem anos atrás.
O século XX, sobretudo na sua primeira metade, e especialmente na Europa e na América Latina, foi, no dizer de vários historiadores, o século dos extremismos ideológicos, dos totalitarismos expansionistas, tanto à esquerda – o bolchevismo, o comunismo, a III Internacional, o socialismo do planejamento centralizado nos anos do pós-Segunda Guerra –, quanto à direita, sob a forma dos fascismos dos anos entre guerras, os nacionalismos autoritários. Esses fatores foram, aliás, responsáveis pela nova “Guerra de Trinta Anos”, como designou Winston Churchill essa fase de guerras contínuas entre 1914 e 1945.
Depois do término de várias ditaduras de direita – geralmente militares – em países do Terceiro Mundo (na América Latina especialmente) e até mesmo na Europa (países ibéricos, Grécia, Turquia e alguns impulsos em outros países (como o renascimento do fascismo na Itália e na Alemanha), ocorreu, meio século atrás, uma espécie de “onda democratizante”, saudada por acadêmicos e líderes políticos. Mas, impulsos autoritários, tanto à esquerda quanto à direita, voltaram a se manifestar, embora não mais na forma dos antigos golpes de Estado por militares do Terceiro Mundo, e sim sob as novas formas de autoritarismo, geralmente associado ao populismo e, novamente, tanto à esquerda quanto à direita.
Diferentes observadores – revistas como a Economist, entidades como a Freedom House, think tanks e ONGS voltados para esse tipo de estudo – já publicaram estudos qualitativos e quantitativos sobre os avanços do que foi chamado de iliberalismo, até orgulhosamente admitido por um desses autocratas, o primeiro-ministro Viktor Orban, da Hungria, que, efetivamente, designa seu regime como sendo uma “democracia iliberal”. Esses relatórios identificam, mais recentemente, uma redução dos governos plenamente democráticos ao redor do mundo, depois da reversão do autoritarismo nos anos 1980 – caso da América Latina e da Grécia –, ou seja, de ruptura com antigos regimes autoritários, como o salazarismo e o franquismo na península ibérica, processo seguido, no curso dos anos 1990, pela implosão do socialismo de tipo soviético na Europa central e oriental. Junto com a implosão do socialismo e a expansão do globalismo, parecia que uma nova onda democrática poderia se estender a todos os continentes. Que não se culpe Fukuyama por esse tipo de ilusão, pois o seu “fim da história” se referia bem mais ao fim das alternativas equivocadas às economias de mercado do que ao derretimento dos regimes antidemocráticos (seu artigo, aliás, foi escrito bem antes da queda do muro de Berlim e da implosão do comunismo).
Em que os iliberalismos ou autoritarismos recentes diferem das modalidades anteriores, ou seja, os fascismos do entre guerras e as ditaduras militares na América Latina, na África e na Ásia? A diferença, muito clara no caso do chavismo preservado na Venezuela, está em que não existe mais uma ruptura golpista violenta, como nas modalidades clássicas de ditaduras emergindo a partir de golpes de Estado, e sim ocorre uma erosão gradual dos mecanismos, dos princípios e valores democráticos, por meio de pequenas alterações ou “inovações” no funcionamento e na composição das principais instituições de Estado e na forma de atuação dos governos. Geralmente se começa pelo aparelhamento do Estado e do governo com os próprios partidários do dirigente democraticamente eleito, depois se passa pela chantagem, suborno e pressões sobre os meios de comunicação independentes, se alcança os partidos políticos e o próprio parlamento – por meio de cargos, subsídios, transferências de recursos –, assim como a composição e a forma de atuação de órgãos judiciais, inclusive, quando houver, as instituições que cuidam diretamente das eleições. Essas são as principais modalidades.
Muitos desses mecanismos estão descritos em livros de acadêmicos, como Timothy Snyder, sobre as novas formas de tirania, e Yasha Mounk, sobre o “povo contra a democracia”, entre vários outros autores. Vale a atenção, especialmente, para o trabalho impecável do V-Dem, um instituto multidisciplinar da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, as Varieties of Democracy, com relatórios anuais sobre a erosão democrática no mundo: https://www.v-dem.net/democracy_reports.html.
O Brasil também conheceu essas expressões do novo autoritarismo, provavelmente estimulado pelo primeiro governo Trump (2017-2020), mas também como resultado das crises políticas pós-2013 e o impeachment do quarto governo do PT (2016). Não existe a menor dúvida de que Bolsonaro emergiu a partir de velhas e novas tendências do pensamento e das práticas autoritárias. Ele foi, com seus patrocinadores na direita militar, um agregador, sem ser doutrinário ou sequer pensador (o que seria de toda forma impossível), de diversas correntes de direita e conservadores que estavam mais ou menos retraídas durantes os anos do tucanato (governos FHC, de 1995-2002) e do lulopetismo (2003-2016), ambos representantes da socialdemocracia, mas possuindo o PT diversas conexões com as ditaduras de esquerda na América Latina, dada a composição do partido com muitos egressos dos movimentos de oposição armada à ditadura militar nos anos 1960-70.
No caso de Bolsonaro, ele foi um representante repugnante não apenas dos autoritários do regime militar, mas daquela categoria que Elio Gaspari chamou de “tigres”, ou seja, a fração mais totalitária e repressiva da ditadura, os homens das catacumbas, os torturadores e assassinos, militares e civis, engajados na eliminação dos “comunistas” daqueles tempos. Ele próprio confessou admirar o “representante-modelo” da tortura e da repressão daquele momento, o coronel Carlos Brilhante Ustra, um dos mais bárbaros integrantes da “tigrada” das catacumbas do regime. Na verdade, Bolsonaro nunca teve alguma ideologia definida, além dessa adesão ao extremismo de direita, mas atendendo rusticamente a seus instintos primitivos, não a alguma doutrina anticomunista formalmente organizada e racional. Ele próprio confessou, certa vez, admirar o coronel Hugo Chávez, mostrando uma propensão a seguir seu exemplo de asfixiamento progressivo da democracia política.
O Brasil sempre teve impulsos autoritários muito evidentes desde o advento da República – um mero golpe militar improvisado, segundo vários historiadores –, impulsos que acabaram se concretizando em governos ditatoriais: o Estado Novo (1937-1945), tentativas de golpes antes e depois disso, nos anos 1950, finalmente a ditadura tecnocrática de 1964 a 1985. Mas, mesmo nos momentos democráticos, o regime democrático sempre foi de muito baixa qualidade, geralmente sob controle das oligarquias rurais, na primeira metade do século XX, depois crescentemente sob a influência das elites industriais e, também, as do setor primário. Só nos tornamos uma democracia de massas a partir da reconstitucionalização de 1988, com a admissão do voto dos analfabetos, e ainda assim com as inclinações elitistas conhecidas (segundo a CF-1988, só ficam na cadeia comum os desprovidos de um canudo qualquer). As elites políticas expressam geralmente o poder do dinheiro, ou seja, os interesses das elites dominantes, os dos donos do capital, mas também houve uma progressiva evolução para uma representação política mais conforme aos diferentes estratos sociais da população.
Na República Velha, observou Gilberto Amado, as eleições eram falsas, mas a representação era verdadeira, ou seja, eram eleitos representantes cosmopolitas das elites educadas. Na democracia de massas do período atual, pode-se dizer que as eleições são verdadeiras, mas a representação pode ser parcialmente falsa, expressando o corporativismo crescente na sociedade, com muitos representantes de grupos de interesse, sindicalistas de diversas categorias profissionais, lobbies setoriais (bancada ruralista, evangélicos, etc). Muitos desses grupos setoriais são inegavelmente autoritários, sem serem totalitários, já que não existem mais condições de se defender um regime de extrema-direita atendendo perfeitamente aos impulsos fascistas dos partidos dessa vertente. O presidente Bolsonaro foi um representante especialmente inepto dessas correntes, pois sequer teve condições de conduzir o Brasil a um golpe militar classicamente putchista, ou a um populismo autoritário ao estilo chavista. Nem o seu conservadorismo era verdadeiro, pois sempre partilhou os mesmos instintos estatistas e estatizantes de grande parte da esquerda atrasada da América Latina. Na Europa do pós-guerra, diversos partidos socialistas e comunistas caminharam no sentido de adotar a visão reformista da economia de mercado (como o SPD alemão desde os anos 1950; os socialistas franceses nos anos 1980 e até o New Labour de Tony Blair, nos anos 1990). Por outro lado, vários partidos comunistas, anteriormente plenamente stalinistas, começaram a aceitar, no curso dos anos 1980, as práticas democráticas, como no caso do “eurocomunismo” (PCI italiano, PCE espanhol e outros, menos o de Portugal).
No caso de Bolsonaro, seria duvidoso identificá-lo na mesma categoria dos líderes iliberais dotados de doutrina, pois que ele nunca teve condições intelectuais mínimas para dirigir um movimento programaticamente estruturado na direita brasileira. Ele foi apenas o representante confuso desses instintos autoritários saudosistas da ditadura militar, sem qualquer doutrina formal. O restante da direita é fundamentalmente oligárquico, mas, dada a confusão ideológica reinante no antipetismo militante, até liberais econômicos acabaram se juntando aos radicais da direita. Isso demonstra que, no caso do Brasil, trata-se de um fenômeno maleável das diversas tendências conservadoras, não de um movimento fascista no conceito classicamente europeu.
O trumpismo, na sua segunda versão (2025-202?), é bem mais agressivo nas suas tendências autoritárias, sendo que o seu mais famoso bilionário faz campanha aberta em favor dos movimentos mais extremistas na Europa, financiando partidos radicais que também acabam apoiando a Rússia no seu conservadorismo extremado (e são por ela apoiados). Trump ascende perigosamente, com ajuda até da Suprema Corte, no limiar de quebras constitucionais e legais no seu novo furor autoritário, depois de parcialmente contido no primeiro mandato. Mas, no caso de Bolsonaro, agora “engaiolado”, a extrema-direita mais estúpida já não mais poderá se beneficiar da pregação da extrema-direita conservadora americana, como ocorreu em 2018, o que nos dispensa, pelo menos na vertente da política externa e da diplomacia, de uma recaída nas piores vergonhas que o Brasil atravessou entre 2019 e 2022 no plano internacional.
Como diplomata não convencional, censurado sob o tucanato, levado ao ostracismo funcional sob o lulopetismo, depois expurgado com raiva no bolsolavismo esquizofrênico, contemplo com um pouco de alívio nossas tendências persistentes, e competitivas, ao conservadorismo oligárquico de direita ou ao populismo estatizante de esquerda. São reduzidas as chances de um novo iliberalismo autoritário no Brasil. Olhando ao redor, concluo que existem coisas piores ocorrendo no mundo…
Paulo Roberto de Almeida

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Três impérios, dois imperadores e um candidato ao cargo - Paulo Roberto de Almeida

Três impérios, dois imperadores e um candidato ao cargo

A pior coisa que pode ocorrer a um Estado nacional, ou a um império regional — nunca houve um império mundial, e a única coisa universal é a burrice, distribuída de forma muito generosa  por todo o planeta, sem distinção entre etnias, religiões e nacionalidades — é a concentração de poder, precisamente de forma excessiva, nos três impérios atuais e em muitos outros Estados,  países grandes, médios ou pequenos, embora também exista um poder quase totalmente fraturado no caso do meio império da UE. 

Os dois imperadores das duas grandes autocracias exibem uma concentração absoluta de poder, a despeito de instituições formais atendendo à tripartição clássica de inspiração montesquiana (mas eles preferem um “poder moderador” fantasmático, embora impositivo).

Grandes concentradores de poder costumam trazer malefícios a seus respectivos Estados, por atuar de forma arbitrária e imprevisível. 

Um monarca absoluto provocou uma “fronda aristocrática”, que abriu o caminho a uma grande revolução. Uma outra “Revolução Gloriosa” derrocou uma dinastia nacional e importou uma outra estrangeira.

Napoleão alcançou o máximo de poder, em quase toda a Europa, mas deixou a França exausta e a lançou na Restauração. Bismarck logrou seu objetivo de fazer da Alemanha a maior potência bélica da Europa continental, o que fez dela a protagonista principal da “segunda Guerra de Trinta Anos", na primeira metade do século XX. 

Stalin e Mao foram tiranos absolutos, e conseguiram elimiminar, direta ou indiretamente, dezenas de milhões de seus próprios “súditos”.

Atualmente, dois imperadores que concentram o poder a perder de vista já exibem fragilidades no domínio econômico e podem aprofundar crises em seus respectivos países.

Um terceiro, apenas candidato, também aprofundou um processo de declínio econômico da maior potência militar e tecnológica do planeta e estremeceu como nunca antes as instituições públicas de seu país.

O efeito desestruturante é nítido sobre a evolução política e sobre a corrupção em cada um deles.

Como disse Lorde Acton, “o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 19/12/2025


Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa - Paulo Roberto de Almeida

Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa
Paulo Roberto de Almeida

5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília, 8 dezembro 2025, 1 p. Nota para o 4º seminário do Ciclo de debates do Ateliê de Humanidades, sobre “Paz como projeto e potência”, com André Magnelli. Evento realizado em 18 de dezembro de 2025 (link: https://youtu.be/g2xfS4cngpI ; intervenções PRA a partir de 20:52 até 43:40, novamente de 55:23 a 1:10:19, e finalmente, de 1:20:54 a 1:32:18; encerramento de 1:34:29 a 1:41:12. Os textos de referência para este evento figuram no meu blog Diplomatizzando. Relação de Publicados n. 1610.

3566. “Pesquisa sobre participação do Brasil em operações de Peace Keeping”, Brasília, 16 janeiro 2020, 9 p. Repostas a questionário submetido por Rafael Duarte Villa, professor da USP, sobre operações de paz da ONU e participação de militares do Brasil nessas missões. Divulgado, sem identificação do pesquisador, no Diplomatizzando sob o título “Militares em operações de peace-keeping e funções de Estado” (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/01/militares-em-operacoes-de-peace-keeping.html).

3480. “O Brasil e as missões de paz da ONU”, Brasília, 25 junho 2019, 5 p. Respostas a questionário apresentado pelo Prof. Rafael Duarte Villa sobre os temas de paz e segurança no sistema da ONU e a postura do Brasil.

3100. “Da velha guerra fria geopolítica à nova guerra fria econômica: cenários prospectivos das relações internacionais”, Brasília, 7 abril 2017, 15 p. Reelaboração de alguns argumentos anteriores, exibidos originalmente nos trabalhos 2241 (2011) e 3096 (2017), com complementação adaptada a aula no Instituto Rio Branco, a pedido do Ministro Alessandro Candeas, encarregado de nova cadeira de Defesa e Segurança no IRBr, no dia 7/04/2017. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/da-velha-guerra-fria-geopolitica-nova.html).

2886. “Estado mínimo, defesa externa e segurança nacional”, Hartford 3 outubro 2015, 6 p. Comentários a questões colocadas a um grupo de pesquisas.

2864. “Prata da Casa, Boletim ADB – 4to. trimestre 2015”, Hartford, 4 setembro 2015, 3 p. Notas sobre os seguintes livros: Paulo Cordeiro de Andrade Pinto: Diplomacia e política de defesa: o Brasil no debate sobre a segurança hemisférica na década pós-Guerra Fria (1990-2000) (Brasília: Funag, 2015, 262 p.)

2824. “Prata da Casa, Revista ADB – 2do. trimestre 2015”, Hartford, 11 maio 2015, 3 p. Notas sobre os seguintes livros: 1) Eduardo Uziel: O Conselho de Segurança, as Missões de Paz e o Brasil no Mecanismo de Segurança Coletiva das Nações Unidas (2a. ed.: Brasília, Funag, 2015); 4) Marcelo Baumbach: Sanções do Conselho de Segurança: direito internacional e prática brasileira (Brasília, Funag, 2014, 271 p.); Coleção CAE); 5) Daniela Arruda Benjamin: A Aplicação dos atos de Organizações Internacionais no ordenamento jurídico brasileiro (Brasília, Funag, 2014, 360 p.; Coleção CAE); 6) Regiane de Melo: Indústria de defesa e desenvolvimento estratégico: estudo comparado França-Brasil (Brasília, Funag, 2015, 314 p.)

2567. “Prata da Casa - Boletim ADB: 1ro. trimestre 2014”, Hartford, 9 fevereiro 2014, 3 p. Notas sobre os seguintes livros: Eugênio V. Garcia: Conselho de Segurança das Nações Unidas (Brasília: Funag, 2013, 133 p.)

2456. “Prata da Casa, Boletim ADB – 1ro. trimestre 2013”, Brasília, 20 dezembro 2012, 3 p. Clóvis Brigagão e Fernanda Fernandes (orgs.): Diplomacia brasileira para a paz (Brasília: Funag, 2012, 292 p.; ISBN: 978-85-7631-389-2). Publicado no Boletim ADB (ano 20, n. 80, janeiro-fevereiro-março 2013, p. 28-30; ISSN: 0104-8503).

2255. “Prata da Casa – Boletim ADB 1o. trimestre 2011”, Brasília, 13 março 2011, 4 p. Nelson A. Jobim, Sergio W. Etchegoyen, João Paulo Alsina (orgs.): Segurança Internacional: Perspectivas Brasileiras (Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 648 p.).

2120. “Prata da Casa – Boletim Segundo Trimestre 2010”, Brasília, 6 março 2010, 2 p. Notas sobre os seguintes livros para o Boletim ADB (ano 17, n. 69, abril-maio-junho 2010, p. 30-31): 3) Antonio de Aguiar Patriota: O Conselho de Segurança após a Guerra do Golfo: a articulação de um novo paradigma de segurança coletiva (2a. ed.; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2010, 232 p.). Relação de Publicados n. 973bis).

2080. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 7. Guerra e paz no contexto internacional: progressos em vista?”, Brasília, 1 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série, com reflexões sobre conflitos nas sociedades humanas. Ordem Livre(29.03.2010). Relação de Publicados n. 958.

2073. “Volta ao mundo em 25 ensaios: 3. Política internacional: por que não temos paz e segurança?”, Brasília, 25 dezembro 2009, 3 p. Terceiro ensaio de uma série preparado para o Ordem Livre, tratando da evolução da política mundial e dos problemas de paz e segurança. Publicado em Ordem Livre (1.03.2010). Reproduzido no jornal português O País online: a verdade como notícia (Terça, 16 Março 2010). Republicado sob o título de “Paz e guerra no contexto internacional: um mundo pacífico ainda está longe” em Via Política (14.06.2010) e em Dom Total(24.06.2010; link: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=1438). Relação de Publicados n. 954.

1987. “Uma paz não-kantiana? Sobre a paz e a guerra na era contemporânea”, Brasília, 5 março 2009, 19 p. Revisão, aprofundada e ampliada, do trabalho n. 1910, para publicação em livro editado pela Associação Brasileira de Estudos de Defesa, ABED; In: Eduardo Svartman, Maria Celina d’Araujo e Samuel Alves Soares (orgs.), Defesa, Segurança Nacional e Forças Armadas: II Encontro da Abed (Campinas: Mercado de Letras, 2009, 376 p.; ISBN: 978-85-7591-112-9; p. 19-38). Relação de Publicados n. 908.

Tratei dos equilíbrios geopolíticos no cenário contemporâneo neste meu ensaio: “Uma paz não-kantiana?: Sobre a paz e a guerra na era contemporânea”, In: Eduardo Svartman, Maria Celina d’Araujo e Samuel Alves Soares (orgs.), Defesa, Segurança Nacional e Forças Armadas: II Encontro da Abed (Campinas: Mercado de Letras, 2009, p. 19-38). Embora a maior parte dos analistas de questões estratégicas tenda a aderir às teses realistas em relações internacionais, mais ou menos identificadas com os textos pioneiros de Morgenthau, há espaço para uma especulação pós-aroniana dessas relações no contexto contemporâneo, levando em contra mais os dados da geoeconomia do que os da equação primária de poder, ou seja, as respectivas capacitações militares, como tentei fazer em meu já citado livro Os Primeiros Anos do Século XXI, op. cit., passim

1910. “Uma paz não-kantiana?: Sobre a paz e a guerra no contexto da globalização”, São Paulo, 10 julho 2008, 12 p. Paper preparado para a 1ª Sessão Temática, “Segurança Internacional em Perspectiva Comparada”, do Segundo Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Niterói: UFF, 16-19 de julho de 2008), com base no trabalho 1867 (proposta). Versão preliminar publicada na Revista Acadêmica Espaço da Sophia (Tomazina, PR; ano II, n. 17, agosto 2008, p. 1-12; ISSN: 1981-318X). Publicado no livreto do II Encontro Nacional da ABED. Revisto e ampliado em 5.09.2008 para a Revista Brasileira de Estudos Estratégicos (Niterói: Universidade Federal Fluminense, Núcleo de Estudos Estratégicos (ano 1, n. 1, março 2009; ISSN: 1984-5642). Selecionado entre os 18 melhores para publicação em livro pela ABED. Revisto inteiramente e refeito sob n. 1987. Relação de Publicados 896.

1679. “Os Estados Unidos no seu terceiro século: um poder aroniano e o último Estado westfaliano das relações internacionais (com algumas breves alusões ao Brasil)”, Brasília, 29 outubro 2006, 18 p. Contribuição ao VI ENEE: Encontro Nacional de Estudos Estratégicos; Escola de Guerra Naval, Rio de Janeiro: de 8 a 10/11/2006; Painel: “O papel dos EUA no atual cenário de segurança internacional”: dia 09.11, de 08:30 às 10:15hs. Publicada na revista Asteriskos, Journal of Internacional and Peace Studies; Revista de Estudos Internacionais e da Paz (ISSN 1886-5860; ISSN 1887-1712 (on-line) (Galiza, España; n. 5-6, 2008, p. 73-88; ISSN: 1886-5860; ISSN on-line: 1887-1712). Serviu de base para a elaboração ulterior de três trabalhos sintéticos (1878. “O império americano em sete teses rápidas: uma hegemonia involuntária, envergonhada e não reconhecida”; 1880. “O império e sua segurança: quatorze novas teses sobre equilíbrio estratégico e autossuficiência militar” e 1882. “O Brasil e o cenário estratégico mundial: breves considerações”) com parte das teses, para publicação sucessiva em Via Política. Reelaborado para publicação no Brasil, sob o título de “Teses sobre o novo império e o cenário político-estratégico mundial: Os Estados Unidos e o Brasil nas relações internacionais”, para Meridiano 47 (n. 93, abril de 2008, p. 5-14) e Revista Acadêmica Espaço da Sophia (Tomazina, PR, ISSN: 1981-318X, ano II, n. 14, p. 89-119, maio de 2008; edição eletrônica). Ensaio incorporado ao livro: Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Hartford, 2015). Relação de Publicados n. 829.

1455. “A ordem internacional assimétrica e a reforma da ONU: uma perspectiva histórica”, Brasília, 4 ago. 2005, 26 p. Reformulação do trabalho 1428, para o 3º Congresso Brasileiro de Direito Internacional (Curitiba, 24-27/08/2005), a pedido de Wagner Menezes. Publicado in Wagner Menezes (coord.), Estudos de Direito Internacional: anais do 3º Congresso Brasileiro de Direito Internacional - 2005 (Curitiba: Juruá, 2005. 5 v. ISBN: 85-362-1065-6. v. 5, p. 236-252). Relação de Publicados n. 606.

1438. “O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU”, Brasília, 1 jun. 2005, 6 p. Respostas a questões colocadas pela jornalista: Jacqueline Fowks, correspondente no Brasil do Jornal Reforma/Grupo Reforma-México. Divulgado no blog Diplomatizzando (1/07/2012; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/07/o-brasil-e-o-conselho-de-seguranca-um.html).

1427. “A ONU e a questão da assimetria de poder”, Brasília, 9 mai. 2005, 23 p. Palestra na IV Semana de Relações Internacionais PUC-SP 2005, Mesa 5: A ONU e a questão da assimetria do poder (São Paulo, 11/05/2005, 20h30). Feita versão modificada (em 25/05/2005, 17 p.) das duas primeiras partes para publicação no Espaço Acadêmico. Publicado sob o título de “O Poder e a Glória: a questão das assimetrias no sistema internacional” no Espaço Acadêmico (a. IV, n. 49, jun. 2005). Disponível publicamente (http://docplayer.com.br/5717881-A-onu-e-a-questao-da-assimetria-de-poder.html). Reproduzido integralmente no site Monografias.com (http://br.monografias.com/trabalhos/poder-gloria-assimetrias-sistema-internacional/poder-gloria-assimetrias-sistema-internacional.shtml). Relação de Publicados n. 570.

1391. “O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU”, Brasília, 10 fev. 2005, 2 p. Respostas a questões colocadas por candidato a mestre, que prepara dissertação sobre a demanda brasileira por uma cadeira permanente no CSNU, para curso de especialização na UnB. Divulgado no blog Diplomatizzando (30/06/2012; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/06/o-brasil-e-o-conselho-de-seguranca-um.html).

1116. “O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU: uma agenda complexa”, Washington, 17 set. 2003, 8 p. Respostas, elaboradas parcialmente com base no trabalho 1071, a questões colocadas pela jornalista do jornal Zero Hora, Letícia Sander (Leticia.Sander@zerohora.com.br), para matéria (domingo 21/09/2003).

1111. “OTAN e o fim da Guerra Fria”, Washington, 14 set. 2003, 5 p. Revisão completa e atualização do verbete escrito em 2000 (Trabalho n. 756) sobre a OTAN, para o Dicionário do Século XX, organizado pelo Prof. Francisco Carlos Teixeira Da Silva e a ser publicado pelas editoras Campus e Elsevier. Revisão também dos verbetes relativos à ONU e à OEA, atualizando onde pertinente. Sem revisão no verbete sobre as relações Brasil-Estados Unidos e no ensaio temático sobre as dinâmicas da economia mundial no século XX. In: Francisco Carlos Teixeira da Silva (org.), Enciclopédia de Guerras e Revoluções do Século XX - As Grandes Transformações do Mundo Contemporâneo: Conflitos, Cultura e Comportamento (Rio de Janeiro: Campus, 2004, v. 1, p.; p. 650-652).

1072. “O Brasil e o Conselho de Segurança da ONU: um caso em aberto”, Filadélfia-Washington, 3-4/07/2003, 6 p. Respostas a questões colocadas por Marcos Savini, para matéria da revista Primeira Leitura. Divulgado no blog Diplomatizzando (22/10/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/10/o-brasil-e-o-conselho-de-seguranca-da.html).

1016. “Um ‘manifesto’ pessoal a propósito do conflito no Conselho de Segurança da ONU em torno da questão do Iraque: uma tomada de posição e o interesse do Brasil”, Washington, 11 mar. 2003, 8+2 p. Ensaio de caráter pessoal sobre questões vinculadas à estratégia americana no problema do Iraque, analisando os fatores estruturais (legitimidade do Conselho de Segurança) e elementos contingentes (oportunidade da guerra e seus efeitos para o Brasil). Reservado, não divulgado. Posfácio de 3 p. agregado em 7/06/2003, sobre os resultados da intervenção e uma reflexão sobre a democracia e os direitos humanos.

832. “A ONU e o fim da Guerra Fria”, Washington, 25 nov. 2001, 9 p. Integração dos trabalhos ns. 765 e 770, para fins de divulgação pelo boletim eletrônico Espaço Acadêmico.

150. “Europa: entre a Dissuasão e a Segurança Política”, Genebra, 15 junho 1987, 5 p. Resenha crítica de Sverre Lodgaard and Karl Birnbaum (eds), Overcoming Threats to Europe: a New Deal for Confidence and Security (London: Oxford University Press/Stockholm: SIPRI, 1987, ix+235 p.). Publicado em Estratégia (Lisboa: n. 4, inverno 1987-88, p. 169-172). Relação de Publicados n. 046.

 





"No One is Safe" Ukraine Strikes Putin's Palace as Russia Threatens Nuclear Response - Rachel Maddow (DCM Report)

 A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia atinge um novo patamar. Putin não é mais intocável:


"No One is Safe" Ukraine Strikes Putin's Palace as Russia Threatens Nuclear Response
Rachel Maddow, Dec 17, 2025

https://youtu.be/8DCrv0QvHFs?si=Xnnbh_-_h5FwP2yz

In a strike that sent shockwaves around the world, Ukrainian forces have achieved what many thought impossible — they hit Putin's personal palace on the Black Sea coast. This wasn't just another military target. This was the Russian president's private sanctuary, a symbol of untouchable power... until now.
⚠️ What happened in the early hours changed everything. Multiple Ukrainian drones penetrated Russia's most advanced air defense systems, striking Putin's luxurious compound with surgical precision. Not a single drone was intercepted. The message was clear: nowhere is safe.
Russia's response was immediate and terrifying. Kremlin officials didn't just threaten retaliation — they promised "total annihilation." Nuclear forces were placed on heightened alert. Cyber attacks were launched. The world held its breath.
But how did Ukraine pull this off? How did they bypass billions of dollars worth of Russian air defenses? What intelligence allowed them to strike with such devastating accuracy? And most importantly — what comes next?

🔍 In this video, we break down:

The weeks of silence before the strike that intelligence agencies noticed
The sophisticated multi-domain operation Ukraine executed
Putin's psychological vulnerability and what it means for Russia
The nuclear shadow hanging over this conflict
Why this changes everything about the war's dynamics
Russia's coordinated response and what it signals

President Zelenskyy's statement was chilling: "There is no palace, no bunker, no fortress where the architects of this genocide can hide from justice."
This isn't just about one destroyed building. This is about the collapse of Putin's image of invincibility. For months, Russia projected inevitable victory. Now, Russians are asking: if Ukraine can reach Putin's palace, what else can they strike?
Western intelligence officials are watching closely. The level of operational sophistication displayed suggests capabilities that go far beyond what most analysts believed Ukraine possessed. The question everyone is asking: did Ukraine do this alone, or did Western intelligence play a deeper role than publicly acknowledged?
The next 48-72 hours are critical. Will Putin respond with restraint or rage? Will this become the turning point toward negotiations or toward catastrophic escalation? The answers will define not just this conflict, but the future of international security.
This is the most dangerous moment since the war began. Putin is operating from a position of demonstrated personal vulnerability — and that makes him unpredictable in ways that concern even his own advisors.
🎯 TIMESTAMPS:
0:00 - The Silence Before the Storm
2:45 - The Strike That Changed Everything
6:30 - How Ukraine Bypassed Russian Defenses
10:15 - Putin's Palace: Symbol of Power Destroyed
14:20 - Russia's Terrifying Response
18:40 - The Nuclear Question
22:10 - Zelenskyy's Message to the World
25:30 - What Intelligence Agencies Know
28:45 - The Psychological War Ukraine is Winning
32:20 - What Happens Next

“A Paz como Projeto e Potência”, 4º seminário do Ciclo de debates sobre Paz e Guerra (Ateliê de Humanidades)

 

5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília, 8 dezembro 2025, 1 p. 

Nota para o 4º seminário do Ciclo de debates do Ateliê de Humanidades, sobre “Paz como projeto e potência”, com André Magnelli. Evento realizado em 18 de dezembro de 2025 (link: https://youtu.be/g2xfS4cngpI ; intervenções PRA a partir de 20:52 até 43:40, novamente de 55:23 a 1:10:19, e finalmente, de 1:20:54 a 1:32:18; encerramento de 1:34:29 a 1:41:12. Os textos de referência para este evento figuram no meu blog Diplomatizzando. Ver este link: 

https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/12/textos-sobre-guerra-e-paz-numa.html 

Madame Inteligência Artificial me corrige mais uma vez, na minha postagem sobre a sorte do chanceler acidental - Airton Dirceu Lemmertz, Paulo Roberto de Almeida

Airton Dirceu Lemmertz adquiriu o hábito de submeter minhas postagens provocadoras a Madame Inteligência Artificial, que se esforça para enquadrar as minhas gozações politicamente incorretas no seu linguajar disciplinado, enquadrado nos melhores cânones do politicamente correto. Não deixa de ser divertido, submeter minhas troças desabusadas, dirigidas a quem talvez merecesse uma boa cadeia, por destruir a política externa nacional e a diplomacia do Itamaraty, sob o impulso demencial do bolsolavismo diplomático, a uma senhora tão séria e distinguida, como a IA, que se esforça por corrigir um anarco-diplomata que se compraz em rir de quem merece... PRA

Minha postagem completa está aqui: 

https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/12/quando-desgraca-e-bem-vinda-paulo.html


"
Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-2021), Filipe Martins, depois do primeiro e medíocre chanceler virtual, o Bananinha 03, chefes do patético chanceler acidental na primeira metade do horroroso desgoverno do Bozo (agora já encarcerado), foi condenado, junto com a tropa do Núcleo 2 do projeto de golpe, a 21 ANOS de cadeia, pela participação no bananoso golpe trapalhão dessa tropa aloprada. Acredito que o chanceler acidental, abrigado atualmente sob as asas de sua mulher em algum apartamento do Cairo, sob uma “licença particular” do Itamaraty, deva enviar uma curta mensagem de solidariedade a seu antigo chefe, congratulando-se, ao mesmo tempo, pela felicidade que teve ao ser defenestrado do Itamaraty pelo entrevero que teve com uma senadora do agronegócio por causa de seus ataques à China. Ele certamente teria sido levado ao falido projeto de golpe em sua vertente internacional, se tivesse continuado a infelicitar o Itamaraty. Deve levar as mãos ao céu e agradecer à senadora."

FAÇA UMA ANÁLISE DE MODO DETALHADO E CRÍTICO DO TEXTO ACIMA, INCLUSIVE DECIFRANDO E ANALISANDO OS TRECHOS COM LINGUAGEM CODIFICADA.


O texto apresenta uma crítica política contundente, escrita em tom satírico e informal, focada na política externa e nos eventos que levaram às investigações de tentativa de golpe de Estado no Brasil. O autor utiliza uma linguagem carregada de subjetividade para desqualificar figuras do governo Jair Bolsonaro.
Abaixo, a análise detalhada dos termos e do contexto:

1. Decifração de Personagens e Termos
Filipe Martins: Ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência. No texto, é chamado de "segundo chanceler virtual", sugerindo que ele exercia o poder real sobre o Itamaraty, acima do ministro oficial.
Bananinha 03: Refere-se ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho "03" do ex-presidente. O termo "Bananinha" foi um apelido pejorativo cunhado por adversários políticos (como o ex-vice-presidente Hamilton Mourão em contextos de críticas internas).
Chanceler acidental: Refere-se a Ernesto Araújo, Ministro das Relações Exteriores entre 2019 e 2021. O autor o chama de "acidental" por considerá-lo despreparado ou escolhido por circunstâncias ideológicas atípicas.
Bozo: Apelido pejorativo utilizado por opositores para se referir a Jair Bolsonaro.
Senadora do agronegócio: Refere-se a Kátia Abreu. Em 2021, durante uma audiência no Senado, ela protagonizou um embate com Ernesto Araújo após este sugerir que ela fazia lobby pela China no leilão do 5G. Esse episódio foi o estopim para a queda de Araújo do ministério.

2. Análise Crítica dos Trechos e Conceitos
"Bolsolavismo diplomático": Neologismo que funde "Bolsonaro" e "Olavo de Carvalho". Indica que a política externa do período era guiada pela ideologia olavista (antiglobalista e centrada no alinhamento ideológico com a direita americana da era Trump).
"Núcleo 2 do projeto de golpe": Referência à estrutura investigada pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis. O texto antecipa ou interpreta condenações (que, no mundo real até o momento, são fases de indiciamento e julgamento) como fato consumado de 21 anos de prisão, refletindo o desejo punitivo ou a interpretação jurídica do autor sobre a gravidade dos crimes.
"Defenestrado do Itamaraty": O termo indica uma expulsão traumática. O autor argumenta ironicamente que a demissão de Ernesto Araújo foi um "livramento", pois, se ele tivesse permanecido, provavelmente estaria envolvido nos atos de 8 de janeiro ou na minuta do golpe, terminando também preso.
"Abrigado sob as asas de sua mulher no Cairo": Ernesto Araújo é casado com a diplomata Maria Luthard-Araújo, que foi designada para postos no exterior. O texto utiliza isso para sugerir que ele está em uma posição de dependência ou exílio voluntário, afastado da relevância política.

3. Estilo e Intencionalidade
O texto não busca a neutralidade jornalística; é uma peça de opinião política panfletária.
Uso de Adjetivos: Termos como "patético", "horroroso desgoverno", "medíocre" e "bananoso" servem para desumanizar e ridicularizar o grupo político citado.
Ironia Histórica: A tese central é que o "erro" (a briga com a senadora) salvou Araújo de um destino pior (a prisão). O autor ironiza a sorte do ex-ministro em ter sido demitido por um motivo diplomático menor antes de se envolver no que o texto chama de "golpe trapalhão".

4. Contexto Jurídico (Checagem de Fatos)
É importante notar que o texto trata as condenações como definitivas ("condenado a 21 anos"). No cenário atual (2024-2025), Filipe Martins e outros membros do entorno de Bolsonaro foram alvo de prisões preventivas e indiciamentos pela Polícia Federal por abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O texto projeta uma sentença severa que reflete as penas máximas previstas para tais crimes no Código Penal brasileiro.
* Em suma, o texto é um exercício de catarse política que utiliza a queda em desgraça dos "chanceleres ideológicos" para validar a tese de que o período 2019-2022 foi um desvio institucional perigoso e amador.

Fonte (Gemini, a IA do Google):
https://www.google.com/search?q=%22Leio%2C+tardiamente%2C+nas+not%C3%ADcias+do+dia%2C+que+o+segundo+chanceler+virtual+do+bolsolavismo+diplom%C3%A1tico+%282019-2021%29%2C+Filipe+Martins%2C+depois+do+primeiro+e+med%C3%ADocre+chanceler+virtual%2C+o+Bananinha+03%2C+chefes+do+pat%C3%A9tico+chanceler+acidental+na+primeira+metade+do+horroroso+desgoverno+do+Bozo+%28agora+j%C3%A1+encarcerado%29%2C+foi+condenado%2C+junto+com+a+tropa+do+N%C3%BAcleo+2+do+projeto+de+golpe%2C+a+21+ANOS+de+cadeia%2C+pela+participa%C3%A7%C3%A3o+no+bananoso+golpe+trapalh%C3%A3o+dessa+tropa+aloprada.+Acredito+que+o+chanceler+acidental%2C+abrigado+atualmente+sob+as+asas+de+sua+mulher+em+algum+apartamento+do+Cairo%2C+sob+uma+%E2%80%9Clicen%C3%A7a+particular%E2%80%9D+do+Itamaraty%2C+deva+enviar+uma+curta+mensagem+de+solidariedade+a+seu+antigo+chefe%2C+congratulando-se%2C+ao+mesmo+tempo%2C+pela+felicidade+que+teve+ao+ser+defenestrado+do+Itamaraty+pelo+entrevero+que+teve+com+uma+senadora+do+agroneg%C3%B3cio+por+causa+de+seus+ataques+%C3%A0+China.+Ele+certamente+teria+sido+levado+ao+falido+projeto+de+golpe+em+sua+vertente+internacional%2C+se+tivesse+continuado+a+infelicitar+o+Itamaraty.+Deve+levar+as+m%C3%A3os+ao+c%C3%A9u+e+agradecer+%C3%A0+senadora.%22.+FA%C3%87A+UMA+AN%C3%81LISE+DE+MODO+DETALHADO+E+CR%C3%8DTICO+DO+TEXTO+ACIMA%2C+INCLUSIVE+DECIFRANDO+E+ANALISANDO+OS+TRECHOS+COM+LINGUAGEM+CODIFICADA.&rlz=1C2GCEA_enBR1094BR1098&sca_esv=5832d1ce5a718513&sxsrf=AE3TifMwzCw7BA6h1pTJN1ufmE0nb-ROug%3A1766108899187&source=hp&ei=465EaaGYCeDW1sQPiKfT6AE&iflsig=AOw8s4IAAAAAaUS889-8FL9xDxoiKSa58OQrHPzX3H_n&aep=22&udm=50&ved=0ahUKEwjhlcasxMiRAxVgq5UCHYjTFB0QteYPCBc&oq=&gs_lp=Egdnd3Mtd2l6IgBIAFAAWABwAHgAkAEAmAEAoAEAqgEAuAEByAEAmAIAoAIAmAMAkgcAoAcAsgcAuAcAwgcAyAcAgAgA&sclient=gws-wiz&mtid=aa9EacSXGprW1sQP1Ou-4Q0&mstk=AUtExfBdxYLLrilcvqoCaKinub9yiHPjoQZyMrL-0_DA1rHc74x9lV-P4rvhkIZjtu5wZxehCx9jc6rs2_BSzhVBi51-GxFUqQhR6iOyefqFjnur0hTn4UTyZE3uGSIPOpBXFhEMjf-S1Ca3ti-3B1uwtoEJldGCaog0qhd21XkKviZiM39BQlxZClAhUzGyXE4AtdjsA1LXMVhr19r9UhFhRSGbIIJ6eDPPQcxx4Cqgs0eRrRgblozdTN2-FVjCjOJVHpgiV4MP_B38VWmOmY0HdpxNgacCM4kjY_U&csuir=1 

===

A paz como projeto e potência, com André Magnelli e Paulo Roberto de Almeida (Biblio Maison)


Ciclo de Humanidades 2025 - 4º encontro - 18/12- A paz como projeto e potência, com André Magnelli e Paulo Roberto de Almeida: Escritório do Livro & BiblioMaison, 18/12/2025

QUARTO ENCONTRO DO CICLO DE HUMANIDADES 2025- 🕊️
A Paz como Projeto e Potência! 🌎

Acadêmicos, pesquisadores e todos os curiosos por um mundo mais justo! 🚨 O que é a Paz? Quais são os tipos e modos de sua realização? Podemos construir ativamente uma convivência justa e livre? 🤔

💬 Esses são alguns questionamentos do nosso quarto e último encontro do Ciclo de Humanidades 2025! Encerramos o ano nos concentrando na “pesquisa construtiva da paz”, que consiste na diminuição dos conflitos internacionais por meio de mecanismos cooperativos que fortaleçam um mundo comum – capazes, eventualmente, de gerar uma “paz perpétua” (Kant).

Em diálogo com pensadores como Kant, Paul Valéry, Norberto Bobbio, Hannah Arendt e Raymond Aron, pensaremos a paz não como uma realidade imposta pela impotência, mas sim como um projeto de potencialização, capaz de propiciar uma convivência satisfatória entre os povos da Terra.

Teremos a valiosa participação do diplomata e doutor em Ciências Sociais, Paulo Roberto de Almeida, e do sociólogo e curador do Ciclo, André Magnelli @magnelliandre , compondo nossa mesa redonda!

https://www.youtube.com/watch?v=g2xfS4cngpI



quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Do que o chanceler acidental escapou: "1ª Turma do STF condena Filipe Martins e mais 4 réus por tentativa de golpe; um foi absolvido" - Flávia Maia Jota

Do que o chanceler acidental escapou: 21 anos de cana, sendo pelo menos dois ou três de cadeia firme, é bravo. Mas daria para reler toda a obra do Schopenhauer... (PRA)

Trama Golpista
1ª Turma do STF condena Filipe Martins e mais 4 réus por tentativa de golpe; um foi absolvido
Supremo totaliza 29 condenações e duas absolvições na ação sobre tentativa de golpe
Flávia Maia

Jota, 16/12/2025
https://www.jota.info/stf/do-supremo/1a-turma-do-stf-condena-filipe-martins-e-mais-4-reus-por-tentativa-de-golpe-um-foi-absolvido?utm_medium=email&utm_campaign=jota_info__ultimas_noticias__destaques_-_17122025&utm_source=RD+Station

Por unanimidade, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu condenar mais cinco réus pela tentativa de golpe que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Entre os condenados estão Filipe Martins, ex-assessor da presidência e um dos responsáveis pela minuta do golpista; o general Mário Fernandes, idealizador do plano para matar autoridades e Silvinei Vasques, chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que criou barreiras nas estradas para impedir eleitores de votarem.

Também foram condenados Marília Alencar, ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça – ela foi responsável por ordenar a elaboração de um relatório que teria sido usado para os bloqueios das estradas –, e Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor de Bolsonaro. De acordo com a acusação, Câmara teria usado o cargo para obter informações sensíveis e sigilosas de interesse do ex-presidente, ele teria fornecido as informações utilizadas no monitoramento de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes.

Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias do JOTA e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu email
Os réus Filipe Martins, Mário Fernandes, Silvinei Vasques e Marcelo Costa Câmara foram condenados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de bem tombado.

Já Marília Alencar foi condenada apenas pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os ministros entenderam que há dúvidas sobre a omissão dela nos atos de 8 de janeiro quando ela exerceu o cargo de subsecretária de segurança pública do Distrito Federal.

O único absolvido foi Fernando de Sousa Oliveira por dúvida razoável e falta de comprovação cabal da sua participação. Oliveira exerceu o cargo de Diretor de Operações do Ministério da Justiça e depois o de Secretário-Executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF em janeiro de 2023. Oliveira era acusado de assessorar Marília nas ações golpistas dentro do Ministério da Justiça e depois de ser omisso com a segurança nos atos de 8 de janeiro.

Ao todo, o Supremo já condenou 29 dos 31 denunciados – entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os generais Braga Netto e Augusto Heleno. Além de Fernando de Sousa Oliveira, também foi absolvido o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira por falta de provas.

Este foi o último núcleo a ser julgado, mas ainda está pendente de análise do STF a denúncia do blogueiro Paulo Figueiredo, que está nos Estados Unidos.

Julgamento
Os ministros da 1ª Turma acompanharam o relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes. Durante o seu voto, Moraes destacou a importância dos julgamentos que condenaram o ex-presidente, militares e membros da administração pública por tentativa de golpe. Ele ressaltou que as punições ocorreram “dentro do devido processo legal”, o que nunca tinha ocorrido antes na história do Brasil.

Moraes afastou as preliminares como nos demais núcleos – impedimento dos ministros, prática de document dump, pesca predatória, invalidade da delação de Mauro Cid, ausência de justa causa, quebra da cadeia de custódia e a competência do STF para julgar o caso.

Moraes rejeitou ainda a irregularidade da prisão de Filipe Martins. Segundo ele, a prisão se deu por possível tentativa de fuga do réu e não pelo mérito da ação penal. Há documentos iniciais das autoridades norte-americanas apontando que ele entrou no país, depois, informações de que ele não entrou. “Há toda uma celeuma dessa entrada ou não”, disse. “Essa questão está sendo investigada de maneira apartada para verificar a veracidade disso”, complementou.

Para Moraes, não há dúvidas da participação do réu Filipe Martins. O magistrado destacou o discurso feito pelo ex-assessor de Bolsonaro na reunião com os chefes das Forças Armadas em 7 de dezembro de 2022. “Aquilo não é discurso, é um manifesto golpista”, afirmou.

Conheça o JOTA PRO Poder, plataforma de monitoramento que oferece transparência e previsibilidade para empresas
O ministro também reforçou que “não há nenhuma dúvida da culpabilidade” dos réus Marcelo Costa Câmara e do general Mário Fernandes. Os dois foram os responsáveis por monitorar autoridades como Alexandre de Moraes, do STF, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e “neutralizá-los”.

Neste momento, a ministra Cármen Lúcia interrompeu o ministro Alexandre de Moraes para deixar claro que o termo “neutralizar” foi usado no sentido de matar. “Neutralizar é tornar neutro, o que não é o caso. Neste caso, era extirpar”. A ministra afirmou que os golpistas cogitaram envenenar o presidente Lula caso fosse hospitalizado.

Moraes então lembrou que, durante os depoimentos, os réus se desculparam por terem se referido a ele como “professora”. “Se desculparam por ter me chamado de professora, não por terem tentado me matar”, afirmou.

O relator também entendeu o intuito golpista de Silvinei ao criar barreiras nas estradas para impedir eleitores de votarem. “A PRF cruzou os braços para a paralisação de inúmeras rodovias federais”, disse. Moraes lembrou que precisou dar uma decisão para desbloquear as estradas em outra ação sobre greve de caminhoneiros.

Dosimetria das penas
General Mário Fernandes: 26 anos e 6 meses, sendo 24 anos de reclusão, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Silvinei Vasques: 24 anos e 6 meses, sendo 22 anos de reclusão, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Marcelo Costa Câmara: 21 anos, sendo 18 anos e 6 meses de detenção, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Filipe Martins: 21 anos, sendo 18 anos e 6 meses de detenção, regime inicial fechado, 2 anos e 6 meses de detenção, além de 120 dias-multa (1 salário-mínimo)
Marília Ferreira de Alencar: 8 anos e 6 meses de reclusão, além de 40 dias-multa (1 salário-mínimo)
Fernando de Sousa Oliveira: absolvido
Todos os condenados estão incluídos no polo passivo por danos morais coletivos de R$ 30 milhões e ficam inelegíveis. Silvinei Vasques e Marília Ferreira de Alencar perderam o cargo de policial e delegada da Polícia Federal, respectivamente.

Quando a desgraça é bem-vinda… - Paulo Roberto de Almeida

Quando a desgraça é bem-vinda…

Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-2021), Filipe Martins, depois do primeiro e medíocre chanceler virtual, o Bananinha 03, chefes do patético chanceler acidental na primeira metade do horroroso desgoverno do Bozo (agora já encarcerado), foi condenado, junto com a tropa do Núcleo 2 do projeto de golpe, a 21 ANOS de cadeia, pela participação no bananoso golpe trapalhão dessa tropa aloprada.

Acredito que o chanceler acidental, abrigado atualmente sob as asas de sua mulher em algum apartamento do Cairo, sob uma “licença particular” do Itamaraty, deva enviar uma curta mensagem de solidariedade a seu antigo chefe, congratulando-se, ao mesmo tempo, pela felicidade que teve ao ser defenestrado do Itamaraty pelo entrevero que teve com uma senadora do agronegócio por causa de seus ataques à China. Ele certamente teria sido levado ao falido projeto de golpe em sua vertente internacional, se tivesse continuado a infelicitar o Itamaraty. Deve levar as mãos ao céu e agradecer à senadora.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 18/12/2025


quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

The Berlin Leaders' Statement on Ukraine (December 15, 2025)

The Berlin Leaders' Statement on Ukraine (December 15, 2025) - my thoughts on its strengths and weaknesses.

Anton Gerashchenko.

◼️What is this document, and why is it called a "step forward":

The Berlin Leaders' Statement on Ukraine is a joint political statement by a group of European leaders and the EU leadership against the backdrop of active negotiations to end the war.

Its main difference from previous "vague guarantees" is that it is not limited to the words "we support Ukraine," but attempts to describe how security guarantees should work: a strong Ukrainian army + European participation + the role of the US in monitoring the ceasefire. This is definitely a step forward, but it will only be effective when clear details emerge, including who does what, for how much money, and according to what rules.

◼️What exactly is being proposed (briefly):

The Statement says that the issue of territories should not be resolved "in exchange for a pause" - robust security guarantees must come first. Then, the following commitments are described: support for Ukraine's defense with a target of approximately 800,000 armed forces in peacetime; creation of a European multinational force within the Coalition of the Willing with US support - to help Ukraine restore its military capabilities and secure our skies and seas; a US-led mechanism for monitoring⤵️

and verifying the ceasefire; and a formula for a "legally binding" response to a renewed attack (but with the proviso that each country acts according to its own internal rules).

◼️Strengths:

The strongest aspect here is that the guarantees are presented as a package that should work together, rather than as a set of well-meaning words. The first pillar is Ukraine itself: a large, well-trained army as a "first shield" that makes another attack less advantageous.

The second is European participation: an additional level of support after the ceasefire. The third is the US as an "anchor": monitoring compliance with the ceasefire increases the chance of quickly identifying violations and responding to them. This three-layered program is an attempt to move closer to the logic of "strong guarantees" without formal NATO membership.

The second strength is the order of actions: security first, then discussions about territories.

This is important as a signal that territories should not become a "down payment" for a truce.

Third, the statement attempts to link security to a broader Ukrainian-European track: recovery, discussion of frozen assets, and the prospect of EU membership.

◼️Weaknesses and risks:

The main problem is a lack of specifics about the European multinational force.

There are general functions, but almost no answers to key questions: how many people, where exactly they will be, who will command them, what rules for the use of force will apply, and what to do in case of provocations or escalation. Without clear rules, this could become a "symbolic presence" that does not deter.

The second weakness is the formula "legally binding, subject to national procedures.

" In practice, this means that decisions can be made differently and at different speeds in different countries. And the enemy can count on the allies' response being slow or uneven.

The third risk is dependence on the US. The role of the US in verifying and supporting the coalition force increases reliability, but makes the whole program vulnerable to changes in Washington's policy and the US's willingness to adhere to this for a long time.

The fourth point concerns resources and capabilities.

Even if a political decision is made, such a force requires long-term funding and expensive capabilities (air defense, aviation, logistics, command and control, intelligence).

◼️Conclusion: it's a step forward, but not a ready-made solution.

This is a step forward in creating the conditions for lasting peace, because for the first time, "guarantees" are described as a system rather than general words.

But it is not yet a ready-made plan, because it lacks details: clear rules, real contributions from countries, the role of the US "in numbers and commitments," and understandable legal procedures.

This plan can also be called a step forward for European security because the document records a shift toward European leadership in "strong" security: Europe is taking on the role of organizer of the coalition and multinational force, while the US is defined as a key "anchor" in monitoring and support.

This is a change in logic - from "ask Washington" to "Europe acts, Washington reinforces."The statement was adopted by the following leaders and EU institutional heads: António Costa (President of the European Council), Ursula von der Leyen (President of the European Commission), Mette Frederiksen (Prime Minister of Denmark), Alexander Stubb (President of Finland), Emmanuel Macron (President of France), Friedrich Merz (Chancellor of Germany), Giorgia Meloni (Prime Minister of Italy),⤵️

Dick Schoof (Prime Minister of the Netherlands), Jonas Gahr Støre (Prime Minister of Norway), Donald Tusk (Prime Minister of Poland), Ulf Kristersson (Prime Minister of Sweden), and Keir Starmer (Prime Minister of the United Kingdom).

https://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/2025/12/15/leaders-statement-on-ukraine/


Book by Dani Rodrik: "Shared Prosperity in a Fractured World: A New Economics for the Middle Class, the Global Poor, and Our Climate", review by Christoph B. Rosenberg (IMF bullettin)

Throughout the book, Rodrik emphasizes experimentation over grand design

Listen with 
Speechify

Shared Prosperity in a Fractured World: A New Economics for the Middle Class, the Global Poor, and Our Climate
Dani Rodrik
Princeton University Press
Princeton, NJ, 2025, 280 pp., $27.95

The pillars of global economic thinking are wobbling. Voters around the world are no longer buying into the well-worn paradigms of the past 80 years, whether the free market Washington Consensus, the government-led Keynesian welfare state, or the rules-based liberal international order.  

Dani Rodrik’s Shared Prosperity in a Fractured World seeks to fill this void. Over eight well-argued chapters, the Harvard economist outlines a new approach to tackling what he identifies as the triple challenge of our day: restoring the middle class, addressing climate change, and reducing global poverty. Such ambition should be saluted, even if the book arguably falls short of developing a new narrative that will capture the imagination of anxious populations around the world.

Rodrik’s criticism of economic policies, especially those of the hyperglobalization period that followed the Cold War, is scathing and often to the point. Some global norms may have indeed taken too little account of developing economies’ needs, and unfettered financial flows may have done more harm than good. The guardians of the global economic order, including the IMF, have long recognized this problem and have adapted support programs to country circumstances (including social safety nets) or modified guidance on monetary and exchange rate policy (including capital controls). At the same time, certain economic truths will hold irrespective of national conditions—something the book could have emphasized equally. Persistent fiscal deficits or overvalued currencies, for example, will create problems down the road, no matter where or when.

When analyzing global cooperation—or the lack thereof—Rodrik focuses on the relationship between the United States and China, arguing that self-interested policies are not as detrimental as they may seem, and that the past focus on multilateral governance was misplaced. But what applies to these large and divergent economies may not be true for the rest of the world. Many countries in Europe and Asia have not given up on the old order and are seeking to preserve it on a regional level, for example through plurilateral trade agreements.

Rodrik is most convincing when he identifies a misguided fixation on manufacturing jobs as a costly mistake, in advanced and developing economies alike. The future, he argues convincingly, lies in enabling workers to take up well-paying jobs in services. To get there, Rodrik advocates a host of micro-level state interventions already proven to work, as illustrated by compelling examples from a public-private partnership in western Michigan to vegetable sellers in Colombias Bogotá. Throughout the book, he emphasizes experimentation over grand design and local over national—let alone global—solutions. 

Can such nitty-gritty long-term policies really address the malaise that has gripped so many people around the world and constitute a new progressive agenda,” as he claims? For starters, the book is largely silent on some key sources of anxieties today, such as migration flows, rising debt, and the rapid advance of artificial intelligence. Moreover, by framing his approach as an agenda for the Lefts return to power (notably in the United States), Rodrik unnecessarily risks politicizing his many sensible insights and solutions.

Developing a new economic consensus will take time. Yet it is a necessary endeavor: Policymaking that is entirely ad hoc and principle-free can hardly lead to a better world. Rodriks thought-provoking book makes a valuable contribution to a long-overdue debate.

CHRISTOPH ROSENBERG

CHRISTOPH B. ROSENBERG is a former deputy director of the IMF’s Communications Department.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...