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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

“A Paz como Projeto e Potência”, 4º seminário do Ciclo de debates sobre Paz e Guerra (Ateliê de Humanidades)

 

5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília, 8 dezembro 2025, 1 p. 

Nota para o 4º seminário do Ciclo de debates do Ateliê de Humanidades, sobre “Paz como projeto e potência”, com André Magnelli. Evento realizado em 18 de dezembro de 2025 (link: https://youtu.be/g2xfS4cngpI ; intervenções PRA a partir de 20:52 até 43:40, novamente de 55:23 a 1:10:19, e finalmente, de 1:20:54 a 1:32:18; encerramento de 1:34:29 a 1:41:12. Os textos de referência para este evento figuram no meu blog Diplomatizzando

A paz como projeto e potência, com André Magnelli e Paulo Roberto de Almeida (Biblio Maison)


Ciclo de Humanidades 2025 - 4º encontro - 18/12- A paz como projeto e potência, com André Magnelli e Paulo Roberto de Almeida: Escritório do Livro & BiblioMaison, 18/12/2025

QUARTO ENCONTRO DO CICLO DE HUMANIDADES 2025- 🕊️
A Paz como Projeto e Potência! 🌎

Acadêmicos, pesquisadores e todos os curiosos por um mundo mais justo! 🚨 O que é a Paz? Quais são os tipos e modos de sua realização? Podemos construir ativamente uma convivência justa e livre? 🤔

💬 Esses são alguns questionamentos do nosso quarto e último encontro do Ciclo de Humanidades 2025! Encerramos o ano nos concentrando na “pesquisa construtiva da paz”, que consiste na diminuição dos conflitos internacionais por meio de mecanismos cooperativos que fortaleçam um mundo comum – capazes, eventualmente, de gerar uma “paz perpétua” (Kant).

Em diálogo com pensadores como Kant, Paul Valéry, Norberto Bobbio, Hannah Arendt e Raymond Aron, pensaremos a paz não como uma realidade imposta pela impotência, mas sim como um projeto de potencialização, capaz de propiciar uma convivência satisfatória entre os povos da Terra.

Teremos a valiosa participação do diplomata e doutor em Ciências Sociais, Paulo Roberto de Almeida, e do sociólogo e curador do Ciclo, André Magnelli @magnelliandre , compondo nossa mesa redonda!

https://www.youtube.com/watch?v=g2xfS4cngpI



segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

A Paz como Projeto e Potência - Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

A Paz como Projeto e Potência 
Ciclo de debates do Ateliê de Humanidades
Dezembro 18, 2025

Projeto de paz não pode ser visto como um resultado da força bruta, ou seja, si vis pacem, para bellum.
A Potência é justamente o contrário da paz, pois pressupõe apenas uma paz armada, ou a preparação para a guerra. A paz precisa ser um projeto civilizatório com base nos pressupostos kantianos, ou seja, regimes constitucionais, repúblicas fundadas na lei e no Direito.
Estamos mais próximos da Guerra de Troia do que se pensa: fatores contingentes podem ser temporariamente poderosos, e redundar em desastres, mas fatores estruturais costumam ser determinantes em última instância, como acertaram, por metodologias diversas, Marx e Weber.
Raymond Aron tinha a exata noção do hasard et de la nécessité na condução dos assuntos de Estado, mas importantes em decisões tomadas em última instância por humanos, com capacidade limitada de informação.
Tampouco estamos muito longes da guerra do Peloponeso, genialmente descrita por Tucídides ao relatar os muitos erros diplomáticos de uma Atenas confiante, mas soberba, ante uma Esparta dotada da vontade dos autoritários. Mas há quem interprete a armadilha de Tucídides como se fosse um calcanhar de Aquiles inevitável, o que representaria cair numa espécie de mecanicismo que já esteve identificado com o determinismo histórico muito bem criticado por Popper, como uma falácia lógica.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8/12/2025
Para: “ Ciclo de Humanidades: ideias e debates em filosofia e ciências sociais, um espaço de reflexão, exposição e conversa sobre ideias, autores e temas clássicos e contemporâneos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Diálogos com Marco Aurélio Nogueira - Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia (IEPfD) e Ateliê de Humanidades

 Um programa exemplar:


"Diálogos com Marco Aurélio Nogueira" é um inovador programa de debates promovido pelo Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia (IEPfD) e pelo Ateliê de Humanidades. Neste espaço de reflexão, convidados especiais, como o ilustre Cristovam Buarque, ex-senador, governador e ministro da educação, são instigados a compartilhar suas percepções sobre questões contemporâneas que moldam nossa sociedade.

O programa aborda uma variedade de temas relevantes, desde as novas dinâmicas de relacionamento e família até os desafios da representação política, passando por questões como democracia digital, inteligência artificial, crises ambientais e tensões internacionais. O foco está em promover diálogos produtivos e criativos, livres de dogmas e narrativas restritivas, proporcionando uma compreensão ampla dos processos que influenciam nosso mundo atual.

Em meio a um cenário de polarizações e desafios para a democracia, "Diálogos com Marco Aurélio Nogueira" emerge como um farol de esperança, reiterando a importância do diálogo construtivo para navegar pelos tempos turbulentos que enfrentamos. Junte-se a nós nesta jornada de descoberta e debate, contribuindo para um futuro mais compreensivo e inclusivo.

**Não perca essa oportunidade de aprofundar seu entendimento sobre as forças que moldam nosso presente e futuro. Inscreva-se em nosso canal no YouTube [@iepfd](https://youtube.com/iepfd) e participe da conversa!**
João Rego – presidente
IEPfD | Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia.

Terei a chance, proximamente, de figurar numa dessas entrevistas da série de "Diálogos com Marco Aurélio Nogueira", que poderá ulteriormente ser seguido por meio deste link:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLZQlj-1Z3uuLPjPXcFVvFA6vxtWkGyjn9

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Intelectuais no plural: reconfigurações da sociologia dos intelectuais - Carlos Benedito Martins, Felipe Maia (orgs.) (Ateliê de Humanidades)

Intelectuais no plural: reconfigurações da sociologia dos intelectuais

Carlos Benedito Martins e Felipe Maia (orgs.)

[Pré-lançamento]
https://ateliedehumanidades.com/produto/intelectuais-no-plural/

O livro de referência sobre os intelectuais no mundo contemporâneo. Com capítulos de Dominik Želinský, Fernando Perlatto, Gil Eyal, Larissa Buchholz, Randall Collins, Patrick Baert, Marcus Morgan, Jeffrey C. Alexander, Stefanos Geroulanos, Gisèle Sapiro, Aurea Mota, Cristina Patriota de Moura, Michèle Lamont, Enio Passiani, Peter J. Verovšek e Jorge Chaloub.


Compra em pré-lançamento. Envio a partir de 17 de outubro.

Descrição
“A densidade atual das pesquisas sociológicas sobre os intelectuais reconfigurou o campo disciplinar. A amplitude do leque temático, o tratamento rigoroso, resultante de perspectivas analíticas variadas, ressurgem em reflexões diversificadas, visíveis na construção de novos objetos, no estabelecimento de relações entre fenômenos incomuns à tradição reconhecida, enfim, em visadas originais. A coletânea Intelectuais no plural enfrenta as questões mais relevantes da área, reveladas no conjunto das contribuições dispostas nas três sessões que organizam a obra: o movimento de transformação da disciplina, o debate sobre a intervenção e os intelectuais públicos, modelos de intelectuais e trajetórias exemplares. A contribuição desses estudos acompanha o movimento de mudança, que reverbera a complexidade da Sociologia contemporânea. Este é um livro incontornável; imprescindível e oportuno” (Maria Arminda do Nascimento Arruda – Professora Titular, USP)

Orelha
Figuras da modernidade, os intelectuais conformaram o nosso mundo, a nossa imaginação e a nossa crítica durante a maior parte do século XX – hoje dizemos que constituíram nações, uma expressão masculina da experiência humana e um limitado anticapitalismo. Nossa apreciação sobre o mundo e sobre o pensamento mudou, se tornou mais aguda ao longo do tempo e continua mudando. Nossas vidas são afetadas por novas articulações entre nacional e global, história e teoria, razão e liberdade, e conhecem uma reflexividade que desbordou a versão do intelectual sartreano, arauto solitário da verdade e da justiça. Hoje, diante das ameaças que pairam sobre a civilização que conhecemos, é preciso contar com intelectuais ajustados ao tamanho desse desafio: intelectuais coletivos, que associem treinamento acadêmico a outras dimensões, como a comunicação, a articulação política, a tradução cultural para diferentes públicos.

Essa agenda urgente merecia uma bússola, um instrumento de organização do debate sobre a história e as teorias referidas aos intelectuais – desafio aceito por Carlos Benedito Martins e Felipe Maia, que reúnem, em trabalho ímpar, 13 ensaios de 16 autores e autoras de distintas nacionalidades, formações e perspectivas. O livro está organizado em partes: a primeira, situa a questão dos intelectuais nos séculos XX e XXI e oferece um mapeamento conceitual dessa área de conhecimento no Brasil. A segunda acentua a perspectiva de uma “sociologia das intervenções”, discute os nexos entre performance e experiência intelectual, e reconstrói analiticamente a noção de intelectual público. Na terceira e última parte, são tratados deslocamentos espaço-epistêmicos do tema, contemplando modelos plurais de intelectuais com perspectivas inovadoras.

Este livro, bem concebido e muito útil, é um verdadeiro “achado”, fruto do trabalho consistente e meticuloso de dois pesquisadores do tema, sensíveis aos percursos da atividade intelectual em suas historicidades, em seus contextos temporais e espaciais. Mas é também uma aposta na organização do campo, no trabalho coletivo e no futuro bem-pensado (Maria Alice Rezende de Carvalho – Professora Titular, PUC-RJ)

O que especialistas disseram sobre o livro?
“Intelectuais no plural é uma sólida contribuição sobre o papel dos intelectuais, reunindo trabalhos que nos proporcionam um panorama abrangente de teorias, perspectivas históricas, performances e reflexões sobre os desafios contemporâneos” (Elisa Reis – Professora Titular, UFRJ)

“Revisitando questões chaves da Sociologia dos intelectuais e propondo perspectivas renovadas, esta obra é um convite para pensarmos histórias culturais e intelectuais plurais e inovadoras para a Sociologia e para o mundo contemporâneo” (Mariana Chaguri – Professora da UNICAMP)

“A crítica à ideia de missão dos intelectuais não basta para compreender as dinâmicas sociais complexas em que eles se inscrevem, particularmente em contextos periféricos. A sociologia dos intelectuais oferece uma chave para entender sociedade e política, e não apenas para descrever idiossincrasias desse grupo. Esta coletânea, ao tratar os intelectuais, dá um passo importante nesta direção” (André Botelho – Professor Titular, UFRJ)

“Eis um volume plural e fecundo sobre as principais correntes e argumentos interpretativos no domínio da sociologia dos intelectuais, o qual esmiúça tópicos incontornáveis – as abordagens em disputa acerca de uma sociologia dos intelectuais no Brasil, as contendas em torno das feições e do alcance do que se entende por intelectual público –, confronta autores e obras seminais sobre o tema (Randall Collins, Pierre Bourdieu, Jürgen Habermas), sem relegar contribuições recentes e criativas (Gisèle Sapiro e Michelle Lamont). Um livro oportuno, fluente, vivaz, obra de referência por não a­brir mão de perscrutar divergências” (Sergio Miceli – Professor Titular, USP)

Acesse uma amostra do livro aqui:
https://ateliedehumanidades.com/wp-content/uploads/2025/10/E-versao-amostra.-Intelectuais-no-plural-reconfiguracoes-da-sociologia-dos-intelectuais.pdf

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Livro: Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil - Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil

Paulo Roberto de Almeida 

(Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2025, 364 p.)

 Índice:

Prefácio
Fernando de Mello Barreto

A título de apresentação:
Uma nota pessoal sobre minhas afinidades eletivas

1. Uma história intelectual: paralelas que se cruzam
Por que uma história intelectual paralela?
Por que vidas paralelas numa história intelectual?
Quão “paralelos” são Rubens Ricupero e Celso Lafer?
A importância de Ricupero e de Lafer nas relações internacionais do Brasil
O sentido ético de uma vida dedicada à construção do Brasil

2. Rubens Ricupero: um projeto para o Brasil no mundo
Do Brás italiano para o Rio de Janeiro cosmopolita
Um começo desconcertante na vida diplomática
Uma carreira progressivamente ascendente, pela via amazônica
Afinidades eletivas com base no estudo do Brasil e no conhecimento do mundo
Professor de diplomatas e de universitários, no Instituto Rio Branco e na UnB
O assessor internacional e o Diário de Bordo da viagem de Tancredo Neves
O Brasil no sistema multilateral de comércio
O mais importante plano de estabilização da história econômica brasileira
Unctad: a batalha pela redução das desigualdades globais
Um pensador internacionalista, o George Kennan brasileiro
A figura incontornável de Rio Branco, o paradigma da ação diplomática
Brasil: um futuro pior que o passado?
O Brasil foi construído pela sua diplomacia? De certo modo, sim
Quais as grandes leituras de Rubens Ricupero?

3. Celso Lafer: um dos pais fundadores das relações internacionais no Brasil
A abertura de asas de um intelectual promissor
A tese de Cornell sobre o Plano de Metas de JK
Irredutível liberal: ensaios e desafios
As relações econômicas internacionais: reciprocidade de interesses
A trajetória de Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
Direitos humanos: a dimensão moral do trabalho intelectual
Um diálogo permanente com Hannah Arendt
Norberto Bobbio: afinidades eletivas com o sábio italiano
A aventura da revista Política Externa e seu papel no cenário editorial
A diplomacia na prática: a primeira experiência na chancelaria, 1992
A diplomacia na prática: a segunda experiência na chancelaria, 2001-2002
No templo dos imortais: “intelectual militante” e “observador participante”
O judaísmo laico de Lafer e a unidade espiritual do mundo de Zweig
Uma coletânea dos mais importantes artigos num amplo espectro intelectual

4. Paralelas convergentes: considerações finais
Bildung pessoal nas relações internacionais do Brasil
A dupla dimensão das vidas paralelas
Dois “professores” e não só de política externa
A République des Lettres do Itamaraty e dois dos seus representantes

Bibliografia

Disponível na Amazon (link) ou diretamente no Ateliê de Humanidades: 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil - novo livro de Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

 Oyez, oyez, citoyens, enfin prêt:


Meu livro "Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil", cuidadosamente revisto e editado pelo André Magnelli, da Editora Ateliê de Humanidades, ficou pronto e já está rodando nesse instante. Encomendas já podem ser feitas neste link:

https://ateliedehumanidades.com/produto/vidas-paralelas-rubens-ricupero-e-celso-lafer-nas-relacoes-internacionais-do-brasil-paulo-roberto-de-almeida/

Apresentação do Ateliê de Humanidades:

O diplomata Paulo Roberto de Almeida faz uma reconstrução das "vidas paralelas" de Rubens Ricupero e Celso Lafer, enquanto protagonistas da construção das relações internacionais do Brasil. Ao apresentar esses dois "diplomatas da inteligência", este livro nos fornece uma generosa fonte de formação intelectual, que trabalha, com competência, questões de direito, filosofia, história, ciência política, economia, comércio internacional, política exterior e relações internacionais. O leitor encontrará aqui não apenas um exposição detalhada das obras e ações de Ricupero e Lafer, como também uma visão acurada da história do Brasil contemporâneo, sobretudo no que diz respeito aos desafios que, ainda e sempre, enfrentamos na busca por uma inserção internacional autônoma.



Adquira já em pré-lançamento: 

Site: https://ateliedehumanidades.com/atelie-de-humanidades-editorial/ (frete frátis para compras a partir de 200,00)

Já disponível na Amazon:

Outros livros do Ateliê de Humanidades:

*

Autor: Paulo Roberto de Almeida
Formato: Brochura comum
ISBN: 978-65-86972-43-6
Prefácio: Fernando de Mello Barreto
Orelha: Gelson Fonseca Jr.
Coleção: Biblioteca do Pensamento Político
Páginas: 364 p.
Ano: 2025

Apresentação geral do livro neste link.

Artigo PRA no portal Interesse Nacional sobre o livro.



segunda-feira, 28 de julho de 2025

Paulo Roberto de Almeida: Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil (Ateliê de Humanidades)

Paulo Roberto de Almeida

Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil

(Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2025)

Sumário

PREFÁCIO – Fernando de Mello Barreto

A TÍTULO DE APRESENTAÇÃO: UMA NOTA PESSOAL SOBRE MINHAS AFINIDADES ELETIVAS

1. UMA HISTÓRIA INTELECTUAL: PARALELAS QUE SE CRUZAM
Por que uma história intelectual paralela?
Por que vidas paralelas numa história intelectual?
Quão “paralelos” são Rubens Ricupero e Celso Lafer?
A importância de Ricupero e de Lafer nas relações
internacionais do Brasil
O sentido ético de uma vida dedicada à construção do Brasil

2. RUBENS RICUPERO: UM PROJETO PARA O BRASIL NO MUNDO
Do Brás italiano para o Rio de Janeiro cosmopolita
Um começo desconcertante na vida diplomática
Uma carreira progressivamente ascendente, pela via amazônica
Afinidades eletivas com base no estudo do Brasil e no conhecimento do mundo
Professor de diplomatas e de universitários, no Instituto Rio Branco e na UnB
O assessor internacional e o Diário de Bordo da viagem de Tancredo Neves
O Brasil no sistema multilateral de comércio
O mais importante plano de estabilização da história econômica brasileira
UNCTAD: a batalha pela redução das desigualdades globais
Um pensador internacionalista, o George Kennan brasileiro
A figura incontornável de Rio Branco, o paradigma da ação diplomática
Brasil: um futuro pior que o passado?
O Brasil foi construído pela sua diplomacia? De certo modo, sim
Quais as grandes leituras de Rubens Ricupero?

3. CELSO LAFER: UM DOS PAIS FUNDADORES DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO BRASIL
A abertura de asas de um intelectual promissor
A tese de Cornell sobre o Plano de Metas de JK
Irredutível liberal: ensaios e desafios
As relações econômicas internacionais: reciprocidade de interesses
A trajetória de Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
Direitos humanos: a dimensão moral do trabalho intelectual
Um diálogo permanente com Hannah Arendt
Norberto Bobbio: afinidades eletivas com o sábio italiano
A aventura da revista Política Externa e seu papel no cenário editorial
A diplomacia na prática: a primeira experiência na chancelaria, 1992
A diplomacia na prática: a segunda experiência na chancelaria, 2001-2002
No templo dos imortais: “intelectual militante” e “observador participante”
O judaísmo laico de Lafer e a unidade espiritual do mundo de Zweig
Uma coletânea dos mais importantes artigos num amplo espectro intelectual

4. PARALELAS CONVERGENTES: CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bildung pessoal nas relações internacionais do Brasil
A dupla dimensão das vidas paralelas
Dois “professores” e não só de política externa
A République des Lettres do Itamaraty e dois dos seus representantes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Prefácio de Fernando de Mello Barreto

        Prefaciar obra a respeito de Rubens Ricupero e Celso Lafer, dois ícones, não apenas da política externa brasileira, mas de muitas outras áreas do cenário nacional, constitui enorme honra e imensa responsabilidade. Tanto o autor, Paulo Roberto de Almeida, meu amigo e colega de concurso para o Instituto Rio Branco, como eu temos tido o privilégio de conviver há décadas com os dois protagonistas deste livro.
Imagino que para Paulo, como ocorre comigo, a admiração por ambos os biografados pode nos impedir de manter a necessária isenção em obra destinada ao público. Por outro lado, essa convivência com Ricupero e Lafer nos proporcionou, ao longo doa anos, postos de observação destacados onde pudemos vê-los atuar e exibir muitas das qualidades que ambos os biografados compartilham, entre as quais a sabedoria, a erudição, a capacidade analítica, o incansável labor intelectual, a simplicidade, a gentileza no trato e as abundantes qualidades humanas de cada um. Paulo as chamou de “afinidades eletivas”. Aliás, não esconde sua admiração pelos “traços do caráter de cada um” de seus biografados.
        Cabe a mim, neste Prefácio, tarefa muito mais fácil do que a do autor pois ele se propôs a enfrentar o desafio de não apenas tratar de duas vidas paralelas, mas sobretudo o de analisar e comparar seus sofisticados pensamentos, influências recebidas bem como o impacto de cada um no pensamento brasileiro. Chamou seu trabalho de história intelectual que definiu como sendo “uma síntese tentativa do imenso volume de conhecimento que eles [Ricupero e Lafer] colocaram à disposição do público brasileiro”.
        Paulo dedicou a obra aos “jovens que sonham com uma carreira na diplomacia, ou mesmo aos simples curiosos pelas nossas relações internacionais” nas últimas décadas. Ao mesmo tempo, referiu-se a este livro como uma “homenagem especial a duas nobres personalidades”.
Na apresentação, Paulo Roberto de Almeida nota o papel dos intelectuais no Itamaraty, tendo destacado José Guilherme Merquior, diplomata cujo brilho intelectual também marcou sua vida, precocemente interrompida. De minha parte, ocorre-me recordar que, desde o início de sua era moderna, no Renascimento, a diplomacia atraiu escritores, entre os quais, Petrarca, Maquiavel, Bocaccio, Ronsard, Chaucer e Dante Alighieri. Haverá algo no trato diário dos temas internacionais que terá levado autores ligados à diplomacia a observar, informar, analisar, propor e expor ideias e pensamentos? Possivelmente sim, pois, como observou Matingly, a diplomacia sempre atraiu “mentes a curiosas e atentas” (Renaissance Diplomacy, Cape, Londres: 1955), p. 39-40).
        Com razão, Paulo afirma ser “assustador” o volume e a variedade da produção intelectual de cada um dos biografados. Reconhece terem partido de trajetórias pessoais distintas, mas nota que suas vidas se “cruzaram, se imbricaram e não mais se deligaram, nem se desfizeram”. Data esse encontro do início da década de 1990, quando ambos trabalhavam em Genebra. Devo dizer que testemunhei esse momento pois trabalhava com Lafer naquela cidade e, de vez em quando, presenciava também a atuação de Ricupero na chefia da UNCTAD. Recordo-me de relato que Lafer me fez de um encontro de ambos com um eminente rabino, ocasião em que trataram, entre outros temas, da literatura francesa contemporânea, numa clara demonstração da amplitude de interesses de ambos (e do visitante).
        Paulo Roberto de Almeida transcreve, ainda na apresentação, escritos de Lafer e de Ricupero sobre as semelhanças entre ambos, resumidos por este último como politicamente próximos por serem ambos “liberais com consciência social”, além de admiradores de autores como Isaiah Berlin, Bobbio, Hannah Arendt e Raymond Aron. De sua parte, Lafer refere-se a “afinidades intelectuais” que se traduziriam em uma “muito compartilhada visão sobre a inserção internacional do Brasil”.
        Não me cabe aqui senão expressar minha conclusão de ter Paulo Roberto de Almeida alcançado o objetivo de seu ambicioso projeto consistente em esmiuçar os pensamentos de Ricupero e de Lafer ao longo dos quatro capítulos de que se compõe o livro: o primeiro dedicado à análise aos paralelos das vidas intelectuais de cada um dos biografados; o segundo voltado exclusivamente à produção intelectual de Ricupero; o terceiro à de Lafer; e, por fim, o quarto, onde o biógrafo apresenta suas considerações finais sobre ambos os biografados, entre as quais aquelas à quais me referi acima no tocante aos traços de caráter de Ricupero e Lafer, nos quais se sobressai a “humildade e a bonomia” com que ambos tratam a todos.


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Lançamento em breve...

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Livro: Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil - Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

Um livro quase pronto, sendo ultimado para publicação:


Vidas Paralelas: Rubens Ricupero e Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
Paulo Roberto de Almeida

(Ateliê de Humanidades)

Índice

1. Prefácio

2. Uma história intelectual: paralelas que se cruzam
1. Uma nota pessoal sobre minhas afinidades eletivas
2. Por que uma história intelectual paralela?
3. Por que vidas paralelas numa história intelectual?
4. Quão “paralelos” são Rubens Ricupero e Celso Lafer?
5. A importância de Ricupero e de Lafer nas relações internacionais do Brasil
6. O sentido ético de uma vida dedicada à construção do Brasil

3. Rubens Ricupero: um projeto para o Brasil no mundo
1. Do Brás italiano para o Rio de Janeiro cosmopolita
2. Um começo desconcertante na vida diplomática
3. Uma carreira progressivamente ascendente, pela via amazônica
4. Afinidades eletivas com base no estudo do Brasil e no conhecimento do mundo
5. Professor de diplomatas e de universitários, no Instituto Rio Branco e na UnB
6. O assessor internacional e o Diário de Bordo da viagem de Tancredo Neves
7. O Brasil no sistema multilateral de comércio
8. O mais importante plano de estabilização da história econômica brasileira
9. Unctad: a batalha pela redução das desigualdades globais
10. Um pensador internacionalista, o George Kennan brasileiro
11. A figura incontornável de Rio Branco, o paradigma da ação diplomática
12. Brasil: um futuro pior que o passado?
13. O Brasil foi construído pela sua diplomacia? De certo modo, sim
14. Quais as grandes leituras de Rubens Ricupero?

4. Celso Lafer: um dos pais fundadores das relações internacionais no Brasil
1. A abertura de asas de um intelectual promissor
2. A tese de Cornell sobre o Plano de Metas de JK
3. Irredutível liberal: ensaios e desafios
4. As relações econômicas internacionais: reciprocidade de interesses
5. A trajetória de Celso Lafer nas relações internacionais do Brasil
6. Direitos humanos: a dimensão moral do trabalho intelectual
7. Um diálogo permanente com Hannah Arendt
8. Norberto Bobbio: afinidades eletivas com o sábio italiano
9. A aventura da revista Política Externa e seu papel no cenário editorial
10. A diplomacia na prática: a primeira experiência na chancelaria, 1992
11. A diplomacia na prática: a segunda experiência na chancelaria, 2001-2002
12. No templo dos imortais: um “intelectual militante” e um “observador participante”
13. O judaísmo laico de Lafer e a unidade espiritual do mundo de Zweig
14. Uma coletânea dos mais importantes artigos num amplo espectro intelectual

5. Paralelas convergentes: considerações finais

Produção relevante dos personagens, bibliografia geral e nota sobre o autor, e seus livros principais.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Ateliê de Humanidades: apresentação

 Ateliê de Humanidades 

Quem somos


Ateliê de Humanidades é uma instituição em rede de livre estudo, pesquisa, escrita e formação, voltada à produção e publicação de conhecimento em filosofia e ciências humanas, constituindo-se como  uma iniciativa ao mesmo tempo alternativa e complementar ao sistema formal de ensino superior. 

Alternativa porque não subordina a atividade intelectual às demandas burocráticas, ao estreitamento disciplinar, ao produtivismo acelerado e à corrida por posicionamento na carreira acadêmica. Complementar porque atende a demandas por aprofundamento de estudos, desenvolvimento de pesquisas e confecção de escrita por pessoas ligadas ou não a instituições de ensino superior. Desta forma, ele tem por proposta pedagógica uma orientação centrada na qualidade do processo tutorial (contínuo, próximo e dialógico) tendo em vista alcançar uma excelência do resultado. Para tanto, não exclui o acesso de pessoas sem titulação ou não familiarizadas com as práticas acadêmicas.

Ele é um empreendimento de profissionais das humanidades que, diagnosticando uma crise de nosso tempo, conceberam a criação de um espaço independente que busca excelência no trabalho intelectual. Orientados por uma ética do trabalho bem feito, somos um espaço que reivindica uma reapropriação do tempo próprio à experiência intelectual. Mais do que um nome, a noção de “ateliê” remete ao “artesanato intelectual” que caracteriza o exercício teórico-científico. Defendemos um tempo cadenciado para o pensamento e a pesquisa, tendo o intuito de criar uma atmosfera que incentive projetos vocacionados e experimentais, transpassando disciplinas, assumindo riscos e se orientando a refletir sobre questões locais e globais do tempo presente. Para tanto, constituimo-nos em proximidade a indivíduos, grupos e instituições, oferecendo serviços conectados a demandas advindas de experiências pessoais, práticas profissionais, demandas organizacionais e agendas públicas.

Direção

André Magnelli

Equipe Ateliê

Ane Magnelli
Cristián Jiménez
Lucas Faial Soneghet
Alberto L. C. de Farias
Emmanuel Rapizo Caldas
Marcos Lacerda
Sebastião Lindoberg da S. Campos

Contato

E-mail: ateliedehumanidades@gmail.com


Missão e valores

Uma instituição de livre estudo e pesquisa

Somos uma instituição de livre estudo, pesquisa, escrita e formação em filosofia e ciências humanas, constituindo-nos em uma iniciativa ao mesmo tempo alternativa e complementar ao sistema formal de ensino superior.

Uma renovação das humanidades pelo artesanato intelectual

Buscamos uma reapropriação do tempo cadenciado do pensamento. Mais do que um nome, “ateliê” remete a um “artesanato intelectual” que, com as inovações econômicas e tecnológicas atuais, ganha novas possibilidades e apela a uma renovação das humanidades.

Busca de excelência e vocação a mediar encontros, conexões e convergências

Estamos voltados à excelência em nosso ofício e vocacionados a ser um mediador entre o mundo acadêmico, a sociedade civil e o espaço público. Atuamos como realizadores de encontros, de conexões e de convergências entre empresas, profissionais, organizações, instituições, intelectuais, líderes e cidadãos.

Liberdade de pensamento, experimentação intelectual e reflexão sobre o presente

Propiciamos a criação de projetos livres, vocacionados e experimentais que transpassam disciplinas, assumem riscos e se orientam pelo tempo presente. Para tanto, fazemos projetos de pesquisa científica e nos orientamos para a inovação em tecnologia social e humana.

Uma república de ideias a serviço do público e da democracia

Guiamo-nos pela importância das ideias para a autonomia individual e a cultura democrática. Para isso, atuamos na promoção de esclarecimento sobre problemas (públicos e privados) e na proposição de agendas, reformas e soluções.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

80 Anos do Brasil na ONU: a história da diplomacia e de uma vida - Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

80 Anos do Brasil na ONU: a história da diplomacia e de uma vida

  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Publicado pelo Ateliê das Humanidades (31/01/2025; link: https://ateliedehumanidades.com/2025/01/31/80-anos-do-brasil-na-onu-a-historia-da-diplomacia-e-de-uma-vida/); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/127389171/4826_80_Anos_do_Brasil_na_ONU_a_hist%C3%B3ria_da_diplomacia_e_de_uma_vida_2025_).

  

Sumário: 

Introdução: da ordem mundial do segundo pós-guerra à desordem atual

O Brasil, presente na criação da ordem mundial contemporânea

Uma trajetória voltada para o estudo e a análise das relações internacionais

O Brasil na ONU durante a Guerra Fria: o desenvolvimento, no lugar da geopolítica imperial

Rupturas na diplomacia: o lulopetismo e o bolsonarismo na política externa

O Brasil na ONU e nas relações regionais na redemocratização da Nova República

O Brasil em face da fragmentação do multilateralismo e da segunda Guerra Fria

Uma relação sumária de minha produção intelectual

 

 

Introdução: da ordem mundial do segundo pós-guerra à desordem atual

    A Organização das Nações Unidas era considerada, até a emergência, confirmada, de uma “segunda Guerra Fria”, como o eixo central do multilateralismo contemporâneo, atualmente sendo abalada por novas fricções geopolíticas derivadas de uma fragmentação da atuação das instituições multilaterais e pela ascensão de potências desafiadoras da ordem mundial reconhecidamente ocidental criada nos estertores da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente a Rússia e a China. As tensões derivadas da vontade do neoczar Vladimir Putin de confirmar a preeminência imperial russa no seu entorno imediato (e mais além) e da pretensão do líder chinês Xi Jinping de unificar a RPC antes do final de seu terceiro mandato à frente da grande nação asiática, em 2027, estão alimentando um cenário de enfrentamentos localizados e generalizados entre as grandes potências, marginalizando o papel da ONU como cenário ideal para debates em torno das questões relevantes da governança global e comprometendo o futuro da cooperação multilateral em temas de paz e segurança, assim como nas demais vertentes do multilateralismo, sobretudo economia e direitos humanos. 

        No presente texto pretendo adotar um enfoque pessoal na análise sintética dos oitenta anos decorridos desde o surgimento da organização sucessora da frustrada Liga das Nações, a fundadora original do multilateralismo contemporâneo, e sobre o papel do Brasil nesse longo itinerário de construção de uma ordem global menos dominada pelo direito da força e mais influenciada pela força do Direito, como eram as expectativas criadas na conjuntura do final do maior conflito mundial, agora temporariamente substituídas pelo que se denominou, de forma imprecisa, como uma “segunda Guerra Fria”. Como se desempenhou a diplomacia do Brasil nesse período bastante prometedor, mas agora preocupante, em face de ameaças, antes impensáveis, de uso de armamento nuclear para “resolver” conflitos resultando de ambições expansionistas de um poder que se colocou à margem do Direito Internacional, violador dos próprios princípios que guiaram a construção da ordem mundial atualmente fraturada? Quais são os desafios que se colocam à política externa do Brasil nesse novo contexto de fraturas na ordem mundial que ela ajudou a criar nos seus primórdios, mas sempre com uma perspectiva crítica com respeito de suas insuficiências e deficiências quanto ao desenvolvimento?

(...)

Ler na íntegra, com a correção do segundo parágrafo (No presente texto pretendo...), neste link: 

https://www.academia.edu/127389171/4826_80_Anos_do_Brasil_na_ONU_a_hist%C3%B3ria_da_diplomacia_e_de_uma_vida_2025_

Anexo: 

1568. “As relações internacionais do Brasil numa era de fragmentação geopolítica”, Interação com o Ateliê das Humanidades (https://ateliedehumanidades.com/o-atelie-de-humanidades/), com a participação de André Magnelli, Lucas Fayal Soneghet e Paulo Martins, em 22/01. Disponível em 27/01/2025 no YouTube (https://youtu.be/wze6Rw3rPyE) e no (Spotify: https://open.spotify.com/episode/553PSG4fE9txXGjI1pHin4?si=15775e7121dd4bc6); disponível no blog Diplomatizzando (27/01/2025; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/01/as-relacoes-internacionais-do-brasil_27.html). Relação de Originais n. 4834.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

As relações internacionais do Brasil numa era de fragmentação geopolítica - Paulo Roberto de Almeida (Ateliê de Humanidades)

Convidado que fui pelo Ateliê das Humanidades pelo André Magnelli, Lucas Fayal Soneghet e Paulo Martins para uma conversa sobre a atualidade das relações internacionais, daí resultou uma gravação que agora está disponível no YouTube, como abaixo explicitado.

Os apressados, antes de ler a introdução que segue abaixo, podem ir diretamente ao link: https://youtu.be/wze6Rw3rPyE

Seja bem-vindo ao Conversas de Ateliê!

Na mesa temos Paulo Roberto de Almeida, Paulo Henrique Martins, André Magnelli e Lucas Faial Soneghet. Nosso convidado, Paulo Roberto de Almeida, foi diplomata de carreira entre 1977 e 2021, representando o Brasil ao redor do mundo, e é professor no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

No episódio de hoje, conversamos sobre o cenário de política internacional, com foco na posição do Brasil entre China e Estados Unidos. A política internacional no ano de 2024 foi, para dizer o mínimo, conturbada. Os conflitos no Oriente Médio entre Israel e o Hamas se estenderam por 15 meses até o cessar-fogo recentemente acordado no dia 19 de janeiro de 2025. Começando em outubro de 2023 quando 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram tomadas como reféns pelo Hamas, os conflitos transbordaram em ataques ao Irã e ao Líbano, visando atingir o grupo Hezbollah. Gaza, cenário da guerra, atualmente está em ruínas. Mais de 46 mil palestinos foram mortos durante as ações militares, segundo a o ministério da saúde de Gaza, enquanto as forças armadas israelenses contabilizam 17 mil mortes de combatentes palestinos e menos de 1 mil mortos de soldados israelenses. O cessar-fogo recente prevê a libertação gradual de reféns do Hamas e a retirada de tropas israelenses do território palestino.

Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou uma invasão militar na Ucrânia, começando um conflito bélico que no mês que vem completará três anos. A guerra arrasou a Ucrânia e criou milhares de refugiados na região. Em resposta à invasão russa, algumas nações ocidentais impuseram sanções contra Moscou que, posteriormente, fechou um de seus principais gasodutos na Europa. Ao longo dos meses, com sanções, posicionamentos e políticas humanitárias, o conflito dividiu nações e opiniões ao redor do mundo e tem sido chamado de o maior e mais mortal desde a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que cerca de 8 milhões de ucranianos deixaram o país, enquanto outros 8 milhões foram deslocados internamente. Atualmente, cerca de 20% do território ucraniano permanece sob ocupação russa.

Nas Américas, Donald Trump está de volta após Joe Biden, seu antecessor, decidir não concorrer para reeleição e apoiar a candidatura da democrata Kamala Harris. O processo foi controverso e tenso, redundando em uma vitória marcante para o republicano, que alcançou a maioria dos votos populares e vantagens claras nos principais estados. A campanha contou com apoio direto de Elon Musk, dono da rede social X e atualmente encarregado do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump. No discurso de posse dado no dia 20 de janeiro de 2025, Trump anunciou a revogação de 78 ordens da gestão anterior, a retirada dos EUA do Acordo de Paris, que versa sobre a redução da emissão de gases de efeito estufa, perdão aos invasores do Capitólio em 2021, o fim das políticas de ação afirmativa e diversidade no governo e o fim do uso do termo “gênero” nos documentos e registros oficiais do país, que deverão usar a palavra “sexo” e conter somente as opções “masculino” e “feminino”.

Para o Brasil, a eleição de Trump significa um novo cenário de polarização internacional. A diplomacia brasileira terá de se equilibrar entre a China, destino da maioria das suas exportações e grande investidora na América Latina, e os EUA, que busca retomar sua influência histórica no continente americano.

Tópicos discutidos: Política Internacional; Globalização; Brasil; China; Estados Unido

Vamos conversar? 

No Youtube: https://youtu.be/wze6Rw3rPyE

No Spotify: https://open.spotify.com/episode/553PSG4fE9txXGjI1pHin4?si=15775e7121dd4bc6

Fontes:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5y7g25yljyo

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/10/07/guerra-em-gaza-israel-soldados-palestina.ghtml

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cnlnngrzzzeo

https://veja.abril.com.br/mundo/linha-do-tempo-da-guerra-na-ucrania-relembre-o-que-aconteceu-em-um-ano


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