80 Anos do Brasil na ONU: a história da diplomacia e de uma vida
Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Publicado pelo Ateliê das Humanidades (31/01/2025; link: https://ateliedehumanidades.com/2025/01/31/80-anos-do-brasil-na-onu-a-historia-da-diplomacia-e-de-uma-vida/); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/127389171/4826_80_Anos_do_Brasil_na_ONU_a_hist%C3%B3ria_da_diplomacia_e_de_uma_vida_2025_).
Sumário:
Introdução: da ordem mundial do segundo pós-guerra à desordem atual
O Brasil, presente na criação da ordem mundial contemporânea
Uma trajetória voltada para o estudo e a análise das relações internacionais
O Brasil na ONU durante a Guerra Fria: o desenvolvimento, no lugar da geopolítica imperial
Rupturas na diplomacia: o lulopetismo e o bolsonarismo na política externa
O Brasil na ONU e nas relações regionais na redemocratização da Nova República
O Brasil em face da fragmentação do multilateralismo e da segunda Guerra Fria
Uma relação sumária de minha produção intelectual
Introdução: da ordem mundial do segundo pós-guerra à desordem atual
A Organização das Nações Unidas era considerada, até a emergência, confirmada, de uma “segunda Guerra Fria”, como o eixo central do multilateralismo contemporâneo, atualmente sendo abalada por novas fricções geopolíticas derivadas de uma fragmentação da atuação das instituições multilaterais e pela ascensão de potências desafiadoras da ordem mundial reconhecidamente ocidental criada nos estertores da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente a Rússia e a China. As tensões derivadas da vontade do neoczar Vladimir Putin de confirmar a preeminência imperial russa no seu entorno imediato (e mais além) e da pretensão do líder chinês Xi Jinping de unificar a RPC antes do final de seu terceiro mandato à frente da grande nação asiática, em 2027, estão alimentando um cenário de enfrentamentos localizados e generalizados entre as grandes potências, marginalizando o papel da ONU como cenário ideal para debates em torno das questões relevantes da governança global e comprometendo o futuro da cooperação multilateral em temas de paz e segurança, assim como nas demais vertentes do multilateralismo, sobretudo economia e direitos humanos.
No presente texto pretendo adotar um enfoque pessoal na análise sintética dos oitenta anos decorridos desde o surgimento da organização sucessora da frustrada Liga das Nações, a fundadora original do multilateralismo contemporâneo, e sobre o papel do Brasil nesse longo itinerário de construção de uma ordem global menos dominada pelo direito da força e mais influenciada pela força do Direito, como eram as expectativas criadas na conjuntura do final do maior conflito mundial, agora temporariamente substituídas pelo que se denominou, de forma imprecisa, como uma “segunda Guerra Fria”. Como se desempenhou a diplomacia do Brasil nesse período bastante prometedor, mas agora preocupante, em face de ameaças, antes impensáveis, de uso de armamento nuclear para “resolver” conflitos resultando de ambições expansionistas de um poder que se colocou à margem do Direito Internacional, violador dos próprios princípios que guiaram a construção da ordem mundial atualmente fraturada? Quais são os desafios que se colocam à política externa do Brasil nesse novo contexto de fraturas na ordem mundial que ela ajudou a criar nos seus primórdios, mas sempre com uma perspectiva crítica com respeito de suas insuficiências e deficiências quanto ao desenvolvimento?
(...)
Ler na íntegra, com a correção do segundo parágrafo (No presente texto pretendo...), neste link:
Anexo:
1568. “As relações internacionais do Brasil numa era de fragmentação geopolítica”, Interação com o Ateliê das Humanidades (https://ateliedehumanidades.com/o-atelie-de-humanidades/), com a participação de André Magnelli, Lucas Fayal Soneghet e Paulo Martins, em 22/01. Disponível em 27/01/2025 no YouTube (https://youtu.be/wze6Rw3rPyE) e no (Spotify: https://open.spotify.com/episode/553PSG4fE9txXGjI1pHin4?si=15775e7121dd4bc6); disponível no blog Diplomatizzando (27/01/2025; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/01/as-relacoes-internacionais-do-brasil_27.html). Relação de Originais n. 4834.
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