O Brasil é um dos poucos paises que pretende desafiar varias leis economicas, leis da física e ate simples regras de bom senso.
Estou tentando elaborar uma teoria da jabuticaba, e dedico-me a recolher "causos" interessantes.
Um dos grandes fabricantes de jabuticaba nacional é o deputado Aldo Rebelo, com vários projetos estapafurdios:
1) PL. 4502/1994 - Proíbe a adoção, pelos órgãos públicos, de inovação tecnológica poupadora de mão-de-obra (sic).
2)PL. 4224/1998 - Proíbe a instalação de bombas de auto-serviço nos postos de abastecimento de combustíveis;
3)PL. 2867/2000 - Proíbe a instalação de catracas eletrônicas ou assemelhados nos veículos de transporte coletivos;
Vale a pena ler para refletir sobre suas consequencias econômicas...
Seria interessante que uma alma abnegada, que frequenta esta lista, pudesse ver o estado atual de tramitação desses PLs...
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 15 de agosto de 2009
1284) Programa entre MDIC e MEC financia pesquisa sobre comércio exterior
Ainda estou aguardando o regulamento de funcionamento desse programa, que solicitei pelos e-mails indicados no texto.
Paulo Roberto de Almeida
Programa entre MDIC e MEC financia pesquisa sobre comércio exterior
04/08/2009
Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e da Educação, Fernando Haddad, lançam nesta quarta-feira (5/8), às 9h, no Ministério da Educação (MEC), o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa em Desenvolvimento e Promoção do Comércio Exterior (Pró-comex), que vai financiar seis projetos de pesquisa de cursos de pós-graduação graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), cujo tema central seja o comércio exterior brasileiro.
O convênio será firmado entre a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do MEC e prevê que cada uma dos projetos acadêmicos selecionados pelo Pró-comex poderá receber até R$ 75 mil por ano, em até quatro anos, totalizando um valor máximo de R$ 300 mil. Esses valores cobrem bolsas de mestrado e doutorado, material de pesquisa e viagens. Os projetos selecionados têm até cinco anos para serem executados.
Para o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, que é também professor da área, o Pró-comex é um mecanismo de estímulo à produção de pesquisas científicas, mercadológicas e tecnológicas de temas ligados ao comércio exterior. “Com esse programa vamos incentivar a formação de recursos humanos pós-graduados nessa matéria, contribuindo, assim, para o desenvolvimento e a consolidação do pensamento estratégico do comércio exterior brasileiro”, disse.
Os temas prioritários para a seleção dos projetos de pesquisa financiados pelo Pró-comex serão: cenários de oportunidades comerciais; desenvolvimento de bens e serviços com vistas ao mercado internacional; instrumentos de apoio e de promoção do comércio exterior; negociações internacionais; logística do comércio exterior; regulação do comércio internacional; políticas de defesa comercial; associativismo para a exportação; inserção das pequenas empresas no comércio internacional; planejamento e internacionalização de empresas face à legislação, tributos, barreiras, cultura e procedimentos administrativos.
Bolsas
Podem participar da seleção de projetos para o Pró-comex alunos de instituições públicas e privadas brasileiras. Essas instituições, no entanto, obrigatoriamente deverão possuir cursos de pós-graduação stricto sensu, reconhecidos pelo MEC, em áreas de concentração ou linhas de pesquisa em comércio exterior ou relacionadas ao comércio exterior.
Para concorrer à bolsa, os pesquisadores devem enviar uma cópia do projeto para a Capes/Coordenação de Programas Especiais/Programa Pró-Comex, Caixa Postal 365, CEP 70359-970, Brasília-DF.
Para mais detalhes sobre o programa:
Coordenação de Programas Especiais da Capes
Telefone: (61) 2104 8806
Fax :(061) 3322-9359
cpe@capes.gov.br
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2109.7190 e 2109.7198
Rachel Porfírio
Paulo Roberto de Almeida
Programa entre MDIC e MEC financia pesquisa sobre comércio exterior
04/08/2009
Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e da Educação, Fernando Haddad, lançam nesta quarta-feira (5/8), às 9h, no Ministério da Educação (MEC), o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa em Desenvolvimento e Promoção do Comércio Exterior (Pró-comex), que vai financiar seis projetos de pesquisa de cursos de pós-graduação graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), cujo tema central seja o comércio exterior brasileiro.
O convênio será firmado entre a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do MEC e prevê que cada uma dos projetos acadêmicos selecionados pelo Pró-comex poderá receber até R$ 75 mil por ano, em até quatro anos, totalizando um valor máximo de R$ 300 mil. Esses valores cobrem bolsas de mestrado e doutorado, material de pesquisa e viagens. Os projetos selecionados têm até cinco anos para serem executados.
Para o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, que é também professor da área, o Pró-comex é um mecanismo de estímulo à produção de pesquisas científicas, mercadológicas e tecnológicas de temas ligados ao comércio exterior. “Com esse programa vamos incentivar a formação de recursos humanos pós-graduados nessa matéria, contribuindo, assim, para o desenvolvimento e a consolidação do pensamento estratégico do comércio exterior brasileiro”, disse.
Os temas prioritários para a seleção dos projetos de pesquisa financiados pelo Pró-comex serão: cenários de oportunidades comerciais; desenvolvimento de bens e serviços com vistas ao mercado internacional; instrumentos de apoio e de promoção do comércio exterior; negociações internacionais; logística do comércio exterior; regulação do comércio internacional; políticas de defesa comercial; associativismo para a exportação; inserção das pequenas empresas no comércio internacional; planejamento e internacionalização de empresas face à legislação, tributos, barreiras, cultura e procedimentos administrativos.
Bolsas
Podem participar da seleção de projetos para o Pró-comex alunos de instituições públicas e privadas brasileiras. Essas instituições, no entanto, obrigatoriamente deverão possuir cursos de pós-graduação stricto sensu, reconhecidos pelo MEC, em áreas de concentração ou linhas de pesquisa em comércio exterior ou relacionadas ao comércio exterior.
Para concorrer à bolsa, os pesquisadores devem enviar uma cópia do projeto para a Capes/Coordenação de Programas Especiais/Programa Pró-Comex, Caixa Postal 365, CEP 70359-970, Brasília-DF.
Para mais detalhes sobre o programa:
Coordenação de Programas Especiais da Capes
Telefone: (61) 2104 8806
Fax :(061) 3322-9359
cpe@capes.gov.br
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2109.7190 e 2109.7198
Rachel Porfírio
1283) Sobre o MST e assemelhados
Esta semana, o noticiário corriqueiro, digamos assim, foi dominado por engarrafamentos gigantescos em São Paulo e Brasilia (e provavelmente em outras capitais também) decorrentes de manifestações do MST e associados, para protestar contra a não reforma agrária do governo e outros temas que têm pouco a ver com a reforma agrária.
Não vou falar dos engarrafamentos, o que por si só justificaria medidas de ordem pública contrárias a esse tipo de manifestações -- afinal, o número de prejudicados e os prejuizos financeiros decorrentes desses engarrafamentos recomendaria sua contenção -- mas da própria organização que os liderou.
Talvez se pudesse começar explicando a etimologia, ou a anatomia, do MST.
Não se trata propriamente de um movimento, pois sua natureza para-militar o aproxima mais de um partido político, de tipo neobolchevique.
Não creio tampouco que se trata de "trabalhadores", pelo menos não no sentido marxista do termo. A maior parte é composta de desempregados, próximos daquilo que Marx chamaria de "lumpenprolatariat", ou talvez até de lumpesinato, mas muitos deles nunca foram camponeses, nem têm a intenção de se tornar camponeses, com terra ou sem terra. São mais uma massa de manobra dos dirigentes desse partido político organizado quase como uma brigada militar, que vivem de dinheiro do MST -- que este recebe da suposta sociedade civil, mais exatamente de outras ONGs, que por sua vez sobrevivem de dinheiro público ou de doações de ONGs internacionais extremamente ingênuas, pois que acreditam que o MST está interessado em reforma agrária.
Grande parte da massa de manobra do MST sobrevive de transferência de cestas básicas, direta ou indiretamente enviadas pelo Ministério do MST, perdão, do Dsenvolvimento Agrário, mas que é na verdade uma sucursal do MST, assim como o INCRA e diversas outras agências supostamente civis.
Por fim, a última coisa que o MST pretende ter é terra, ou fazer a reforma agrária.
Como partido neobolchevique que é, pretende fazer a revolução, derrubar o Estado burguês e implantar o socialismo, no velho estilo do início do século 20, aquele dos filmes ainda em preto e branco e mudos. Esse é o tempo do MST, ou talvez até mesmo um pouco mais atrás, o dos movimentos milenaristas de séculos anteriores.
Com a diferença, claro, que o MST emprega táticas experimentas pelos movimentos insurrecionais ao longo do século 20, e prepara sua massa de manobra em sessões de lavagem cerebral que eles chamam de escolas do MST.
Pode ser que outras pessoas tenham outras opiniões sobre o MST, mas acho que elas pecam por ingenuidade político, ignorância, ou ambos...
Paulo Roberto de Almeida
Não vou falar dos engarrafamentos, o que por si só justificaria medidas de ordem pública contrárias a esse tipo de manifestações -- afinal, o número de prejudicados e os prejuizos financeiros decorrentes desses engarrafamentos recomendaria sua contenção -- mas da própria organização que os liderou.
Talvez se pudesse começar explicando a etimologia, ou a anatomia, do MST.
Não se trata propriamente de um movimento, pois sua natureza para-militar o aproxima mais de um partido político, de tipo neobolchevique.
Não creio tampouco que se trata de "trabalhadores", pelo menos não no sentido marxista do termo. A maior parte é composta de desempregados, próximos daquilo que Marx chamaria de "lumpenprolatariat", ou talvez até de lumpesinato, mas muitos deles nunca foram camponeses, nem têm a intenção de se tornar camponeses, com terra ou sem terra. São mais uma massa de manobra dos dirigentes desse partido político organizado quase como uma brigada militar, que vivem de dinheiro do MST -- que este recebe da suposta sociedade civil, mais exatamente de outras ONGs, que por sua vez sobrevivem de dinheiro público ou de doações de ONGs internacionais extremamente ingênuas, pois que acreditam que o MST está interessado em reforma agrária.
Grande parte da massa de manobra do MST sobrevive de transferência de cestas básicas, direta ou indiretamente enviadas pelo Ministério do MST, perdão, do Dsenvolvimento Agrário, mas que é na verdade uma sucursal do MST, assim como o INCRA e diversas outras agências supostamente civis.
Por fim, a última coisa que o MST pretende ter é terra, ou fazer a reforma agrária.
Como partido neobolchevique que é, pretende fazer a revolução, derrubar o Estado burguês e implantar o socialismo, no velho estilo do início do século 20, aquele dos filmes ainda em preto e branco e mudos. Esse é o tempo do MST, ou talvez até mesmo um pouco mais atrás, o dos movimentos milenaristas de séculos anteriores.
Com a diferença, claro, que o MST emprega táticas experimentas pelos movimentos insurrecionais ao longo do século 20, e prepara sua massa de manobra em sessões de lavagem cerebral que eles chamam de escolas do MST.
Pode ser que outras pessoas tenham outras opiniões sobre o MST, mas acho que elas pecam por ingenuidade político, ignorância, ou ambos...
Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
1282) Premio Funag ($$$$): sobre o Peru atual e futuro
Acham que estão inflacionando o mercado, com esses prêmios fabulosos. Em todo caso, vale a pena tentar, quem puder.
O Edital da Funag está neste link.
EDITAL DO PRÊMIO AMÉRICA DO SUL
A FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO - FUNAG, fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores - MRE, com sede no Anexo II, Térreo, sala 1, Edifício do MRE, em Brasília, CNPJ nº 00.662.197/0001-24, doravante denominada FUNAG, representada por seu Presidente, Embaixador JERONIMO MOSCARDO, torna público aos interessados o Edital contendo o regulamento para outorga aos autores vencedores do PRÊMIO AMÉRICA DO SUL, edição 2009, ao amparo do disposto no § 4º do art. 22 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, mediante as seguintes cláusulas e condições:
1. DO OBJETO
1.1. Constitui objeto deste Concurso selecionar 03 (três) monografias dispondo sobre o tema “Peru: Evolução Recente e Futura”.
2. DO PRÊMIO
2.1. Ao autor da monografia vencedora será outorgado o prêmio no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais); ao autor da segunda monografia colocada será outorgado o prêmio no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); ao autor da terceira monografia colocada será outorgado o prêmio no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Dos valores dos prêmios serão deduzidos impostos, taxas e demais descontos previstos na legislação vigente pertinente à espécie.
2.2. A dotação orçamentária financeira para a cobertura das despesas decorrentes da outorga do Prêmio de que trata este Edital correrá à conta dos recursos da FUNAG, Programa de Trabalho 07573127923670001, Elemento de Despesa 339031, Fonte de Recurso 0100, e serão emitidas Notas de Empenho.
3. DA BANCA JULGADORA
3.1. Uma Banca Julgadora, cuja composição será objeto de Portaria, avaliará a relevância do conteúdo dos trabalhos, e selecionará as três monografias a serem premiadas, mediante os seguintes critérios:
a) originalidade;
b) criatividade;
c) adequação da linguagem à norma culta do idioma português;
d) grau de conhecimento sobre o objeto da monografia;
3.1.1. A Banca Julgadora deverá resguardar a identificação dos candidatos durante o processo de correção ou de revisão das monografias.
3.2. As recomendações para a outorga dos prêmios deverão ser assinadas por todos os integrantes da Banca Julgadora.
3.3. A avaliação da Banca Julgadora será irrecorrível.
4. DAS CONDIÇÕES
4.1. Poderão participar do Concurso cidadãos de países sul-americanos, e não haverá exigência de nível de escolaridade.
4.2. A monografia deverá ser escrita no idioma – Português/Brasil, e deverá ser, obrigatoriamente, inédita. Entende-se por inédito o trabalho não editado e não publicado (parcialmente ou em sua totalidade) em antologias, coletâneas, suplementos literários, jornais, revistas ou por qualquer outro meio de comunicação.
4.3. Não serão aceitas ilustrações e/ou fotografias no corpo da monografia.
4.4. O candidato deverá apresentar à FUNAG 02 (dois) exemplares da monografia, um em versão impressa, e o outro em versão magnética (CD).
4.5. A monografia deverá ser elaborada com o mínimo de 30 (trinta) laudas e máximo de 40 (quarenta) laudas, as quais deverão respeitar as seguintes especificações:
a) margens superior e inferior: 2,5cm;
b) margens laterais: 3,0cm;
c) espaçamento entre linhas: 1,5;
d) fonte: Times New Roman, tamanho 12;
e) papel: tamanho A-4.
4.6. Os exemplares das monografias deverão ser entregues impreterivelmente, até o dia 01 de setembro de 2009, às 17hs, da seguinte forma:
I – Na sede da FUNAG sito Esplanada dos Ministérios, Bloco “H”, Anexo II – Térreo – Sala 1 – Brasília – DF, Ministério das Relações Exteriores, no Setor de Protocolo, que entregará o respectivo recibo ao candidato, ou;
II – pelo correio, pelo sistema AR (Aviso de Recebimento), com a indicação Prêmio América do Sul 2009, no envelope, para o seguinte endereço:
Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG
Esplanada dos Ministérios – Bloco H
Anexo II – Térreo – Sala 1 - Ministério das Relações Exteriores
70.170-900 – Brasília – DF
4.6.1. Somente poderão concorrer as monografias que forem recebidas pelo Setor de Protocolo da FUNAG até a data mencionada no subitem 4.6. do presente Edital.
4.7. As monografias deverão ser entregues em um envelope lacrado contendo na parte do destinatário apenas a indicação “Prêmio América do Sul - 2009” e o título da monografia, bem como na parte do remetente terá que ser identificado apenas o pseudônimo adotado pelo candidato.
4.7.1. Dentro do envelope constante do subitem 4.7, terá que ser encaminhada uma sobrecarta lacrada contendo por fora o título da monografia e o pseudônimo, e em seu interior as seguintes informações:
título da monografia; pseudônimo, com o respectivo nome completo do autor; dados bancários; cópia do documento de identidade; cópia do CPF, cópia do passaporte (se estrangeiro); e contatos (endereço completo, com o CEP, telefones com DDD ou DDI, e e-mail) e Declaração de cessão de direitos autorais/patrimoniais, já assinadas pelos autores, conforme o modelo do anexo I.
4.7.1.2. As sobrecartas contendo a identificação dos autores somente serão abertas após o julgamento final das monografias, em local, data e horário a serem divulgados ao público em geral, por intermédio do site da FUNAG (endereço na internet: www.funag.gov.br), no dia 16 de outubro.
4.8. O resultado final do julgamento será publicado no Diário Oficial da União e disponibilizado no site da Fundação Alexandre de Gusmão até o dia 30 de outubro de 2009.
4.9. Serão desconsideradas as inscrições que não estiverem em conformidade com o disposto neste Edital.
5. DA DIVULGAÇÃO E DA ENTREGA DO PRÊMIO
5.1. A outorga do Prêmio América do Sul – 2009, se dará em data e o local a serem definidos pela Fundação Alexandre de Gusmão e informada aos vencedores.
5.2. Os vencedores, em primeiro segundo e terceiro lugares, do Prêmio, quando não residirem na cidade de entrega do Prêmio, receberão passagem aérea de ida e volta hospedagem, alimentação e traslado (aeroporto/hotel/aeroporto e hotel/local da entrega do Prêmio/Hotel).
6. DISPOSIÇÕES FINAIS
6.1. O presente Edital ficará à disposição dos interessados na FUNAG, no endereço constante do inciso I do subitem 4.6., e em sua página na Internet, cujo endereço é www.funag.gov.br.
6.2. Os casos omissos serão dirimidos pela Banca Julgadora, constante deste Edital.
6.3. As solicitações de esclarecimentos adicionais deverão ser formalizadas pelo e-mail
funag@mre.gov.br, ou por carta para o endereço constante do inciso II do subitem 4.6.
JERONIMO MOSCARDO
Presidente
O Edital da Funag está neste link.
EDITAL DO PRÊMIO AMÉRICA DO SUL
A FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO - FUNAG, fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores - MRE, com sede no Anexo II, Térreo, sala 1, Edifício do MRE, em Brasília, CNPJ nº 00.662.197/0001-24, doravante denominada FUNAG, representada por seu Presidente, Embaixador JERONIMO MOSCARDO, torna público aos interessados o Edital contendo o regulamento para outorga aos autores vencedores do PRÊMIO AMÉRICA DO SUL, edição 2009, ao amparo do disposto no § 4º do art. 22 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, mediante as seguintes cláusulas e condições:
1. DO OBJETO
1.1. Constitui objeto deste Concurso selecionar 03 (três) monografias dispondo sobre o tema “Peru: Evolução Recente e Futura”.
2. DO PRÊMIO
2.1. Ao autor da monografia vencedora será outorgado o prêmio no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais); ao autor da segunda monografia colocada será outorgado o prêmio no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); ao autor da terceira monografia colocada será outorgado o prêmio no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Dos valores dos prêmios serão deduzidos impostos, taxas e demais descontos previstos na legislação vigente pertinente à espécie.
2.2. A dotação orçamentária financeira para a cobertura das despesas decorrentes da outorga do Prêmio de que trata este Edital correrá à conta dos recursos da FUNAG, Programa de Trabalho 07573127923670001, Elemento de Despesa 339031, Fonte de Recurso 0100, e serão emitidas Notas de Empenho.
3. DA BANCA JULGADORA
3.1. Uma Banca Julgadora, cuja composição será objeto de Portaria, avaliará a relevância do conteúdo dos trabalhos, e selecionará as três monografias a serem premiadas, mediante os seguintes critérios:
a) originalidade;
b) criatividade;
c) adequação da linguagem à norma culta do idioma português;
d) grau de conhecimento sobre o objeto da monografia;
3.1.1. A Banca Julgadora deverá resguardar a identificação dos candidatos durante o processo de correção ou de revisão das monografias.
3.2. As recomendações para a outorga dos prêmios deverão ser assinadas por todos os integrantes da Banca Julgadora.
3.3. A avaliação da Banca Julgadora será irrecorrível.
4. DAS CONDIÇÕES
4.1. Poderão participar do Concurso cidadãos de países sul-americanos, e não haverá exigência de nível de escolaridade.
4.2. A monografia deverá ser escrita no idioma – Português/Brasil, e deverá ser, obrigatoriamente, inédita. Entende-se por inédito o trabalho não editado e não publicado (parcialmente ou em sua totalidade) em antologias, coletâneas, suplementos literários, jornais, revistas ou por qualquer outro meio de comunicação.
4.3. Não serão aceitas ilustrações e/ou fotografias no corpo da monografia.
4.4. O candidato deverá apresentar à FUNAG 02 (dois) exemplares da monografia, um em versão impressa, e o outro em versão magnética (CD).
4.5. A monografia deverá ser elaborada com o mínimo de 30 (trinta) laudas e máximo de 40 (quarenta) laudas, as quais deverão respeitar as seguintes especificações:
a) margens superior e inferior: 2,5cm;
b) margens laterais: 3,0cm;
c) espaçamento entre linhas: 1,5;
d) fonte: Times New Roman, tamanho 12;
e) papel: tamanho A-4.
4.6. Os exemplares das monografias deverão ser entregues impreterivelmente, até o dia 01 de setembro de 2009, às 17hs, da seguinte forma:
I – Na sede da FUNAG sito Esplanada dos Ministérios, Bloco “H”, Anexo II – Térreo – Sala 1 – Brasília – DF, Ministério das Relações Exteriores, no Setor de Protocolo, que entregará o respectivo recibo ao candidato, ou;
II – pelo correio, pelo sistema AR (Aviso de Recebimento), com a indicação Prêmio América do Sul 2009, no envelope, para o seguinte endereço:
Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG
Esplanada dos Ministérios – Bloco H
Anexo II – Térreo – Sala 1 - Ministério das Relações Exteriores
70.170-900 – Brasília – DF
4.6.1. Somente poderão concorrer as monografias que forem recebidas pelo Setor de Protocolo da FUNAG até a data mencionada no subitem 4.6. do presente Edital.
4.7. As monografias deverão ser entregues em um envelope lacrado contendo na parte do destinatário apenas a indicação “Prêmio América do Sul - 2009” e o título da monografia, bem como na parte do remetente terá que ser identificado apenas o pseudônimo adotado pelo candidato.
4.7.1. Dentro do envelope constante do subitem 4.7, terá que ser encaminhada uma sobrecarta lacrada contendo por fora o título da monografia e o pseudônimo, e em seu interior as seguintes informações:
título da monografia; pseudônimo, com o respectivo nome completo do autor; dados bancários; cópia do documento de identidade; cópia do CPF, cópia do passaporte (se estrangeiro); e contatos (endereço completo, com o CEP, telefones com DDD ou DDI, e e-mail) e Declaração de cessão de direitos autorais/patrimoniais, já assinadas pelos autores, conforme o modelo do anexo I.
4.7.1.2. As sobrecartas contendo a identificação dos autores somente serão abertas após o julgamento final das monografias, em local, data e horário a serem divulgados ao público em geral, por intermédio do site da FUNAG (endereço na internet: www.funag.gov.br), no dia 16 de outubro.
4.8. O resultado final do julgamento será publicado no Diário Oficial da União e disponibilizado no site da Fundação Alexandre de Gusmão até o dia 30 de outubro de 2009.
4.9. Serão desconsideradas as inscrições que não estiverem em conformidade com o disposto neste Edital.
5. DA DIVULGAÇÃO E DA ENTREGA DO PRÊMIO
5.1. A outorga do Prêmio América do Sul – 2009, se dará em data e o local a serem definidos pela Fundação Alexandre de Gusmão e informada aos vencedores.
5.2. Os vencedores, em primeiro segundo e terceiro lugares, do Prêmio, quando não residirem na cidade de entrega do Prêmio, receberão passagem aérea de ida e volta hospedagem, alimentação e traslado (aeroporto/hotel/aeroporto e hotel/local da entrega do Prêmio/Hotel).
6. DISPOSIÇÕES FINAIS
6.1. O presente Edital ficará à disposição dos interessados na FUNAG, no endereço constante do inciso I do subitem 4.6., e em sua página na Internet, cujo endereço é www.funag.gov.br.
6.2. Os casos omissos serão dirimidos pela Banca Julgadora, constante deste Edital.
6.3. As solicitações de esclarecimentos adicionais deverão ser formalizadas pelo e-mail
funag@mre.gov.br, ou por carta para o endereço constante do inciso II do subitem 4.6.
JERONIMO MOSCARDO
Presidente
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
1281) Werner Baer: homenagem especial da BRASA
Todo acadêmico brasileiro digno deste nome já ouviu falar, pelo menos, de Werner Baer.
Ele acaba de ser contemplado com um prêmio da Brazilian Studies Association pelo conjunto da sua obra, como relatado abaixo pelo brasilianista Randal Johnson. Ele vai ser homenageado no X Congresso da Brasa, a realizar-se em Brasilia, em julho de 2010.
Transcrevo a decisão do comitê de seleção e formulo, desde já, os meus melhores cumprimentos não apenas ao Professor Werner Baer, mas tambem ao comitê por esta judiciosa escolha.
Paulo Roberto de Almeida
Werner Baer: Lifetime Contribution Award
Dear Executive Committee Members,
As I reported to Marshall a couple of weeks ago, the Nominations Committee—composed of Ana López (Tulane), Bill Smith (Miami), Brian McCann (Georgetown), Jan Hoffman French (Richmond), and me—unanimously decided to nominate University of Illinois economist Werner Baer for next year’s Lifetime Contribution Award.
Two people were nominated for the LCA, Werner and historian Richard Graham. The committee recognizes both as “extraordinary scholars of Brazil,” so the difficulty was, as one member put it, “in choosing one for whom not to vote.” That same member indicated that “Hendrik Kraay’s letter on behalf of Richard Graham is eloquent in its indication of Graham's enormous influence in several sub-fields. I thought I knew Graham's opus well, but Hendrik's letter brought out some impressive aspects of which I had been aware, such as Graham's role in founding UFF's doctoral program in history.”
Regarding Werner Baer, another member of the committee wrote the following: “One of the unique aspects of Baer's work is the link he makes between historical, social, and institutional legacies of the Brazilian past and his direct and ongoing engagement with the most current issues of economic and public policy. For example, his 2009 well-balanced, co-edited book, Brazil under Lula: Economy, Politics, and Society under the Worker-President, is the first serious and multifaceted assessment of Lula's first term in office. As mentioned by Russ Smith's nomination letter, Baer's connections to his Brazilian students continue today. Almost two thirds of the 26 authors in the 2009 book are Brazilians, including diplomats, historians, specialists in regional science and public administration, as well as political science.”
All of the committee members acknowledged the very impressive scholarly achievements of both Baer and Graham, and several indicated that they would be happy with either as LCA recipient. The committee, however, felt it was important to consider other issues as well. One member wrote that “the two previous awardees have been a historian and a literato. All other things being more or less equal, perhaps it would be appropriate to recognize an economist. BRASA would like to recruit more social scientists and giving the award to Baer might send a signal to the scholarly community that our organization values the contributions of social scientists.” Another echoed those sentiments, indicating that with Baer’s nomination “we will be in a great position to do publicity in Brazil leading up to the award ceremony and hopefully bring [more social scientists] into the fold.”
I concur fully with my colleagues’ assessment, and I believe that recognizing Werner Baer in Brasília will be an important moment for BRASA.
Regards,
Randal Johnson
Ele acaba de ser contemplado com um prêmio da Brazilian Studies Association pelo conjunto da sua obra, como relatado abaixo pelo brasilianista Randal Johnson. Ele vai ser homenageado no X Congresso da Brasa, a realizar-se em Brasilia, em julho de 2010.
Transcrevo a decisão do comitê de seleção e formulo, desde já, os meus melhores cumprimentos não apenas ao Professor Werner Baer, mas tambem ao comitê por esta judiciosa escolha.
Paulo Roberto de Almeida
Werner Baer: Lifetime Contribution Award
Dear Executive Committee Members,
As I reported to Marshall a couple of weeks ago, the Nominations Committee—composed of Ana López (Tulane), Bill Smith (Miami), Brian McCann (Georgetown), Jan Hoffman French (Richmond), and me—unanimously decided to nominate University of Illinois economist Werner Baer for next year’s Lifetime Contribution Award.
Two people were nominated for the LCA, Werner and historian Richard Graham. The committee recognizes both as “extraordinary scholars of Brazil,” so the difficulty was, as one member put it, “in choosing one for whom not to vote.” That same member indicated that “Hendrik Kraay’s letter on behalf of Richard Graham is eloquent in its indication of Graham's enormous influence in several sub-fields. I thought I knew Graham's opus well, but Hendrik's letter brought out some impressive aspects of which I had been aware, such as Graham's role in founding UFF's doctoral program in history.”
Regarding Werner Baer, another member of the committee wrote the following: “One of the unique aspects of Baer's work is the link he makes between historical, social, and institutional legacies of the Brazilian past and his direct and ongoing engagement with the most current issues of economic and public policy. For example, his 2009 well-balanced, co-edited book, Brazil under Lula: Economy, Politics, and Society under the Worker-President, is the first serious and multifaceted assessment of Lula's first term in office. As mentioned by Russ Smith's nomination letter, Baer's connections to his Brazilian students continue today. Almost two thirds of the 26 authors in the 2009 book are Brazilians, including diplomats, historians, specialists in regional science and public administration, as well as political science.”
All of the committee members acknowledged the very impressive scholarly achievements of both Baer and Graham, and several indicated that they would be happy with either as LCA recipient. The committee, however, felt it was important to consider other issues as well. One member wrote that “the two previous awardees have been a historian and a literato. All other things being more or less equal, perhaps it would be appropriate to recognize an economist. BRASA would like to recruit more social scientists and giving the award to Baer might send a signal to the scholarly community that our organization values the contributions of social scientists.” Another echoed those sentiments, indicating that with Baer’s nomination “we will be in a great position to do publicity in Brazil leading up to the award ceremony and hopefully bring [more social scientists] into the fold.”
I concur fully with my colleagues’ assessment, and I believe that recognizing Werner Baer in Brasília will be an important moment for BRASA.
Regards,
Randal Johnson
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
1280) Colombia: polemica sobre a presenca militar americana
Um artigo contendo um posicionamento de princípio sobre a espinhosa questão. Depois comento.
As Bases Militares Americanas na Colômbia: Um Presente de Grego
Rodrigo Constantino
11.08.2009
Over grown military establishments are under any form of government inauspicious to liberty, and are to be regarded as particularly hostile to republican liberty.
George Washington
O governo americano deveria retirar suas bases militares instaladas na Colômbia. A idéia de que o governo americano representa a polícia mundial e que, portanto, será o guardião da democracia no planeta é perigosa, e pode ameaçar a própria liberdade no longo prazo. De fato, essa mentalidade vem desde o presidente Woodrow Wilson, e praticamente todos os outros que o sucederam usaram o discurso altruísta para justificar a estratégia expansionista militar. Cruzadas para salvar a civilização são típicas de impérios, como Roma tentando educar os bárbaros, ou a Espanha catequizando os índios, sempre com o uso de muita violência. E medidas imperialistas acabam servindo para limitar a liberdade do próprio povo, assim como oferecem um excelente pretexto para outros governos avançarem sobre a liberdade de seus cidadãos.
Que fique claro o seguinte: a revolução bolivariana patrocinada por Hugo Chávez representa um risco infinitamente maior para as liberdades individuais na América Latina do que as bases militares americanas. Quanto a isso não resta dúvida. Portanto, pode-se descartar toda a retórica do próprio Chávez e demais aliados socialistas: seu discurso é puro jogo de cena para justificar mais medidas totalitárias. Mas esse é justamente o tipo de conseqüência que a medida do governo americano acaba estimulando. O bode expiatório é oferecido de presente pelo governo americano. Todo tirano necessita de um inimigo externo para justificar suas atrocidades domésticas.
Do ponto de vista dos próprios americanos, tal medida deveria ser duramente combatida. O povo é forçado a pagar impostos para sustentar o expansionismo militar de seu governo, que em nome da cruzada pela democracia acaba se metendo em cada canto do planeta, em guerras que custam caro para o pagador de impostos e que ajudam a manchar a imagem dos próprios americanos pelo mundo. Muitos ditadores “amigos” acabam paradoxalmente sendo financiados em nome da defesa da democracia. Grandes impérios sucumbiram justamente por causa de uma extensão excessiva, de uma tentativa de resolver todos os “problemas” da humanidade. O governo americano apresenta déficit fiscal crescente, uma dívida pública astronômica, um modelo de bem-estar social insustentável, e ainda mete a mão no bolso dos cidadãos para bancar o xerife internacional. Tudo isso coloca em xeque o valor do dólar e as liberdades individuais dos próprios americanos. Portanto, o cidadão americano tem todo direito de condenar veementemente as aventuras internacionais de seu governo, que ameaçam sua liberdade.
Do ponto de vista dos latino-americanos defensores da liberdade, essa postura também deve ser criticada, pois oferece combustível ideológico para os inimigos da liberdade. Assim como o embargo americano a Cuba serve até hoje para alimentar uma ditadura assassina, que se faz de vítima indefesa diante do império gigante, essas medidas do governo americano acabam colocando mais lenha na fogueira antiamericana e, por tabela, anticapitalista dos perfeitos idiotas latino-americanos. O tiro sai pela culatra. O tiranete Chávez pode conquistar mais adeptos, e consegue o pretexto perfeito para se armar mais, na verdade contra seu próprio povo. As aventuras do governo americano têm resultado justamente no crescimento do antiamericanismo, sendo o caso do Vietnã o melhor exemplo.
Os libertários precisam deixar claro que condenam essas cruzadas militares de quaisquer governos. Focando mais no curto prazo, e apelando para o pragmatismo do realpolitik, pode-se argumentar que essa postura do governo americano conseguiu evitar que muitos países fossem vítimas do comunismo. O caso coreano é um típico exemplo. Mas devemos perguntar: qual o preço disso para a liberdade no longo prazo? Sacrificar os ideais libertários de não-agressão em nome de resultados imediatos pode ser fatal para a liberdade. O fato é que o governo americano não tem direito algum de forçar os cidadãos americanos a pagar por tais guerras, assim como não deveria ter o direito de realizar doações aos países pobres, que acaba sendo a transferência compulsória de recursos dos pobres americanos para os ricos e politicamente influentes dos países pobres. Cada indivíduo deve ser livre para escolher, e o fato de ser uma democracia não justifica de forma alguma a escravidão dos que se opõem. Afinal, isso seria apenas uma ditadura da maioria. Henry David Thoreau ofereceu a melhor crítica libertária a esta tirania, se negando a pagar seus impostos que financiavam uma guerra injusta.
O argumento de que as bases militares objetivam apenas o combate às drogas também é falho. A guerra contra as drogas já foi perdida, tendo custado centenas de bilhões de dólares dos pagadores de impostos, assim como milhares de vidas. Está mais do que na hora dos governos reverem essa estratégia, adotando a legalização das drogas, uma postura tipicamente libertária, já que não cabe ao governo decidir o que cada indivíduo vai consumir. A proibição das drogas é que tem permitido o crescimento de grupos criminosos como as FARC, assim como foi a Lei Seca que pariu os mafiosos como Al Capone. Se o governo americano quisesse realmente combater os criminosos que hoje se armam vendendo drogas ilícitas, a melhor forma seria legalizar estas drogas. Quando a bebida alcoólica foi liberada novamente, os mafiosos sumiram do setor, dando lugar às empresas respeitadas de hoje.
Em resumo, o governo americano deve retirar as bases militares na Colômbia. Não pelo motivo alegado pela esquerda oportunista, que usa o império americano como pretexto para justificar o aumento do totalitarismo doméstico. Mas justamente para evitar esse discurso oportunista. Se a maioria dos latino-americanos desejar realmente o socialismo pregado por Chávez e seus marionetes, então não haverá nada que o governo americano possa fazer para evitar este triste destino. Talvez o povo tenha que sofrer sob um regime socialista para voltar a dar valor à liberdade. Sinceramente, espero que não seja preciso chegar a tanto. Mas entendo que as medidas do governo americano não ajudam nada neste sentido. Pelo contrário: acabam sendo como um presente de grego.
=========
Meu comentário (PRA):
Se é verdade que o princípio westfaliano da não-intervenção nos assuntos internos dos Estados se aplica, todo e qualquer Estado soberano tem o direito de concluir acordos de cooperação militar com quem quer que seja, e os países "incomodados" com o fato, podem levar o caso, se julgarem que existe uma ameaça qualquer à sua segurança, à consideração do CSNU ou de outra instância apropriada. O que não é possivel é pretender vetar um ato de soberania, que aliás está previsto na Carta da ONU e em outros instrumentos fundacionais do direito internacional.
O Brasil pode pretender, se desejar, assinar um acordo militar com qualquer país, da região e fora dela, e não pode submeter tal decisão à apreciação dos países vizinhos. Poderia até fazê-lo por cortesia, mas não tem nenhuma obrigação nesse sentido.
As Bases Militares Americanas na Colômbia: Um Presente de Grego
Rodrigo Constantino
11.08.2009
Over grown military establishments are under any form of government inauspicious to liberty, and are to be regarded as particularly hostile to republican liberty.
George Washington
O governo americano deveria retirar suas bases militares instaladas na Colômbia. A idéia de que o governo americano representa a polícia mundial e que, portanto, será o guardião da democracia no planeta é perigosa, e pode ameaçar a própria liberdade no longo prazo. De fato, essa mentalidade vem desde o presidente Woodrow Wilson, e praticamente todos os outros que o sucederam usaram o discurso altruísta para justificar a estratégia expansionista militar. Cruzadas para salvar a civilização são típicas de impérios, como Roma tentando educar os bárbaros, ou a Espanha catequizando os índios, sempre com o uso de muita violência. E medidas imperialistas acabam servindo para limitar a liberdade do próprio povo, assim como oferecem um excelente pretexto para outros governos avançarem sobre a liberdade de seus cidadãos.
Que fique claro o seguinte: a revolução bolivariana patrocinada por Hugo Chávez representa um risco infinitamente maior para as liberdades individuais na América Latina do que as bases militares americanas. Quanto a isso não resta dúvida. Portanto, pode-se descartar toda a retórica do próprio Chávez e demais aliados socialistas: seu discurso é puro jogo de cena para justificar mais medidas totalitárias. Mas esse é justamente o tipo de conseqüência que a medida do governo americano acaba estimulando. O bode expiatório é oferecido de presente pelo governo americano. Todo tirano necessita de um inimigo externo para justificar suas atrocidades domésticas.
Do ponto de vista dos próprios americanos, tal medida deveria ser duramente combatida. O povo é forçado a pagar impostos para sustentar o expansionismo militar de seu governo, que em nome da cruzada pela democracia acaba se metendo em cada canto do planeta, em guerras que custam caro para o pagador de impostos e que ajudam a manchar a imagem dos próprios americanos pelo mundo. Muitos ditadores “amigos” acabam paradoxalmente sendo financiados em nome da defesa da democracia. Grandes impérios sucumbiram justamente por causa de uma extensão excessiva, de uma tentativa de resolver todos os “problemas” da humanidade. O governo americano apresenta déficit fiscal crescente, uma dívida pública astronômica, um modelo de bem-estar social insustentável, e ainda mete a mão no bolso dos cidadãos para bancar o xerife internacional. Tudo isso coloca em xeque o valor do dólar e as liberdades individuais dos próprios americanos. Portanto, o cidadão americano tem todo direito de condenar veementemente as aventuras internacionais de seu governo, que ameaçam sua liberdade.
Do ponto de vista dos latino-americanos defensores da liberdade, essa postura também deve ser criticada, pois oferece combustível ideológico para os inimigos da liberdade. Assim como o embargo americano a Cuba serve até hoje para alimentar uma ditadura assassina, que se faz de vítima indefesa diante do império gigante, essas medidas do governo americano acabam colocando mais lenha na fogueira antiamericana e, por tabela, anticapitalista dos perfeitos idiotas latino-americanos. O tiro sai pela culatra. O tiranete Chávez pode conquistar mais adeptos, e consegue o pretexto perfeito para se armar mais, na verdade contra seu próprio povo. As aventuras do governo americano têm resultado justamente no crescimento do antiamericanismo, sendo o caso do Vietnã o melhor exemplo.
Os libertários precisam deixar claro que condenam essas cruzadas militares de quaisquer governos. Focando mais no curto prazo, e apelando para o pragmatismo do realpolitik, pode-se argumentar que essa postura do governo americano conseguiu evitar que muitos países fossem vítimas do comunismo. O caso coreano é um típico exemplo. Mas devemos perguntar: qual o preço disso para a liberdade no longo prazo? Sacrificar os ideais libertários de não-agressão em nome de resultados imediatos pode ser fatal para a liberdade. O fato é que o governo americano não tem direito algum de forçar os cidadãos americanos a pagar por tais guerras, assim como não deveria ter o direito de realizar doações aos países pobres, que acaba sendo a transferência compulsória de recursos dos pobres americanos para os ricos e politicamente influentes dos países pobres. Cada indivíduo deve ser livre para escolher, e o fato de ser uma democracia não justifica de forma alguma a escravidão dos que se opõem. Afinal, isso seria apenas uma ditadura da maioria. Henry David Thoreau ofereceu a melhor crítica libertária a esta tirania, se negando a pagar seus impostos que financiavam uma guerra injusta.
O argumento de que as bases militares objetivam apenas o combate às drogas também é falho. A guerra contra as drogas já foi perdida, tendo custado centenas de bilhões de dólares dos pagadores de impostos, assim como milhares de vidas. Está mais do que na hora dos governos reverem essa estratégia, adotando a legalização das drogas, uma postura tipicamente libertária, já que não cabe ao governo decidir o que cada indivíduo vai consumir. A proibição das drogas é que tem permitido o crescimento de grupos criminosos como as FARC, assim como foi a Lei Seca que pariu os mafiosos como Al Capone. Se o governo americano quisesse realmente combater os criminosos que hoje se armam vendendo drogas ilícitas, a melhor forma seria legalizar estas drogas. Quando a bebida alcoólica foi liberada novamente, os mafiosos sumiram do setor, dando lugar às empresas respeitadas de hoje.
Em resumo, o governo americano deve retirar as bases militares na Colômbia. Não pelo motivo alegado pela esquerda oportunista, que usa o império americano como pretexto para justificar o aumento do totalitarismo doméstico. Mas justamente para evitar esse discurso oportunista. Se a maioria dos latino-americanos desejar realmente o socialismo pregado por Chávez e seus marionetes, então não haverá nada que o governo americano possa fazer para evitar este triste destino. Talvez o povo tenha que sofrer sob um regime socialista para voltar a dar valor à liberdade. Sinceramente, espero que não seja preciso chegar a tanto. Mas entendo que as medidas do governo americano não ajudam nada neste sentido. Pelo contrário: acabam sendo como um presente de grego.
=========
Meu comentário (PRA):
Se é verdade que o princípio westfaliano da não-intervenção nos assuntos internos dos Estados se aplica, todo e qualquer Estado soberano tem o direito de concluir acordos de cooperação militar com quem quer que seja, e os países "incomodados" com o fato, podem levar o caso, se julgarem que existe uma ameaça qualquer à sua segurança, à consideração do CSNU ou de outra instância apropriada. O que não é possivel é pretender vetar um ato de soberania, que aliás está previsto na Carta da ONU e em outros instrumentos fundacionais do direito internacional.
O Brasil pode pretender, se desejar, assinar um acordo militar com qualquer país, da região e fora dela, e não pode submeter tal decisão à apreciação dos países vizinhos. Poderia até fazê-lo por cortesia, mas não tem nenhuma obrigação nesse sentido.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
1279) O Forum Surreal Mundial está de volta (sem grandes novidades)
Com desculpas iniciais por chamá-los de surrealistas -- mas, sinceramente, não encontro outro qualificativo --, constato que os altermundialistas acabam de acordar de um longo sono feito de silêncio e inatividade (como convém a quem não tem muito o que dizer). Após longa hibernação (não me lembro de ter recebido algum boletim nos últimos meses), chegou hoje (11.08.2009) à minha caixa mais um alerta do incosequente grupo dos opositores da globalização (ou como eles preferem, os propositores de uma globalização solidária).
10 anos do FSM em 2010 [PRA: Puxa, tudo isso, e eles ainda não fizeram nada...]
Em 2010, o Fórum Social Mundial celebrará 10 anos de seu processo. Para marcar a data, o Conselho Internacional do fórum decidiu, em sua última reunião, realizada em maio em Rabat, no Marrocos, que ao longo de todo o próximo ano o processo FSM terá um caráter permanente, com múltiplos eventos em todo o mundo. O CI propõe que o tema da crise global seja o elemento de identidade comum do processo em 2010.
Saiba mais aqui.
Próxima edição do FSM será em Dakar, na África, em 2011 [PRA: Boa sorte...]
A última reunião do Conselho Internacional do FSM, realizada em maio, aprovou a realização do próximo Fórum Social Mundial em Dakar, no Senegal, em 2011. Segundo os organizadores do Fórum Social Africano, a proposta de Dakar tem o apoio de inúmeros movimentos sociais da África, como organizações feministas e centrais sindicais.
Saiba mais aqui.
Fórum Social do Québec acontece entre os dias 9 e 12 de outubro
De 9 a 12 de outubro, acontecerá em Montréal, no Canadá, a segunda edição do Fórum Social do Québec. São esperados mais de seis mil participantes.
Veja mais informações no site do evento.
Confira também a agenda completa de mobilização para o segundo semestre.
FSM Belém 2009 [PRA: Pô, eles estão atrasados, pois o FSM de Belém foi no final de janeiro; acho que estavam com um cansaço amazônico]
Resultado das assembleias
No sexto dia do FSM 2009, o palco central da UFRA (Universidade Federal Rural do Amazonas) reuniu milhares de ativistas e representantes de movimentos e organizações para assembleias temáticas cujas declarações foram apresentadas, ao final, em uma Assembleia das Assembleias.
Para conhecer os resultados, acesse.
[PRA: A que eu mais gostei foi da assembleia sobre a crise da civilização ocidental capitalista; significa que as sociedades não ocidentais e não capitalistas estão a salvo da crise, e vão muito bem de vida. Na verdade essa assembleia remete a uma declaração de povos indígenas; bem, quem não for indígena, não tem jeito, entra na crise...]
Cobertura da mídia
O FSM 2009 recebeu mais de 800 veículos de 30 países. Cerca de 2500 jornalistas e profissionais de mídia estiveram em Belém e outros 2000 cobriram o Fórum a distância.
Veja um clipping do que foi publicado na internet aqui.
Escritório FSM - Brasil
Endereço: Rua General Jardim, 660, 7º andar, São Paulo - SP- Brasil, Cep: 01223-010
email
Site
Pela transcrição gratuíta (não precisa agradecer)
Paulo Roberto de Almeida
10 anos do FSM em 2010 [PRA: Puxa, tudo isso, e eles ainda não fizeram nada...]
Em 2010, o Fórum Social Mundial celebrará 10 anos de seu processo. Para marcar a data, o Conselho Internacional do fórum decidiu, em sua última reunião, realizada em maio em Rabat, no Marrocos, que ao longo de todo o próximo ano o processo FSM terá um caráter permanente, com múltiplos eventos em todo o mundo. O CI propõe que o tema da crise global seja o elemento de identidade comum do processo em 2010.
Saiba mais aqui.
Próxima edição do FSM será em Dakar, na África, em 2011 [PRA: Boa sorte...]
A última reunião do Conselho Internacional do FSM, realizada em maio, aprovou a realização do próximo Fórum Social Mundial em Dakar, no Senegal, em 2011. Segundo os organizadores do Fórum Social Africano, a proposta de Dakar tem o apoio de inúmeros movimentos sociais da África, como organizações feministas e centrais sindicais.
Saiba mais aqui.
Fórum Social do Québec acontece entre os dias 9 e 12 de outubro
De 9 a 12 de outubro, acontecerá em Montréal, no Canadá, a segunda edição do Fórum Social do Québec. São esperados mais de seis mil participantes.
Veja mais informações no site do evento.
Confira também a agenda completa de mobilização para o segundo semestre.
FSM Belém 2009 [PRA: Pô, eles estão atrasados, pois o FSM de Belém foi no final de janeiro; acho que estavam com um cansaço amazônico]
Resultado das assembleias
No sexto dia do FSM 2009, o palco central da UFRA (Universidade Federal Rural do Amazonas) reuniu milhares de ativistas e representantes de movimentos e organizações para assembleias temáticas cujas declarações foram apresentadas, ao final, em uma Assembleia das Assembleias.
Para conhecer os resultados, acesse.
[PRA: A que eu mais gostei foi da assembleia sobre a crise da civilização ocidental capitalista; significa que as sociedades não ocidentais e não capitalistas estão a salvo da crise, e vão muito bem de vida. Na verdade essa assembleia remete a uma declaração de povos indígenas; bem, quem não for indígena, não tem jeito, entra na crise...]
Cobertura da mídia
O FSM 2009 recebeu mais de 800 veículos de 30 países. Cerca de 2500 jornalistas e profissionais de mídia estiveram em Belém e outros 2000 cobriram o Fórum a distância.
Veja um clipping do que foi publicado na internet aqui.
Escritório FSM - Brasil
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Pela transcrição gratuíta (não precisa agradecer)
Paulo Roberto de Almeida
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