segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Treze promessas da candidata, agora eleita presidente (ou presidenta, ugh, se preferir...)

Não custa nada lembrar, ainda que o alto grau de generalidade das promessas seja uma promessa, justamente, de restrições a uma avaliação precisa quanto aos resultados a serem obtidos nos próximos quatro anos.


OS 13 COMPROMISSOS

1. Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e social. Garantia irrestrita de liberdade religiosa, de imprensa e de expressão

2. Construir mais. Crescimento com distribuição de renda

3. Projeto Nacional de Desenvolvimento que assegure a transformação produtiva

4. Defender o meio ambiente e garantir o desenvolvimento sustentável

5. Erradicar a pobreza

6. Governo para todos com atenção especial ao direito dos trabalhadores

7. Educação para igualdade social

8. Trabalhar o Brasil em políticas científica e tecnológica

9. Universalizar a saúde e garantir a qualidade de atendimento do SUS

10. Vida nas cidades. Habitação, Saneamento e Transportes

11. Valorizar a cultura nacional e dialogar com as outras


12.Combater o crime e garantir a segurança dos cidadãos

13. Presença ativa e altiva do Brasil no mundo.

Dilma Roussef

 Permitirei-me comentar, oportunamente, cada uma das promessas de campanha...
Paulo Roberto de Almeida

Chavez propoe integracao de presidentas...

Fusão? Não seria melhor fissão?
Mais um capítulo para os "fusions and mergers" da integração sul-americana: Alba com Mercosul?
Bem, ele deve saber do que está falando...
Paulo Roberto de Almeida

Fusión entre Dilma Rousseff y Cristina Fernández consolidará integración suramericana
Agencia Venezolana de Noticias (AVN), 31/10/2010

Una vez que Dilma Rousseff, candidata del Partido de los Trabajadores (PT), consiga el triunfo en las elecciones presidenciales de Brasil de este domingo, el próximo paso será la consolidación de una alianza estratégica de esta patriota con la presidenta de Argentina, Cristina Fernández para continuar promoviendo la unión suramericana.

Así lo manifestó el Primer Mandatario Nacional Hugo Chávez desde Caucagua, estado Miranda, desde donde se realiza el programa Aló Presidente número 366.

Chávez pronosticó que la candidata brasileña podría obtener una victoria con el apoyo de más del 60% de los votos.

Recordó que en un año serán las elecciones en Argentina y en dos años más en Venezuela, en este sentido, instó a la población de ambos países a estar alerta para evitar que los Estados Unidos intente empañar los triunfos de presidentes progresistas en la región.

“Lo sabemos, el imperio y su burguesía con sus medios de comunicación y su dinero van hacer todo lo posible para impedir este impulso y el curso de esta historia que está por escribirse”, afirmó Chávez.

Advirtió que los medios de comunicación la derecha internacional insistirán en la manipulación “sin límite y sin ética”, para intentar dividir a los que defienden los intereses de los más pobres y necesitados en los pueblos del sur.

En este sentido, aprovechó la oportunidad para hacer un llamado a los militantes del Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) para garantizar el triunfo de la Revolución en el año 2012.

“No dejemos para mañana lo que debemos hacer desde hoy, la batalla por el triunfo en el 2012 ya comenzó, será larga y dura y nosotros venceremos también en esa batalla”, puntualizó Chávez.

Novos tempos que virao: das palavras aos atos

Nunca se deve deixar levar apenas por palavras. Cabe aguardar as ações.
Em função disso, se saberá a agenda a ser cumprida.
Ou existem espaços de atuação independente, ou se vai para o quilombo da resistência intelectual.
Aliás, nada de muito diferente do que vinha sendo feito até aqui.

Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 1 de novembro de 2010)

A frase do dia (para nossos tempos politicamente corretos)

Frase do dia

O politicamente correto continua sendo o melhor disfarce para o intelectualmente estúpido.

Guilherme Fiuza

domingo, 31 de outubro de 2010

Grandes amizades sao duradouras (e ate recebem "douraduras"...)

Chávez diz ter certeza que Dilma vencerá eleições brasileiras

Em artigo publicado neste domingo, presidente venezuelano dá 'boas-vindas' à candidata

Agencia Efe, 31 de outubro de 2010 


CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse neste domingo, 31, ter certeza que Dilma Rousseff vencerá as eleições brasileiras para suceder Luiz Inácio Lula da Silva.
O líder venezuelano expôs o ponto de vista em seu artigo "Las líneas de Chávez", que sai na imprensa do país aos domingos.
"Hoje o povo irmão do Brasil escreverá outra página desta nova história", manifestou.
"Quando cair o sol além do Amazonas, quando as estrelas começarem a iluminar a imensa terra de Abreu e Lima, a massa popular de Lula, esse outro grande companheiro, terá eleito outra mulher patriota para dirigir o novo destino do Brasil", acrescentou Chávez.
Para finalizar, Chávez escreveu mensagem direta à Dilma: "Bem-vinda, camarada!".

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Que bonito: nada como confiar nos amigos (e nos amigos dos amigos, também). Caracas e La Havana devem estar satisfeitos...
Não é para menos...

Mateo Ricci - Palestra no Museu do Oriente, em Lisboa

Perderemos por pouco...

MATEUS RICCI - INTRODUTOR DO CRISTIANISMO NA CHINA

MATEUS RICCI - INTRODUTOR DO CRISTIANISMO NA CHINA 

MATEUS RICCI - INTRODUTOR DO CRISTIANISMO NA CHINA 12 Novembro
Mateus Ricci - Introdutor do cristianismo na China
Conferência no Museu do Oriente, Lisboa, Portugal
Orador: Padre João Caniço, sj
18.00 - Entrada livre - Piso 4

Mateus Ricci foi um sacerdote jesuíta, filósofo, cartógrafo, astrónomo e matemático. Conhecido pelo nome chinês “Lì Mǎdòu, sobressaiu pela sua actividade missionária, fundada no diálogo, na China da dinastia Ming. É considerado o introdutor do cristianismo na China.
Mateus Ricci nasceu em Macerata, Itália, a 6 de Outubro de 1552 e morreu em Pequim, China, a 11 de Maio de 1610

Mafia Participacoes, SRL (sociedade a responsabilidade limitada)...

Limitada apenas aos companheiros, claro.
Alguns exemplos desse novo empreendimento capitalista, embora em escala restrita (e não seguindo exatamente aquela contabilidade que tinha sido inventada por um monge medieval), figuram nas duas matérias abaixo.
Talvez seja o prenúncio de um novo reino: o dos espertos. Vamos ter de conviver com isso por um bom tempo, ao que parece...
Paulo Roberto de Almeida

Telebrás, para comparsas
ETHEVALDO SIQUEIRA
O Estado de S.Paulo, 31 de outubro de 2010

"A Telebrás não está sendo recriada para servir à sociedade brasileira. Sua reativação tem o claro objetivo de atender a comparsas políticos. Exatamente como tem ocorrido na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso nos conduzirá, inevitavelmente, à degradação dos serviços, como, aliás, já ocorre no setor postal."

Essas palavras são do comandante Euclides Quandt de Oliveira, ex-ministro das Comunicações, de 1974-79, ao avaliar a recriação da Telebrás.

Quandt foi o primeiro presidente daquela estatal que retirou o País da situação de profundo atraso em suas telecomunicações em que vivia até o começo dos anos 1970.

Lúcido e franco aos 91 anos de idade, Quandt se preocupa com o futuro do País e relembra que cabe ao Estado fixar políticas públicas e mesmo prestar serviços, diretamente ou por intermédio de concessionárias.

"A prestação de serviços públicos é uma responsabilidade do Estado. Cabe-lhe, no entanto, fiscalizar a prestação de serviços com o máximo rigor", afirma Quandt.

Defensor histórico e convicto do modelo estatal, Quandt mudou de opinião no começo dos anos 1990.

Ele explica: "Depois de passar pela Telebrás e pelo Ministério das Comunicações, continuei a defender o modelo estatal, pois acreditava que ele seria capaz de cumprir sua missão de atender aos brasileiros em qualquer ponto do País. Fui, porém, forçado a reconhecer que, a partir de 1985, a escolha de dirigentes no Sistema Telebrás passou a ser feita com o claro propósito de atender a amigos e comparsas políticos, gente que, em sua maioria, não tem a qualificação profissional para o exercício do cargo. A partir daí, passei a ser defensor da privatização".

Loteamento. Por volta de 1990, Quandt já havia perdido sua esperança na possibilidade de a Telebrás atender a todos os brasileiros.

Hoje, o modelo estatal volta a ser desfigurado em vários setores governamentais pelo loteamento político, inclusive com a reativação da Telebrás, como acaba de ser feita.

Conheço Quandt há mais de 30 anos e fui testemunha de seu trabalho excepcional em favor das comunicações brasileiras, ao lado do segundo presidente da Telebrás, o general José Antonio de Alencastro e Silva.

Aquela Telebrás, nascida em 1972, funcionou de forma exemplar até 1985 e nada tinha de parecido com a "nova Telebrás", ressuscitada por Dilma Rousseff e por Erenice Guerra - e entregue, como um feudo, ao petista gaúcho Rogerio Santanna.

Heterodoxia petista. A volta da Telebrás tem sido justificada como estratégia para levar a banda larga a todo o povo brasileiro, "com a melhor qualidade e o menor preço".

Algo comovente, não? Os caminhos para alcançar esse nobre propósito, entretanto, não são nada republicanos. Confira, leitor:

Holding das antigas teles, a Telebrás foi privatizada em 1998, mas não foi extinta, por diversos problemas legais. Por ter sido criada por lei, não poderia ter sido reativada por decreto, com a mudança de suas finalidades. No entanto, esse decreto mudou sua condição de empresa holding transformando-a em uma operadora de serviços. Só uma lei específica, debatida e votada pelo Congresso poderia mudar sua atividade-fim.

Nenhuma concessionária ou outra parte legítima teve coragem de contestar, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), essa inconstitucionalidade. Por isso, o País teve que engolir tudo em seco. Será que o Ministério Público não seria essa parte legítima para provocar o STF a se pronunciar sobre a constitucionalidade ou não desse decreto?

Além de recriar a Telebrás, o governo Lula aprovou, num só decreto, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que, "a rigor, como plano, não existe", segundo Otávio Marques de Azevedo, diretor da Andrade Gutierrez, acionista da Oi.

O PNBL divulgado com o decreto não passa de uma breve carta de intenções, acompanhado agora por uma lista das primeiras 100 cidades a serem atendidas, 50% delas com população superior a 350 mil habitantes, nas quais já atuam pelo menos três operadoras com oferta de banda larga.

Um plano de banda larga de verdade deveria incluir metas específicas, fontes de financiamento, orçamento confiável, cronograma de investimentos, áreas prioritárias, população a ser atendida, evolução dos serviços e suas características técnicas.

Por sua importância, a questão da banda larga deveria ter sido debatida pelo Congresso Nacional há mais de 5 anos e com a participação de toda a sociedade. Só foi anunciada, entretanto, por um grupo palaciano ávido de poder, no sétimo ano do governo Lula, como um filão eleitoral.

O pior da heterodoxia e da ousadia petista na recriação da Telebrás foi alijar e marginalizar as duas áreas mais qualificadas e legalmente capacitadas a estudar e a propor modificações setoriais: o Ministério das Comunicações, ao qual a Telebrás sempre esteve legalmente vinculada, e a Anatel, que detém o maior número de especialistas em telecomunicações do governo.

Depois de tantas manobras, tudo acabou sendo decidido por Dilma Rousseff e sua sucessora, Erenice Guerra, sem o apoio do Ministério das Comunicações, que elaborou estudo de mais de 200 páginas sobre as linhas do PNBL - totalmente ignorado pela ministra Dilma.

Eis aí um pequeno retrato das comunicações brasileiras na era Lula.

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E por falar em Oi, "Oi internautas"...
Nunca uma saudação foi tão profética:
Da coluna "Holofote", de Felipe Patury, na VEJA desta semana, com três impressionantes flagrantes, como indica o jornalista Reinaldo Azevedo, "evidenciando como funciona a República dos Companheiros. Nos três casos, como vocês verão, o interesse público é apenas a alavanca ou o instrumento de ambições privadas. Esse é o modelo que, segundo as pesquisas, está recebendo hoje o endosso da maioria dos que decidiram votar."
Leiam:

Alô, é do BNDES? Não, é da Oi

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, convidou poucos profissionais do setor privado para acompanhá-lo na carreira pública. O economista Rafael Oliva foi um deles. Braço direito de Coutinho na sua empresa de consultoria, a LCA, Oliva se tornou assessor da presidência do banco. No cargo, participou das maiores operações feitas pela instituição, entre elas o empréstimo de 4,4 bilhões de reais concedido à Oi. Oliva deixou o BNDES. Agora, é diretor de planeja-mento regulatório da Oi. Oi?

Um tempero pra lá de oleoso

Um dos pedidos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez à presidenciável petista Dilma Rousseff foi que mantivesse por um ou dois anos o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Lula acredita que, propagandeando o pré-sal, Gabrielli construirá sua candidatura à sucessão do governador baiano Jaques Wagner. Até 2012, Wagner convidaria Gabrielli para seu governo - e, então, o presidente da Petrobras começaria a tocar sua campanha ainda mais à vontade

As exigências de Erenice à Anatel
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, recebeu em 5 de abril deste ano uma carta confidencial da então secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Em duas páginas, a futura ministra Erenice exigiu mudanças no projeto do Plano Nacional de Banda Larga, anunciado no mês seguinte. Anexado à carta, seguiu um texto de doze páginas com o que Erenice queria ver encampado pela Anatel. O documento era assinado por Artur Coimbra de Oliveira, assessor da Presidência, e Gabriel Laender, da Casa Civil. O texto sugeria duas medidas que beneficiariam a empresa Unicel: novas regras para as licitações de bandas largas em freqüências de 450-470 mega-hertz e facilidades para novas operadoras móveis com rede virtual. O marido de Erenice, José Roberto Camargo Campos, trabalhou para a Unicel. O assessor Gabriel Laender também. Sardenberg fez as alterações cobradas por Erenice.

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Comento: Eu me pergunto por que certos personagens, que não precisariam dobrar a espinha, resolvem ser tão condescentes com o crime, e acabam manchando assim a sua própria biografia de servidores públicos? Não tenho respostas, mas talvez alguns leitores as tenham.

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...