sexta-feira, 8 de março de 2013

Pausa para... choradeira...

Beechcraft vai contestar vitória da Embraer em licitação nos EUA

Presidente da empresa americana disse ter ficado perplexo com a decisão do governo

Reuters |
A empresa americana Beechcraft disse informou que vai protestar formalmente contra a decisão da Força Aérea dos Estados Unidos de conceder um contrato à Embraer para o fornecimento de aviões de ataque leve para uso no Afeganistão.
A fabricante brasileira ganhou, em 27 de fevereiro, a licitação para fornecer 20 aviões de ataque para missões contra-insurgência no Afeganistão.
A Beechcraft, anteriormente conhecida como Hawker Beechcraft, saiu de um processo de concordata no mês passado (fevereiro). A fabricante de aeronaves disse em comunicado que estima que a decisão da Força Aérea afetará cerca de 1.400 postos de trabalho no Kansas e outros Estados americanos.
Representantes da Embraer e da parceira Sierra Nevada não puderam ser imediatamente contatados para comentar o assunto.
Em comunicado, o presidente-executivo da Beechcraft, Bill Boisture, afirmou que sua empresa está "muito perplexa" com a decisão da Força Aérea e que vai encaminhar protesto junto ao U.S. Government Accountability Office, órgão do governo federal que verifica se licitações públicas tiveram irregularidades. Segundo a empresa, há dúvidas sobre eventuais erros cometidos no processo de seleção.
"Simplesmente não entendemos como a Força Aérea pode justificar um gasto adicional de mais de 125 milhões de dólares pelo o que consideramos ser uma aeronave com menos capacidades", disse Boisture.
A Embraer e a Sierra Nevada venceram um contrato inicial de US$ 355 milhões em dezembro de 2011, mas a licitação foi suspensa depois de ser questionada pela Hawker Beechcraft, que perdeu a disputa.
Na sexta-feira (1º), a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores da Aeroespaciais, que representa mais de 3 mil funcionários ativos e inativos da Beechcraft, pediu para a Força Aérea rever a entrega do contrato à Embraer.

Pausa para... confissoes intimas...

Não minhas, claro, pois minha vida é um livro aberto, aliás, vários abertos ao mesmo tempo...
De quem tem algo de útil a contar para a sociedade...
Paulo Roberto de Almeida

Diário da Dilma – Em terra de saci, qualquer chute é voleio
Revista Piaui, Março de 2013

1º DE FEVEREIRO - Pelas bengalas do Mandela! Fui dar uma olhada na agenda do mês e meu queixo caiu: o Patriota vai me mandar para a Guiné Equatorial!! Capital, Malabo! MALABO!!! O que eu fiz para esse homem me tratar assim?!

2 DE FEVEREIRO - Pé de pato, mangalô, três vezes! É o terceiro telefonema da Ideli hoje. Não atendi nenhum. Ela está se insinuando para passar o Carnaval comigo na Bahia. Disse que está com medo de ir para Santa Catarina por causa dos ataques. Já expliquei que mando a Força Nacional para lá, que ela pode ir tranquila. Para me livrar dela, despacho até o 2º Exército, e ainda peço ajuda à 4ª Frota americana.

3 DE FEVEREIRO - Em viagens internacionais, o Ney Latorraca faz a mala com dez dias de antecedência. É dessa eficiência que preciso.

4 DE FEVEREIRO - Risco de apagão, aumento da gasolina, polêmica em Belo Monte. Os deuses conspiram para me aproximar do Lobão.

Fui ao Show Rural de Cascavel, no Paraná. É isso que dá colocar Gleisi na Casa Civil.

5 DE FEVEREIRO - Gracinha me contou que vai sair na avenida. Fiz cara de paisagem. Precisa ter muito peito para sair na avenida depois dos resultados da Petrobras. Mas cada um com seu cada um. Se ao menos servir para ela prender aquele cabelo.

6 DE FEVEREIRO - Fiz uma sessão de cinema aqui em casa para os filhos e netos dos ministros. É como diz o conhecido ditado búlgaro: “Quem meus filhos agrada, minha boca adoça.” Uma gracinha de filme, Tainá. Eu adorei! Tarde fofa!

Coitado do Marco Aurélio. Foi operado do coração aqui em Brasília. É um destemido!

7 DE FEVEREIRO - Tá confirmado! Vou para a Bahia no Carnaval! A Base Naval de Aratu vai ficar pequena! Cara, caramba, cara, cara ô!

Brinquei que ia deixar a chave da Nação para o Rei Momo. Em oito minutos, apareceram dezessete parlamentares do PMDB sambando com uma coroa na cabeça. Em terra de saci, qualquer chute é voleio.

8 DE FEVEREIRO - Já está tudo arrumado para o nosso tradicional Baile do Toma Lá Dá Cá. Mamãe e titia arrumaram fantasias de Nina e Carminha. Gabrielzinho vai vestido de Pibinho. Se alguém aparecer com a máscara do Joaquim Barbosa, está demitido. Eu botei uns óculos escuros redondinhos, uma roupa branca, domei o topete e fiquei a cara do Psy. “Oppan Gangnam Style!”

10 DE FEVEREIRO - Estava dançando um frevo esperto quando vieram me dizer que o Lobão estava na linha. Fui pega de surpresa, tropecei e quebrei o dedão.

11 DE FEVEREIRO - De tédio é que eu não morro. O Gilbertinho me acorda cedo para dizer que o papa renunciou. Fiquei besta! Nunca tinha ouvido falar que papa podia renunciar. Não sei se devo me pronunciar. O que eu posso dizer? Vai com Deus, meu filho. Acho que não é esse o tom da coisa.

12 DE FEVEREIRO - Comecei a mascar chiclete. João Santana acha que me dá um ar menos intelectual, mais povão, com um toque de rebeldia.

13 DE FEVEREIRO - Tem coisa mais descolada que presidenta de Crocs vermelhos? Para melhorar, esse sapatinho furadinho, coisa fofa, não fica roçando no curativo que titia fez no meu dedão. Me apeguei.

14 DE FEVEREIRO - Aprendi, finalmente, a fazer bola com chiclete.

15 DE FEVEREIRO - Depois de tanto jornal repetir que o papa é pop, fiquei com a bela obra do Humberto Gessinger na cabeça. Hoje, num despacho com o Patriota, sapequei: “Minha vida é tão confusa quanto a América Central. Por isso não me acuse de ser irracional.” Disse que ia usar na próxima Assembleia Geral da ONU. Precisava ter fotografado a cara que ele fez.

Esse meteorito na Rússia só pode ser coisa do Zé Dirceu. O homem anda amargurado com a falta de apoio da KGB.

18 DE FEVEREIRO - A Ideli, que vive se fazendo de prestativa para provar que tem serventia, deu uma checada na Wikipédia e veio me dizer que existem três Guinés. Vão me mandar logo para a piorzinha delas! Nem português eles falam por lá. É espanhol! A princípio, pensei que fosse coisa do Joaquim Barbosa ou da Veja. Mas agora estou achando que foi o Temer mesmo. Ele deve estar doidinho para assumir logo essa porcaria e bem que se beneficiaria se eu pegasse uma boa malária. Onde estão os movimentos sociais que não saem em minha defesa? Ficam perdendo tempo com essa mala da Yoani, enquanto eu desapareço no coração das trevas?

19 DE FEVEREIRO - Vetei a pobreza extrema.

20 DE FEVEREIRO - Acordei às cinco da manhã e fiquei enrolando brigadeiro para a festa de 10 anos do PT. Lula disse que sou muito centralizadora. Mas será que a militância saberia deixar a borda crocante?

Malan fez 70 anos. Por que esses tucanos envelhecem tão bem? Será que são os bons vinhos? E eu aqui com o Guido, que a cada dia fica com mais cara de maître de restaurante de aeroporto.

21 DE FEVEREIRO - Estou atrás de um mapa para ver onde fica essa Guiné Equatorial. Preciso fazer a mala e nem sei o que levar. Equatorial deve ser um calor de fritar ovo no asfalto. Meu pé incha tanto com o calor…

22 DE FEVEREIRO - Isso aqui é feio como Canapi e quente feito Maceió. O presidente é dono até da carroça de cachorro-quente. Renanzinho ia se sentir em casa. Daqui vou para a Nigéria. Patriota não chega até a próxima reforma ministerial.

24 DE FEVEREIRO - Ufa. De volta para casa. Coisa boa! É domingão de Oscar! Comprei duas caixas de Guaraviton para não dormir e um potão de sorvete de pistache. Daqui não saio nem que me digam que o Lula se filiou ao PSDB. Já pus meu pijaminha de Les Mis para torcer pelo filme. Russell Crowe cantando à beira do abismo me comoveu demais.

25 DE FEVEREIRO - Sonhei que era a Yoani e estava no meio do Congresso da UNE. Os militantes mais exaltados já me atiravam tomos de O Capital quando Lobão apareceu. Ele vestia a boina de Che Guevara e com um só grito calou a multidão. Amanheci estremecida.

26 DE FEVEREIRO - Ideli não confessa, mas anda torcendo pelo Berlusconi nos bastidores. O homem tascou um beliscão na Merkel que quase provocou a Terceira Guerra Mundial. Ideli identificou no gesto uma virilidade sensual que só tinha visto antes no Mitt Romney.

27 DE FEVEREIRO - É a terceira vez que digo para o Sarney que não tenho nenhuma influência no Vaticano. Affe

Linguas Sem Fronteiras: o medidor da Wikipedia (The Economist)

Alguém saberia dizer quantas centenas de milhares de artigos foram escritos, ou figuram, em Português na Wikipedia?
Este artigo da Economist sequer menciona a última flor do Lácio... (e o galego?).
Paulo Roberto de Almeida

Languages on the internet

The keenest Wikipedians



WILLIAM GIBSON once said "The future is already here—it's just not very evenly distributed." I'd include Wikipedia, the wonderful, sprawling, open-source and free online encyclopaedia, as part of the future. It also seems to be quite unevenly distributed.
Take a look at the crazy distribution of articles and users among the world's languages. In just five languages does Wikipedia have more than 1m articles: English, German, French, Italian and Dutch. One of these is obviously an outlier: Dutch is spoken by only around 20m people. According to Eurostat, fully 100% of Dutch students are studying English, and anyone can tell you that the Dutch are keen and fluent English-speakers, while Dutch-speaking Flemings usually speak good French. This is strong evidence, with a nod to our earlier posting on the "underwear language", that people are strongly attached to their own languages even when they speak other languages well.
The next order of magnitude carries more surprises. In the box of Wikipedias with more than 100,000 articles fall obvious world languages like Russian, Arabic and Chinese. But this box also includes several languages that do not have their own state, like Spain's Galician, Basque and Catalan—more evidence that people in these regions, even if they can read Spanish, often prefer their own anyway. But even weirder, among stateless languages, are two that have no ethnic nation associated with them at all. It's not entirely surprising that Esperanto, an invented language, has 176,792 articles. Anyone familiar with the Esperanto community (such as Arika Okrent) can tell you how active it is. But Volapük? This much less well-known invented language can claim 119,091 articles in Wikipedia. for what one Village Voice writer claimed were 20 living speakers. Volapük has more articles than Hindi, with its 180m-odd speakers. I can only guess that someone has auto-translated most of those 119,091 articles into Volapük. As for Hindi, this could be a partial exception to the rule that people strongly prefer their own language. Despite a large written tradition in Hindi, it seems likely that many Hindi-speakers read Wikipedia in English.
Languages in the 10,000+ category are similarly ordered to surprise. We now see many dialects and languages with few monoglots, and probably exactly zero people who are literate only in the dialect: how many speakers of Alemannic (13,708 articles) are unable to read standard German? How many Piedmontese readers (who can browse 59,303 articles) cannot read Italian (1,012,838)? Allemanic and Piedmontese rank with languages with tens of millions of speakers, like Javanese (82m speakers, 43,122 articles).  As we continue down the list, we see many deeply underserved languages: Xhosa, Nelson Mandela's native language, has 8m speakers but just 146 articles on Wikipedia. At the very bottom of the page, we find hopeful but neglected Herero, for which someone has created a homepage but no articles at all.
Of course the number of articles isn't the only measure we should look at. Volapük is listed as having only 46 active users and zero images. And Wikipedia calculates a "depth" for each language, a measure of how often articles are edited and a discount for how many short "stub" articles there are (and so a rough proxy for quality). Scanning the list, we see that Hebrew, Arabic, Persian and Turkish are much "deeper" than the bigger German or Italian Wikipedias. I'd be fascinated to know exactly why that is, but it must have something to do with how many topics raise controversy in that neighbourhood, even about basic questions of fact.
The "depth" score is calculated by dividing by the total number of articles, so a language with many articles and few edits will have a lower depth than a language with fewer articles with the same number of edits. The deepest Wikipedia? English, with 4.2m articles, is being edited constantly, and emerges as the clear winner. Another manifestation of its unstoppable global march.

Se puder confortar... (Dalai Lama interview with Economist)

Unrest in Tibet

The views of a Marxist demon

THE Dalai Lama jokes, in his broken English, that these days, “demon peacefully sleeping”. He playfully puts his hands up by his head to make horns with his fingers; a mocking reference to the word he says Chinese officials have used to describe him. But since the leader of Tibetan Buddhism officially retired from politics in August 2011, he has kept up a hectic schedule; touring foreign countries and giving Buddhist teachings around India where he lives. And although he insists now that he has given up holding regular meetings with officials from Tibet’s government-in-exile, he remains a figure of crucial political importance to his troubled homeland (see our story in this week's issue).
“This life…now service at least in the field of Tibetan struggle, now already end,” he told The Economist in a reception room at his residence in the town of Dharamsala in the Himalayan foothills. This would be a disappointment to many of the Tibetans who queue up to see him. At the age of 77, and in hearty spirits, the Dalai Lama gives the impression of being as keenly interested in, and painfully aware of, conditions in Tibet as he ever was. He insists that he is now—and will be for the rest of his life—engaged in promoting “human values”, “religious harmony” and a dialogue between Buddhism and modern science. But the wave of self-immolations in Tibet, mainly in the two years since he announced his retirement (see our post on Analects, February 15th), has kept him at the centre stage of Tibetan politics.
The Dalai Lama denies that he has encouraged these “drastic acts” (107 of them, resulting in 88 deaths, according to Tibetan exiles). But to China’s anger, he has not condemned them and has publicly said prayers for the victims. In Tibet, he explains, “the majority of the people have a lot of resentment”. He dismisses China’s assertions that the self-immolators have often set fire to themselves for non-political reasons (see, for example, this description by Xinhua, China’s state-run news agency, of how alcoholism and family strife appeared to have led to one such suicide). “These self-burned people, not drunk, not family problem”, he says. “I met some Tibetans. I think many of them, either their parents or grandparents were killed, or arrested and died in prisons, or gulags. So you see the resentment not just recently happened. No.” Chinese leaders, he says, fail to understand this.
The Dalai Lama blames the self-immolations on increasingly tight religious and cultural controls in Tibet. In some areas local officials from China’s ethnic-Han majority have made it more difficult for Tibetans to learn their own language in school, he says. He describes the self-immolations as a “very sensitive political matter”. But he says that his retirement and what he alleges is China’s tendency to “manipulate” his words, have encouraged him to “remain completely silent”. Lobsang Sangay, the government-in-exile’s prime minister who took over the Dalai Lama’s political duties, is blunter. “The message from inside, when someone does self-immolation, is that the number one concern is the return of the Dalai Lama. They want to die, not live as political prisoners under China,” he told The Economist. (Mr Sangay, an American-educated former academic, insists that “political responsibility is with me”, but says he does have “personal” meetings with the Dalai Lama, who offers his experience.)
A growing sense in Tibet that the Dalai Lama is highly unlikely ever to return to his homeland may well be one of the reasons for the spate of immolations. If he dies in exile, the Dalai Lama has said he will likely be reincarnated in the “free world” (see, for example, this interview in 2009 with CNN). This implies that Tibetans will have little chance of seeing the next Dalai Lama in Tibet either, unless huge political change occurs there. The Dalai Lama scoffs at attempts by the Chinese government in recent years to claim a role in the approval of reincarnations (an obvious attempt, say exiles, to lay the groundwork for rejecting the legitimacy of any Dalai Lama chosen outside China and for installing one whom the Chinese authorities believe they can control). “I jokingly said, firstly Chinese communists must accept theory of reincarnation, then second the Communist Party should recognise Chairman Mao Zedong’s reincarnation, then Deng Xiaoping’s reincarnation, then logically show an interest in Dalai Lama’s reincarnation”, says the Dalai Lama with a laugh. With an equal measure of mirth (apparently aimed at showing his own ability to accommodate the party’s faith), he says: “As far as social-economic theory is concerned, I am still a Marxist, not capitalist. That’s not secret.”
The Buddhist leader says he remains committed to a statement he made in September 2011 (see here for the full text) that he will consult other lamas and lay Tibetans about the reincarnation issue when he is “around ninety”. If people feel then the institution of the Dalai Lama is no longer relevant, then it will be abolished, “no problem”, he said, noting that the pope had recently broken with 600-year-old Catholic tradition by resigning. “I think best thing is like pope sort of system”, he says. But the Dalai Lama also says that he regards Tibetans inside Tibet as his “boss”. Given the reverence widely held in Tibet for the institution, it would seem unlikely that there would be calls for it to end. “Morally speaking, I cannot say you should do this, you should not do this,” he says.
The Dalai Lama says he does see some “positive things” in China. He describes meeting a Tibetan monk recently who told him about how “hundreds” of Han Chinese sought his blessings as he toured around China. He speaks of growing demands for political reform among Chinese, including Wen Jiabao, who will step down as prime minister in a few days (though as we reported in 2010, scepticism about Mr Wen’s ability or determination to change anything has long abounded). “Voice of change, of freedom, democracy, rule of law, now these voice[s] are growing year by year”, he says. “Overall picture: this is change, becoming more realistic.” And as China changes, he says, the Tibetan issue will be solved “easily”. If only Tibetans were as optimistic.

Se puder divertir, adocando...

QUANDO SE TEM DOUTORADO
O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum, (Linneu, 1758), isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e arestas retilíneas, os quais configuram pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzido nos órgãos especiais existentes na Apis mellifera (Linneu, 1758) . No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da pequena capacidade de deformação que lhe é peculiar.

QUANDO SE TEM MESTRADO
A sacarose extraída da cana de açúcar , a qual ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino e apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.

QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO
O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal tem similaridade com o sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão.

QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO
Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda
de forma quando pressionado.

QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL
Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.

Quando não se tem estudo
Rapadura é doce, mas não é mole, não!

Se puder ajudar...

Técnica do empalhamento para uso dos neófitos...

Como um animal é empalhado?

por Yuri Vasconcelos
Mundo Animal,  s.d.
 
A taxidermia - nome técnico do empalhamento de animais - é um sofisticado processo onde só a pele do animal é aproveitada. O couro é usado para "vestir" um manequim de poliuretano, parecido com esses que a gente vê nas vitrines de lojas. No passado, porém, não era assim. O animal era aberto, suas vísceras retiradas e, no lugar delas, era colocado algodão, juta ou palha - daí a palavra empalhamento, hoje fora de uso. O manequim de poliuretano começou a ser usado nos anos 50 e oferece duas vantagens: é mais resistente ao ataque de insetos e possui uma anatomia idêntica à do bicho. "Em tese, animais taxidermizados dessa forma duram para sempre. Mesmo com as técnicas mais rudimentares já existem animais com 300 anos", diz o taxidermista Luiz Carlos Mendes Antunes, do Museu de Zoologia da USP. Acompanhe, a seguir, como é feito o "empalhamento" de uma onça-pintada, o maior felino do Brasil.
Passo-a-passo para a eternidade
O "empalhamento" de um animal deve começar até 24 horas após sua morte. Depois desse tempo sua carne começa a apodrecer
1. O primeiro passo é fazer uma máscara mortuária de gesso do bicho. Ela fornece uma imagem tridimensional da cara do animal e é uma cópia perfeita de suas feições, mostrando todos os detalhes de seu rosto
2. Em seguida, com uma fita métrica, o taxidermista tira as principais medidas do animal, como a circunferência do abdome, o comprimento total do nariz à cauda, a largura da cabeça e a distância do nariz ao olho, entre outras
3. Com uso de arames e apoios, o animal é congelado na posição em que será "empalhado". Quando ele estiver durinho e na postura correta, é hora de fazer uma cópia do corpo numa fôrma de gesso
4. A partir do molde de gesso, é feito outro molde de resina. Ele será empregado na fundição do manequim de poliuretano. Se necessário, o taxidermista esculpe detalhes finais na peça, que será vestida com a pele depois
5. Paralelamente à fabricação do manequim, é feita a retirada da pele, única parte aproveitada - órgãos e carcaça são descartados. Retirado o couro, ele é curtido em banhos ácidos que dissolvem resquícios de sujeira e gordura, evitando que apodreça
6. O passo seguinte é a retirada da endoderme, uma fina membrana interna colada à pele. Feito isso, o couro é banhado com um produto químico preservativo e é engraxado para ganhar flexibilidade
7. Olhos, nariz, orelhas, boca, língua e até a cauda são fakes. Os olhos são feitos de vidro, a cauda, de poliuretano flexível, e as orelhas, nariz e língua, de plástico poliestireno. Todas essas próteses são fixadas no manequim antes da pele
8. A etapa final é vestir o manequim com a pele. Ela é encaixada e fixada com uma cola especial. Depois, é costurada. Os pontos são dados em locais de difícil visualização, como na parte inferior da barriga, para que o bicho pareça o mais real possível.

Politica Comercial: retorno aos anos 1980? - Marcelo de Paiva Abreu

Parece que, no terreno da política comercial, já voltamos aos anos 1980, senão a décadas ainda anteriores.
Ufa! Ainda bem! Imaginem se tivessemos seguido a Argentina em direção dos anos 1960 e 1970, quando a situação ainda era pior.
Resta saber se vamos segui-la, também, em direção dos anos 1930, no que se refere a controles dos fluxos de capitais e restrições e manipulações cambiais. Mais um pouco e se verá...
"Una sombra pronto seras / Una sombra y nada más..."
Paulo Roberto de Almeida

Protecionismo sem 'afobação subalterna'

Marcelo de Paiva Abreu *
O Estado de S.Paulo, 4/03/2013

A política comercial brasileira voltou à baila no debate público nas últimas semanas em vista de desenvolvimentos no cenário internacional e, também, na política nacional. A disposição de EUA e União Europeia de darem início a negociações visando a um acordo comercial suscitou especulações sobre os rumos da atual política comercial brasileira. O máximo que se obteve como reação do governo foram a declaração de que a política comercial seria "cautelosa" diante da iniciativa de Washington e Bruxelas e a afirmação de que, no Planalto, o assunto foi visto "sem afobação subalterna". Paralelamente, o prematuro início da corrida eleitoral para a sucessão de Dilma Rousseff ensejou manifestações na oposição que sugeririam que a abertura comercial poderia jogar papel relevante no programa do candidato do PSDB, Aécio Neves. Esses desdobramentos devem ser analisados à luz dos fatos correntes e do retrospecto do governo FHC quanto ao tema.

A alegação governamental sobre a cautela que cercaria a política comercial não pode ser levada a sério. O que caracteriza a atual política comercial, fora jogadas de efeito e defesa comercial à outrance, não é a cautela, mas a paralisia em relação a qualquer postura ativa. Gira, de fato, em torno do Mercosul. E, em contraste com o que ocorria na década de 1990, quando a integração regional alavancava a abertura do mercado brasileiro, hoje os parceiros do Mercosul, especialmente a Argentina, levam o Brasil a reboque em processo de gradativo fechamento da economia. Além disso, sendo - ou pretendendo ser - união aduaneira, o Mercosul tolhe a possibilidade de negociações com outros parceiros comerciais, pois a resistência argentina em abrir o mercado é ainda maior do que a brasileira.

A combinação de protecionismo e protagonismo levou a tentativas frustradas de incluir discussões cambiais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Novos instrumentos de proteção foram mobilizados, tais como o IPI discriminatório penalizando importações de autoveículos. Velhos instrumentos, como metas de conteúdo local, adquiriram importância em outros setores, notavelmente na compra de equipamentos e serviços para exploração e processamento de petróleo e gás.

Quanto a juras liberalizantes da oposição, que poderiam sugerir a inclusão do tema no programa de governo proposto pelo candidato do PSDB, vale a pena recordar o que ocorreu em 1993-2002. Depois da implementação do cronograma de redução tarifária em 1993 e algumas reduções tarifárias corretivas em 1994, no quadro da implementação do Plano Real, a abertura comercial foi sendo revertida e, depois, congelada. Em 1995, com o crucial apoio político de José Serra, então ministro do Planejamento, foi implementado o regime automotivo que, depois de inúmeras peripécias - aumentos tarifários, quotas de importação e derrota na OMC -, resultou em concessões tarifárias beneficiando importações de montadoras já instaladas no Brasil. E não houve redução significativa da média que se aplica a toda a estrutura tarifária.

Infelizmente, em paralelo, não foi possível chegar a um acordo de integração hemisférica, que poderia ter servido como sinal da efetiva crença do governo nos méritos da liberalização comercial. Embora o tema tenha sido puerilmente politizado pelo PT, o acordo não foi possível essencialmente porque os EUA não se dispuseram a fazer concessões que pudessem compensar as eventuais contrapartidas brasileiras.

Sempre pode ser argumentado que os problemas associados à estabilização e ao racionamento energético seriam necessariamente prioritários e que fez sentido deixar a política comercial em segundo plano. Mas a verdade é que amplos segmentos do PSDB, especialmente em São Paulo, endossaram a reversão seletiva da abertura. E o resto do governo achou que a briga não valia a pena. Estes segmentos simpáticos ao protecionismo ainda têm grande influência no partido. É difícil imaginar sua conversão tardia à crença nas virtudes do liberalismo.

Seria desejável que a abertura fizesse parte do programa de governo do principal partido de oposição. Mas para fazer não é suficiente dizer, ou mesmo querer, é preciso poder.

Reverter o protecionismo é a forma eficaz de enfrentar as dificuldades competitivas acarretadas pela apreciação cambial induzida pelo sucesso na exportação de commodities. Com proteção alta, serão perpetuadas as notórias dificuldades competitivas da indústria. Mas o protecionismo é uma crônica doença brasileira. Há resistência disseminada em aceitar que não faz sentido proteger a qualquer preço a produção doméstica diante das importações. Para que fosse rompida a coesão do bloco protecionista no início da década de 1990 foram requeridos dois ingredientes: descalabro econômico e o terremoto político que resultou na excêntrica eleição de Collor. Para promover a retomada da abertura comercial sem tais choques, seriam necessárias virtudes cívicas que fizessem prevalecer o interesse coletivo sobre os interesses setoriais e que não parecem disponíveis no momento. A esperança de que tal reversão ocorra em qualquer cenário político é, infelizmente, remota.
* Marcelo de Paiva Abreu é doutor em Economia pela Universidade de Cambridge e professor titular no Departamento de Economia da PUC-Rio.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...