terça-feira, 8 de julho de 2014

Fidel Castro: a vida capitalista (mais, nababesca) de um ditador comunista

Um ditador ordinário leva uma vida extraordinária, não na ilha miserável que ele administra como uma fazenda mal cuidada, mas na sua ilha privada, particular, pessoal, exclusiva, indecente.
Mas reparem: Cuba não é miserável por que o seu ditador ordinário tem uma ilha particular, com todos os luxos da aristocracia do dinheiro. Cuba é miserável por causa do regime socialista.
Fidel, como presidente, ou mesmo como ditador ordinário, poderia ter a sua ilha paradisíaca e sua vida de nababo, e ainda assim o povo cubano desfrutar de uma vida razoável, se estivesse num sistema capitalista ordinário.
Mas, o que eles tem, naquela ilha infeliz, é um socialismo miserável, ordinário, disfuncional, afrontoso do ponto de vista dos direitos humanos, da democracia, da simples razão e do bom senso.
E pensar que os companheiros protegem, sustentam, subsidiam, gostam desse ditador, sancionam o tipo de vida miserável que ele imprime ao seu povo.
Os companheiros devem ser esquizofrênicos, ou então de muita má fé, totalitários em potencial...
Paulo Roberto de Almeida

Usina de Letras, 29/06/2014
às 19:00 Vasto Mundo

UM ESPANTO: Fidel Castro e sua inacreditável ilha particular (que não é Cuba)

PARAÍSO SECRETO — Localizada a 15 quilômetros do litoral sul de Cuba, Cayo Piedra é, desde a década de 60, o refúgio particular e preferido de Fidel Castro (Foto: Reprodução/VEJA)
PARAÍSO SECRETO — Localizada a 15 quilômetros do litoral sul de Cuba, Cayo Piedra é, desde a década de 60, o refúgio particular e preferido de Fidel Castro (Foto: Reprodução/VEJA)
A ILHA DO CARA
Revelado o segredo dos altos índices de desenvolvimento humano em Cuba.
Eles devem estar sendo medidos na ilha privativa de Fidel Castro, um paraíso nababesco
Reportagem de Leonardo Coutinho publicada em edição impressa de VEJA
Cultuado pelos partidos de esquerda do Brasil e da América Latina, Fidel Castro vende com facilidade a falsa imagem do revolucionário despojado, metido antes em farda de campanha e, agora, na decrepitude, em agasalhos esportivos Adidas que ganha de presente da marca alemã.
Inúmeros relatos de pessoas que privaram da intimidade de Fidel haviam arranhado a aura de asceta do ditador cubano. Sabia-se que ele manda fazer suas botas de couro, sob medida, na Itália; que tem um iate e um jato particulares; come do bom e do melhor – enfim, nada diferente da vida luxuosa levada, em despudorado contraste com a miséria do povo, por tantos ditadores de todos os matizes ideológicos no decorrer da história.
Mas, como manda o manual do esquerdismo latino-americano, que nunca conseguiu se afastar do culto ao caudilhismo populista, se a realidade sobre Fidel desmentir a lenda, que prevaleça a lenda. Assim, a farsa sobrevive. Assim, as novas gerações vão sendo ludibriadas.
Resta ver se a farsa vai resistir às revelações sobre a corte de Fidel que aparecem na autobiografia de um ex-guar­da-costas do ditador, Juan Reinaldo Sánchez. O livro, que está chegando às livrarias brasileiras no fim de junho com o título A Vida Secreta de Fidel (Editora Paralela), revela excentricidades que seriam aberrantes mesmo para um bilionário capitalista.
Algum rentista de Wall Street tem uma criação particular de golfinhos destinados unicamente a entreter os netos?
Fidel tem.
Os líderes das empresas mais valorizadas do mundo, Google e Apple, que valem centenas de bilhões de dólares, são donos de ilhas particulares secretas, vigiadas por guarnições militares e protegidas por baterias antiaéreas?
Com um total de 1,5 quilômetro de extensão, as duas ilhotas têm uma estrutura luxuosa e recebem exclusivamente familiares e amigos íntimos do ditador (Foto: Reprodução/VEJA)
Com um total de 1,5 quilômetro de extensão, as duas ilhotas têm uma estrutura luxuosa e recebem exclusivamente familiares e amigos íntimos do ditador (Foto: Reprodução/VEJA)
Fidel tem tudo isso em sua ilha – e não se está falando de Cuba, que, de certa forma, é também sua propriedade particular.
O que o ex-guarda-costas revela em detalhes é a existência de uma ilha ao sul de Cuba onde Fidel Castro fica boa parte do seu tempo livre desde a década de 60. Nada mais condizente com uma dinastia absolutista do que uma ilha paradisíaca de usufruto exclusivo da família real dos Castro.
Juan Reinaldo Sánchez narra a liturgia diária do séquito de provadores oficiais que experimentam cada prato de comida e cada garrafa de vinho que chegam à mesa do soberano para garantir que não estejam envenenados. “A vida inteira Fidel repetiu que não possuía nenhum patrimônio além de uma modesta cabana de pescador em algum ponto da costa”, escreve Sánchez no seu livro.
A modesta cabana de Fidel é uma imensa casa de veraneio de 300 metros quadrados plantada em Cayo Piedra, ilha situada a 15 quilômetros da Baía dos Porcos, no mar caribenho do sul de Cuba. Quando Fidel conheceu Cayo Piedra, logo depois do triunfo de sua revolução de 1959, o lugar lhe pareceu o refúgio ideal para alguém decidido a nunca mais deixar o poder.
Eram duas ilhotas desertas sobre um banco de areia com uma rica fauna marinha. Condições excelentes para a caça submarina, um dos passatempos do soberano resignatário de Cuba. Muito se especulava sobre a existência do resort de Fidel, mas sua localização só se tornou conhecida agora, depois da publicação do livro de Sánchez.
O escritor colombiano Gabriel García Márquez, falecido recentemente, frequentava esse refúgio e, claro, nunca revelou o segredinho do amigo Fidel.
As coordenadas da casa principal de Cayo Piedra são: latitude 21°57¿52.06″N e longitude 81°7¿4.09″O. Além dela, o paraíso caribenho de areias branquinhas e mar transparente foi equipado com alojamento para a guarda pessoal, casa de criados, estação de geração de energia, baterias antiaéreas, um viveiro de tartarugas (Fidel as adora numa sopa), uma casa de hóspedes de 1 000 metros quadrados, piscina semiolímpica e um delfinário – que podemos apelidar, por que não, de a “Sea World do castrismo”.
Um lazer obsceno, quando se sabe que os cubanos não têm recursos para frequentar praias, reservadas aos turistas estrangeiros e seus dólares. Quando vão à praia, é para tentar um bico como guia ou se prostituir.
Em Cayo Piedra há também um heliporto, que serve apenas para o recebimento de suprimentos e para uma eventual emergência. Segundo Sánchez, Fidel só viajava para a ilha a bordo de seu iate – pelo menos até o seu câncer no intestino se agravar, em 2006.
Aquarama II é uma versão melhorada e ampliada de uma embarcação que ele confiscou de um milionário local depois de derrubar o governo de Fulgencio Batista, em 1959. Construído nos anos 70, o iate de Fidel tem 27,5 metros de comprimento e leitos para dezesseis pessoas, as mais privilegiadas no conforto de duas suítes.
O interior é revestido de madeiras nobres de Angola e há quatro motores – presentes do então líder soviético Leonid Brejnev – capazes de desenvolver a velocidade de 78 quilômetros por hora. No salão principal estão seis poltronas de couro negro. Uma delas, a maior, era exclusiva de Fidel. Ele costumava passar os 45 minutos da viagem bebendo uísque da marca Chivas Regal, o seu preferido, com gelo.
OSTENTAÇÃO — Fidel, em 1988, com o guarda-costas Juan Reinaldo, autor do livro devastador sobre o luxuoso estilo de vida do ditador socialista, ídolo do PT (Foto: SIPA Press)
OSTENTAÇÃO — Fidel, em 1988, com o guarda-costas Juan Reinaldo, autor do livro devastador sobre o luxuoso estilo de vida do ditador socialista, ídolo do PT (Foto: SIPA Press)
Em Cuba, uma garrafa custa 45 dólares, o dobro do salário mensal de um cidadão comum. Iate, mesmo que setentão? Um luxo, sem dúvida, ainda mais num país em que até os pescadores são proibidos de ter canoas, para evitar que fujam para os Estados Unidos, a 200 quilômetros de Cuba.
A residência de Fidel em Havana é uma casa de dois pavimentos com área construída de cerca de 1 200 metros quadrados e situada no centro de uma propriedade de 30 hectares, o equivalente a 36 campos de futebol. Conhecida como Ponto Zero, a área concentra ainda um conjunto de mansões onde vivem alguns de seus filhos.
Há casas de hóspedes, academia de ginástica, piscina, lavanderia industrial e até uma sorveteria exclusiva para a família Castro. As ruas dos arredores são inacessíveis para qualquer outro morador da cidade. O sítio urbano e cercado por muralhas de Fidel também tem um pomar, uma horta orgânica, um galinheiro e um curral.
O ditador é obcecado por suas vacas. No período em que Sánchez frequentou sua casa, cada integrante da família bebia o leite de uma vaca específica. A do ditador era a de número 5, o mesmo da camisa de basquete que ele usava na juventude.
Fidel dizia que o leite de cada vaca tinha um nível de acidez e que, depois de muitos testes e cruzamentos genéticos, ele havia encontrado o sabor de leite ideal para cada um dos cinco filhos que teve com Dalia del Valle, sua segunda mulher, com quem vive até hoje. (No total, Fidel tem nove filhos, incluindo um do primeiro casamento e três de relações extraconjugais.)
A farra das vacas leiteiras de Fidel é um acinte em um país em que apenas crianças de até 7 anos têm acesso garantido ao leite, e ainda assim limitado a 1 litro por dia.
Houve um tempo, conta o seu ex-se­gurança, em que Fidel guardava suas preciosas vacas na mesma casa em que morava uma de suas amantes, a revolucionária de primeira hora Celia Sánchez, no bairro de Vedado, um dos melhorzinhos de Havana. Celia, falecida em 1980, ocupava o 4º e último andar de um dos melhores imóveis da quadra.
No 3º andar, ficavam quatro vacas, que foram alçadas ao estábulo especial por meio de guindastes. Elas tinham em seus aposentos mais espaço do que a maioria dos seres humanos da capital, onde é comum que duas ou mais famílias sejam obrigadas a dividir um apartamento no qual deveria caber apenas um casal com dois filhos.
A relação obsessiva de Fidel com as vacas limita-se, aparentemente, à produção de leite. Uma delas, que chegou a figurar no Guinness por produzir 109 litros de leite em um único dia, está exposta no Museu da Revolução. Empalhada. À mesa, o ditador preferia peixe, lagosta, presunto espanhol e ovelha, enquanto os seus súditos se consideram afortunados quando têm carne de porco e, ainda mais raramente, de frango para comer.
Frutos do mar, para os cubanos, só em restaurantes turísticos e ao custo de um salário mensal. Não é difícil encontrar em Havana adultos que nunca comeram um bife de boi ou um assado de ovelha na vida. Pelo menos eles não convivem com a paranoia de morrer envenenado, como ocorre com Fidel, que exige que cada prato feito por seus dois chefs particulares seja provado antes por um funcionário ou pelo guarda-costas. Suas roupas, depois de lavadas e passadas, são submetidas a um teste de detecção de radiação.
Com o fim dos repasses de dinheiro da União Soviética para Cuba, no início da década de 90, conta o ex-guarda-costas, Fidel organizou um esquema de venda no mercado negro de diamantes contrabandeados de áreas de conflito na África e passou a vender serviços a traficantes colombianos. “Para Fidel, o narcotráfico era uma arma de luta revolucionária antes de ser um meio de enriquecimento ilícito”, escreveu Sánchez, que trabalhou com Fidel entre 1977 e 1994.
Ele foi demitido depois que o seu irmão fugiu de balsa para os Estados Unidos. Para Fidel, era inadmissível ter ao seu lado alguém que não previu que dentro de sua família havia “traidores da revolução”. Sánchez foi preso. Depois de dois anos na cadeia, passou uma década tentando fugir do país. Conseguiu em 2008, e levou consigo alguns segredos de Fidel.

 

jueves, 22 de mayo de 2014


LA VERDADERA VIDA DE FIDEL CASTRO: YATES, RESIDENCIAS LUJOSAS Y VIAJES CON MILLONARIOS

 
Su guardaespaldas durante 17 años cuenta que el dictador cubano “nunca ha renunciado al confort del capitalismo ni ha vivido con austeridad”.
 
 
(LD/AGENCIAS).- “En contra de lo que siempre dice, nunca ha renunciado al confort del capitalismo ni ha elegido vivir con austeridad”, escribeJuan Reinaldo Sánchez, que durante 17 años fue guardaespaldas de Fidel Castro y que ahora publica un libro sobre la vida privada del líder de la revolución cubana.
 
 
Yates lujosos, una veintena de residencias repartidas por toda la isla o partidas de caza “a lo Luis XV”, tanto en las frondosas provincias del norte como en los privilegiados fondos marinos, son algunos de los detalles que saca a la luz La cara oculta de Fidel Castro, escrito junto al periodista francés Axel Gyldén y que estará en las librerías francesas el próximo día 28.
 
El comandante se cuidó mucho de mantener lejos de la vista de los cubanos su vida privada, “el secreto mejor guardado de la Revolución”, asegura Juan Reinaldo Sánchez, según los extractos del libro que ha podido consultar Efe.
 
 
El hombre que acompañó casi a diario a Fidel entre 1977 y 1994 describe el lujoso yate del líder, Aquarama II, copiado del de un allegado del régimen de Fulgencio Batista (presidente de Cuba entre 1940-1944 y de facto en 1952-1959), con cuatro motores, que le regaló el dirigente soviético Leónidas Breznev.
 
 
Fondeado en su puerto privado de Bahía de Cochinos, cada paseo del barco implica todo un despliegue, que incluye otros dos navíos, uno de ellos totalmente medicalizado, una patrullera militar y varios aviones en alerta para evitar que el comandante sufra un atentado.
 
 
En general, el Aquarama II sirve para dar agradables paseos marítimos, pero también para ir a Cayo Piedra, una pequeña isla situada en el sureste de Cuba, un “paraíso para millonarios” en el que Castro reposa rodeado de lujo. Fidel Castro ha dado a entender que la Revolución no le dio ningún respiro, ningún placer; que ignoraba y despreciaba el concepto burgués de vacaciones. Mentía”, afirma Sánchez.
 
El guardaespaldas relata que él estuvo “cientos de veces” en ese “pequeño paraíso”, donde era el encargado de escoltar al comandante durante sus numerosas batidas de caza submarina en unos fondos marinos casi vírgenes.
 
 
En cuanto el tiempo era clemente, Fidel y su esposa Dalia acudían casi cada fin de semana a Cayo Piedra, mientras que en la temporada de lluvias el comandante prefería la caza del pato en la mansión La Deseada, situada en la provincia de Pinar del Río.
 
“En agosto, los Castro se instalaban durante un mes en su isla de ensueño”, desde la que el líder acudía a La Habana en helicóptero si algún imperativo así lo exigía, añade.
 
Ningún cubano de a pie penetró en la secreta isla de Castro, a la que solo un reducido grupo de privilegiados, casi todos extranjeros, fueron invitados.
 
 
Reinaldo Sánchez recuerda al expresidente colombiano Alfonso López Michelsen, al empresario francés Gérard Bourgoin, conocido como el “rey del pollo”, el propietario de la CNN Ted Turner o el dictador de la República Democrática Alemana Erich Honecker. Aunque los más habituales del lugar eran el escritor Gabriel García Márquez y el héroe de la revolución Antonio Núñez Jiménez.
 
En una de esas visitas, indica el autor, Fidel propuso a Gabo lanzarse a la conquista de la presidencia colombiana con el apoyo de Cuba, pero el escritor “prefería disfrutar de los placeres de la vida quedándose confortablemente al margen de la política”.
 
 
Lo que no consiguió con García Márquez, tener un peón en Colombia, lo logró años más tarde con Hugo Chávez en Venezuela, señalaReinaldo Sánchez, quien asegura que el líder cubano “siempre tuvo en la línea de mira el petróleo” de ese país. “Sabía que era la clave para financiar su sueño internacionalista de oponerse a Estados Unidos, agrega.
 
La cara oculta de Fidel Castro no describe solo el lujo de la vida del dictador cubano, sino que también analiza otros aspectos de su régimen, la dinastía familiar, seguida por la de su hermano Raúl. El ex guardaespaldas también se centra en la costumbre que tenía Fidel de grabar a todos sus colaboradores y allegados o su intento por extender la revolución a Nicaragua.
 
Reinaldo Sánchez cayó en desgracia en 1994 por pedir la retirada y la jubilación. Fue encarcelado y, tras múltiples peripecias, logró escapar en 2008 para reunirse con su familia en Estados Unidos.
 
 
NOTA: Las imágenes y destacados no corresponden a la nota original.

Leia mais textos sobre o magnata-tirano que é líder da América Latrina:

OBS: Você está recebendo este e-mail porque está cadastrado na relação de distribuição do autor Félix Maier (ttacitus@hotmail.com)

Eleicoes 2014: o patrimonio dos candidatos, do mais rico ao mais pobre (zero patrimonio)

Eymael tem maior patrimônio, e Rui Costa Pimenta declara não ter bens

Dados fazem parte de documentos apresentados no registro de candidatura.
Aécio tem R$ 2,5 milhões; Dilma, R$ 1,7 milhão; e Campos, R$ 546 mil.

Do G1, em Brasília, 8/07/2014
PATRIMÔNIO DOS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA
Candidato
Valor declarado
Eymael (PSDC)
R$ 17.009.306,11
Aécio Neves (PSDB)
R$ 2.503.521,81
Dilma Rousseff (PT)
R$ 1.750.695,64
Levy Fidelix (PRTB)
R$ 649.638,19
Eduardo Campos (PSB)
R$ 546.799,50
Eduardo Jorge (PV)
R$ 412.453,12
Mauro Iasi (PCB)
R$ 204.348,57
Luciana Genro (PSOL)
R$ 185.189,95
Pastor Everaldo (PSC)
R$ 121.391,41
Zé Maria (PSTU)
R$ 20.000,00
Rui Pimenta (PCO)
R$ 0,00
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
O político e empresário José Maria Eymael (PSDC) tem o maior patrimônio entre os candidatos à Presidência da República - R$ 17 milhões, segundo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no registro de candidatura. Entre os 11 postulantes ao Planalto, Rui Costa Pimenta é o que tem menor patrimônio: declarou à Justiça não possuir nenhum bem neste ano.
Os dados fazem parte dos documentos entregues pelos candidatos para concorrer à Presidência – o prazo terminou no sábado (5) – veja abaixo a lista completa dos candidatos à Presidência e o valor dos respectivos patrimônios.
No patrimônio de Eymael estão imóveis no estado de São Paulo, quatro carros, ações, aplicações e uma balsa salva-vidas, além de um barco.
Aécio Neves tem o segundo maior patrimônio entre os presidenciáveis. Ele declarou ter dois apartamentos e lotes em Minas Gerais, um Land Rover, joias de família, aplicações e ações. Em nota, o senador informou que o patrimônio cresceu em relação à eleição de 2010 porque recebeu herança do pai, falecido em outubro de 2010.
Dilma Rousseff declarou bens que totalizam R$ 1,75 milhão. Há imóveis, lote, um carro e jóias. Ela declarou ter R$ 172 mil em espécie. Em seguida aparece Levi Fidelix, com patrimônio de R$ 649 mil. Ele afirma ter um carro e valores em contas em vários bancos.
Eduardo Campos, que declarou R$ 546 mil, informou ter dois imóveis, lotes, dois carros e cotas de uma agropecuária, além de dinheiro no banco. O candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge, declarou que os bens somam R$ 412 mil – entre eles, estão uma casa, um terreno, dois carros e dinheiro no banco.

Copa do Mundo: com brasileiro nao ha quem possa - Guilherme Fiuza

A taça é deles (e a conta é nossa)
Guilherme Fiuza
O Globo, 6/07/2014

País gastou com os estádios da Copa mais do que Alemanha e África do Sul juntas. Com brasileiro não há quem possa
Os pessimistas e a elite branca deram com os burros n’água: a Copa do Mundo no Brasil é um sucesso. A bola está rolando redondinha, os gramados estão todos verdinhos e o país chegou até aí batendo mais um recorde: gastou com os estádios da Copa mais do que Alemanha e África do Sul juntas. Com brasileiro não há quem possa.
Aos espíritos de porco que ainda têm coragem de reclamar do derrame sem precedentes de dinheiro público promovido pelos faraós brazucas, eis a resposta definitiva e acachapante: a Copa no Brasil tem uma das maiores médias de gols da história. Fim de papo. De que adianta ficar economizando o dinheiro do povo, evitando os superfaturamentos e as negociatas na construção dos estádios, para depois assistir a um monte de zero a zero e outros placares magros? Fartura atrai fartura. Depois da chuva de verbas, a chuva de gols. É a Copa das Copas. Viva Messi, viva Neymar, viva Dilma.
Está todo mundo feliz, e o país mais uma vez se renderá a Lula. O oráculo afirmou que era uma babaquice esse negócio de querer chegar de metrô até dentro do estádio. Que o brasileiro vai a jogo até de jegue. O filho do Brasil mais uma vez tinha razão.
O país teve sete anos para usar a agenda da Copa e investir seriamente em infraestrutura de transportes. Sete anos para planejar e executar uma expansão decente do metrô nas capitais saturadas, por exemplo — obras caras que dependem do governo federal. Ainda bem que nada disso foi feito, e as capitais continuaram enfrentando sua bagunça a passo de jegue. Seria um desperdício, porque todo mundo sabe que essa mania de querer chegar aos lugares de metrô é uma babaquice da elite branca. Felizmente, o dinheiro que seria torrado nessa maluquice foi bem aplicado nos estádios mais caros do mundo, entre outros investimentos estratégicos.
Agora a Copa deu certo, o brasileiro está sorrindo e a popularidade de Dilma voltou a subir — provando de uma vez por todas que planejamento sério é uma babaquice. O que importa é bola na rede.
Nos anos que antecederam a Copa das Copas, os pessimistas encheram a paciência do governo popular com a questão dos aeroportos. Mas o PT resistiu mais uma vez à conspiração dessa burguesia ociosa que reclama de tudo. E deixou para privatizar (que ninguém nos ouça) os aeroportos às vésperas da Copa. Foi perfeito, porque sobrou mais tempo para o bando da companheira Rosemary Noronha parasitar o setor da aviação civil, proporcionando aos brasileiros o que eles mais gostam: ser maltratados nos aeroportos em ruínas, se possível derretendo com a falta de ar-condicionado (o que Dilma chamou carinhosamente de “Padrão Brasil”).
Os pessimistas perderam mais essa. Na última hora, com um show vertiginoso de remendos e puxadinhos (Brasil-sil-sil!), os aeroportos nacionais não obrigaram nem uma única delegação estrangeira a vir para a Copa de jegue. Todas as seleções entraram em campo — a televisão está de prova. E, no que a bola rolou, quem haveria de memorizar detalhes insignificantes, como metade dos elevadores da Favela Antonio Carlos Jobim enguiçados, além de algumas esteiras e escadas rolantes interditadas, entre outros desafios dessa gincana Padrão Brasil?
Ora, calem a boca, senhores pessimistas. A Copa deu certo. A Rosemary também.
Quem vai cronometrar o tempo dos otários nas filas monumentais? Os cronômetros só medem a posse de bola. E bem feito para quem ficou preso nos engarrafamentos a caminho do estádio, de casa ou de qualquer lugar. Lula avisou para ir de jegue. Você ficou engarrafado porque é um membro dessa elite branca que contribui para o aquecimento global. Além de tudo, é ignorante, porque ainda não entendeu que o combustível no Brasil foi privatizado pelos companheiros e seus doleiros de estimação. Como diria o petista André Vargas ao comparsa Alberto Youssef, o petróleo é nosso.
Além de jegue e jabuticaba, o Padrão Brasil tem feriado. Muito feriado. Quantos o freguês desejar. Pode haver melhor legado que esse para a mobilidade urbana? Se todo mundo andar de jegue e ninguém precisar ir trabalhar, acabaram-se os problemas viários. Poderemos ter Copa todo mês. E os brasileiros não precisarão mais correr riscos com obras perigosas como os viadutos — que, como se sabe, desabam.
A Copa no Brasil tem tido jogos realmente emocionantes. É o triunfo do único inocente nessa história — o futebol. Viva ele. Os zumbis que ficavam gemendo pelas ruas que “não vai ter Copa” sumiram na paisagem do congraçamento das torcidas. Mas é claro que isso será entendido pela geleia geral brasileira como... gol da Dilma! É a virada dos companheiros, a vitória dos oprimidos palacianos sobre as elites impatrióticas etc. A taça é deles. E a conta é nossa.
Se você não suporta mais essa alquimia macabra, que faz qualquer sucata populista virar ouro eleitoral, faça como os atletas do Felipão: chore.
Guilherme Fiuza é jornalista 

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...