sábado, 12 de julho de 2014

Universidades: o fracasso comprovado - Eduardo Dorneles

O FRACASSO DO ENSINO SUPERIOR

Zero Hora, 11 de julho de 2014EDUARDO DORNELES
Estudante de Letras
Vocês já devem saber disto, mas sempre vale a pena recordar: 38% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais; a média de livros consumidos pelos acadêmicos não supera quatro exemplares ao ano; não há universidades brasileiras no ranking das 200 melhores do mundo. Ou seja: a educação no país beira o caos.
Diferente do que unanimemente se vê por aí, a culpa, definitivamente, não é do Estado. Investimento existe. A forma como é feito esse investimento deve ser questionada, mas existe. O grande desafio é identificar a responsabilidade para o insucesso das políticas educacionais no país. Podemos começar com dois pontos.
Primeiro: a universidade brasileira se tornou um celeiro de militantes esquerdistas. Se hoje o que enxergamos é um caos moral, uma leviandade ética, uma anarquia intelectual e um autoritarismo ideológico, é porque geração após geração a mentalidade da juventude tem sofrido influência direta de materiais literários questionáveis e, na maioria das vezes, limitadíssimos _ para não dizer que são, simplesmente, muito ruins. Karl Marx, Antonio Gramsci, Georg Lukács, Michel Foucault, entre outros “intelectuais” esquerdistas que recheiam as bibliotecas universitárias e fazem os professores chorarem de emoção ao indicá-los aos seus alunos, são bons exemplos de filosofias e ideias que pululam sob a geração atual.  Fora isso, nada entra. Reduzindo a educação superior no Brasil a uma cartilha ideológica.
Segundo: a paixão avassaladora do brasileiro por diplomas e títulos que permitam um melhor emprego enquanto o conhecimento é jogado para escanteio. Isso faz com que o processo de lapidação do intelecto seja substituído pela simples “decoreba” do mínimo que se exige para, no menor tempo possível, concluir a graduação e adquirir uma melhor remuneração.
Unindo esses dois pontos à falácia de que educação é um direito _ o que implica que o Estado tem o dever de fazer com que você se torne um intelectual, mesmo você se esforçando para não ser _ e não uma responsabilidade do indivíduo, está pronta a mistura para o fracasso da universidade brasileira.

Futebras: fazer no futebol o mesmo estrago que ja fizeram na economia - Rolf Kuntz

Eles são incorrigíveis os companheiros: depois de colocar Keynes de ponta cabeça, ao combinar inflação e recessão, eles agora pretendem estender a desgraça ao futebol.
Paulo Roberto de Almeida 
Estamos salvos. O México superou o Brasil como maior produtor latino-americano de veículos, no primeiro semestre, a maior parte da indústria continua em crise - e demitindo - e a corrente de comércio encolhe, mas o governo promete consertar o futebol. A ideia é intervir na atividade, impor novos padrões de gestão aos clubes e até impedir a exportação de jovens craques, segundo anunciou na quinta-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. "Não podemos continuar exportando jogadores que são a maior atração do futebol brasileiro", disse no mesmo dia a presidente Dilma Rousseff. Para a presidente e sua trupe, a derrota por 7 a 1 deve ser um desastre muito maior que a devastação econômica dos últimos anos - uma mistura de estagnação industrial, inflação elevada, contas públicas em deterioração e contas externas esburacadas. Nos 12 meses até maio, o déficit em conta corrente chegou a US$ 81,85 bilhões, 3,61% do produto interno bruto (PIB) estimado, e as condições de financiamento têm piorado. Podem ficar mais desfavoráveis com o fim dos estímulos monetários americanos, previsto para outubro, mas nada parece tão grave, para o governo, quanto o fracasso no futebol.
Ah, dirão os otimistas, esse comentário é injusto, até porque um novo pacote econômico e financeiro foi lançado na mesma quinta-feira, com a publicação da Medida Provisória (MP) 651. Mas a novidade é pouca, na parte econômica, e as principais medidas já foram testadas nos últimos anos, com escasso resultado.
A desoneração da folha de pessoal, concedida a 56 setores e contrabalançada por outra forma de tributação, pouco afetou os custos. A maior parte das empresas continua com problemas na gestão de pessoal. Sem disposição para reformar de fato o sistema previdenciário, o governo continua adotando remendos. Temporária até agora, a mudança deve tornar-se permanente, mas nem por isso o remendo deixa de ser remendo. Não se resolve o problema das empresas nem se arruma a Previdência.
O Reintegra, agora com alíquotas variáveis de 0,1% a 3%, definíveis a cada ano, permite a recuperação parcial dos impostos pagos na cadeia produtiva. Neste ano, o benefício será de 0,3%. A variação anual prejudicará o planejamento dos exportadores e, no balanço geral, os brasileiros continuarão em desvantagem diante dos estrangeiros. Além disso, a política federal é inócua em relação a um dos principais problemas - a dificuldade de acesso aos créditos do ICMS, o tributo estadual sobre circulação de mercadorias e serviços. Aceito pelos empresários na falta de algo mais sério, o Reintegra também é um remendo.
Em quase 12 anos, a administração petista foi incapaz de formular e de negociar uma revisão ambiciosa e eficaz do sistema tributário. Em vez disso, têm tramitado no Congresso propostas voltadas para o atraso, favoráveis à perpetuação da guerra fiscal e à desmoralização definitiva do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Aprovado o fim da unanimidade para aprovação de incentivos, estará preparado o campo para uma guerra mais intensa entre regiões e entre Estados - e para mais distorções, é claro, das decisões sobre investimentos privados.
A mudança do Refis, o programa de parcelamento de débitos fiscais, é mais um mimo aos sonegadores e mais um esforço para juntar migalhas e chegar mais perto da meta de superávit primário. Os pagamentos iniciais de quem entrar no programa serão reduzidos. Por exemplo: para os devedores de até R$ 1 milhão, a prestação inicial cairá de 10% para 5%. Haverá facilidades decrescentes para débitos até R$ 20 milhões. Acima desse valor, a entrada será de 20%. Além disso, empresas já inscritas no parcelamento poderão ter descontos se anteciparem a quitação de 30% da dívida restante. Com os novos estímulos, a previsão de receita do Refis para 2014 sobe de R$ 12,5 bilhões para R$ 15 bilhões. Outros R$ 2 bilhões, primeira parcela de um total de R$ 15 bilhões, já estão garantidos: serão pagos pela Petrobrás pela transferência, sem licitação, de quatro áreas do pré-sal. Todo esse dinheiro, somado aos bônus de concessões de infraestrutura e aos dividendos mais gordos extraídos das estatais, tornará mais fácil fechar as contas. Nem pensar em austeridade, especialmente em ano de eleições. Além do mais, é preciso levar em conta o peso de outros mimos tributários, como a prorrogação do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automobilístico. Também para compensar essa bondade seletiva será preciso juntar trocados aqui e ali.
É difícil dizer se o governo insiste nessas medidas por teimosia, firmeza de princípio ou incapacidade total de perceber os fatos, mesmo retratados em números oficiais - como a estagnação dos três anos anteriores e a perspectiva de crescimento abaixo de 2% em 2014 e de novo fiasco em 2015. Com a indústria incapaz de competir, o Brasil só continuou salvo de um desastre cambial, neste ano, graças ao superávit comercial de US$ 49,11 bilhões acumulado pelo agronegócio entre janeiro e junho - mesmo com preços em queda. Reservas cambiais acima de US$ 370 bilhões dão segurança temporária contra choques externos. Mas segurança de fato no balanço de pagamentos só se alcança por meio de competição nos mercados de bens e serviços. Nesse jogo, só o chamado setor primário tem obtido resultados. Se protecionismo e favores seletivos substituíssem poder de competição, a Argentina jamais teria chegado a um passo de um segundo calote. Afinal, teve 13 anos, desde o fim de 2001, para investir e ganhar eficiência. Mas o governo desperdiçou o tempo com besteiras intermináveis, como barreiras à exportação de alimentos para maquiar a inflação. No Brasil já se cometeu bobagem parecida com o couro, para favorecer a indústria de sapatos. A próxima asneira poderá ser o entrave à exportação de jogadores. Haverá quem aplauda.

Futebras: o totalitarismo genetico dos companheiros - Editorial Estadao

Em fim de governo, Dilma pensa que está em Cuba.
A estatização do futebol, impedindo a saída dos jogadores para o exterior, é digna de Raúl Castro e do ditador da Coreia do Norte, Kim jong-un. Como diz editorial do Estadão, o chutão ficaria melhor na página fake Dilma Bolada, mantida por um agressivo boateiro que é recebido no Palácio:

Ficaria melhor na Dilma Bolada - a falsa página da presidente nas redes sociais - do que na CNN, onde apareceu na quinta-feira, o que provavelmente foi o mais tosco chutão da chefe do governo nestes três anos e meio no Planalto. Numa entrevista gravada no dia seguinte à catástrofe do Mineirão, ao defender uma "renovação" do futebol brasileiro, Dilma disse que "o Brasil não pode mais continuar exportando jogador". E, para deixar claro que o "não pode" seria uma proibição pura e simples, ela emendou de bico: "Um país, com essa paixão pelo futebol, tem todo o direito de ter seus jogadores aqui e não tê-los exportados".
Em um surto provocado por uma mistura tóxica de oportunismo - para que o pó da derrota em campo não se deposite sobre o projeto da reeleição - e conhecido vezo autoritário, Dilma falou como quem quer cassar o direito constitucional dos brasileiros de ir e vir, dentro ou para além das fronteiras nacionais, como se o Brasil fosse uma Cuba ou Coreia do Norte. Para justificar a enormidade, deu uma pisada na bola de envergonhar um perna de pau. "Exportar jogador", caraminholou, "significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios." Revelou involuntariamente, portanto, saber muito bem que boa parte ou o grosso dos US$ 4 bilhões despejados na construção e reforma das arenas da Copa serviu apenas para legar ao País uma manada de elefantes brancos.
Aprisionar os nossos jovens mais promissores - como se isso fosse possível - absolveria, nos descontos, a megalomania dos governos petistas de mostrar ao mundo o que o Brasil, sob a sua iluminada condução, é capaz de fazer. Pura má-fé. O fato singelo é que, no mundo globalizado, assim como profissionais de outras áreas, jogadores migram para países onde o seu trabalho se inscreve em um negócio extraordinariamente bem-sucedido. Ali podem ganhar em um mês o que aqui levariam anos. Isso porque a estrutura do futebol brasileiro é sabidamente arcaica, corrupta e falida. O povo não esperou a seleção ser goleada para desprezar os cartolas que enfeudam clubes, associações e, claro, a CBF.
Faz uma eternidade que essa estrutura precisa ser "renovada", como Dilma parece ter descoberto. Mas não a submetendo à tutela estatal, como prega o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do PC do B. Invocando nada menos do que o interesse da Pátria, ele defende uma "intervenção indireta" (sic) numa atividade da qual a própria lei (no caso, a Lei Pelé, promulgada em 1998) aparta o poder público. Para começar, como ele deveria saber, a Fifa proíbe a intromissão de governos nas federações nacionais. Agora mesmo a Nigéria foi suspensa por ter o governo removido dirigentes de sua entidade futebolística. De resto, a promiscuidade entre autoridades e cartolas multiplicaria os focos de corrupção, sem modernizar o esporte.
O Estado pode, sim, impor aos clubes uma série de condições para rolar as suas intermináveis dívidas com o erário, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz com os governos que lhe pedem socorro. O projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, pronto para ser votado na Câmara, condiciona o acesso dos clubes ao crédito oficial à arrumação de suas finanças, reforma administrativa e pagamento em dia dos salários de seus contratados. O Estado também pode - e deve - controlar a migração de menores de 18 anos. Embora a Fifa proíba que sejam importados por clubes estrangeiros, estes driblam a barreira contratando formalmente um de seus parentes. Como no gramado, bastam regras e juízes que punam os transgressores.
No mais, que o Brasil aprenda com o que os dirigentes e jogadores alemães fizeram para renovar o futebol nacional depois da sua vexatória eliminação da Eurocopa em 2004. Como relatou o repórter Jamil Chade no Estado de quinta-feira, eles traçaram e foram fiéis a um plano de renovação de quadros, no qual investiriam ao longo do tempo US$ 1 bilhão. Minguaram as contratações de estrangeiros em benefício do talento local. Os ingressos foram congelados. Ainda assim, o campeonato alemão é o mais rentável da Europa. Os clubes são prósperos. O Bayern de Munique tem 11 times completos - fora a equipe principal. E o Estado não teve nada com isso.

Politica economica companheira: deu tudo errado - Eduardo Gianetti da Fonseca

Eduardo Giannetti da Fonseca
Folha de S. Paulo, 11/07/204

O passado não pode ser mudado --é lenha calcinada. O futuro será o que fizermos dele --é promessa de combustão. Daí que todas as nossas escolhas na vida prática, como ensina George Shackle, "se dão sempre entre pensamentos, pois será sempre tarde demais para escolher sobre os fatos".

O início formal da campanha convida a refletir sobre o caminho trilhado e as opções em jogo. Ao término do mandato, há duas formas básicas de se avaliar um governo.

A primeira é interna: o governo realizou o que se propôs a fazer? Trata-se de medir a gestão por sua própria régua: o hiato entre propósitos declarados e resultados obtidos. Já a avaliação externa questiona o teor da visão estratégica --ou a falta dela-- que norteou a ação do governo. O exame recai sobre o projeto perseguido: a pertinência dos valores e prioridades revelados pelas políticas implementadas.

Como o espaço é exíguo, atenho-me neste artigo a uma avaliação interna do governo Dilma na área de atuação em que o hiato entre o almejado e o obtido foi mais gritante --a economia.

Três grandes paradoxos marcam a atual gestão.

Dilma elegeu-se e governou sob o signo da aceleração do crescimento. Ultrapassado o impacto da crise global, a intenção era dar sequência à vigorosa recuperação de 2010 e superar os 4% de média anual dos governos Lula. Apesar de todo o empenho sincero --e em boa parte por causa dele, na medida em que a adoção de uma pletora de medidas "ad hoc" gerou grave incerteza sobre as regras da economia-- o resultado foi justamente o contrário do pretendido.

O governo Dilma encerra o mandato com a menor taxa de crescimento de toda a era republicana, excetuados os governos Floriano Peixoto e Collor. No acumulado de 2011 a 2014, nosso crescimento deverá ficar em 61% do verificado na América Latina.

O segundo paradoxo decorre do voluntarismo na política monetária. Movido pela intenção louvável de reduzir o custo dos investimentos, o governo Dilma fez da queda da taxa Selic sua grande bandeira. Só que em vez de criar condições reais para isso, forçou uma redução prematura e viu a inflação extrapolar o teto da meta.

Deu no que deu: o Brasil volta a ostentar a maior taxa de juros real planetária e a Selic deverá terminar o atual mandato acima do patamar inicial --fato inédito desde a adoção do regime de metas em 1999.

E, por fim, a joia da coroa. Um governo de claro perfil estatizante mas que, graças a barbeiragens e gambiarras em série, logrou a proeza de prejudicar seriamente nossas duas maiores estatais, Petrobras e Eletrobras, deprimindo seu valor patrimonial e tolhendo sua capacidade de investimento. Os resultados, outra vez, tripudiam das intenções. Obra de rara alquimia.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

More Turner & the Sea, at the Peabody Essex Museum, Salem, MA

PEM PRESENTS TURNER & THE SEA

Released March 10, 2014

PEM presents Turner & the Sea

Turner1
On view May 31 to September 1, 2014
SALEM, MA - The Peabody Essex Museum (PEM) presents the largest US exhibition of Joseph Mallord William Turner's maritime paintings. Turner & the Sea features more than 100 works spanning the fifty-year career of one of Britain's celebrated painters. Encompassing oils, watercolors, prints and sketches from the 1790s to the mid-1800s, this first full-scale examination of Turner's lifelong attraction to the sea follows the artist's evolution from precocious young painter to one of the most important, controversial and prolific masters of his art. Dramatic and roiling, sunlit and cloudstruck, the power of Turner's glorious canvases changed the maritime aesthetic and influenced countless painters hundreds of years after his time.
Turner painted the sea more often than any other subject, and it was central to his artistic vision from his earliest, career-establishing works right to the very end of his productive life. The sea in itself would provide endless pictorial inspiration with its physical characteristics and inherent poetry.  The infinitely mutable nature of water and its relationship with light would offer everlasting interest and challenge to any painter. Combined with the sociopolitical realities of Turner's surroundings, there was no escaping the magnetism of the sea as subject matter. In Turner's time, Britain was engaged in decades of naval conflict and life on the open seas was very much in the public imagination.
"Turner lived in one of the world's most powerful nations at the water's edge for much of his life, at the very peak of British sea power. As any great artist will do, he embraced the atmosphere of his time and presented it through his work. Turner's talent was such that he went a step further and also redefined marine painting, and perhaps all painting, forever," said Daniel Finamore, the Russell W. Knight Curator of Maritime Art and History.
Turner & the Sea is organized in seven thematic sections:
Turner on Show
Turner was an accomplished showman from the start of his career, strategically displaying works to generate patronage and publicity. He used marine painting to explore dramatic subjects and introduce dynamic colors which commanded the viewer's attention in crowded and tightly hung galleries.
Featured in this section is Fishermen at Sea, the first oil painting Turner exhibited at the Royal Academy in 1796. It shows the young artist's command of a rich Continental tradition of marine painting. While studiously reflecting on the art of the past, Turner also instills the work with contemporary relevance.
Charted Waters
When Turner entered the Royal Academy Schools in 1789, marine painting had a long and prestigious history, including work by celebrated artists from the Netherlands and France. Their legacy, alongside a century-old tradition of marine painting in Britain, served as a benchmark against which Turner's early artistic efforts were judged. 
Turner studied the art of the past at every opportunity and responded in new and often unexpected ways. At the same time, political revolution across the Channel, resulting in a new war with France from 1793 on, gave added importance to the art of the sea for British artists and their public.
'M' for Marine
Turner was as well known for his works on paper as for his larger exhibited oil paintings. Working in watercolor and other media allowed him to explore the sea in different ways by following stretches of the British coast through a series of related images.
At the heart of this enterprise was a collection of prints called the Liber Studiorum or Book of Studies. It was an ambitious print project intended to be a bold new manifesto for British landscape art. Turner assigned different letters to each category of landscape painting and included them at the top of each image. Marine painting was identified by the letter 'M'.
Contested Waters
Turner enjoyed the public acclaim he received and relished the sense of competition that was encouraged by the London art world. He followed his fellow artists closely, especially those he most admired, and was quick to respond if ever their work threatened to overshadow his own. In the 1820s, a new generation of marine painters emerged to challenge his position. They often followed Turner's example by emulating the style of painting that had first brought him to public attention. Turner responded by taking his work in a new direction.
Most notably, he developed a new approach to epic history painting.  In The Battle of Trafalgar, 21 October 1805 Turner alludes to the death of a single hero, Admiral Horatio Lord Nelson, within the context of the entire battle, all moments leading to victory shown at once in a feat of collapsed time and space.
Imagining the Sea
Turner was rarely without a sketchbook and colors, whether working at home or during his many journeys throughout Britain and on the Continent. At the end of his life, around 20,000 of his drawings and watercolors, together with numerous unfinished oil paintings, were left to the British people as the Turner Bequest.
Works in this section, including the 1845 watercolor, Whalers at Sea at Sunset, shed light on the more enigmatic aspect of Turner's artistic pursuit of the sea. Some provide a unique insight into his travels - which, by sea, were frequent but short and mainly coastal - while others reveal a spontaneous, experimental side to his studio practice. Since his death in 1851, these once-private studies have helped shape Turner's reputation as much as the oil paintings and watercolors that were finished and exhibited during his lifetime.
Making Waves
Turner's final seascapes were unbound by the established rules and conventions of maritime art. His exhibited works continued to divide opinion by representing the sea in obviously modern ways. He also began a series of experimental canvases-of which Snow Storm-Steam-Boat off a Harbour's Mouth is a prime example-that revealed a deepening interest in the open sea and a quest to capture in paint the atmospheric effects and the emotional experience of being a vulnerable human being in an overwhelming tempest.
Turner's last works, whether finished paintings destined for the Academy exhibition room or unfinished 'works-in-progress', attest to the extraordinary path his career had followed. It left the impression of a lifelong creative engagement with the sea that remained, inevitably, unresolved.
Atlantic Crossings
At the time of Turner's death in 1851, only a handful of his original works had traveled across the Atlantic but his influence among American artists was profound. Some saw them on trips to Great Britain while others viewed only his more widely disseminated prints.
American identity was deeply intertwined with first-hand experiences of the sea, and artistic expressions of exposure to unrestrained nature-as in popular literary works by Poe, Cooper, Melville and Dana-were perceived as inherently American. Turner's artistic legacy resounded with America's most prominent painters well into the twentieth century, and continues unabated today.  James Abbott McNeill Whistler's admiration of Turner is evident in hisCrepuscule in Flesh Colour and Green: Valparaiso in which the painter employs subtle harmonies of color and their suggestive mood to evoke the feeling of twilight.
The extraordinary quality of the works gathered together for Turner & the Sea confirms the artist's status as the pre-eminent painter of water, and demonstrates his unique ability to represent the elemental power of the sea. The exhibition features items on loan from some of the world's most prestigious artistic institutions including: Tate Britain, Yale Center for British Art, British Museum, Victoria and Albert Museum, Royal Albert Memorial Museum, Kimbell Art Museum and National Gallery of Art, Washington.
EXHIBITION CREDIT
Turner & the Sea has been produced by the National Maritime Museum, part of Royal Museums Greenwich, London. Supported by an indemnity from the Federal Council on the Arts and the Humanities. Generous support provided by The Manton Foundation, with additional generous support from Carolyn and Peter S. Lynch and The Lynch Foundation. Support provided by the East India Marine Associates of the Peabody Essex Museum. 
IMAGE CREDIT
Joseph Mallord William Turner, Venice: The Dogana and San Giorgio Maggiore (1834). National Gallery of Art, Washington, D.C. Widener Collection.

Turner & the Sea: Exhibition at the Peabody Essex Museum of Salem, MA - programa de fim de semana...

Turner & the Sea

Turner & the Sea

On view May 31, 2014 to September 1, 2014
Located in the: Special Exhibition Galleries
In the first full-scale examination of Joseph Mallord William Turner's lifelong preoccupation with the sea, this exhibition features iconic works spanning the artist's career from his transformative Academy paintings of the late 1790s and early 1800s, to the unfinished, experimental seascapes produced towards the end of his life. At turns dramatic, contemplative, beautiful and sublime, the sea's mercurial properties captivated Turner and his contemporaries who repeatedly returned to the subject. Iconic Turner masterpieces are exhibited alongside works by other major European and American artists, providing a rich artistic context for Turner's groundbreaking vision.
Turner & the Sea was produced by the National Maritime Museum, part of Royal Museums Greenwich, London. Supported by an indemnity from the Federal Council on the Arts and the Humanities.
Carolyn and Peter S. Lynch and The Lynch Foundation, and The Manton Foundation provided generous support.
The East India Marine Associates of the Peabody Essex Museum also provided support.
Media Partners:
TBG
WBZ 38

Images

Venice: The Dogana and San Giorgio Maggiore, 1834
East Cowes Castle, the Seat of J. Nash, Esq. the Regatta Beating to Windward (1828)
Fishermen at Sea (exhibited 1796)
Staffa, Fingal’s Cave (1831-1832)
Sheerness as Seen from the Nore (1808)
The Loss of an East Indiaman (circa 1818)
Sunset at Ambleteuse (c. 1845)
The Battle of Trafalgar, 21 October 1805

Fidel Castro e Hannah Arendt em Princeton - Rafael Rojas (El Pais)

La noche que Hannah Arendt escuchó a Fidel Castro

El líder cubano dictó una conferencia magistral en la Universidad de Princeton en 1959

Los archivos de la Universidad de Princeton guardan una historia que ayuda a comprender la deriva totalitaria de la Revolución Cubana y la difícil lectura que hizo Occidente de ese fenómeno latinoamericano y caribeño. En abril de 1959, el primer ministro de la nueva Cuba, Fidel Castro, y su delegación se desviaron de su itinerario de Washington a Nueva York en una primera visita a Estados Unidos, organizada por la American Society of Newspapers Editors, y pasaron un par de días en la Universidad de Princeton.
La visita de Castro a Princeton fue facilitada por varios profesores e instituciones de la Universidad: el historiador Roland T. Ely, estudioso de la economía cubana y autor de los clásicos La economía cubana entre las dos Isabeles (1960) y Cuando reinaba su majestad el azúcar (1963); el embajador Paul D. Taylor, presidente de la American Whig Cliosophic Society, que extendió la invitación a los cubanos, y la Woodrow Wilson School, cuyo programa de Civilización americana había organizado por esos mismos días de abril de 1959 un seminario titulado The United States and the revolutionary spirit.
Castro pronunció la conferencia magistral de ese seminario, el lunes 20 de abril de 1959, en la noche. Según las notas que tomó el embajador Taylor, el premier cubano comenzó disculpándose de tener que hablar ante un grupo de expertos y propuso que lo escucharan como a un revolucionario práctico, como a alguien que no estudiaba sino que producía una revolución. Al decir de Castro, la Revolución Cubana había derribado dos mitos de la historia latinoamericana del siglo XX: que era posible vencer a un Ejército profesional, poseedor de armas modernas, y que también era posible revolucionar al pueblo cuando este no estaba hambriento.
Fidel Castro sostuvo que la Revolución Cubana no alentaba el choque de clases
La segunda observación es interesante, a la luz del relato oficial de la historia cubana, que, en el último medio siglo, ha insistido en presentar la sociedad de la isla, anterior a 1959, bajo el triple flagelo del “hambre, la miseria y la explotación”. Curiosamente, en abril de 1959, Fidel Castro decía a los profesores y estudiantes de Princeton que una de las originalidades de su revolución era que había triunfado en un país latinoamericano con un relativo bienestar social. La cubana, según aquel Castro, había sido más una revolución política y moral contra una dictadura corrupta que una rebelión de clases, de pobres contra ricos. Por eso había sido apoyada por el “95% del pueblo”, generando un fenómeno de “unanimidad de opinión”, inédito en la historia de Cuba.
Este análisis permitía a Fidel Castro sumarse al debate sobre Estados Unidos y el “espíritu revolucionario”, entre historiadores, filósofos, sociólogos y economistas de Princeton. El tema central en aquel seminario y en buena parte del pensamiento filosófico e histórico, en Estados Unidos durante la Guerra Fría, era el paralelo entre las revoluciones norteamericana, francesa y rusa, como modelos contrapuestos de cambio social. Según las notas de Taylor, en su conferencia Fidel Castro sostuvo que la cubana se inscribía más en la tradición de 1776 que de 1789 o 1917 porque no alentaba el choque de clases. Tampoco proponía la confrontación con Estados Unidos, ya que preservaba la distancia del comunismo y sugería una defensa de los intereses nacionales de Cuba que Washington podía aceptar porque se enmarcaba en su propia tradición independentista.
Uno de los profesores que intervino en ese seminario y que, probablemente, escuchó a Fidel Castro aquella noche del 20 de abril de 1959 fue la filósofa alemana Hannah Arendt. Justo en 1959, la autora de Los orígenes del totalitarismo (1951) y La condición humana (1958) había sido contratada como profesora en Princeton y comenzaba a investigar la historia de las revoluciones francesa y norteamericana. La ponencia que Arendt presentó en el seminario fue el punto de partida de su ensayo On revolution (1963). En los agradecimientos de este libro, Arendt comentaba que la idea del volumen había surgido durante aquel seminario sobre “Estados Unidos y el espíritu revolucionario”, organizado por el programa de Civilización americana de la Woodrow Wilson School de Princeton.
Para Arendt, la revolución y la guerra son dos fenómenos radicalmente distintos
En su libro, Arendt sostenía que el enlace histórico entre la revolución y la guerra, dos fenómenos, a su juicio, radicalmente distintos, había distorsionado los objetivos básicos de la tradición revolucionaria moderna, que eran la libertad y la felicidad. La ventaja que, a su entender, conservaba la revolución de 1776 en Estados Unidos sobre la francesa y la rusa era que, al enfrentar la “cuestión social” de la igualdad por medio del derecho constitucional, había logrado aquellos objetivos históricos. El jacobinismo y el bolchevismo, en cambio, producían una desconexión entre justicia y ley —lo que Ferenc Feher conceptualizará luego como “revolución congelada”— que alentaba el despotismo y dilapidaba el legado moral o el “tesoro perdido” de la revolución.
A pesar de haber escrito su libro entre 1959 y 1963, en Nueva York, una ciudad donde se debatió intensamente la radicalización comunista de la Revolución Cubana, Arendt no hizo alusiones a Cuba o a Fidel Castro. De hecho, la filósofa solo se refería a América Latina una vez en su ensayo y lo hacía para colocar la experiencia de las revoluciones del Tercer Mundo, en el siglo XX, más en la tradición francesa y rusa que en la norteamericana. Podría elaborarse un argumento similar al de Susan Buck-Morss en relación con la falta de alusiones a la revolución haitiana en la Fenomenología del espíritu de Hegel, pero es muy probable que en aquel silencio hubiera tanto prejuicio colonial como rechazo al totalitarismo comunista, aún en una región tan dominada e intervenida por los imperios atlánticos como el Caribe.
En otros momentos de su libro, Arendt hablaba de las “dictaduras de un solo partido” y de los regímenes burocráticos de la Unión Soviética y Europa del Este como nuevas formas de tiranía. En 1963, esa parecía ser la elección racional de los dirigentes cubanos, por lo que las palabras de Fidel Castro, aquella noche en Princeton, debieron sonarle, cuatro años después, como un perfecto embuste. Según aquel Castro, la diferencia entre la Revolución Cubana y la francesa y la rusa era que, en estas, “un pequeño grupo había tomado el poder por la fuerza e instaurado una nueva forma de terror”, mientras que en aquella un pueblo entero se había movilizado por “odio a una dictadura”.
Rafael Rojas es historiador cubano. Su último libro es Los derechos del alma. Ensayos sobre la querella liberal-conservadora en Hispanoamérica (Taurus, 2014).

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...