sábado, 24 de agosto de 2019

José Correia de Sá: homenagem a um ex-combatente na Guerra Civil Espanhola

No último mês de julho recebi a correspondência abaixo, da filha do ex-combatente na Guerra Civil Espanhola, que eu havia entrevistado 40 anos atrás para um trabalho de pesquisa histórica sobre aqueles voluntários, quase todos comunistas, que serviram como voluntários nas Brigadas Internacionais que lutaram contra as forças franquistas, apoiadas pelos dois regimes fascistas da Europa – Itália mussoliniana e Alemanha hitlerista – solicitando-me um depoimento sobre seu pai.
O trabalho, primeiro publicado sob um outro nome em 1980, depois sob meu próprio nome em 1999, é este aqui: 

“Brasileiros na Guerra Civil Espanhola, 1936-1939: combatentes brasileiros na luta contra o fascismo”, revista Sociologia e Política (Curitiba; ano 4, n. 12, junho 1999, Dossiê: Política Internacional, pp. 35-66; ISSN: 0104-4478, impressa: 1678-9873, online; links: http://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/39262; pdf: http://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/39262/24081). Dois anos depois, uma versão resumida desse artigo foi publicada sob este título: “O Brasil e a Guerra Civil espanhola: participação de brasileiros no conflito”, Hispanista (vol. II, n. 5, abril/junho 2001; ISSN: 1676-9058; link: http://www.hispanista.com.br/revista/artigo37esp.htm).

A correspondência que me foi dirigida vai reproduzida abaixo, e logo em seguida transcrevo o início de meu mais recente trabalho, com o link remetendo ao texto integral na plataforma Academia.edu.
Paulo Roberto de Almeida


De: Eliane Dutra Corrêa de Sá 
Date: Sáb, 13 de jul de 2019 18:09
Subject: Alguma memória com meu pai
To: Paulo Roberto de Almeida

Caríssimo embaixador Paulo Roberto, 
Há um ano escrevi-lhe a respeito da possibilidade do senhor me enviar algum material que porventura ainda tivesse da(s) entrevista(s) feita com meu pai. Calma! rs. Isso não é uma cobrança. É apenas o gancho para outro assunto.
 De lá para cá, revirando os vários depoimentos que ele deu no final da vida, e conversando com os seus descendentes, eu me dei conta que os episódios aventurescos e toda a sua trajetória política, são bem mais conhecidos por esses descendentes do que a sua figura no ambiente familiar.
Em suma, a sua vida pública é muito mais conhecida do que a vida privada, até mesmo no seio da própria família (que já está na 5ª geração depois dele!).
Como sou a filha mais velha e guardo ainda na memória alguns momentos das minhas infância e adolescência em que meu pai teve uma participação marcante, decidi contar alguns episódios que, a meu ver, revelam um pouco da sua personalidade.
O texto está pronto, não tem cunho comercial pois visa apenas a família, mas o editor sugeriu incluir uma pequena biografia e algum depoimento de quem o conheceu pessoalmente.
O senhor poderia escrever algumas linhas sobre a impressão que ficou do seu contato com José Corrêa de Sá?
Eu ficarei muito grata.
Estou lhe enviando apenas a "Introdução" do meu pequeno trabalho, não quero tomar o seu tempo com todo o material.
Um grande abraço,
Eliane Dutra Corrêa de Sá


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Homenagem a José Correia de Sá: 
um combatente da liberdade

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: depoimento pessoal; finalidade: homenagem a um homem digno] 

O século XX, na definição de vários historiadores, foi a era dos extremos ideológicos, uma época de enfrentamentos de uma terrível violência, entre potências conservadoras, ou de extrema direita, um regime comunista e as democracias liberais de mercado. Começando ao final da Grande Guerra, que seria posteriormente chamada de Primeira Guerra Mundial, o primeiro desafio, praticamente mortal, levantado contra os sistemas democráticos de mercado foi o bolchevismo, logo materializado na construção do comunismo na Rússia e na criação de uma organização internacional, o Komintern, para guiar a ação de outros partidos similares ao redor do mundo, e canalizar financiamento direto desses outros partidos para objetivos que eram os da então recém-inaugurada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Pouco depois, ou praticamente simultaneamente, tomava impulso, primeiro na Itália, depois na Alemanha, e posteriormente em diversos outros países também, a vertente fascista das mesmas correntes autoritárias, antiliberais, coletivistas, estatizantes, apenas que de sinal contrário. Se a vertente comunista se identificava com o legado jacobino e os setores mais extremados do igualitarismo radical da revolução francesa, por isso mesmo colocado no terreno da esquerda, e isso desde meados do século XIX, a tendência fascista passou a ser caracterizada como o ponto extremo da velha direita conservadora, mas ela representou também a exacerbação de correntes reacionárias e racistas, ao apelar para a violência e a eliminação física dos adversários políticos e de minorias étnicas ou religiosas.

Em uma palavra: o mundo político ascendeu aos extremos quando tais correntes conquistaram o poder em países importantes daquela época, isto é, a Rússia comunista, de um lado, e a Itália fascista e a Alemanha nazista, de outro lado, estes dois logo agregados por uma outra potência fascista e militarista, o Japão expansionista dos anos 1920-1945. A oposição, entre um e outro extremo, foi de uma incrível violência, já que ambas correntes manifestavam apreço pela eliminação física e o esmagamento dos adversários, e ambas patrocinavam golpes, revoluções e assaltos ao poder estabelecido. Os comunistas queriam eliminar a burguesia e os grandes proprietários enquanto classes sociais, os nazifascistas queriam eliminar “raças inferiores” da simples existência terrena, em primeiro lugar os judeus, e escravizar literalmente os eslavos e outros povos em favor de um sistema absolutamente totalitário. A luta contra os comunistas, mas também contra os liberais e até os socialistas democráticos, era, portanto, uma tentativa de esmagamento e de submissão total, o que justificativa inteiramente a reação defensiva e até o engajamento na luta direta contra a extrema direita de todos os democratas sinceros e dos comunistas e socialistas.
(...) 

Ler a íntegra neste link: 

https://www.academia.edu/40158786/Homenagem_a_Jose_Correia_de_Sa_um_combatente_da_liberdade_2019_


sexta-feira, 23 de agosto de 2019

O fantasma da internacionalizacao da Amazonia (2000), voltou em 2010, e agora...

Tenho um imenso dossiê sobre essa fraude, que já tinha até aposentado.
Parece que vou ter de desenterrar esse dossiê 20 anos depois.

Amazonia internacionalizada: um mito estupido que parece nunca morrer - Daniel Buarque (G1)


12/08/2010 08h00 - Atualizado em12/08/2010 12h46

Mapa da Amazônia dividida é mentira deliberada, diz diplomata brasileiro

Mapa adulterado da floresta circula na rede há uma década.
Governos dos EUA e do Brasil já investigaram e detectaram a montagem.

Daniel BuarqueDo G1, em São Paulo
O falso mapa de livro didático que circula desde o ano 2000 com boato sobre internacionalização da AmazôniaO falso mapa de livro didático que circula desde o ano 2000 com boato sobre internacionalização da Amazônia 
 
Na origem de um longo debate em que os brasileiros acham que os Estados Unidos querem invadir a Amazônia, e os americanos acham que o Brasil é paranoico está uma lenda urbana de mais de uma década, espalhada pela internet e reciclada periodicamente com popularidade surpreendente. Trata-se da história de que escolas dos EUA usam livros didáticos de geografia com um mapa da América do Sul adulterado, em que a região a amazônica aparece como “território internacional”. Por mais que a história já tenha sido desmentida oficialmente uma dúzia de vezes, muitos brasileiros ainda mencionam este caso sem saber exatamente se era verdade ou não, e até políticos brasileiros volta e meia pedem explicações oficiais do Ministério das Relações Exteriores sobre o assunto.
Desde as primeiras menções ao caso, ainda no ano 2000, representantes diplomáticos brasileiros nos Estados Unidos começaram a investigar as origens do que aparecia como mais um boato, uma lenda da internet. O diplomata Paulo Roberto de Almeida, que então trabalhava como ministro conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington, averiguou rapidamente que a história circulava em listas universitárias de discussão, mas que suas bases factuais eram frágeis, praticamente inexistentes. Logo em seguida, ao pesquisar em bases de dados e examinar os materiais disponíveis, concluiu por uma montagem feita no próprio Brasil.”"Esta 'notícia' aparentemente tão alarmante não tem base", diz, em um longo dossiê que publicou sobre os boatos. "Posso, sem hesitar, afirmar que os Estados Unidos não querem amputar um pedaço da nossa geografia nas escolas do país e que os supostos mapas simplesmente não existem."
Em entrevista concedida nesta semana ao G1, direto de Shangai, na China, Almeida confirma o que já tinha constatado anos atrás: reiterou que os boatos lançados a esse respeito sempre foram nacionais, criados inteiramente no Brasil. Segundo ele, os americanos nunca tiveram nada a ver com o caso e, de certa forma, foram vítimas dele, tanto quanto os milhares de brasileiros enganados. “É preciso deixar claro que o mapa não é uma questão estrangeira. Ele foi feito por brasileiros e para brasileiros”, disse. “É uma construção, uma mentira deliberada”, completou. Segundo ele, que investigou o caso enquanto viveu nos Estados Unidos, é possível traçar a origem desses rumores a grupos de extrema direita militar no Brasil, interessados em preservar a soberania brasileira sobre a Amazônia, "supostamente ameaçada por alguma invasão estrangeira. Neste caso, recorreram à fraude deliberada para reforçar seu intento", explicou. Curiosamente, disse, a causa acabou abraçada pela extrema esquerda antiamericana, e a histórica cresceu com a ajuda da internet.
É preciso deixar claro que o mapa não é uma questão estrangeira. Ele foi feito por brasileiros e para brasileiros. É uma construção, uma mentira deliberada"
Paulo R. de Almeida, diplomata brasileiro
Almeida é doutor em Ciências Sociais, mestre em Planejamento Econômico e diplomata, autor de mais de uma dúzia de livros sobre o Brasil e relações internacionais, como "Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas". Em sua página pessoal na internet, ele reproduz seu dossiê sobre o caso, trazendo inclusive trechos da comunicação formal do então embaixador Rubens Antonio Barbosa negando a existência do mapa, que havia sido publicada no boletim da "Ciência Hoje" em maio do mesmo ano. A carta do embaixador, de junho de 2000, acusa um site brasileiro de criar a história. "Tudo parece ter originado, não de uma suposta 'conspiração americana' de desmembrar a floresta tropical amazônica, mas de desinformação 'made in Brazil' por setores ainda não identificados."
Repercussão
A negativa oficial não foi suficiente, e o caso continuou crescendo e chegou até mesmo ao Congresso Brasileiro. Primeiro foi a Câmara de Deputados, que em junho de 2000 fez um requerimento formal pedindo ao ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, informações a respeito da "matéria veiculada na internet na qual o Brasil aparece em mapas dividido." Depois disso, em 2001, foi no Senado. A página na internet do Senado traz um pronunciamento do senador Mozarildo Cavalcanti, do PFL de Roraima, de 29 de novembro de 2001, em que chama a internacionalização da Amazônia de "processo inteligentemente armado para anestesiar as camadas formadoras de opinião e evitar reação". Depois de ler todo o texto da denúncia que circulava pela internet, o senador apelou ao ministro das Relações Exteriores para que investigasse a fundo o assunto o "atentado à soberania do país".
A ideia é tão hilária que me sinto bobo de falar sobre ela."
Anthony Harrington, ex-embaixador dos EUA no Brasil
Segundo o diplomata brasileiro ouvido pelo G1, o mapa se transformou em um refúgio para quem busca teorias da conspiração. "Quem quer acreditar, acredita em qualquer coisa", disse Paulo R. Almeida, explicando o porquê de o caso continuar tão popular mesmo depois de ser rebatido com fatos. "Os americanos nem deram atenção ao caso, foram pegos de surpresa e de forma involuntária. Só o Brasil dá importância a esta invenção."
Resposta americana 
Logo que o caso surgiu, no ano 2000, Anthony Harrington, então novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, tentou dar uma resposta oficial e final ao assunto. "Existem aqueles no Brasil que acreditam que os Estados Unidos querem dominar o mundo. Eles vêm o Tio Sam como o grande abusador. Típico desta forma de pensar é a crença de que os Estados Unidos têm um plano secreto de invadir a Amazônia em nome de salvar a Floresta Tropical. A ideia é tão hilária que me sinto bobo de falar sobre ela. Mas em nome de seguir adiante, de permitir que americanos e brasileiros possam passar aos assuntos sérios que enfrentamos juntos, deixe-me deixar isso claro: A Amazônia pertence ao Brasil. Sempre vai pertencer. E o mito de que os Estados Unidos invadiria é simplesmente ridículo. Ponto Final."
Segundo o embaixador, os americanos são fascinados pela floresta, tanto quanto a maioria das pessoas em todo o mundo, mas o interesse do país é apenas em colaboração com o Brasil, ajudando a desenvolver a região de uma maneira que seja inócua para o meio ambiente e faça justiça aos formidáveis recursos naturais que os brasileiros possuem. "A idéia de que tropas americanas possam intervir na Amazônia é ridícula. Sinceramente, não merece comentários."

Mesmo assim foi preciso voltar a tocar oficialmente no assunto, e a própria Embaixada Americana no Brasil manteve por algum tempo uma página de desmentido da história do mapa no ar. A página não existe mais no mesmo endereço. Entretanto, o site America.gov, que traz informações sobre política externa dos Estados Unidos e é produzido pelo Departamento de Estado, mantém no ar o texto do desmentido e os argumentos. A data da divulgação é de 2005, cinco anos depois do início da propagação do mito e três após a reportagem no principal jornal dos Estados Unidos.
Rebatendo o mitoA resposta oficial diz que o e-mail forjado surgiu em 2000. "Não há indicação de que tal livro exista. A Biblioteca do Congresso dos EUA, com mais de 29 milhões de livros e outros materiais impressos, não tem registro dele. O banco de dados online do centro de estudo WorldCat, o maior banco de dados de informação bibliográfica, com mais de 47 milhões de livros, não tem registro do livro. Tal livro também não é encontrado em buscas na internet na Amazon e no Google" .
O primeiro argumento usado para refutar a veracidade do livro é gramatical: "Muitos erros de grafia, gramática, tom inapropriado e linguagem" que são evidentes para um falante nativo de inglês. A resposta oficial do governo americano, apesar de ter demorado quase meia década, parte na mesma direção do embaixador brasileiro Rubens Antonio Barbosa, indicando que o trabalho aparenta ser uma invenção "made in Brazil" para criar "desinformação". O Birô Internacional de Programas de Informação continua seu texto apontando que "alguns dos erros de grafia nesta falsificação indicam que o falsificador era um falante nativo de português", diz, citando exemplo como a palavra "vegetal", que aparecia na mensagem original no lugar de "vegetable".
A criação da 'Prinfa' foi um presente para o mundo todo visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãos de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos"
Texto falso divulgado junto com lenda urbana sobre livro didático
O mapaEsta duradoura mentira circula há anos pela rede trazendo a imagem de um suposto mapa de livro de geografia usado nas escolas dos Estados Unidos em que aparece um pedaço da Amazônia como sendo um território sob “responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas”. Esta área, que inclui partes do Brasil e de outros países da região, teria sido renomeada, ainda nos anos 1980, para Finraf (Former International Reserve of Amazon Forest), traduzida, na mensagem de alerta que dizia se tratar de uma história real, para Prinfa (Primeira Reserva Internacional da Floresta Amazônica).

A mensagem, que circulou por e-mails e blogs, é sempre a mesma. Um “alerta”, algo “para ficar indignado”, incluindo uma página copiada do suposto livro “An Introduction to Geography”, onde aparece o referido mapa do Brasil “amputado” e um texto sobre a “reserva internacional”.
O texto do livro é preconceituoso e ofensivo, e foi traduzido de um inglês pobre para um português cheio de erros de grafia e gramática: “Desde meados dos anos 80 a mais importante floresta do mundo passou a ser responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas. (...) Sua fundação [da reserva] se deu pelo fato de a Amazônia estar localizada na América do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo e cercada por países irresponsáveis, cruéis e autoritários. Fazia parte de oito países diferentes e estranhos, os quais, em sua maioria, são reinos da violência, do tráfego de drogas [sic], da ignorância, e de um povo sem inteligência e primitivo. A criação da Prinfa foi apoiada por todas as nações do G-23 e foi realmente uma missão especial para nosso país e um presente para o mundo todo visto que a posse destas terras tão valiosas nas mãos de povos e países tão primitivos condenariam os pulmões do mundo ao desaparecimento e à total destruição em poucos anos” .

Para dar credibilidade à história, a mensagem alega que a fonte da informação foi um jornal, sem muitos detalhes sobre a publicação do caso. Mesmo sem uma base de informação mais forte, a história se espalhou pelo Brasil e ganhou atenção até nos próprios Estados Unidos, onde foi rechaçada repetidas vezes, como em 2002, quando foi ironizada pelo "New York Times" como "claro, pura imaginação. A imaginação brasileira" . O título da matéria era algo como "No fundo do Brasil, uma viagem de paranoia".
Ainda em 2010, o Google tem mais de 1.200 retornos para a busca internacional pela sigla Finraf. Traduzindo a sigla para Prinfa, são mais de 3.000 páginas registrando alguma informação a respeito dessa história. São dezenas de blogs pessoais, páginas de jornais de diferentes lugares do Brasil, perguntas em fóruns. Muitos já tratam o assunto como mito, lenda urbana, e dizem que o mapa se tornou apenas uma curiosidade na internet. Não faltam, entretanto, as páginas que ainda reproduzem o assunto (algumas com datas tão recentes quanto 2009) com tom indignado e alegando se tratar de uma denúncia real.

Ricupero na ABL: o Bicentenario nos encontrará piores do que em 1822?

Diplomata Rubens Ricupero discorre sobre o tema “Um futuro pior que o passado? Reflexões na antevéspera do bicentenário da Independência”

O diplomata e ex-Ministro da Fazenda Rubens Ricupero é o palestrante convidado da última conferência do ciclo O que falta ao Brasil?, que tem como coordenadora a Acadêmica e escritora Rosiska Darcy de Oliveira. O tema será Um futuro pior que o passado? Reflexões na antevéspera do bicentenário da Independência. O evento será realizado no dia 29 de agosto, quinta-feira, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr. (Avenida Presidente Wilson, 203 - Castelo, Rio de Janeiro). Entrada franca.
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado é a coordenadora geral dos Ciclos de Conferências de 2019.
Os Ciclos de Conferências, com transmissão ao vivo pelo portal da ABL, têm o patrocínio da Light.
Acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira convida para o ciclo “O que falta ao Brasil?”
Serão fornecidos certificados de frequência.

O Convidado

Rubens Ricupero nasceu em São Paulo (1.° de março de 1937), foi diplomata de carreira e aposentou-se após ocupar a chefia das embaixadas do Brasil em Genebra, Washington e Roma. Exerceu os cargos de Ministro do Meio Ambiente, da Amazônia Legal e da Fazenda (governo Itamar Franco). Entre 1995 e 2004, dirigiu, como Secretário-Geral, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) em Genebra. No mesmo período, foi Subsecretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Atualmente é Diretor da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP) em São Paulo. Foi professor de História das Relações Diplomáticas do Brasil do Instituto Rio Branco e de Teoria das Relações Internacionais da Universidade de Brasília. É autor de vários livros e ensaios sobre história diplomática, relações internacionais, desenvolvimento econômico e comércio mundial. Seu livro A diplomacia na construção do Brasil recebeu o Prêmio Senador José Ermírio de Moraes da Academia Brasileira de Letras em 2018.

Leitura complementar

A Biblioteca Rodolfo Garcia disponibiliza seu acervo para pequisa e leitura de obras relacionadas ao tema desta conferência, como "A Crise Internacional e seu Impacto no Brasil;", "Intérpretes do pensamento desenvolvimentista" e "Bicentenário da Independência".
Para consultar mais materiais como os citados, acesse o link abaixo e visite os "Levantamentos bibliográficos" realizados para este evento.
22/08/2019

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...