sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Consequences of the defeat of Russia - Nadin Brzezinski (Medium)

Consequences of the defeat of Russia

 Nadin Brzezinski

The United States delivered 75 tons of food left over from the Persian Gulf war to the hungry Moscow region today, part of a relief effort that American and Russian officials said they expected to continue through the winter.

The food, flown in through the snow on two military cargo planes from a supply base in Pisa, Italy, was to go directly to hospitals, orphanages and homes for the elderly.

The delivery from Sheremetyevo Airport in Russian trucks was observed by Americans, including embassy dependents, and by Russian and Red Cross officials, to make sure that its contents were not stolen and put on sale by Russian black marketeers.

The flights had a paradoxical quality: The American military, after decades of cold war training to fight a hot war against the Soviet Union, arrived here to help this country feed its hungry. An Echo of World War II

While there’s no way to know what Xi is thinking, China’s long-established pattern of behavior suggests that, as Russia redirects border security units to a grinding conflict in Ukraine, it is worth considering if China might be mulling expansionist contingencies to the north, along the sprawling and sparsely held 2,615 mile Russian frontier.

On the other hand, on both the Indian frontier and in the South China Sea, China moved into sovereign territory with little advance notice. In both cases, China’s expansionism was opportunistic, taking advantage of an administrative or military vacuum to suddenly “change the facts on the ground.”


A rápida conversão dos diplomatas à nova ordem: reunião na OEA

 Sem anistia, governo Lula assegura “solidez” da democracia ao mundo

SANDRA EVANGELISTA

12 DE JANEIRO DE 2023


Num recado político e diplomático forte, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva usou a reunião de emergência convocada nesta quarta-feira na OEA (Organização dos Estados Americanos) para assegurar ao mundo que a democracia no país é sólida e que os responsáveis pagarão o preço de suas ações, dentro do rigor da lei.

O encontro para lidar com a crise no Brasil havia sido proposto por Chile e Colômbia, e ganhou o apoio de EUA, Canadá e outros países. O Brasil, porém, não queria que a reunião se transformasse num sinal de que o país vive um período de incertezas sobre sua situação institucional.

Depois de quatro anos isolado dos principais debates internacionais e numa condição de pária por conta da diplomacia de Jair Bolsonaro, o governo Lula esperava inaugurar uma nova fase da política externa. Mas uma eventual classificação do Brasil como um “país problema” minaria a credibilidade dos novos interlocutores e ameaçaria os planos de Brasília de voltar a ser protagonista nos principais temas internacionais.

Na região, o Brasil quer voltar ainda a liderar um processo novo de integração. Mas teria dificuldades de assumir esse papel se fosse considerado como instável.

Ao tomar a palavra nesta tarde, o embaixador do Brasil na OEA, Otavio Brandelli, mandou a mensagem coordenada pelo Itamaraty.

“A democracia brasileira acabou de dar uma demonstração de solidez e eficácia de seus mecanismos de proteção, graças à atuação firme e coesa dos três Poderes”, disse o diplomata, indicando que o Brasil promete lutar contra atos antidemocráticos no continente.

Ainda que o discurso tenha ocorrido em um fórum regional, diplomatas do mais alto escalão no Itamaraty explicaram que essa é a mensagem que Lula quer que os demais líderes escutem. Trata-se da primeira reunião sobre o assunto, no palco global.

“O Brasil tem um compromisso inabalável com a democracia e rechaça qualquer forma de extremismo antidemocrática e violência política”, afirmou.

Sem Anistia

Um outro recado coordenado pelo Itamaraty foi de que não haverá nem anistias e nem impunidade. Segundo Brandelli, os responsáveis serão “identificados e tratados com o rigor da lei, dentro do devido processo legal”.

“O estado dará respostas à altura da gravidade dos atos cometidos. Sob a égide dos preceitos da Constituição de 1988, o Brasil registra o mais longo período de convivência democrática em sua história republicana”, insistiu.

Nos últimos dias, governos latino-americanos demonstraram preocupação com os atos no Brasil e uma possível escalada da violência em suas próprias capitais. Para eles, portanto, era importante a sinalização da parte do governo Lula de que punições estão previstas.

Mesmo nos EUA, congressistas americanos alertaram nos bastidores a interlocutores brasileiros que os atos em Brasília poderiam “incentivar” a extrema direita americana.

Brandelli ainda destacou como a reação internacional foi importante no Brasil nos últimos meses. Segundo ele, a reação internacional diante dos ataques ainda mostrou “a importância do Brasil para a defesa da democracia no mundo”.

O diplomata ainda destacou que eleição foi ampla, livre e democráticas. Também ressaltou que a posse de Lula foi uma celebração da democracia, com mais de 60 delegações internacionais. Isso, segundo ele, foi o “reconhecimento da “robustez das instituições democráticas do Brasil”.

“Agora, houve condenação unânime”, completou, sobre os atos de 8 janeiro.

Fonte: uol

https://www.greenmebrasil.com/viver/costume-e-sociedade/75357-sem-anistia-governo-lula-assegura-solidez-da-democracia-ao-mundo/

COP-30 será feita em Belém em 2025

 Governo formaliza candidatura de Belém para sediar a COP 30

11. janeiro 2023 - 21:12

(AFP)

O governo brasileiro oficializou a candidatura de Belém, capital paraense de 1,5 milhão de habitantes, para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP) em 2025, anunciou, nesta quarta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O Itamaraty formalizou a cidade de Belém como a cidade que está disputado a candidatura para realizar a COP 30", disse o presidente Lula em um vídeo publicado no Twitter.

A candidatura faz parte dos esforços de Lula para posicionar o Brasil como líder ambiental global após anos de atritos da comunidade internacional com seu antecessor, Jair Bolsonaro.

Lula lembrou que em novembro, ainda como presidente eleito, propôs que a COP de 2025 fosse realizada na Amazônia Legal, onde o desmatamento avançou fortemente durante os quatro anos do mandato de Bolsonaro.

"Eu tinha assumido um compromisso no Egito, na COP 27, de que a COP 30 poderia ser realizada no Brasil", acrescentou Lula nesta quarta-feira.

O presidente fez o anúncio na companhia de Helder Barbalho, governador do Pará.

"Belém, no estado do Pará, estará de portas abertas para debater a Amazônia, discutir o clima no mundo, encontrar soluções", disse Barbalho.

A COP 28 será realizada nos Emirados Árabes Unidos entre novembro e dezembro.

https://www.swissinfo.ch/por/governo-formaliza-candidatura-de-bel%C3%A9m-para-sediar-a-cop-30/48198008

Exercito foi no mínimo conivente com o golpismo - Rodrigo Rangel (Metropoles)

 Uma adesão aberta ao bolsonarismo da parte de boa parte do Exército

Rodrigo Rangel

Oficial do Exército que defendeu invasores chefia batalhão encarregado de proteger o Planalto

A constatação é só uma das faces da tensão reinante entre Lula e a cúpula militar. Entenda

 atualizado 12/01/2023 19:47

O coronel do Exército Paulo Jorge da Hora, comandante do Batalhão da Guarda Presidencial

É delicado o ponto da tensão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o comando do Exército desde a eclosão dos atos golpistas do último domingo.

O Palácio do Planalto trata do assunto com contenção e comedimento para não acirrar os ânimos, mas a avaliação reinante, inclusive no gabinete presidencial, é a de que o Exército não agiu a contento para evitar a tragédia — seja por ter sido condescendente com os acampamentos bolsonaristas à porta dos quartéis, seja por sua cota de responsabilidade nas falhas de segurança que permitiram aos radicais vandalizar o coração do poder.

Em condições normais de temperatura e pressão, providências já teriam sido adotadas para afastar oficiais, de alta patente inclusive, que na avaliação do entorno presidencial teriam sido no mínimo coniventes com os golpistas.

Prevalece, porém, o entendimento de que neste momento é preciso agir com cautela para não ampliar o estresse e escalar a crise.

O diagnóstico de Lula

Nesta quinta-feira, num café da manhã com jornalistas, Lula avançou na crítica aos militares pela primeira vez desde a invasão das sedes dos três poderes .

Queixou-se do engajamento da caserna com a cartilha bolsonarista e do envolvimento do Exército no questionamento das urnas eletrônicas, das ameaças de militares contra ele próprio e contra outros petistas e da participação de familiares de generais nos acampamentos que pediam intervenção das Forças Armadas.

“Não quero saber se um soldado qualquer votou no Bolsonaro ou Lula, se um general não votou no Lula. Minha preocupação é que quem participa de carreira de Estado tem que pensar e servir ao país. Não pode ter lado”, declarou.

 lado deles é cumprir o que está garantido nLula admitiu, também pela primeira vez, que se recusou a assinar um decreto de Garantia da Lei e da Ordem — a propalada GLO — nas horas que se seguiram aos atos golpistas para não transferir para os generais o poder de governar.

“As Forças Armadas não são poder moderador como eles pensam que são”, afirmou. Ele também se disse convencido de que a porta do Planalto foi aberta para que os bolsonaristas radicais entrassem.

“Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui”, declarou.

Comandante do BGP protegeu golpistas?

Esse é um ponto especialmente sensível — e é uma das questões que, não fosse o momento delicado, já teria resultado em corte de cabeças.

O presidente não disse com todas as letras, mas era do Exército a tarefa de proteger o palácio — mais especificamente, do Batalhão da Guarda Presidencial, o BGP.

Imagens da invasão ao Planalto publicadas pelo Metrópoles mostram um coronel da corporação, devidamente fardado, discutindo com policiais que tentavam prender os invasores.

O vídeo indica que o coronel do Exército estava agindo para proteger os radicais bolsonaristas.

O coronel em questão é ninguém menos que o comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, a unidade do Exército responsável pela proteção dos palácios presidenciais. Paulo Jorge Fernandes da Hora (foto em destaque) é o nome dele.


Se o que ocorreu foi mesmo o que o vídeo dá a entender, não é algo trivial. Pelo contrário, é um escândalo: em vez de atuar para deter os manifestantes, o oficial que deveria guardar o Planalto teria agido em defesa dos golpistas. Ali, o oficial era o Exército.

Perguntas sem respostas

Desde segunda-feira a coluna tenta falar com o coronel, sem sucesso.

Ao Exército e ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, perguntamos se ele permanece no posto. Sobre isso, não houve resposta oficial.

Extraoficialmente, nesta quinta um militar da ativa ligado ao comando do Exército disse que Paulo Jorge da Hora segue no comando do BGP.

Esse mesmo militar tratou de defender o coronel. Disse que os ânimos estavam exaltados e que o colega “não impediu” a prisão dos invasores.

Em nota, o Exército limitou-se a dizer que “os fatos estão sendo apurados pelas autoridades competentes”.

A “guerra fria” entre GSI e Exército

Embora todas as evidências corroborem a impressão de Lula e de seu entorno de que a ação dos criminosos foi facilitada, inclusive pelos militares, para o Planalto adotar providências como a saída imediata do coronel e de outros integrantes de sua cadeia de comando poderia agravar ainda mais a tensão com a cúpula das Forças Armadas.

Na prática, a medida seria entendida como uma condenação ao Exército.

Em outra frente, igualmente ilustrativa da tensão reinante neste momento, o Exército e o GSI, comandado desde 1º de janeiro pelo general da reserva Marco Gonçalves Dias, homem de confiança de Lula, têm tratado com dedos tudo o que diz respeito às responsabilidades pela proteção do palácio.

Desde segunda, a coluna enviou uma série de perguntas tanto ao comando do Exército quanto ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência para tentar entender, com precisão, a sucessão de erros que permitiu a invasão.

Sem dar detalhes, o Exército jogou a responsabilidade para o GSI: ao responder se houve demora ou inação do BGP, afirmou em nota que “a segurança do Palácio do Planalto é coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional” e que “todas as demandas do GSI nesse sentido, apresentadas ao Exército Brasileiro, foram atendidas oportunamente na ocasião”. O GSI não respondeu.

José Múcio e a cara da crise

Outro faceta da crise entre Planalto e militares (leia mais aqui) envolve o ministro da Defesa de Lula, José Múcio Monteiro, que nos bastidores tem sido torpedeado por petistas graduados e outros aliados do governo.

A leitura desses críticos é a de que Múcio, escolhido por ter perfil moderado e ser bem aceito entre os comandantes militares, está agindo para blindar as Forças Armadas e deixando de levar em conta os interesses do governo.

Nos últimos dias, petistas e seus satélites fizeram circular o rumor de que o ministro estaria demissionário. Múcio negou. Lula também — até porque perder o ministro a esta altura seria outro fator capaz de degradar ainda mais o já deteriorado ambiente.

À coluna, uma pessoa próxima do ministro disse que ele está trabalhando “na conciliação”. Um general que até pouco tempo cerrava fileiras com o núcleo do bolsonarismo e transita bem entre os integrantes da atual cúpula militar dá a medida do ponto da crise: “A sociedade precisa se unir e jogar água na fervura”. Fervura define.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Relação do presidente Lula com os militares é de forte desconfiança mútua - William Waack CNN

 Relação do presidente Lula com os militares é de forte desconfiança mútua

William Waack

CNN, 11/01/2023

 

Lula está se queixando abertamente da politização das Forças Armadas, um dos mais nocivos legados de Jair Bolsonaro; parte dos comandantes enxerga a vitória de Lula nas últimas eleições como resultado da atuação de tribunais superiores, STF e TSE

A relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os militares é de forte desconfiança mútua. Que não diminuiu depois dos acontecimentos do último domingo (8).

Os comandantes militares têm reiterado em conversas particulares –além de pronunciamentos públicos– que respeitam a hierarquia. Por isso, cumpririam sempre as ordens do comandante em chefe das Forças Armadas, que é Lula.

Mas Lula não está tão convencido disso assim. Assume que o grau de politização entre os militares promovido por Jair Bolsonaro (PL) abriu, sim, a possibilidade de que ordens possam não ser respeitadas. Como a ordem para operações de Garantia de Lei e Ordem (GLO).

Foi o que aconteceu domingo. O governo queria encerrar já na noite desse dia o acampamento em frente ao QG do exército, frequentado também por parentes de oficiais. Mas se desse uma ordem direta, temia-se que não fosse cumprida.

Prevaleceu nesse caso a solução de compromisso, acatada pelo ministro da Defesa. Os acampamentos foram desfeitos na segunda-feira (9), depois da saída de parentes de oficiais.



Lula está se queixando abertamente da politização das Forças Armadas, um dos mais nocivos legados de Jair Bolsonaro. Parte dos comandantes enxerga a vitória de Lula nas últimas eleições como resultado da atuação de tribunais superiores, STF e TSE.

Nisso tudo, passaram a ver no ministro da Defesa José Múcio Monteiro um interlocutor confiável. Quanto mais Múcio apanha do PT, mais aumenta entre os comandantes a aceitação de Múcio.

Uma operação política foi montada nas últimas horas para proteger o ministro da Defesa. Mas a desconfiança continua.”

 

 

China en el orden global: ¿socio comercial, competidor o alternativa sistémica? - Uwe Optenhögelm (Nueva Sociedad)

 Opinión 

Nueva Sociedad 9FES), Enero 2023

China en el orden global: ¿socio comercial, competidor o alternativa sistémica?

https://nuso.org/articulo/china-en-el-orden-global-socio-comercial-competidor-o-alternativa-sistemica/ 

El exitoso modelo chino de recuperación del desarrollo ha eliminado un viejo dogma: que modernización debía equivaler a «occidentalización». Sin embargo, queda por ver si un proceso de toma de decisiones recentralizado, repolitizado y reideologizado puede ser lo suficientemente eficiente para competir en la economía global.

Hoy, China participa en todos los órganos de las Naciones Unidas, así como en formatos informales como los BRICS o el G-20, y trata de moldearlos o transformarlos según sus intereses. El rápido progreso de China en las instituciones internacionales y la creciente confianza en sí misma que conlleva este programa solo pueden entenderse en el contexto del desarrollo extraordinariamente exitoso de su economía.

El modelo de desarrollo chino se basaba en la orientación exportadora, la inversión masiva (tanto estatal como extranjera), la transferencia de tecnología occidental, la represión financiera, los controles de capital y una moneda no convertible. Tras un largo periodo con tasas de crecimiento a veces de dos dígitos, este sendero de crecimiento cuantitativo alcanzó su límite durante el mandato del primer ministro Wen Jiabao (2003-2013). Las tres décadas de hipercrecimiento hicieron que la economía de China fuera considerada cada vez más como «inestable, desequilibrada, descoordinada e insostenible». Desde entonces, volver a equilibrar la economía y al mismo tiempo ponerla en un sendero de crecimiento cualitativo, sostenible y más orientado al mercado interno ha sido el desafío central de los líderes chinos, que el presidente Xi Jinping en particular ha convertido en su programa desde que asumió el cargo en 2012.

El exitoso modelo de desarrollo, bajo presión de todos lados

La desglobalización que se inició con la crisis financiera (2008-2010), y que se aceleró por la pandemia de covid-19 y, desde febrero de 2020, por la guerra de Rusia contra Ucrania, marca un cambio clave en las condiciones marco para el desarrollo de China. No solo Estados Unidos ha visto a China como un adversario geopolítico clave desde el gobierno de Donald Trump, sino que, también según la percepción de la Unión Europea, China ha pasado de ser el mercado más grande a ser un «rival estratégico». A su vez, el Parlamento Europeo ha suspendido la ratificación de un acuerdo de inversión con China que implicó largas negociaciones antes de la guerra. Frente a la agresión rusa contra Ucrania, Estados Unidos, Europa, Japón y algunos otros países han dejado de regir sus políticas únicamente según la economía. También están pasando a primer plano aspectos de política de seguridad y defensa. Además, la nueva dimensión de las sanciones occidentales, que van más allá de todo lo previamente conocido, ya está teniendo efectos de largo alcance en la economía mundial. China es vulnerable aquí. Si se restringe el acceso a lo que habían sido los mercados de exportación más grandes, se necesitan otros mercados o el propio mercado interno, nada de lo cual está actualmente a la vista.

Además de la reducción de los mercados de exportación, también se está dificultando el acceso chino a la alta tecnología de Occidente. No solo Estados Unidos impuso sanciones contra Huawei, fabricantes de semiconductores o microchips, sino que también algunos gobiernos europeos han prohibido recientemente que China adquiera tecnología de punta. No están siendo cuestionadas solo las inversiones chinas, sino también los subsidios del gobierno chino para empresas de ese país, que distorsionan la competencia, y el trato desigual de las inversiones occidentales en China.

 El atractivo del desarrollo se está desvaneciendo

 Paralelamente a los desafíos para la política de comercio exterior, también tambalea la «Iniciativa de la Franja y la Ruta», el principal y muy prestigioso proyecto de política de desarrollo de China. Golpeados por las secuelas de la pandemia, la inflación y las ramificaciones de la guerra en Ucrania, muchos países del Sur global están teniendo dificultades para pagar sus préstamos. Una de las razones se encuentra en las políticas de préstamos que lleva adelante China en su propio interés. Parece que la República Popular está conduciendo a sus socios de la Ruta de la Seda a la trampa del endeudamiento. También se acusa a China de estar acaparando tierras, violando los derechos humanos y contaminando el medio ambiente. Y los gerentes de la Ruta de la Seda a menudo parecen comportarse de una manera que no es menos «colonialista» que la de sus contrapartes occidentales. Hoy, China es el mayor prestamista del mundo: si Beijing no quiere perder reputación entre los países del Sur global y al mismo tiempo desea evitar que una gran cantidad de préstamos fracasen (están en riesgo aproximadamente 118.000 millones de dólares), tiene que mostrar si puede ser más responsable en el manejo de los desafíos del desarrollo que Occidente, al que critica.

 Los problemas también se están acumulando en el mercado interno

 El mercado interno del país se enfrenta a grandes desafíos cíclicos y estructurales: las elevadas deudas pública y privada, un sector inmobiliario en implosión, bancos sobreendeudados con una supervisión bancaria que no funciona, el envejecimiento progresivo de la población y casi 20% de desempleo juvenil son un lastre para el crecimiento. En simultáneo se registra una extrema desigualdad de ingresos, corrupción persistente, una explosión en los costos de la vivienda e instituciones del Estado de Bienestar subdesarrolladas que podrían compensar y amortiguar socialmente la caída de la demanda. Ya hay cierres de fábricas a causa de la caída de las exportaciones, lo que complica aún más la situación. A esto se suma el costo cada vez mayor de la política china de covid cero. Los recientes confinamientos en Shanghái y Chengdu han dejado sus huellas en la economía, que creció solo 0,4% en el segundo trimestre de 2022 en comparación con el mismo periodo del año anterior. Esto aleja mucho el objetivo de crecer 5,5% que estipulaban los políticos.

También está quedando claro que el país no está preparado para la variante Ómicron y que sus propias vacunas no pueden competir con las de Occidente. La aplicación brutal de las reglas de cuarentena reveló una dimensión política de la estrategia de covid adoptada por China, que fue reafirmada por Xi en el XX Congreso del Partido Comunista que tuvo lugar entre el 16 y el 22 de octubre de 2022. Sin embargo, la población china reaccionó con una notoria y creciente incomprensión y contradiciendo la dureza aparentemente sin sentido del gobierno. A fines de diciembre, el gobierno tomó la abrupta decisión del partido de abandonar su política de covid cero. Si la decisión se tomó debido a la creciente protesta popular que atacaba abiertamente al gobierno o si se consideró que el precio económico de la política estaba siendo demasiado alto seguirá siendo un secreto de la dirección gubernamental comunista. En cualquier caso, el pragmatismo mostrado con este cambio radical de rumbo conduce a la aventura de la exposición total a la pandemia a una población con una baja cobertura de vacunación, una vacuna nacional comparativamente ineficaz y un sistema sanitario mal preparado. Los efectos humanos y económicos todavía están por verse. Pero parece evidente que este cambio de política no puede considerarse una medida de confianza entre los dirigentes y la población. 

Los años de covid junto con los problemas económicos descritos anteriormente dan la impresión de que la confianza del pueblo en el gobierno y sus líderes se ha erosionado por primera vez en décadas. El pacto de desarrollo chino entre el pueblo y los líderes establece que «nosotros (el gobierno/Partido) aseguramos un aumento continuo de la prosperidad; a cambio, ustedes (el pueblo) renuncian a la participación política y a tener voz», pero este pacto aparentemente está perdiendo su brillo y su poder para asegurar identidad. Ya hay economistas en Occidente que sospechan que China puede estar avanzando hacia una «japonización» de su economía (en alusión a las dos décadas perdidas de Japón, caracterizadas por un bajo crecimiento y deflación), o que se encontrará en una «trampa de ingresos medios» en un futuro no muy lejano.

En este contexto, está claro que la guerra rusa contra Ucrania llega en un mal momento para China. El país ya tiene bastante con sus propios problemas. A diferencia de Rusia, a China no le interesa destruir el orden internacional existente. La actitud contradictoria de China ante la guerra de Ucrania (apoyando verbalmente a Rusia en todo lo que perjudique a Occidente, pero negándole al mismo tiempo apoyo militar y respetando las sanciones occidentales) es cada vez más difícil de transmitir a nivel internacional. Está erosionando la imagen de China. Vladímir Putin lo vivió cuando, en septiembre, se reunió con Xi Jinping en el marco de la cumbre de la Organización de Cooperación de Shanghái (OCS) en Samarcanda.  Xi Jinping le hizo a su «mejor amigo» una advertencia sobre el comportamiento responsable de una gran potencia y las condiciones marco de la globalización: él está «dispuesto a trabajar con Rusia para demostrar la responsabilidad de las grandes potencias», pero esto debe hacerse «para infundir estabilidad y energía positiva en un mundo caótico». Y Beijing también ha rechazado claramente las amenazas rusas de usar armas nucleares: lo hizo primero durante la visita del canciller alemán, Olaf Scholz, a Beijing y nuevamente durante la cumbre del G-20 en Bali en noviembre de 2022.

 Responder a vientos desfavorables en un mundo caótico

 Esta compleja mezcla dio el trasfondo para el XX Congreso del Partido Comunista Chino (PCCh), donde quedó claro cómo quiere enfrentar el Partido los múltiples desafíos. Inicialmente, el foco estuvo puesto en el aumento de poder del presidente Xi: prueba de esto fue el tercer mandato sin precedentes que se le otorgó. Al mismo tiempo, los tecnócratas orientados al mercado fueron reemplazados en la jefatura del Partido por funcionarios leales a Xi. En el discurso público, el lema de Deng Xiaoping de «dejar que algunos se enriquezcan primero» ha sido reemplazado por el lema de Xi Jinping de «prosperidad común». Hay un mayor vigor en el combate contra la corrupción desmesurada, y los multimillonarios chinos están desapareciendo temporalmente y/o siendo «puestos en línea»: en la más genuina tradición de la autocrítica comunista. En resumen, desde que Xi asumió el cargo en 2012, en el Reino del Medio hay una tendencia más pronunciada a la recentralización, la repolitización, la reideologización y una mayor represión. La nueva jefatura del Partido simboliza la renuncia a los elementos de liderazgo colectivo y el Partido vuelve a convertirse otra vez en la correa de transmisión de la economía y la sociedad. 

Los nuevos jefes no cuestionan su propia política. Lo que sí es ostensible es el cambio hacia un dominio de la racionalidad política sobre la racionalidad económica. Esto se da a pesar de que muchos observadores nacionales y extranjeros del éxito de China en las últimas cuatro décadas coinciden en que la descentralización, la delegación de decisiones económicas, la competencia y la creatividad en la economía, y cierto pluralismo interno en la política y reglas no escritas para la gobernabilidad (como los límites en los mandatos de los tomadores de decisiones) han sido elementos constitutivos en el rápido ascenso de China.

Con la China de Xi, una vieja pregunta del debate sobre políticas de desarrollo parece estar regresando a la arena política: ¿pueden una economía y una sociedad manejadas de forma autocrática superar a las democracias de libre mercado en términos de innovación y crecimiento? En el contexto de su integración a las instituciones internacionales, su poder económico, el nivel tecnológico que ha alcanzado, su creciente poderío militar y la vigilancia sobre sus ciudadanos, posibilitado por el sistema de crédito social, China parece estar respondiendo a esta pregunta con un sí.

Con la República Popular, ha surgido un actor en la política global que propaga su propia vía al desarrollo y se distingue claramente de las ideas occidentales sobre la universalidad de los derechos humanos, la democracia como la mejor forma posible de gobierno o un papel constructivo para las organizaciones de la sociedad civil. en una comunidad funcional. El exitosísimo modelo chino de recuperación del desarrollo ha eliminado uno de los dogmas del debate sobre el desarrollo –que modernización debía equivaler a occidentalización– y ha demostrado que puede accederse a la modernización de otras maneras.

Sin embargo, desde una perspectiva occidental, queda por ver si un proceso de toma de decisiones recentralizado, repolitizado y reideologizado puede ser lo suficientemente eficiente para competir en la economía global. 

En este sentido, la puesta en escena final del XX Congreso del PCCh ha dado señales simbólicas sobre la idea de liderazgo partidario en la era Xi: seis hombres mayores de 60 años aplaudieron a un solo líder. La «otra mitad del cielo» (Mao Zedong) permanece invisible. Veremos qué tan atractivo y eficiente demuestra ser este modelo de gobierno en el mundo globalmente conectado del siglo XXI. 

Fuente: The Progressive Post

Traducción: Carlos Díaz Rocca


Ukraine-Russia war: briefing do NYT

 January 12, 2023:

Welcome to the Russia-Ukraine War Briefing, your guide to the latest news and analysis about the conflict.

Ukrainian rocket launchers near Soledar in the Donetsk region today.Libkos/Associated Press

Putin’s military reshuffle

Russia has shaken up its military command in Ukraine, demoting its top commander after just three months in the job.

The change reflects the difficulty that Russia finds itself in: Gen. Sergei Surovikin, who has largely failed to achieve any progress on the battlefield, will be replaced by Gen. Valery Gerasimov, who was one of the key architects of Moscow’s ill-fated invasion in the first place.

Surovikin, who was appointed in October after the disastrous rout of Russian forces in the Kharkiv region, is now one of Gerasimov’s three deputies, according to a statement released today by the Russian Defense Ministry. Gerasimov has served as Russia’s chief of general staff for over a decade.

“They have taken someone who is competent and replaced him with someone who is incompetent, but who has been there a long time and who has shown that he is loyal,” said Dara Massicot, senior policy researcher at the RAND Corporation in Washington. “Whatever is happening in Moscow, it is out of touch with what is happening on the ground in Ukraine.”

The shake-up came after announcements this week of new deliveries of weapons from the West, which could strengthen Ukraine’s capabilities on the battlefield.

The British Defence Ministry said in an intelligence update that Gerasimov’s appointment was “a significant development” in President Vladimir Putin’s approach to the war and “a clear acknowledgment that the campaign is falling short of Russia’s strategic goals.”

Analysts said the replacement of Surovikin with a Kremlin apparatchik like Gerasimov showed that Putin remained focused on projecting the appearance of stability. The announcement was met with derision from some nationalist Russian military bloggers, who have compared the reshuffle to a game of musical chairs among Moscow’s ineffectual military old guard.

Valery Gerasimov, right, the chief of the Russian General Staff, overseeing military exercises in September.Mikhail Klimentyev/Sputnik, via Agence France-Presse — Getty Images

After his appointment in October, Surovikin launched waves of missile and drone attacks intended to cripple Ukraine’s energy grid, leaving civilians without power and heat as winter set in. He had previously commanded Russian forces in Syria where he was known for bombing campaigns that targeted civilians.

During his three months in command, the Russian military was forced onto the defensive in the south. Surovikin oversaw a retreat from the city of Kherson after heavy shelling by advancing Ukrainian forces made the Russian position there untenable.

News of the shake-up came as intense fighting continued in the eastern town of Soledar.

Yevgeny Prigozhin, the founder of the paramilitary Wagner Group of mercenaries, who make up a large part of the Russian force battling in Soledar, maintained in a Telegram post yesterday that his forces had seized control of the city, though he added that fighting was continuing.

Ukraine said its forces were still defending Soledar.

A Russian victory in Soledar, a salt-mining town north of Bakhmut, would be Russia’s first tangible gain in the war since July, when its troops took control of Sieverodonetsk and Lysychansk in the Donbas. It would give Russian forces a springboard to press on toward Bakhmut, a ruined city that lies only 10 miles away and is now at the center of the war.

But military experts say that taking Soledar would not signal that Bakhmut is about to fall. The Institute for the Study of War, a Washington-based research group, estimates that even if Russia captured Soledar, Ukraine could defend and resupply soldiers in Bakhmut.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...