Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Stephen Kannitz acredita que o Brasil não tem solução; será uma semi estagnação permanente
Passamos O Ponto Sem Retorno?
Assustador como nossa classe média que vota Boulos e Tabata não percebe a gravidade da nossa situação.
Universidades e Imprensa aparelhadas, um judiciário que não respeita a Constituição, impostos que impedem a prosperidade, PCC mandando ali e aqui, previdência quebrada, juros que somente irão subir.
Estaríamos naquele “point of no return” ou o “ponto sem retorno” onde uma sociedade atinge uma situação em que a recuperação ou o retorno à estabilidade se torna quase impossível sem mudanças significativas, muitas vezes disruptivas?
Aqui estão alguns sinais críticos de que o Brasil chegou a esse ponto:
1. Disfunção Política Crônica e Polarização
O governo é incapaz de governar de forma eficaz devido a um bloqueio político extremo, o Centrão por exemplo, a corrupção ou a deterioração das instituições democráticas.
As eleições podem ser manipuladas e não refletir mais a vontade do povo, e o estado de direito é enfraquecido.
A polarização entre facções políticas se torna tão grave que o compromisso ou consenso se torna impossível.
Isso pode levar ao autoritarismo ou ao colapso do Estado.
2. Erosão do Estado de Direito
O sistema legal torna-se cada vez mais sujeito à manipulação política. Os tribunais podem deixar de ser independentes, as leis são aplicadas de maneira desigual e os poderosos agem com impunidade.
A corrupção na aplicação da lei, no judiciário e no governo torna-se desenfreada.
Sem o estado de direito, a confiança nas instituições colapsa, e os cidadãos não podem mais confiar em um tratamento justo, levando à desintegração social, aumento do crime e possível violência.
3. Declínio Econômico Grave ou Crise
A economia brasileira experimenta estagnação desde 2010 e terá mais um declínio prolongado.
O governo é incapaz de resolver eficazmente os problemas econômicos, levando a um aumento da desigualdade entre ricos e pobres.
Serviços públicos básicos, como saúde e educação, começam a falhar por falta de pagamento de salários, greves e falta de material.
Essa pobreza crônica depois de 24 anos de supostas soluções da Esquerda alimentarão movimentos radicais, como foi o movimento Marçal, que desestabilizam ainda mais o sistema político.
4. Declínio da Coesão Social e Aumento da Violência
Crimes de ódio e violência política como a tentativa de morte do candidato do PSDB tornam-se mais comuns.
Milícias armadas ou grupos extremistas podem ganhar influência, enquanto o Estado perde o monopólio do uso da força.
Quando o tecido social se desgasta, a legitimidade do Estado é questionada, e as pessoas recorrem à violência ou a facções armadas para resolver seus problemas. Isso pode levar a uma guerra civil ou desordem generalizada.
5. Instituições Fracas ou Falhando
Instituições-chave, como o serviço público, o exército, o judiciário ou a polícia, tornam-se ineficazes, seja por negligência, corrupção ou interferência política.
A confiança pública nas instituições colapsa, pois elas não conseguem mais fornecer serviços básicos ou manter a justiça.
As instituições são a espinha dorsal de um Estado funcional.
Quando elas falham, leva ao colapso da governança, permitindo que líderes ou grupos oportunistas como o PSol e Boulos assumam o poder, muitas vezes de forma violenta.
6. Aumento do Autoritarismo
Um governo concentra cada vez mais poder nas mãos de poucos ou de um indivíduo, como Lula, Alexandre, Kassab e Pacheco muitas vezes por meio da destruição dos processos democráticos, silenciamento de dissidências, censura da mídia e desrespeito aos limites constitucionais.
A oposição política é reprimida, e as eleições, se realizadas, não são livres ou justas.
O autoritarismo leva ao colapso dos freios e contrapesos.
Uma vez enraizado, torna-se muito difícil reverter sem grandes convulsões, pois o regime autoritário consolida o controle sobre todos os aspectos da vida.
Relação de livros de Paulo Roberto de Almeida, linkados (1993 a 2023)
4538) Relação de livros de Paulo Roberto de Almeida, linkados (1993 a 2023)
By Paulo Roberto de Almeida
2023, Relação de livros de Paulo Roberto de Almeida, linkados
Brazilian Studies,
Brazilian History,
Brazilian Political Economy,
History of Brazilian Foreign Relations,
Brazilian Foreign policy
Relação de livros de Paulo Roberto de Almeida, linkado Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor. Relação elaborada em 31/12/2023 Abaixo uma relação de meus livros individuais organizada cronologicamente, com os links disponíveis para acesso, seja livre, seja comercial. Esta relação complementa e substitui listas diversas, mais recentes ou mais antigas, elaboradas nos últimos meses ou anos: 55) Intelectuais na diplomacia brasileira: a cultura a serviço da nação (Brasília: 15 maio 2023, 310 p.; em publicação. Relação de trabalhos n. 4397) 54) Marxismo e socialismo: trajetória de duas parábolas na era contemporânea (2ª ed.; Brasília: Diplomatizzando, 2023, 307 p.; ISBN: 978-65-00-05969-4; ASIN: B0CR31C5YG; 1ª. edição: Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de duas parábolas na era contemporânea (Brasília: Edição do autor, 2019, 283 p.; 844 KB; ISBN: 978-65-00-05969-4; Edição Kindle, ASIN: B082YRTKCH) 53) O Brasil no contexto regional e mundial: artigos sobre nossa dimensão internacional; Brasília: Diplomatizzando, 2023, 216 p.; 1323 KB; ISBN: 978-65-00-89870-5; ASIN: B0CR1Z682R) 52) Construtores da Nação: projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior (São Paulo: LVM Editora, 2022, 304 p.; ISBN: 978-65-5052-036-6; Amazon) (...)
Relação de livros de Paulo Roberto de Almeida, linkados
Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Relação elaborada em 31/12/2023
Abaixo uma relação de meus livros individuais organizada cronologicamente, com os
links disponíveis para acesso, seja livre, seja comercial. Esta relação complementa e substitui
listas diversas, mais recentes ou mais antigas, elaboradas nos últimos meses ou anos:
56) Intelectuais na diplomacia brasileira: a cultura a serviço da nação (Brasília: 15 maio
2023, 310 p.; em publicação. Relação de trabalhos n. 4397)
55) Marxismo e socialismo: trajetória de duas parábolas na era contemporânea (2ª ed.;
Brasília: Diplomatizzando, 2023, 307 p.; ISBN: 978-65-00-05969-4; ASIN:
B0CR31C5YG ; 1ª. edição: Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de
duas parábolas na era contemporânea (Brasília: Edição do autor, 2019, 283 p.; 844 KB;
ISBN: 978-65-00-05969-4; Edição Kindle, ASIN: B082YRTKCH )
54) O Brasil no contexto regional e mundial: artigos sobre nossa dimensão internacional;
Brasília: Diplomatizzando, 2023, 216 p.; 1323 KB; ISBN: 978-65-00-89870-5; ASIN:
B0CR1Z682R )
53) Construtores da Nação: projetos para o Brasil, de Cairu a Merquior (São Paulo: LVM
Editora, 2022, 304 p.; ISBN: 978-65-5052-036-6; Amazon )
52) A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira (Brasília:
Diplomatizzando, 2022, 277 p.; 1377 KB; ISBN: 978-65-00-46587-7; ASIN:
B0B3WC59F4 )
51) Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba:
Appris, 2021, 291 p.; ISBN: 978-65-250-1634-4; Amazon.com.br )
50) O Itamaraty sob ataque, 2018-2021: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo
(Brasília: Diplomatizzando, 2021, 130 p. ISBN: 978-65-00-22215-9; ASIN:
B094V28NGD )
49) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da
diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-
4; Academia.edu )
48) Um contrarianista na academia: ensaios céticos em torno da cultura universitária
(Brasília: Diplomatizzando, 2020; 471 p.; 1172 KB; ISBN: 978-65-00-06751-4; ASIN:
B08668WQGL ; Academia.edu )
47) A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história
econômica (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 394 p.; 2286 KB; ISBN: 978-65-00-05967-
0; Kindle, ASIN: B08CCFDVM2 )
1
46) O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020
(Brasília: Diplomatizzando, 2020; 497 p.; 2537 KB; ISBN: 978-65-00-05970-0; Kindle,
ASIN: B08BNHJRQ4 )
45) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia
brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 205 p.; 1309 KB; ISBN: 978-65-00-05968-
7; Kindle, ASIN: B08B17X5C1 ).
44) Vivendo com livros: uma loucura gentil. (Brasília: Edição de Autor, 2019, 344 p.;
557KB; ISBN: 978-65-00-06750-7; Kindle, ASIN: B0838DLFL2 ).
43) Um contrarianista no limbo: artigos em Via Política, 2006-2009 (Brasília: Edição de
Autor, 2019, 331 p; 2439 KB; Kindle, ASIN: B083611SC6 ; Academia.edu ).
42) Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: contribuições a periódicos do sistema
SciELO (Brasília: Edição de Autor, 2019, 525 p.; 920 KB; Kindle, ASIN: B08356YQ6S ).
41) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Brasília,
Edição do Autor, 2019, 543 p.; 1908 KB; Kindle, ASIN: B082Z756JH ).
40) O panorama visto em Mundorama: ensaios irreverentes e não autorizados (Brasília: 2ª.
edição do Autor, 2019, 655 p.; 5725 KB; Academia.edu ; Kindle, ASIN: B082ZNHCCJ ).
39) Pontes para o mundo no Brasil: minhas interações com a RBPI (Brasília, Edição do
Autor, 2019, 685 p.; 1693 KB; Kindle, ASIN: B08336ZRVS ).
38) Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de duas parábolas na era
contemporânea (Brasília: Edição do autor, 2019, 200 p.; ISBN: 978-65-00-05969-4;
Kindle, ASIN: B082YRTKCH ); 2ª edição: Brasília: Diplomatizzando, 2023, 214 p.;
ASIN: B0CR31C5YG )
37) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do
autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5; Boa Vista: Editora da UFRR, Clube de
Autores, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas vol. 42; ISBN livro
impresso: 978-85-8288-201-6; ISBN livro eletrônico: 978-85-8288-202-3; Academia.edu ;
Amazon.com.br )
36) Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil
(2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9; Amazon.com.br )
35) A Constituição contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a
Constituição de 1988 (São Paulo: LVM, 2018, 448 p.; ISBN: 978-8593751394; Amazon )
34) Oliveira Lima: um historiador das Américas , Paulo Roberto de Almeida, André Heráclio
do Rêgo (Recife: CEPE, 2017, 175 p.; ISBN: 978-85-7858-561-7 ).
33) O homem que pensou o Brasil : trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba:
Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-8547304850; Amazon.com.br )
32) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais
no Império (3ª edição; Brasília: Funag, 2017; 2 vols.; 964 p.; ISBN: 978-85-7631-675-6;
1º volume ; 2º volume ).
2
31) Nunca Antes na Diplomacia…: a política externa brasileira em tempos não
convencionais (Curitiba: Editora Appris, e-book, 2016, 450 p.; 1366 KB; Kindle, ASIN:
B0758G8BXL ; Amazon.com.br ).
30) Révolutions bourgeoises et modernisation capitaliste : Démocratie et autoritarisme au
Brésil (Sarrebruck: Éditions Universitaires Européennes, 2015, 496 p.; ISBN: 978-3-
8416-7391-6 ; Inroduction : Academia.edu ; livre complet : Amazon.com ).
29) Die brasilianische Diplomatie aus historischer Sicht: Essays über die
Auslandsbeziehungen und Außenpolitik Brasiliens (Saarbrücken: Akademiker Verlag,
2015, 204 p.; Übersetzung aus dem Portugiesischen ins Deutsche: Ulrich Dressel; ISBN:
978-3-639-86648-3; Amazon.com ; Amazon.com.br ).
28) O Panorama visto em Mundorama: Ensaios Irreverentes e Não Autorizados (Hartford:
2a. edição do autor, 2015, 294 p.; DOI: 10.13140/RG.2.1.4406.7682; nova edição,
ampliada dos artigos até o final de 2015, em 4/12/2015, em 374 p.; Research Gate ;
edição original: Academia.edu )
27) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Hartford:
Edição do Autor, 2015; 543 p.; 1908 KB; DOI: 10.13140/RG.2.1.1916.4006;
Academia.edu ; ASIN: B082Z756JH ; Research Gate ).
26) Volta ao Mundo em 25 Ensaios: Relações Internacionais e Economia Mundial (Brasília:
1ª edição: 2014; 2ª. edição: 2018; Kindle edition; 809 KB; ASIN: B00P9XAJA4 ).
25) Rompendo Fronteiras: a Academia pensa a Diplomacia (Kindle, 2014, 414 p.; 1324 KB;
ASIN: B00P8JHT8Y ).
24) Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (Kindle, 2014, 326 p.;
ASIN: B00P6261X2 ; Academia.edu ; ).
23) Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas (Kindle edition, 2014,
151 p., 484 KB; ASIN: B00OL05KYG ).
22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Hartford: edição para a Funag, 2013, 667 p; não
publicada; disponível em Research Gate ; 2ª. edição de Autor; 16/07/2014, 663 p.;
Academia.edu ; Research Gate ).
21) Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não
convencionais (Curitiba: Editora Appris, 2014, 289 p.; ISBN: 978-85-8192-429-8;
Academia.com.br ).
20) O Príncipe, revisitado: Maquiavel para os contemporâneos (Hartford: Edição de Autor,
2013, 187 p.; 658 KB; Edição Kindle, ASIN: B00F2AC146 ).
19) Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013, 192 p.; ISBN: 978-85-
02-19963-7; Amazon.com.br ).
18) Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto
da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 328 p.; ISBN: 978-85-216-2001-3;
esgotado; não disponível na Amazon; Estante Virtual ).
3
17) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen
Juris Editora, 2011, xx+272 p.; ISBN: 978-85-375-0875-6; Amazon.com.br ).
16) O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado) (Brasília: Senado Federal, Conselho
Editorial, 2010, 195 p.; ISBN: 978-85-7018-343-9; esgotado; ver ASIN: B00F2AC146 ).
15) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (Rio de Janeiro: Freitas Bastos, edição
eletrônica, 2009, 191 p.; ISBN: 978-85-99960-99-8; esgotado; ASIN: B00F2AC146 ).
14) O Estudo das Relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a
academia (Brasília: LGE Editora, 2006, 385 p.; ISBN: 85-7238-271-2; Amazon.com.br ;
Academia.edu ).
13) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais
no Império (2ª edição; São Paulo: Editora Senac, 2005, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9;
3ª. edição, 2017, dois vols.: ISBN: 978-85-7631-675-6; 1º volume ; 2º volume ).
12) Relações internacionais e política externa do Brasil: história e sociologia da diplomacia
brasileira (2ª ed.: revista, ampliada e atualizada; Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004,
440 p.; coleção Relações internacionais e integração n. 1; ISBN: 85-7025-738-4;
esgotado; Amazon.com.br ).
11) A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política no Brasil (São
Paulo: Editora Códex, 2003, 200 p.; ISBN: 85-7594-005-8; esgotado; Estante Virtual ).
10) Une histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain (avec Katia de Queiroz
Mattoso; Paris: Editions L’Harmattan, 2002, 142 p.; ISBN: 978-2747514538;
Amazon.com.br ).
09) Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas
(São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, 286 p.; ISBN: 85-219-0435-5’esgotado; Estante
Virtual ; Academia.edu ).
8) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no
Império (São Paulo: Editora Senac, 2001, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9; 3ª. edição,
2017, dois vols.: ISBN: 978-85-7631-675-6; 1º volume ; 2º volume ).
7) Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud, Paris: L’Harmattan, 2000, 160
p.; ISBN: 2-7384-9350-5).
6) O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Editora da Universidade São
Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3; Estante Virtual ; Academia.edu ).
5) O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, na
coleção “Direito e Comércio Internacional”, 1999, 328 p.; ISBN: 85-7348-093-9; Estante
Virtual ).
4) Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização (São Paulo: Editora Juarez
de Oliveira, 1999, 96 p.; ISBN: 85-7441-022-5; esgotado; Academia.edu ).
3) Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-
7322-548-3; esgotado; Academia.edu ).
2) Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização
(Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998, 360 p.; ISBN: 85-7025-455-5; esgotado;
Amazon.com ).
1) O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993,
204 p.; ISBN: 85-7129-098-9; Estante Virtual ; Academia.edu ).
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 4538, 31 dezembro 2023, 5 p.
Postado no blog Diplomatizzando (link:
https://diplomatizzando.blogspot.com/2023/12/relacao-de-livros-de-paulo-roberto-de.html );
disponível em Academia.edu (link:
https://www.academia.edu/112647751/4538_Relação_de_livros_de_Paulo_Roberto_de_Alm
eida_linkados_1993_a_2023_ ).
A Ordem Econômica Mundial e a América Latina - Paulo Roberto de Almeida
Um livro pouco divulgado:
A ordem econômica mundial e a América Latina
ensaios sobre dois séculos de história econômica
Índice
Apresentação
1. As ideias e as realidades: a economia mundial do século XIX ao XX
1.1. A força das ideias: os novos conceitos da história global
1.2. A força das realidades: desenvolvimento desigual entre regiões e países
2. Economia mundial: de onde viemos, para onde vamos?
2.1. Existe uma economia mundial?
2.2. Da Grande Divergência para uma modesta Convergência?
3. O equilíbrio europeu de poderes e os imperialismos
3.1. O retorno ao colonialismo, com tinturas imperialistas
3.2. A importância econômica das colônias
3.3. O novo exclusivo colonial e as restrições comerciais
4. O que move o mundo? A energia e suas transformações
4.1. Uma história econômica essencial: a energia, sob todas as suas formas
4.2. Todas as revoluções industriais são também revoluções energéticas
4.3. A era do petróleo, e dos grandes conflitos globais
4.4. Grandes mudanças institucionais, e políticas, no terreno energético
4.5. Brasil: acertos e equívocos em suas erráticas políticas energéticas
4.6. Quais perspectivas futuras na geopolítica da energia?
5. Os cinquenta anos que mudaram o mundo
5.1. As alavancas da grande transformação
5.2. A divergência na prática
6. Sobressaltos da globalização, da belle époque ao entre guerras
6.1. O “mundo de ontem” foi de fato melhor?
6.2. A segunda onda da globalização e o grande retrocesso
6.3. Uma primeira desglobalização
6.4. Inflação, desvalorização, depressão
7. Economia mundial: do livre comércio ao protecionismo
7.1. O eterno debate entre livre comércio e protecionismo
7.2. Todas as nações são mais favorecidas, antes do retrocesso
7.3. Justificativas oportunistas para o retorno ao protecionismo
7.4. Antes da guerra real, a ‘guerra das tarifas’
7.5. Do escudo tarifário à muralha dos contingenciamentos
7.6. O impossível cálculo econômico na comunidade capitalista
7.7. O pensamento econômico da diplomacia brasileira
8. As grandes mudanças da ordem econômica mundial desde o século XIX
8.1. Do liberalismo clássico ao neoliberalismo contemporâneo
8.2. Intervencionismo estatal e multilateralismo econômico no pós-guerra
8.3. Existem analogias atuais com o mundo econômico do passado?
8.4. Existem lições a tirar, partindo dos grandes desastres do passado?
9. Os dois grandes conflitos globais: impactos econômicos
9.1. O espírito guerreiro, quase feudal, do início do século XX
9.2. O nacionalismo belicoso
9.2. Os orçamentos das guerras
9.3. Consequências econômicas das guerras
9.4. A grande mudança nas políticas econômicas
10. Finanças internacionais: do padrão ouro às desvalorizações agressivas
10.1. Construção e desconstrução do sistema financeiro internacional
10.2. A grande transformação nas finanças internacionais
10.3. Formação progressiva e percalços do padrão ouro
10.4. Descoordenação monetária e cambial: as dívidas da guerra
10.5. Novos tremores, e a descida para a anarquia monetária
11. Fundamentos de uma nova ordem econômica mundial: Bretton Woods
11.1. O aprofundamento da desorganização econômica mundial
11.2. Bretton Woods começou no Brasil, em 1942
12. A grande divergência e a América Latina, 1890-1940
12.1. A concentração industrial na origem da grande divergência
12.2. A lógica da economia malthusiana e a disparidade de rendas no mundo
12.3. A difusão diferenciada de tecnologias inovadoras ao redor do mundo
12.4. A América Latina começa a ficar para trás
12.5. Rico como um argentino? Apenas por algum tempo...
12.6. As divergências se aprofundam, inclusive para o Brasil
12.7. Divergências também entre os próprios latino-americanos
12.8. Por que o mundo todo não é desenvolvido?
13. A América Latina na ordem econômica mundial desde o século XIX
13.1. O itinerário da América Latina em dois séculos
13.2. Como o mundo mudou, do século XIX ao século XXI?
13.3. A América Latina no contexto da Grande Divergência
13.4. Final do século XIX: progressos modestos e inserção internacional
13.5. A grande catástrofe de 1914-18 e suas consequências estruturais
13.6. Padrões de convergência e de divergência ao longo do século XX
13.7. A Ásia começa a tomar o lugar da América Latina
13.8. A América Latina também começa a divergir internamente
13.8.1. Os globalizados
13.8.2. Os reticentes
13.8.3. Os bolivarianos
13.9. O que mudou, o que permaneceu, no longo prazo?
13.10. Lições de um século perdido?
14. Dinâmicas da economia no século XX
14.1. As grandes tendências da economia mundial
14.2. Transformações econômicas na primeira metade do século XX
14.3. Expansão e crise econômica no pós-II Guerra Mundial
14.4. Tendências do comércio mundial: liberalismo, protecionismo, multilateralismo e neoprotecionismo
14.5. Tendências das finanças mundiais: padrão-ouro, padrão ouro-dólar e flutuação generalizada de moedas
14.6. A globalização capitalista e as desigualdades estruturais
14.7. A estrutura institucional da economia internacional
15. O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício duvidoso
15.1. Por que o Bric e apenas o Bric?
15.2. Bric: uma nova categoria conceitual ou apenas um acrônimo apelativo?
15.3. O Bric na ordem global: papel relevante, ou apenas instância formal?
15.4. O Bric e a economia política da ordem mundial: contrastes e confrontos
15.5. Grandezas e misérias da substituição hegemônica: lições da História
15.6. Um acrônimo talvez invertido
16. O Brasil no Brics
16.1. O Brasil e os principais componentes de sua geoeconomia elementar
16.2. O sistema político brasileiro e sua posição na geopolítica mundial
16.3. Potencial e limitações da economia brasileira no contexto mundial
16.4. A emergência econômica e a presença política internacional do Brasil
16.5. A política externa brasileira e sua atuação no âmbito do Brics
16.6. O que busca o Brasil nos Brics? O que deveria, talvez, buscar?
17. A longa trajetória da América Latina na economia mundial
17.1. Da independência política à dependência econômica
17.2. A integração latino-americana no contexto da economia mundial
17.3. O Mercosul e a sub-regionalização da integração
17.4. A América Latina troca de lugar com a Ásia Pacífico
17.5. A América Latina começa uma fase de declínio na economia mundial
17.6. A América Latina e o fantasma do “neoliberalismo”
17.7. Por que a América Latina não decola? Alguma explicação plausível?
17.8. Avanços e recuos da América Latina: diagnóstico e prescrições
17.8.1. Estabilidade macroeconômica
17.8.2. Microeconomia competitiva
17.8.3. Boa governança, instituições sólidas, regras estáveis
17.8.4. Alta qualidade dos recursos humanos, via educação geral e especializada
17.8.5. Abertura ao comércio internacional e aos investimentos estrangeiros
17.9. Aprofundamento do declínio ou superação dos impasses?
Apêndices:
Livros publicados pelo autor
Nota sobre o autor
Índice de tabelas e ilustrações:
1.1. Desempenho econômico em diferentes épocas, 1500-1980
1.2. Crescimento da população, do PIB e do PIB per capita, 1870-1950
1.3. Evolução da população, do PIB e do PIB per capita, 1870-1950
3.1. Importância econômica das colônias, 1913
3.2. Domínios coloniais e semicoloniais em 1914
3.3. Comércio dentro dos impérios (formais e informais), 1929-1938
5.1. Indicadores econômicos de base das grandes potências, 1913-1940
5.2. Evolução da renda per capita nas grandes potências, 1890-1945
6.1. Evolução da produção de petróleo, 1890-1938
7.1. Preços de commodities selecionadas, 1883-1913
7.2. Tarifas sobre bens manufaturados, 1902-2000
7.3. Tarifas médias de manufaturados importados, 1875 e 1913
7.4. Tarifas Gerais e de Manufaturados, 1913 e 1925
7.5. Tarifas médias ad valorem aplicadas a produtos manufaturados, 1913
7.6. Declínio nos valores do comércio internacional, 1928-1938
7.7. Declínio nos valores e recuperação nos volumes do comércio mundial, 1929-1937
9.1. Valores per capita dos gastos militares (inclusive navais), 1870-1914
9.2. Despesas militares em % do PIB 1a. e 2a. guerras mundiais
10.1. Estrutura internacional do padrão-ouro, final do século XIX
10.2. EUA: Empréstimos estrangeiros insolventes, 31/12/1936
11.1. Valores das ações, setembro-dezembro 1929
12.1. Potencial industrial total, 1880-1938
12.2. Potencial industrial dos países em % do mundo, 1880-1938
12.3. Renda per capita e crescimento econômico no mundo, 1700-1820
12.4. Renda per capita no mundo e como % da Europa ocidental, 1820-1913
12.5. Renda per capita e crescimento econômico no mundo, 1913-1940
12.6. Tempo de difusão internacional, em anos, de tecnologias inovadoras
12.7. Exportações líquidas de fios e tecidos de algodão, 1910
12.8. População mundial e renda, % por regiões, 1879-1913
12.9. Taxas de crescimento do PIB per capita, 1890-1929
12.10. PIB per capita nas Américas, 1890-1940
12.11. Crescimento econômico em países da América Latina, 1870-1950
12.12. Concentração de exportações na periferia, 1900
12.13. Estrutura da proteção comercial em 1913
12.14. Taxas de matrículas no ciclo primário, 1830-1975
12.15. Desigualdade na América Latina e na Europa ocidental pré-industriais
12.16. Desigualdade de renda na América Latina, 1870-1970
13.1. Renda per capita e crescimento econômico por regiões, 1700-1820
13.2. Tarifas Aduaneiras Comparadas, 1865-1913
13.3. Tarifas protecionistas e tarifas normais, 1913
13.4. Integração de países da América Latina na economia mundial, 1913
13.5. PIB per capita da América Latina em % do PIB per capita dos EUA
13.6. Termos de intercâmbio, produtos primários
13.7. Comércio exterior da América Latina, 1913-1938
13.8. PIB per capita e taxas anuais de crescimento nas Américas, 1850-1989
13.9. Desempenho do PIB per capita em três fases do desenvolvimento capitalista
13.10. PIB per capita em % do PIB per capita dos EUA
13.11. América Latina e Ásia dinâmica comparadas
15.1. Brics: posições no ranking mundial, indicadores selecionados, 2008
15.2. Brics: dados macroeconômicos fundamentais, 2003-2010
15.3. Brics: transações internacionais
15.4. Brics: PIB em PPC em proporção do PIB mundial (%)
15.5. G7 e Brics: participação no PIB agregado, nas exportações de bens e serviços e na população mundial, 2008
16.1. A primeira divisão do mundo entre portugueses e espanhóis, 1493, 1494
16.2. A linha de Tordesilhas e o alargamento posterior do Brasil
16.3. Constituições e regimes políticos no Brasil, 1824-2014
16.4: Indicadores econômicos em duas fases do regime militar, 1970-1984
16.5. Indicadores econômicos nos governos FHC: 1995-2002
16.6. Indicadores econômicos nos governos Lula: 2003-2010
16.7. Indicadores econômicos agregados para as presidências FHC e Lula
16.8. Indicadores econômicos do governo Dilma Rousseff: 2011-2014
16.9. Brasil: taxas de crescimento médio anual cumulativo, 1995-2013
16.10. Quadro SWOT para o Brasil
16.11. Resultados do PISA 2012 para os países do Brics
16.12. Brics: receitas públicas em % do PIB, 2013
16.13. Doing Business, 2013, países e indicadores selecionados
16.14. Índice de Competitividade Global, 2014, países selecionados
16.15. Poupança nos Brics, 2013
16.16. Índice de preços de todas as commodities, 2000-2014
17.1. Taxas decenais de crescimento médio anual por regiões, 1980-2020
A história econômica da América Latina nos últimos dois séculos é de desenvolvimento: sua população e o produto per capita cresceram enormemente. Embora ocorrendo mais lentamente, também são observadas melhorias na expectativa de vida ao nascer e na educação. A porcentagem da população que vive em condições de pobreza tem caído substancialmente, embora com notáveis altos e baixo.
A história da região é também de instabilidade, tanto pela volatilidade do financiamento externo e dos termos de troca internacionais como pelos resultantes ciclos de atividade produtividade, com períodos de progresso sucedidos por outros de relativa estagnação ou retrocesso. É igualmente uma história de modificações frequentes e profundas nas políticas e nos modelos de desenvolvimento, em resposta a processos econômicos, sociais, políticos e a ideologias.
Finalmente, e muito importante, é uma história de desigualdade, que não apenas se expressa nas bem conhecidas desigualdades dentro de cada país, mas também naquela existente entre países latino-americanos e, mais ainda, entre esses últimos e os líderes da economia mundial.
Luis Bértola e José Antonio Ocampo:
O desenvolvimento econômico da América Latina desde a Independência.
Rio de Janeiro, Elsevier, 2015; Prefácio, p. xi-xii.
Celso Amorim na contramão dos interesses nacionais - Duda Teixeira (O Antagonista)
Celso Amorim na contramão dos interesses nacionais
Produção de canhões israelenses beneficiaria a indústria nacional, mas governo Lula está cego pela ideologia
Duda Teixeira
O Antagonista, 9/10/2024
As declarações do ministro da Defesa José Múcio Monteiro nesta terça, 8, escancaram a diplomacia ideológica petista que vai na contramão dos interesses nacionais, alinha-se com as piores ditaduras do mundo e tem um viés anti-Israel e antiamericano.
Não é pouca coisa.
Nas negociações para a aquisição de canhões autopropulsados (que ficam em cima de um caminhão blindado) de Israel, a economia brasileira seria beneficiada com a produção local do equipamento. A compra, contudo, foi embargada.
"Na licitação, estava prevista transferência tecnológica e a possibilidade de construção futura de um canhão autopropulsado de 150 milímetros sob rodas ATMOS de Israel. É um equipamento de excelência, de grande qualidade, mas que nós estamos barrados por questões ideológicas", diz o historiador Ricardo Cabral, do canal de Youtube História Militar em Debate.
"Acredito que essa questão não chega muito no Ministério de Relações Exteriores. O ministro Mauro Vieira não intervém nessas coisas. Essas interferências no Ministério da Defesa vêm diretamente do assessor de Presidência Celso Amorim, que tem outra missão. A missão dele é divulgar a diplomacia presidencial que não está alinhada com os interesses do Brasil, e nem com a segurança nacional", diz Cabral. "Eles não estão vendo as possibilidades econômicas que poderiam vir desse negócio, e nós já temos muitas parcerias com Israel", diz Cabral.
Venda de munições para a Alemanha
Outra interferência de Amorim, citada por José Múcio Monteiro, foi impedir que o Brasil vendesse munição sem uso para a Alemanha, por temor de que seria usada pela Ucrânia na guerra contra a invasão russa.
O Brasil, assim, negou-se a ajudar um país que foi invadido, em flagrante desrepeito à Carta da ONU.
O alinhamento de Amorim é com o ditador russo Vladimir Putin. O assessor chegou até a participar de uma reunião do Conselho de Segurança Russo, em São Petersburgo, em abril.
Diplomacia antiocidental
"O controle da diplomacia brasileira por um personagem notoriamente sectário e alinhado, não aos interesses nacionais brasileiros, mas às posturas antiocidentais da ala mais ignorante do PT, vai causar um mal irremediável à credibilidade internacional do Brasil por tornar a política externa do país caudatária do extremismo antiocidental de ditaduras execráveis", diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida.
Salta à vista ainda a afirmação de José Múcio Monteiro equivalendo judeus a israelenses.
“Houve agora uma concorrência, uma licitação… Venceram os judeus, o povo de Israel, mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos… Nós estamos com essa licitação pronta, mas, por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”, disse o ministro.
Acontece que a população israelense não é composta unicamente por judeus. Cerca de 20% são árabes, e também há drusos e cristãos.
Ao retratar todos os israelenses como judeus, José Múcio pode apenas ter cometido um deslize.
Ou pode estar reproduzindo de maneira involuntária as conversas que existem no governo Lula. Como escreveu Ricardo Kertzman em O Antagonista, este governo assumiu que não quer negociar com judeus.
Se isso é antissemitismo ou não, fica a critério de cada um. Mas certamente é um baita indício do teor das conversas que acontecem nas salas deste governo petista.
O Antagonista
Uma questão existencial para a diplomacia brasileira profissional - Paulo Roberto de Almeida
Uma questão existencial para a diplomacia brasileira profissional
Paulo Roberto de Almeida
Diplomata aposentado, professor
Existe um pequeno grupo de países muito bem conhecido por suas nítidas posições antiocidentais, aliás com pronunciamentos especialmente agressivos contra o mundo ocidental (Coreia do Norte e Irã, por exemplo), alguns deles bastante desafiadores contra uma chamada “ordem global ocidental” (como a Venezuela e a China) e mesmo um grande, totalmente dedicado a uma guerra de agressão contra um país candidato a integrar a UE e a Otan, que obviamente é a Rússia de Putin.
Pois bem, a questão aqui — e ela é séria, propriamente existencial para a diplomacia profissional extremamente competente e reconhecidamente prestigiosa do Itamaraty — é a de SABER QUAL É A POLÍTICA EXTERNA do atual governo brasileiro com respeito às relações do Brasil com esse grupo de países e no tocante a um deles em especial, a Rússia, que violou a Carta da ONU — o que já foi afirmado pelo Brasil no CSNU e na AGNU — e que continua a levar um morticínio desumano e uma destruição devastadora contra a infraestrutura da Ucrânia.
O governo, no Planalto, a diplomacia, no Itamaraty, têm algo a dizer sobre essa guerra, assim como se pronunciam abundantemente sobre os conflitos no Oriente Médio, o massacre conduzido contra civis palestinos na Faixa de Gaza e os ataques do governo Netanyahu, por exemplo?
Qual é, DE FATO, a posição do governo brasileiro e sua diplomacia sobre o estado de tensão existente entre esse pequeno grupo de países e a comunidade ocidental, à qual a população brasileira se julga um membro tradicional e fiel aderente a seus princípios e valores.
Paulo Roberto Almeida
Brasília, 9/10/2024
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Celso Amorim não larga a mão de Putin - Duda Teixeira (O Antagonista)
A matéria abaixo é do mês de abril último, quando ainda chovia em Brasilia, mas a postura pró-Putin de Lula e de Amorim só se aprofundou desde então.
26.04.2024 11:33
4 minutos de leitura
Celso Amorim não larga a mão de Putin
O assessor especial da Presidência e chanceler de fato Celso Amorim (foto) foi até São Petersburgo, na Rússia, para apoiar o ditador Vladimir Putin, que em 2022 ordenou a invasão da Ucrânia. Na quarta-feira, 24, da reunião do Conselho de Segurança Russo, que contou com uma participação por vídeo do ditador Putin. Apenas países aliados...
Crusoé
O assessor especial da Presidência e chanceler de fato Celso Amorim (foto) foi até São Petersburgo, na Rússia, para apoiar o ditador Vladimir Putin, que em 2022 ordenou a invasão da Ucrânia.
Na quarta-feira, 24, da reunião do Conselho de Segurança Russo, que contou com uma participação por vídeo do ditador Putin. Apenas países aliados com a Rússia participaram.
"Nós estamos experimentando a emergência de fatos perigosos que estão interligados: terrorismo, violação do direito internacional, o uso de armas proibidas, sanções unilaterais e o uso crescente de novas tecnologias para propósitos ilícitos", disse Amorim.
Ora, quem violou o direito internacional foi a Rússia, ao invadir a Ucrânia. Ao ir até São Petersburgo para participar de uma conferência de segurança, organizada pelo Kremlin, o sinal que Amorim envia é exatamente o oposto do discurso que ele prega, pois ele está apoiando o governante que cometeu essa violação.
Quando condena as "sanções unilaterais", Amorim também fica ao lado de Putin, pois essa foi a principal maneira de o Ocidente punir o ditador que iniciou a guerra. Além disso, as sanções buscam enfraquecer a máquina de guerra russa.
Leia também na Crusoé: Putin quer você
"Nós também estamos vendo o retorno de um sistema de segurança baseado em alianças militares que, no passado, levaram à guerra", afirmou.
Ao invadir a Rússia sem propósito algum em 2022, Putin não consultou ninguém. Dizer, portanto, que o problema do mundo são as alianças militares é ignorar o fato mais importante na área de segurança dos últimos dez anos.
"Amorim aparentemente se esqueceu de mencionar que a Rússia não precisou de nenhuma aliança para fazer a guerra no presente, e ainda o faz", diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida. "Mas ele só pode estar se referindo à Otan."
Quando Amorim diz que o problema do mundo são as alianças militares, o brasileiro está fazendo coro com Putin ao condenar, sem citar, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan.
Putin culpa a Otan pela sua invasão da Ucrânia, mas a aliança não realizou nenhum ataque que pudesse provocar uma guerra. A iniciativa foi toda de Putin.
A parada de Amorim na capital russa é a segunda desde que Lula tomou posse, há 16 meses.
No ano passado, o diplomata visitou o país e se encontrou com o presidente Putin, para discutir a invasão russa da Ucrânia. A visita, que só foi revelada após o retorno dele ao país, foi vista como um ato de parcialidade do governo de Lula sobre a guerra.
Após várias críticas no Brasil, Amorim foi mandado para Kiev, a capital da Ucrânia.
Ele foi até Bucha, cenário de uma das atrocidades cometidas pelos russos, e olhou uma exposição de fotos em uma igreja da guerra em uma igreja.
"Obviamente, nós somos contra as atrocidades e as mortes em qualquer lugar que ocorram. São imagens fortes, não vou entrar em detalhes. Mas não dá para tirar conclusões totalmente, são fotos", disse Amorim ao jornal Folha de S. Paulo.
Em 2019, Amorim já foi apelidado por um jornalista pró-Rússia de "Lavrov brasileiro", em referência ao chanceler russo Sergey Lavrov.
Aconteça o que acontecer, Celso Amorim não larga a mão de Putin.
Leia também na Crusoé: Veja as fotos que não comoveram Celso Amorim em Bucha
E o Prêmio Nobel da Inconsistência Diplomática vai para… - Paulo Roberto de Almeida
E o Prêmio Nobel da Inconsistência Diplomática vai para…
Paulo Roberto de Almeida
1) Donald Trump, pelo desmantelamento do sistema multilateral de comércio durante sua presidência (2017-2020)
2) Jair Bolsonaro, por ter transformado o Brasil em pária internacional durante seu mandato (2019-2022).
3) Benyamin Netanyahu por ter contornado condenação e prisão por corrupção mediante crimes de guerra numa sucessão de atentados terroristas provocados pela política expansionista de seu governo de ultradireita em Israel.
4) Lula da Silva por ter danificado a credibilidade da diplomacia brasileira ao alinhar sistematicamente a política externa do país com ditaduras execráveis, de esquerda e de direita, apenas por serem antiamericanas.
5) Joe Biden por ter continuado a fornecer armas e apoio diplomático ao governo Netanyahu quando este massacra impiedosa e criminosamente população civil palestina e libanesa.
6) Nicolas Maduro, por continuar expulsando venezuelanos com a opressão impiedosa de sua ditadura ridícula e por ameaçar a vizinha Guiana com uma invasão armada.
7) Daniel Ortega, ditador nicaraguense, por fazer da Igreja Católica do país uma ameaça ao seu regime de terror.
8) Viktor Orban por ter alinhado completamente a política externa da Hungria aos interesses pessoais do tirano de Moscou, o Hitler do século 21.
Várias escolhas são possiveis…
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9/10/2024
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